Navegando por Assunto "Mangue"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Acúmulo e fracionamento de fósforo nos sedimentos do estuário do rio Coreaú (Ceará) para avaliação do impacto da carcinicultura(Universidade Federal do Pará, 2014-11-17) AQUINO, Rafael Fernando Oliveira; KAWAKAMI, Silvia Keiko; http://lattes.cnpq.br/5306256489815710; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568A criação de camarão (carcinicultura) é uma das atividades da aquicultura amplamente empregada nos estuários e manguezais brasileiros. A ração dada aos camarões é enriquecida em compostos fosfatados. Desta forma, os efluentes produzidos pelas fazendas podem acelerar os processos de eutrofização. O Estuário do Rio Coreaú (CE) vem apresentando um crescimento na prática da carcinicultura, porém dados de qualidade ambiental são escassos para o monitoramento da região. No presente trabalho, pretendeu-se avaliar a contribuição das fazendas de carcinicultura situadas às margens do Estuário do Rio Coreaú, no aporte de fósforo. As principais formas de fósforo: biodisponível (P-Bio), ligado aos oxi-hidróxidos de ferro (P-Fe), ligado à apatita biogênica, autigênica e aos carbonatos (P-CFAP), ligado à apatita detrítica (P-FAP) e o fósforo orgânico (P-Org), bem como carbono orgânico total (%COT) e clorofila-a foram determinadas em amostras de sedimentos superficiais e testemunhos das margens do Estuário do Rio Coreaú. As concentrações de P-Total obtidas nos sedimentos superficiais foram bastante elevadas e mostram a necessidade de estudos de monitoramento. A fração com maior representatividade foi a P-Fe compondo cerca de 30% do P-Total, o que demonstra a capacidade dos oxi-hidróxidos de ferro em imobilizar ou liberar o fósforo. A contribuição dos efluentes das fazendas ficou evidenciada pelas concentrações mais elevadas do P-Org nos pontos locados em frente às fazendas. Nos testemunhos, as concentrações de P-Total foram mais elevadas no ponto com sedimentos predominantemente finos (silte e argila), com as frações P-Fe, PCFAP e P-FAP sendo as principais contribuintes. Os dados de taxa de sedimentação disponíveis e os incrementos do P-Total indicam o possível período de desmatamento e o início ou a máxima atividade das fazendas de carcinicultura no final da década de 1980 e meados de 1990, respectivamente. As concentrações elevadas de fósforo, %COT e dos teores de clorofila-a obtidas sugerem uma contribuição antrópica significativa no Estuário do Rio Coreaú e um elevado potencial de eutrofização.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Acute toxicity of sodium metabisulphite on mangrove crab Ucides cordatus (Decapoda, Ucididae)(2012-12) PEDALE, Adriana Batista; FUJIMOTO, Rodrigo Yudi; SANTOS, Rudã Fernandes Brandão; ABRUNHOSA, Fernando AraujoO metabissulfito de sódio é um sal habitualmente usado no cultivo de camarão a fim de se evitar a melanose. Infelizmente o efeito toxicológico deste xenobiótico em caranguejos decápodes é desconhecido. O presente estudo objetiva investigar o LC50 - 96 h do metabissulfito de sódio na espécie Ucides cordatus em manguezal. A coleta dos caranguejos foi realizada nas margens do canal de maré estuarino em Bragança/PA. Os caranguejos foram submetidos a um teste preliminar (screening) e posteriormente ao teste definitivo, e foram expostos a cinco concentrações diferentes e um grupo controle com cinco repetições, com dois caranguejos por recipiente (5 L) durante 96 horas. Houve correlação negativa no aumento da concentração de metabissulfito de sódio com o oxigênio dissolvido e pH. No final do experimento foram obtidos os seguintes níveis de índice de mortalidade em relação s concentrações de metabissulfito de sódio: 100% em 86,0 mg.L-1, 74% em 62,0 mg.L-1, 52% em 52,0 mg.L-1, 44% em 38,0 mg.L-1. O valor da LC50 96h para U. cordatus foi determinado em 42,58 mg.L-1/Na2S2O5. Os resultados indicam que o metabissulfito de sódio é tóxico para U. cordatus e este caranguejo pode ser usado para biomonitoramento do impacto ambiental.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise dos fluxos turbulentos de CO2 e energia, associada a percepção dos serviços ecossistêmicos em um manguezal amazônico(Universidade Federal do Pará, 2018-04-30) FREIRE, Antonio Sérgio Cunha; VITORINO, Maria Isabel; http://lattes.cnpq.br/4813399912998401Esta proposta de trabalho interdisciplinar para o doutoramento em ciências ambientais, na linha de pesquisa física do clima, investigou prioritariamente os fluxos turbulentos de CO2 e energia, na floresta de mangue no sítio experimental de Cuiarana, no município de Salinópolis, Pará, sob influência da variabilidade atmosférica local, durante o ano de 2015. Outrossim, estudou-se também, dentro desta perspectiva interdisciplinar a relação da comunidade local com a floresta do entorno da área de estudo. Para a coleta dos dados turbulentos, instalou-se uma torre micrometeorológica no mangue, com sensores de alta frequência que coletaram os dados das variáveis atmosféricas acima do dossel da floresta. Os dados meteorológicos foram coletados a partir da torre da UFRA, localizada a 400 m da torre do mangue. Para as investigações sociais, realizou-se um estudo de caso a partir da percepção dos tomadores de decisão, que ocupam cargos de liderança em diversas estruturas organizacionais no município de Salinópolis e na vila de Cuiarana, sobre a percepção dos serviços ecossistêmicos gerados pelo ecossistema de manguezal. Verificou-se que no manguezal de Cuiarana, no ano de 2015, sob efeito do ENOS, houve considerada redução de precipitação na região onde choveu apenas 63,7% do esperado climatológico. Quanto ao fluxo de calor sensível (H) e latente (LE) no manguezal, notou-se que os valores máximos para ambas variáveis foram registrados às 14 h, com pico de LE no período chuvoso e de H no período menos chuvoso. Na análise do fluxo sazonal do CO2, verificou-se que as maiores magnitudes de absorção ocorreram no período chuvoso, com pico de absorção ás 13h com -13,56 μmol.m2, enquanto que no período menos chuvoso, registrou-se pico de absorção de CO2 às 13h com -8,95 μmol.m2. Quanto a percepção da liderança local sobre os serviços ecossistêmicos gerados pelo manguezal, notou-se considerada valorização de tais bens e serviços pelos entrevistados, onde os serviços de uso direto como habitação, pesca e geração de trabalho e renda, são mencionados como fundamentais para o bem-estar da população ribeirinha. Percebeu-se a partir dos relatos de pescadores e marisqueiros que ocorre a transmissão de conhecimento intergerações no sentido de manter as práticas laborais tradicionais e conservação do manguezal.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Análise e estimativa dos componentes do balanço de energia em ecossistema de manguezal amazônico(2013-03) PEREIRA, Priscila Lima; RODRIGUES, Hernani José BrazãoAs medições e estimativas dos componentes do balanço de energia foram feitos acima da copa das árvores no ecossistema de manguezal natural, localizada a 30 km da cidade de Bragança-PA, entre novembro de 2002 e agosto de 2003. Os dados foram utilizados para a análise das variações sazonais e horárias do fluxo de calor sensível e calor latente, bem como a avaliação da partição de energia. Os dados meteorológicos foram coletados pela estação meteorológica automática (EMA) e os fluxos foram calculados utilizando-se a técnica de covariância de vórtices turbulentos. Os modelos de Penman-Monteith e Shuttleworth foram usados para estimar o fluxo de calor sensível e calor latente. O objetivo deste estudo foi analisar o equilíbrio e a partição de energia no manguezal, assim como fazer uma avaliação do comportamento de modelos empíricos para estimar os fluxos de energia. O saldo de radiação apresentou valores mais elevados no período menos chuvoso. A razão de Bowen mostrou valor geralmente baixo, o que indica que uma proporção maior de energia foi utilizada sob a forma de calor latente. O modelo Shuttleworth é mais eficiente na estimativa de fluxos de calor sensível. Para estimar o fluxo de calor latente do modelo de Penman-Monteith foi mais eficiente durante a estação seca e o modelo Shuttleworth durante a estação chuvosa.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Avaliação de áreas deposicionais e erosivas em cabos lamosos da zona costeira amazônica através da análise multitemporal de imagens de sensores remotos(2012) BATISTA, Edmilson das Mercês; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; SILVEIRA, Odete Fátima Machado daOs cabos lamosos Cassiporé e Orange no norte do Brasil constituem um ambiente dinâmico influenciado pelo rio Amazonas, onde as modificações na linha de costa estão sujeitas a severos processos de progradação e erosão. Imagens de sensores remotos ópticos e microondas foram coletadas de 1980 a 2003 e analisadas em um Sistema de Informação Geográfica (SIG), permitindo a identificação e quantificação da distribuição espacial das áreas de progradação e retrogradação ao longo da linha de costa. Durante este período, as maiores taxas de erosão ocorreram junto ao cabo Cassiporé, com recuo médio de 27,5 metros de distância linear e erosão de 1,37 km² de área de manguezal por ano. Por outro lado, os maiores índices de deposição de sedimentos ocorreram no cabo Orange, onde a planície costeira progradou 24,6 m ao ano, agregando 55,85 km² de manguezal à linha de costa nos últimos vinte e três anos. Os mecanismos de progradação determinaram um acréscimo na vegetação de manguezal de 50,8% ao longo das três últimas décadas. Um balanço sedimentar realizado na área pesquisada demonstrou que predominam os processos construtivos (61,3%) sob os processos erosivos (38,7%).Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação e aplicação de dados de sensores remotos no estudo de ambientes costeiros tropicais úmidos, Bragança, norte do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2000-11-17) SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429Dados de sensores remotos orbitais foram avaliados e aplicados ao estudo de ambientes costeiros tropicais úmidos na Amazônia brasileira (Planície Costeira de Bragança, no nordeste do Pará) como parte do programa GLOBESAR-2, cujos objetivos eram construir e consolidar a capacitação de recursos humanos, bem como avaliar o potencial e a aplicabilidade do radar de abertura sintética SAR RADARSAT-1 na América Latina. A área em estudo está inserida no contexto geológico da bacia costeira de Bragança- Viseu. A evolução holocênica desta área é marcada por progradação lamosa em uma costa de submersão, onde se desenvolveu um dos maiores sistemas de manguezal do planeta, com aproximadamente 6.000 km2. Este trabalho tem demonstrado que dados orbitais de sensores remotos podem fornecer excelentes informações geológicas e de uso das áreas costeiras. Imagens do RADARSAT-1 representam uma ferramenta poderosa para o estudo de ambientes costeiros tropicais úmidos, principalmente em costas de manguezal. Este fato está relacionado à radiação nas microondas poder ser interpretada para o mapeamento e monitoramento da zona costeira amazônica, pois imagens SAR constituem a única fonte de dados com capacidade de percepção remota em todas as condições de tempo, em resposta a dificuldade de se obter imagens no espectro óptico na Amazônia, devido a permanente cobertura de nuvens. Imagens do sensor TM do satélite Landsat são excelentes dados para integração com o SAR RADARSAT, apresentando excelente performance na discriminação dos ambientes costeiros. Esta integração propiciou uma visão sinóptica da área, fornecendo informações geobotânicas (relação entre o ambiente costeiro e a vegetação sobrejacente) e de variações multitemporais. Adicionando os dados integrados a um sistema de informação geográfica foi possível ainda analisar simultaneamente as relações espaciais e temporais entre os vários ambientes costeiros, tornando a interpretação geológica mais compreensível, acessível, rápida e precisa dentro de uma filosofia organizacional para controle dos dados e posterior uso desta informação no gerenciamento da zona costeira. As aplicações dos dados de sensores remotos no estudo de ambientes costeiros tropicais foram utilizadas em diversas abordagens. Em relação ao estudo da variabilidade na posição da linha de costa ao longo da Planície Costeira de Bragança, este estudo tem revelado que durante o Holoceno (últimos 5.200 anos) a planície é marcada por uma progradação lamosa da linha de costa. Entretanto, a partir da análise de imagens de sensores remoto, foi possível investigar a variabilidade da linha de costa em escalas de longo (72-98) e curto período (85 a 88, 88 a 90, 90 a 91), cujas variações morfológicas são caracterizadas por um recuo da linha de costa, provavelmente devido à variações climáticas, tais como El-Niño e La-Niña, que controlam a precipitação ao longo da zona costeira, onde os períodos de erosão mais severos (85-88) são acompanhados de elevadas taxas de precipitação (>4.000 mm/ano). Do ponto de vista da análise espacial de ambientes costeiros, os manguezais constituem um dos melhores ambientes para análise a partir de sensores remotos, tanto no espectro eletroóptico devido sua alta reflectância no infravermelho próximo, quanto nas microondas devido sua textura rugosa. Portanto, os manguezais tem mostrado ser um excelente indicador geológico para detecção e quantificação das variações morfológicas de curto e longo período. Por fim, a integração de sensores remotos com GIS e dados de campo apresenta um papel fundamental para o gerenciamento integrado de zonas costeiras, avaliação de risco ambiental, caracterização local, mapas bases e geração de mapas temáticos e disseminação da informação de domínio público, que são fatores significantes no processo de tomada de decisão. Orbital remote sensing data were used to evaluate its applications in the study of wet tropical coastal environments in the Brazilian Amazon (Bragança coastal plain, in the northeastern of the State of Pará). This work was developed as part of the GlobeSAR-2 Program, whose the objectives were build and consolidate the formation of human resources, as well as evaluate the potential and the applicability of the synthetic aperture radar (SAR) RADARSAT-1 in the Latin America.Tese Acesso aberto (Open Access) O caranguejo-uçá Ucides cordatus (Crustacea, Brachyura, Ucididae), no litoral paraense: uma abordagem sobre a atividade extrativa no Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-03-31) SILVA, Mauro Marcio Tavares da; PINHEIRO, Marcelo Antonio Amaro; http://lattes.cnpq.br/6829111589524333; QUEIROZ, Helder Lima de; http://lattes.cnpq.br/3131281054700225Inicialmente o presente estudo traz informações a respeito do potencial extrativo em manguezais produtivos dos municípios de Quatipuru e Bragança, bem como, a caracterização socioeconômica dos profissionais extrativistas (caranguejeiros) desse recurso. Paralelo às informações geradas nos manguezais e nas comunidades entrevistadas em Quatipuru e Bragança, este estudo também procura contextualizar a atividade extrativa do caranguejo-uçá em todo o litoral paraense, por meio das informações obtidas pela coleta e análise dos dados referentes ao caranguejo-uçá em diferentes manguezais do Pará, além de caracterizar a atividade produtiva em importantes comunidades extrativistas deste recurso. As coletas de informações ocorreram no período de 2010 a 2012, onde o potencial extrativo analisado, nos manguezais explorados de Bragança e Quatipuru confirmam essas localidades como regiões potencialmente produtoras, com uma densidade de 5,01±1,09 ind/m2 no manguezal de Quatipuru e 6,5±1,0 ind/m2 no manguezal explorado em Bragança e um potencial extrativo imediato (PEI) de 80,91 % no manguezal de Quatipuru e 86,23 % no manguezal estudado em Bragança. Numa analise pontual em comunidades dos municípios de Quatipuru e Bragança, o perfil dos caranguejeiros caracterizou-se por apresentar uma predominância masculina, baixa escolaridade, com mínimo de 16 anos de atividade em Quatipuru e mais de 20 anos para a maioria dos entrevistados nas comunidades de Bragança. A principal técnica de captura utilizada é o “braceamento” com auxilio do gancho em ambas localidades, onde capturam em média de 51 a 100 unidades/dia em Quatipuru e 101 a 150 em Bragança, onde o atravessador é o principal destino do produto para os locais investigados. Os dados obtidos no litoral paraense revelam que dos manguezais estudados, o do município de Viseu, obteve destaque como uma importante região extrativista, com valores representativos de densidade 4,23 ± 1,40 ind/m2, de CPUE 46,6 (carang./homem/hora) e com 226,8±113,1 unidades capturadas por caranguejeiro/dia, entretanto, vale ressaltar que nesse município foi registrado o menor preço médio praticado para a unidade do caranguejo (R$0,18±0,05) entre todas as comunidades dos municípios visitados. A importância deste recurso para as comunidades do litoral paraense é evidente e necessita de ações que visem ordenar a exploração, com vista à sustentabilidade extrativa, bem como, incentivar esses profissionais da pesca artesanal, por meio de ações de resgate e valorização da cidadania.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Comunidades macrobentônicas da Reserva Biológica do Lago Piratuba (Amapá – Brasil)(Universidade Federal do Pará, 2008) ALMEIDA, Mayk Ferreira de; ROSA FILHO, José Souto; http://lattes.cnpq.br/3223362071251898; ALBERNAZ, Ana Luisa Kerti Mangabeira; http://lattes.cnpq.br/1220240487835422Caracterizou-se a estrutura das comunidades macrobentônicas em diferentes áreas e períodos climáticos da Reserva Biológica do Lago Piratuba (Amapá - Brasil). As amostragens ocorreram nos meses de junho e novembro de 2005 (cinturão lacustre meridional- lagos Comprido de cima, Bacia, Lodão, Grande, Canal Tabaco e Comprido de. baixo e foz do rio Araguari) e 2006 (cinturão lacustre oriental - lagos Piratuba, Jussara, Escara, Trindade, Maresia e Boiado e Rego do Duarte e sete locais da costa (áreas vegetada e não vegetada). Em cada local foram coletadas quatro amostras, com tubo de PVC de 0,0079 m2 , enterrado 20 cm no sedimento. Após coletadas as amostras foram passadas em malha de nylon de 0,3 mm de abertura e os organismos retidos fixados em formalina a 5%. A estrutura das comunidades variou sazonalmente, com marcantes modificações na densidade, composição específica, número de espécies, equitabilidade e diversidade entre ocasiões de amostragem e entre lagos e costa. Foram identificados 54 táxons pertencentes aos filos: Annelida , Arthropoda , Mollusca e Nemertea . No período chuvoso foram registrados 36 táxons e o seco 42. Annelida foi o táxon mais abundante, representando sempre mais que 48% do total de organismos. Os lagos foram dominados por larvas de Insecta , Mollusca e Oligochaeta . Na costa Polychaeta e Crustácea dominaram. Registrou-se nos lagos 32 táxons e densidade média de 667 ind.m -2 . Na costa foram identificados 34 táxons e 1353 ind.m -2 .A área não vegetada da costa foi mais rica, densa e equitativa. O cinturão lacustre meridional e o cinturão lacustre oriental responderam de forma distinta as mudanças sazonais nos seus descritores. Foram identificados três sub-ambientes para a comunidade bentônica: ambiente dulcícola - maioria dos lagos do cinturão meridional, com a fauna predominante de insetos; ambiente de transição entre a região de água doce e a região costeira com fauna mista ( Polychaeta e Insecta ); e, costa, com espécimes de Polychaeta e Crustacea . Os fatores ambientais que melhor se correlacionaram com as variações espaço-temporais na estrutura das comunidades bentônicas foram pH, condutividade elétrica e turbidez da água.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Costa de manguezais de macromaré da Amazônia: cenários morfológicos, mapeamento e quantificação de áreas usando dados de sensores remotos(2005-12) SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins eDe acordo com o Atlas de Manguezais, este ecossistema representa 8% de toda a linha de costa do planeta e um quarto da linha de costa da zona tropical, perfazendo um total de 181.077 km2. Este trabalho objetiva quantificar a extensão dos manguezais de macromaré da costa nordeste do Pará e noroeste do Maranhão, aqui denominada de Costa de Manguezais de Macromaré da Amazônia (CMMA). O reconhecimento das áreas de manguezais e sua quantificação foram realizados a partir da utilização de imagens Landsat-7 ETM+, adquiridas em 1999 e 2000 e de um sistema de informações geográficas (SIG). A integração dos dados de sensores remotos, dados geológicos e oceanográficos permitiu o reconhecimento de cinco setores geomorfológicos, que abrangem uma superfície total de 7.591 km2 de manguezais. Esta área representa a maior faixa de manguezais contínuos do planeta e corresponde a 56,6% dos manguezais do Brasil. Medidas prioritárias de conservação dos manguezais da Amazônia devem ser tomadas e pesquisas que busquem a melhor compreensão deste complexo e importante ecossistema devem ser financiadas e desenvolvidas.Tese Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento da vegetação e morfologia da foz do Amazonas-PA e rio Doce-ES durante o Quaternário tardio(Universidade Federal do Pará, 2013-11-05) FRANÇA, Marlon Carlos; PESSENDA, Luiz Carlos Ruiz; http://lattes.cnpq.br/0425441943533975; COHEN, Marcelo Cancela Lisboa; http://lattes.cnpq.br/8809787145146228Este trabalho compara as mudanças morfológicas e vegetacionais ocorridas ao longo da zona costeira da Ilha de Marajó, litoral amazônico, e da planície costeira do Rio Doce, sudeste do Brasil, durante o Holoceno e Pleistoceno tardio/Holoceno, respectivamente, com foco especificamente sobre a resposta dos manguezais para as flutuações do nível do mar e mudanças climáticas, já identificadas em vários estudos ao longo da costa brasileira. Esta abordagem integra datações por radiocarbono, descrição de características sedimentares, dados de pólen, e indicadores geoquímicos orgânicos (δ13C, δ1₵N e C/N). Na planície costeira do Rio Doce entre ~47.500 e 29.400 anos cal AP, um sistema deltaico foi desenvolvido em resposta principalmente à diminuição do nível do mar. O aumento do nível do mar pós-glacial causou uma incursão marinha com invasão da zona costeira, favorecendo a evolução de um sistema estuarino/lagunar com planícies lamosas ocupadas por manguezais entre pelo menos ~7400 e ~5100 anos cal AP. Considerando a Ilha de Marajó durante o Holoceno inicial e médio (entre ~7500 e ~3200 anos cal AP) a área de manguezal aumentou nas planícies de maré lamosas com acúmulo de matéria orgânica estuarina/marinha. Provavelmente, isso foi resultado da incursão marinha causada pela elevação do nível do mar pós-glacial associada a uma subsidência tectônica da região. As condições de seca na região amazônica durante o Holoceneo inicial e médio provocou um aumento da salinidade no estuário, que contribuiu para a expansão do manguezal. Portanto, o efeito de subida do nível relativo do mar foi determinante para o estabelecimento dos manguezais na sua atual posição nas regiões norte e sudeste do Brasil. Entretanto, durante o Holoceno tardio (~3050-1880 anos cal AP) os manguezais em ambas as regiões retrairam para pequenas áreas, com algumas delas substituídas por vegetação de água doce. Isso foi causado pelo aumento da vazão dos rios associada a um período mais úmido registrado na região amazônica, enquanto que na planície costeira do Rio Doce, os manguezais encolheram em resposta a um aumento da entrada de sedimento fluvial associado a uma queda no nível relativo do mar.Tese Acesso aberto (Open Access) Detecção de mudança e sedimentação no estuário do Rio Coreaú(Universidade Federal do Pará, 2014-09-02) RODRIGUES, Suzan Waleska Pequeno; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252O uso de novas técnicas para estudar a evolução e preenchimento de vales incisos tem fornecido, ao longo dos anos, importantes resultados para entendermos como foi a evolução costeira brasileira. Neste contexto, esta tese teve como objetivo estudar a evolução do estuário do rio Coreaú, localizado no estado do Ceará, em diferentes escalas temporais, seja “Eventual” (meses, anos), “Engenharia” anos, decádas) e Geológica” (centenas, séculos, milênios), proposta por Cowell et al. (2003), com intuíto de avaliar se as transformações/alterações ao longo dos anos foram significativas ou não. Como resultados, obteve-se no primeiro objetivo, utilizando técnicas de sensoriamento remoto, a partir de imagens dos sensores TM, ETM+ e OLI do satélite Landsat 5,7 e 8 e LISS-3 do satélite ResourceSat-1 de 1985 a 2013, uma alteração mínima em relação a transformações morfológicas ao longo do estuário nos últimos 28 anos (entre as escalas Eventual e de Engenharia), houve neste período um acréscimo de 0,236 km2 (3%) de área, não trazendo sigificativas mudanças para o estuário. Em relação a taxa de sedimentação, correspondente ao segundo bjetivo, a partir da coleta de 9 testemunhos, de até 1 m de profundidade e utilizando o radionuclídeo 210Pb, ao longo do estuário, obteve-se uma taxa que variou de 0,33 cm/ano a 1 cm/ano (escalas entre Engenharia e Geológica) próximo a foz do estuário, e com uma rápida sedimentação percebida na margem leste do rio, onde encontram-se sedimentos mais recentes em relação a margem oeste. Em relação ao preenchimento, terceiro e último objetivo, a partir da amostragem de testemunhos de até 18 m de profundidade, utilzando o amostrador Rammkernsonden (RKS), foram gerados perfis e seções estratigráficas que ajudaram a entender o preenchimento do vale inciso do estuário do rio Coreaú e entender que trata-se de um estuário fluvio-marinho, preenchendo os vales formados no Grupo Barreiras nos últimos 10.000 anos antes do presente. Estas análises e resultados servirão como base para comparação com outros estuários, sejam fluviais, fluvio-marinhos ou marinhos, para entendermos melhor quais os possíveis eventos que dominaram a sedimentação ao longo da costa brasileira em diferentes escalas.Tese Acesso aberto (Open Access) Dinâmica de nutrientes e da matéria orgânica no manguezal do Igarapé Nunca Mais - Ilha de São Luís (MA)(Universidade Federal do Pará, 2002-11-22) MELO, Odilon Teixeira de; LIMA, Waterloo Napoleão de; http://lattes.cnpq.br/1229104235556506É fato bem conhecido que o estado do Maranhão possui mais de 40% dos manguezais brasileiros, com área aproximada de 4800m2 e extensão de 640km de litoral. A formação vegetal própria do ecossistema manguezal margeia, entre outros acidentes geográficos, numerosos canais de maré, baías, estuários e reentrâncias; nesses ambientes costeiros deste Estado domina o sistema de macro-marés, conferindo aos mesmos condições peculiares em relação às demais regiões costeiras brasileiras. Enquanto a exportação de macro-particulados dos manguezais para as águas costeiras é um fato comprovado em diferentes manguezais a nível mundial e de consenso entre os pesquisadores, o que não ocorre quando se trata de micro-particulados e de nutrientes dissolvidos. Poucos estudos têm sido realizados, nesse último caso, em virtude de dificuldades metodológicas existentes nos cálculos de fluxos. A seleção da área-piloto para este estudo foi o manguezal do canal maré-igarapé Nunca Mais, situado ao norte da ilha de São Luis, com uma área de 1,22 km2, deveu-se ao fato de que a mesma se constitui de um ecossistema onde ocorrem trocas diretas com as águas costeiras do golfo do Maranhão e ausência de esgotos domésticos. Esse canal constitui a único meio de transporte de material entre o manguezal e as águas costeiras e, durante a enchente das marés de sizígia, o primeiro é completamente inundado. O objetivo central deste trabalho é o de quantificação, caracterização e estudo da dinâmica dos nutrientes inorgânico dissolvidos e da matéria orgânica associada a micro-particulados. Utilizou-se, neste estudo, cálculos de fluxos de nutrientes inorgânico dissolvido e da matéria orgânica pelo método do "Euleriano", durante um período de 13 meses, de abril de 2000 a abril de 2001, nas marés de quadratura e sizígia, em 52 ciclos de maré. Os fluxos instantâneos e líquidos foram calculados para os nutrientes inorgânicos dissolvidos (amônio, nitrito, nitrato, fosfato e silicato) e da matéria orgânica (carbono orgânico, nitrogênio orgânico e fósforo orgânico). Os dados, para a caracterização da matéria orgânica, foram oriundos da determinação razão elementar C/N e das razões isotópicas do carbono (13C) e do nitrogênio (15N) e da identificação de substâncias húmicas dissolvidas como traçadores das fontes de matéria orgânica. As diferenças entre dia e noite dos valores médios mostraram uma variação próxima de 0% para o p1-1 e salinidade, positivas com valores de 5, 6, 8 e 11%, respectivamente, para nitrato, fosfato, amônio e silicato e negativas para oxigênio (-10%) e de -1 a -6% para a matéria orgânica dissolvida e particulada. Os nutrientes dissolvida e a MOD variaram de forma semelhante com o nível d'água mostrando valores mais elevados na baixa-mar indicando o fluxo da água intersticial do manguezal para o canal de maré, enquanto que a MOP os valores variaram em função da velocidade da corrente mostrando a ressuspensão e o transporte do sedimento. Isso comprova que os processos biológicos de consumo de nutrientes e decomposição da matéria, no canal de maré, e a dinâmica da maré constituíram os fatores nas variações nictemerais. Os resultados obtidos mostraram uma variação sazonal com valores baixos no período seco, exceto para o silicato e elevados no período chuvoso comprovando que a precipitação pluviométrica influenciou no transporte do manguezal para a região costeira. Além disso, no período seco, ocorreu um maior consumo de nutrientes pelo fitoplâncton em consonância como o aumento da produção primária obtida. Foi, também, evidenciada uma diminuição na concentração do material particulado em suspensão e da MOP durante esse último período devido a diminuição do fluxo do manguezal. A exportação de nutrientes inorgânicos e matéria orgânica do manguezal, na área-piloto do igarapé Nunca Mais, é evidenciada, neste estudo, pela interpretação de cálculos de fluxos e de valores obtidos para a razão CÍN e as razões isotópicas δ13C e δ15N. Essas razões utilizadas como traçadores naturais levaram á identificação das principais fontes de matéria orgânica no canal de maré, quais sejam, as oriundas do manguezal em torno de 75%, das águas costeiras e a resultante da produção alóctone de 25%. Durante o período chuvoso, há predominância da MOP e MOD proveniente do manguezal, enquanto que no período seco as fontes marinhas e autóctone são mais expressivas; os processos fotossintéticos relacionados com o fitoplâncton, no canal de maré, justificam a produção autóctone. Observou-se que a exportação da MOD (-14mM.m-2.d-1) para as águas costeiras é inferior á da MOP (-20mM.m-2.d-1); essa diferença foi associada aos processos hidrodinâmicos de ressuspensão e transporte de sedimentos. Essa matéria orgânica dissolvida é constituída, predominantemente, de substâncias húmicas, que são mais resistente ao ataque bacteriano e, conseqüentemente sujeitas ao transporte, pelas correntes de maré, a longas distâncias até a plataforma. É plenamente justificável que a amplitude de maré e precipitação pluviométrica sejam fatores relevantes nesses processos de exportação. Pelo exposto, ratifica-se, neste estudo, que o manguezal desempenha importante papel na fertilização das águas costeiras do golfo do maranhão.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Effects of plant cover on the macrofauna of Spartina marshes in northern Brazil(2009-12) BRAGA, Cesar França; BEASLEY, Colin Robert; ISAAC, Victoria JudithDados sobre a densidade e diversidade da macrofauna em relação à altura e densidade de Spartina brasiliensis foram obtidos em bancos de marismas em um estuário tropical no norte do Brasil. A amostragem foi realizada quatro vezes durante um ano, nas estações chuvosa, seca e nos períodos de transição entre estas. A amostragem foi realizada em marismas de três classes de tamanho: pequeno, médio e grande. As variáveis foram analisadas em relação às estações do ano e das classes de tamanho das marismas. Um total de 46 táxons foram encontrados, com os poliquetos, isopodos e o gastropódo Neritina virginea dominando a fauna, resultados similares a estudos realizados em marismas no sul do Brasil. A densidade e a diversidade da macrofauna foram correlacionadas positivamente com a densidade de colmos da vegetação, indicando um possível papel da vegetação em proteção contra predação. Todas as três variáveis foram maiores durante os períodos transicionais entre as estações chuvosa e seca e mudanças sazonais em precipitação, salinidade e disponibilidade de luz possam influenciar mortalidade, disponibilidade de alimento e assentamento da macrofauna. Não houve um efeito de tamanho da marisma sobre a macrofauna ou a vegetação. O efeito beneficial da vegetação sobre a macrofauna é apoiado por outros estudos de marismas brasileiras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Eficiência de diferentes abordagens metodológicas e caracterização das associações macrobentônicas estuarinas da zona costeira amazônica(Universidade Federal do Pará, 2009-06-10) MONTEIRO, Viviane Ferreira; ROSA FILHO, José Souto; http://lattes.cnpq.br/3223362071251898As associações macrobentonicas estuarinas de regiões costeiras amazônicas foram caracterizadas usando diferentes aberturas de malha e profundidades de amostragem. As amostragens aconteceram na ilha de Algodoal e península de Ajuruteua (PA), nos períodos chuvoso e seco (junho e dezembro de 2007, respectivamente), nos habitats borda do mangue, mangue, areno-lamoso e arenoso. Em cada habitat foram coletadas oito amostras biológicas, utilizando tubo cilíndrico de 0,0079 m², assim como amostras para caracterização do substrato (textura, umidade e concentrações de matéria orgânica), e concentrações de clorofila a e feopigmentos. Cada amostra biológica foi dividida em três estratos (0-5, 5-10 e 10-20 cm), sendo cada estrato peneirado em malhas de 1,0, 0,5, 0,3 e 0,25 mm de abertura. Foram utilizadas técnicas univariadas (ANOVA) e multivariadas (MDS, ANOSIM, SIMPER e BIOENV) para a analise dos dados. A macrofauna foi composta por 68 táxons com dominância de Annelida (Tubificidae e Capitellidae). As malhas de 0,3 e 0,25 mm foram as mais eficientes na retenção de organismos e espécies, enquanto a malha de 1,0 mm perdeu quantidades significativas de organismos, sobretudo de Tubificidae. As amostras coletadas a 10 e 20 cm de profundidade não diferiram significativamente quanto numero de táxons e organismos. Foram observadas variações espaciais significativas na estrutura da macrofauna entre habitats em ambos os locais e ocasiões de amostragem, com densidade e riqueza superiores nos habitats lamosos. As variáveis ambientais mais correlacionas com a fauna foram a quantidade de argila, a concentração orgânica e o teor de umidade nos sedimentos. Foi possível concluir que: 1. A fauna bentônica na ilha de Algodoal e península de Ajuruteua foi composta por poucos táxons, sendo eles tipicamente estuarinas e de pequenas dimensões, dominada por Annelida; 2. para a caracterização da macrofauna bentônica e necessário a tomada de amostras somente ate a profundidade de 10 cm de sedimento e o peneiramento em malha de 0,3 mm de abertura; 3. os habitats lamosos tiveram geralmente maiores densidades e riqueza; 4. apenas na ilha de Algodoal se observou variação temporal na estrutura da macrofauna; 5. a quantidade de argila, feopigmentos e teor de umidade nos sedimentos foram os principais fatores responsáveis pela estruturação da fauna.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Estimativa da produção anual de serapilheira dos bosques de mangue no Furo Grande, Bragança-Pará(2007-10) FERNANDES, Marcus Emanuel Barroncas; NASCIMENTO, Antonia Aparecida Monteiro do; CARVALHO, Muzenilha LiraAs condições ambientais de determinado local podem influenciar a produtividade dos manguezais. Assim, este estudo estimou a produção total e dos componentes da serapilheira no Furo Grande, Bragança, PA. Este estudo compreendeu quatro ciclos anuais (julho/2000 a agosto/2004) em três sítios. Foram instaladas sete cestas em cada sítio ao longo de uma transecção de 140 m, com intervalos de 20 m. Cada cesta possuía uma área útil de 1 m2, com tela de 1 mm2, suspensa acima do nível das marés de sizígia. O material acumulado nas cestas foi coletado mensalmente, separado em folha, flor, fruto, estípula, galho e miscelânea, sendo posteriormente secado a 70 ºC até alcançar peso constante. A produção média dos quatro anos foi de 9,85 t.ha-1.ano-1 no sítio 1, 6,41 t.ha-1.ano-1 no sítio 2 e 5,99 t.ha-1.ano-1 no sítio 3, cuja comparação apresenta diferença significativa entre os sítios 1 e 3 (H=7,53; gl=2; p<0,05). Em suma, os resultados apontaram que a folha foi o componente de maior produtividade e, juntamente com a flor, teve pico na estação seca, o que parece favorecer uma economia de energia para o investimento em reprodução, enquanto a maior produção de fruto foi na estação chuvosa, promovendo a dispersão de propágulos e, conseqüentemente, a renovação e manutenção dessas florestas.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Feeding ecology of juvenile dog snapper Lutjanus jocu (Bloch and Shneider, 1801) (Lutjanidae) in intertidal mangrove creeks in Curuçá estuary (Northern Brazil)(2009-12) MONTEIRO, Dijane Pantoja; GIARRIZZO, Tommaso; ISAAC, Victoria JudithA dieta e a ecologia alimentar de juvenis de Lutjanus jocu foram verificadas em 92 espécimes coletados em quatro canais de maré do estuário do rio Curuçá, Norte do Brasil, entre setembro de 2003 e julho de 2004. O comprimento total dos peixes coletados não apresentou diferenças significativas entre os meses amostrados. A intensidade alimentar foi elevada conforme indicado pelos altos valores do índice de repleção estomacal e os baixos valores do índice de vacuidade. A presa mais importante foi Penaeidae, seguida por Grapsidae e Porcellanidae. A dieta de juvenis de L. jocu apresentou diferenças sazonais evidentes. Os espécimes da estação seca (setembro e novembro) e transição seca/chuvosa (janeiro) foram considerados especialistas alimentando-se exclusivamente de Penaeidae. No entanto, os espécimes da estação chuvosa (março e maio) e da transição chuvosa/seca (julho), que alimentaram-se principalmente de Grapsidae, Penaeidae e Porcellanidae, foram considerados generalistas. Esta mudança sazonal na dieta poderia estar relacionada com a disponibilidade do alimento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Formas de relevo e dinâmica costeira em São Caetano de Odivelas (PA)(Universidade Federal do Pará, 2013-05-22) PICANÇO, Maria do Socorro Monteiro; FRANÇA, Carmena Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/5723672412810714A presente pesquisa foi realizada sobre a porção norte do Município de São Caetano de Odivelas (PA), a qual teve por objetivos identificar as unidades de relevo, analisar a distribuição dessas unidades a partir dos condicionantes fisiográficos, verificar a variação multitemporal da posição da linha de costa, identificar os geoindicadores e analisar as consequências para a vegetação e a morfologia nesta área de estudo. Os procedimentos metodológicos da pesquisa incluíram o levantamento bibliográfico e revisão de literatura; o levantamento de base cartográfica e de produtos de sensores remotos; tratamento e processamento digital das imagens orbitais; elaboração de mapas temáticos e trabalhos de campo. Dentre as unidades morfológicas nesta área de estudo estão os tabuleiros que perfazem um total de 52,7 km² e se situam no centro desta área de estudo, na forma de blocos isolados com um relevo suave ondulado, na qual a altimetria vai de 6 a 30 metros; as planícies lamosas de maré perfazem 95,9 km² e posicionam-se como sítios paralelos à linha de costa e ao longo do baixo curso dos rios, possuem uma topografia plana, na qual sua altimetria vai de 2 a 6 metros; os bancos lamosos de intermaré contam com 7,3 km², posicionam-se de forma planos paralelos à linha de costa, com relevo ligeiramente inclinado que vai de 0 a 2 metros; os cordões arenosos subatual somam 2,2 km² e se posicionam em formato de flechas dispostas no sentido da atual linha de costa, com topografia plana, com uma altimetria de 6 a 12 metros; as planícies aluviais contam com 10,7 km² e se situam em contato com as áreas de mangue e ao longo de alguns canais fluviais, com uma topografia plana, acima de 6 metros; as planícies aluviais com presença de espécies de Avicennia sp. contam com 1,1 km², apresentam uma topografia plana que vai de 2 a 6 metros, e encontram-se o interior das planícies lamosas de maré; as planícies aluviais com vegetação de campos perfazem 4,4 km², localizam-se em forma de sítios estreitos do fundo de vales com uma topografia plana que vai de 4 a 10 metros; as barras arenosas contam com 17,3 km², situam-se como depósitos alongados no sentido das desembocaduras dos estuários e apresentam uma topografia plana, que vai de 0 a 2 metros. Os indicadores geomorfológicos identificados são o avanço e o recuo da linha de costa; surgimento e crescimento de barras arenosas; aproximação e afastamento de barras arenosas em relação à linha de costa; os indicadores biológicos dizem respeito a formação de neossolos e a destruição do solo de mangue; o aumento da área de mangue e desenvolvimento do padrão “Escada”; redução de área de mangue e formação do padrão “Paliteiro”. As mudanças morfológicas podem ser classificadas em sua maioria como acrecionais, pois em 24 anos ocorreu um acréscimo nas áreas de mangue de 3,85 km², o que responde por 4,19% da área total acrescida além de ter ocorrido, neste período, a instalação de duas novas ilhas a Nova e a Peruru. A dinâmica que ocorre neste município causa modificações no solo e na morfologia devido a instalação de neossolos e da formação do ecossistema manguezal, além da ocorrência dos padrões “Escada” e “Paliteiro”.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência da sazonalidade sobre as águas estuarinas dos furos da ilha de Colares (baía do Marajó)(Universidade Federal do Pará, 2014-12-17) GUIMARÃES, Robledo Hideki Ebata; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429A caracterização das águas superficiais e intersticiais nos estuários é fundamental para desvendar as condições ambientais, qualidade ambiental e mudanças sazonais, que podem ocorrer em espaço menor como é o caso do furo da ilha de Colares. Este trabalho tem como objetivo mostrar a influência da sazonalidade nas águas estuarinas na foz Norte e Sul do furo da ilha de Colares e da contribuição das águas intersticiais para as águas superficiais. Os parâmetros físicos e químicos, e nutrientes contemplados são: índice pluviométrico (IP), temperatura, salinidade, pH, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, material particulado em suspensão, oxigênio dissolvido, profundidade de Secchi, nitrato, nitrito, N-amoniacal, fosfato, silicato e sulfato. A determinação destes parâmetros ocorreu de forma simultânea em cada foz do furo de Colares durante um ciclo de maré (13 horas) nos periodos chuvoso (10/04/2013) e menos chuvoso (05/10/2013). Os resultados revelam que a sazonalidade interfere nas condições abióticas das águas estuarinas do furo da ilha de Colares e deduz que o IP é o fator de maior efeito das mudanças dos parâmetros físicos e químicos e, sobretudo o maior responsável na mobilidade, disponibilidade e distribuição dos nutrientes dissolvidos, que foram encontrados em concentrações maiores no período chuvoso. Ainda os nutrientes nitrato e N-amoniacal foram considerados muito elevados na foz Norte, possivelmente relacionados com a influência de atividades antropogênica. Contudo foram considerados dentro dos limites estabelecidos pela Resolução 357 da CONAMA/05. Na foz Sul ocorreu níveis de pH fora do padrão estipulado pela Resolução da CONAMA, porém o fenômeno foi considerado natural visto que este em especifico se encontra distante de atividades antropogênicas. No período menos chuvoso o N-amoniacal foi considerado ausente na foz Norte e Sul. O manguezal foi considerado como fonte de salinidade, silicato e sulfato para as águas superficiais.Tese Acesso aberto (Open Access) Interação de Ucides cordatus Linnaeus, 1763 em manguezais da Ilha de Marajó: uma abordagem ecológica(Universidade Federal do Pará, 2012) GOMES, Cleidson Paiva; FERNANDES, Marcus Emanuel Barroncas; http://lattes.cnpq.br/8943067124521530O presente trabalho foi realizado nos manguezais de Soure, Ilha de Marajó, Pará, Brasil, onde o grande aporte fluvial permite o desenvolvimento de zonas de transição estuário/rio que definem o limite geobotânico para os manguezais paraenses e, consequentemente, para o caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Ucididae) frequentemente encontrado na região. Para uma abordagem ecológica sobre a interação entre U. cordatus e as florestas de mangue foram investigados os seguintes temas: i) a relação entre as características populacionais de U. cordatus e os diferentes níveis de transição ao longo do gradiente de vegetação entre as florestas de mangue e as florestas de várzea estuarina; ii) a influência dos fatores ambientais dessas zonas de transição sobre os padrões de tamanho e densidade populacional de U. cordatus; iii) os impactos da herbivoria de U. cordatus sobre a produção de propágulos e os possíveis efeitos no processo de recrutamento desses propágulos para as florestas de mangue. Sítios de trabalho foram classificados quanto ao nível de transição com floresta de várzea estuarina, sendo estes valores correlacionados com dados de densidade e tamanho dos indivíduos das populações de U. cordatus. Em cada sítio de trabalho determinou-se a disponibilidade de alimento através da serapilheira, as taxas de salinidade, e os indicadores das atividades de pescadores sobre essas áreas. O impacto de U. cordatus sobre o recrutamento dos bosques foi avaliado através da estimativa da taxa de herbivoria e predação de propágulos. Os resultados revelam que em zonas de “alta transição” as condições locais parecem limitar os estoques de U. cordatus, haja vista essa espécie ter apresentado valor de densidade populacional muito abaixo daqueles registrados na zona de “baixa transição”. No entanto, zonas de alta transição oferecem condições mais favoráveis ao desenvolvimento das populações do caranguejo-ucá, principalmente no que se refere à variabilidade e disponibilidade de alimento e à proteção contra a ação antrópica na região. Os indicadores da atividade da pesca de U. cordatus revelaram que os bosques de mangue da zona de baixa transição estão mais sujeitos à sobreexploração, principalmente pela facilidade de acesso. A principal via de impacto sobre os propágulos foi a taxa de consumo de 60%, sendo que a taxa de exportação dos propágulos pelas marés foi de apenas 1%, sendo considerada pouco relevante. U. cordatus pode ser considerado o principal agente de impacto sobre a produção de propágulos desses bosques de mangue sem apresentar seletividade por tamanho ou maturidade dos propágulos, sendo importantes na regulação das taxas de recrutamento e, consequentemente, na dinâmica populacional das árvores de Rhizophora nas florestas de mangue da zona costeira da Ilha de Marajó, na Amazônia brasileira.Tese Acesso aberto (Open Access) Manguezais do Pará: fauna de galerias perfuradas por teredo em toras de Rhizophora(Universidade Estadual de Campinas, 1989-11-29) FERREIRA, Clara Pantoja; AMARAL, Antonia Cecília Zacagnini; http://lattes.cnpq.br/4597417616952392Considerando a reconhecida importância dos manguezais, a grande extensão que ocupam no litoral paraense e para que pudesse conhecer a composição de sua vegetação e demonstrar a importância das galerias perfuradas em toras de madeira, como habitat para diversas populações, foram realizadas coletas cíclicas de toras de Rhizophora. Paralelamente foram medidas a temperatura, pH, salinidade e oxigênio dissolvido da água. A região de estudo foi dividida em 2 ÁREAS. A primeira com 3 Subáreas no manguezal do Igarapé-Curuçambá (Ananindeua), onde as coletas foram efetuadas de abril de 95 a janeiro de 86, a segunda ÁREA com 4 Subáreas, nos municípios de Benevides, ilha de Mosqueiro, Vigia e São Caetano de Odivelas, cujas coletas foram realizadas em julho de 87 e janeiro de 88; estes períodos correspondem as estações seca e chuvosa. Os bosques de mangue de todas ÁREAS são bem desenvolvidos, particularmente os de Vigia e São Caetano de Odivelas que são estruturalmente os mais desenvolvidos. Rhizapbora ffanile foi a espécie dominante nas 2 ÁREAS. Um total de 45 espécies e 5022 indivíduos foram registrados nas galerias das 40 toras de Rhizophora analisadas. CRUSTÁCEA foi o táxon dominante em número de indivíduos e de espécies em quase todas as Subáreas, sendo o Anfipoda Grandidierella bonnieroides a espécie dominante da fauna, representando 43,5% do total dos indivíduos. O alto grau de afinidade da fauna na ÁREA I reflete a grande proporção de espécies comuns a Subáreas. O baixo valor de similaridade entre as Subáreas da ÁREA II, indica que a composição da fauna encontrada nas galerias é influenciada pelas diferentes condições físicas e biológicas a que estão sujeitas as toras de Rbizophora. Os valores relativamente altos de diversidade nas ÁREAS sugerem condições estáveis no interior das galerias, oferecendo possibilidades de adaptações e interações biológicas, que resulta na coexistência de várias espécies no interior das galerias.
