Navegando por Assunto "Mebendazol"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da atividade antineoplásica dos fármacos metformina e mebendazol isolados e em associação em linhagem celular de câncer(Universidade Federal do Pará, 2018) SILVA, Karla de Assis; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586O câncer gástrico será responsável por 782.685 óbitos em todo o mundo no ano de 2018, sendo a quinta causa mais comum de câncer no mundo e a quarta no Brasil. Por não apresentar sintomas patognomônicos, o diagnóstico do câncer gástrico acontece de forma tardia na maioria dos casos. Além disso, esta doença é amplamente resistente à quimioterapia citotóxica e à radioterapia, sendo a cirurgia de ressecção o tratamento que oferece maior potencial de cura. O adenocarcinoma é o subtipo de câncer de estômago mais comum, com incidência superior a 90%. Os fatores de risco para esta patologia são múltiplos e incluem aspectos genéticos, ambientais e alimentares. Os fármacos metformina e mebendazol, hoje utilizados nos tratamentos da diabetes e infecções parasitárias, respectivamente, apresentaram efeitos antineoplásicos em estudos de vários tipos de câncer. Para a metformina, foram descritos diversos possíveis mecanismos de ação anticâncer, entre eles a ativação da via LKB1/AMPK/mTOR. Já o mebendazol impede a polimerização tubulinas, inibindo o crescimento e o poder de invasão das células cancerígenas. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo a avaliação do efeito da metformina e do mebendazol conhecidos por seus potenciais efeitos antineoplásicos e baixa toxicidade, de forma isolada e em associação na linhagem AGP01 (estabelecida a partir de células neoplásicas presentes no líquido ascítico de um indivíduo com câncer gástrico do tipo intestinal). Para este fim, foram realizados os seguintes testes in vitro: citotoxicidade do MTT, avaliação de viabilidade/apoptose e necrose, análise de ciclo celular e ensaio de migração. A metfomina apresentou CI50 de 6,2mM e o mebendazol CI50 de 300nM administrados isoladamente, ao serem combinados houve um efeito sinérgico com novos valores de CI50 de 1,8mM e 88nM, respectivamente. Na migração celular a metformina inibiu a migração a partir do tempo de 12h e o mebendazol a partir do tempo de 24h, a combinação dos fármacos não demonstrou alteração no tempo de inibição, porém aumentou a confiabilidade do teste. Os fármacos mebendazol e metformina induziram a morte celular por apoptose e impediram a progressão do ciclo celular, aumentando a porcentagem de células na fase G1/G0 e diminuindo a porcentagem de células na fase S e G2/M. estes dados confirmam, ao menos em parte, os efeitos antineoplásicos destes fármacos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação do potencial antineoplásico da idarrubicina associada ao mebendazol em linhagem de adenocarcinoma gástrico metástatico(Universidade Federal do Pará, 2018-10-30) OLIVEIRA, Marcelli Geisse Sousa de; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586A neoplasia gástrica representa o quarto e quinto tipo de tumor com maior incidência no Brasil, em homens e mulheres, respectivamente. As terapias atuais direcionadas para esta neoplasia apresentam uma taxa de sucesso insatisfatória. Dentre as possíveis estratégias, está a utilização de inibidores específicos que auxiliem na interrupção da progressão tumoral. Neste sentido, o presente estudo avaliou o potencial antineoplásico da idarrubicina em associação ao mebendazol (MBZ) em uma linhagem celular de câncer gástrico metastático, AGP01. A idarrubicina (IDA) capaz de induzir danos ao DNA, através da intercalação entre os pares de bases, quebrando a fita de DNA e interação com a enzima topoisomerase II e o MBZ, por sua vez, atua através da despolimerização da tubulina e posterior desestruturação da função dos microtúbulos. Em vista disso, o estudo teve o intuito de realizar ensaios in vitro para avaliar a eficácia destas drogas isoladas e em combinação em uma linhagem estabelecida partir de uma amostra de paciente com câncer gástrico metastático. Os dados revelaram que tanto a IDA quanto o MBZ apresentaram elevada citotoxicidade na linhagem AGP01 (242nM e 300nM), sendo que a maior atividade citotóxica foi conferida na associação das substâncias com a CI50 de 123,8nM para IDA e 153,5nM para o MBZ. Além disso, verificou-se que ambas as substâncias isoladas e em associação retardaram o processo de migração celular 12 horas após o tratamento com IDA isolada na concentração de 121nM quando comparado o CN (p<0,05), 12 horas após o tratamento com IDA isolada na concentração de 242nM quando comparado o CN (p<0,001), 12 horas após o tratamento nas concentrações 123,9 nM (CI50 da combinação IDA) e 153,5nM (CI50 da combinação MBZ) quando comparado ao CN (p<0,05). Além disso, a tanto a IDA quanto o MBZ, isolados e em associação, induziram a apoptose na linhagem AGP01 (p<0,001). Adicionalmente, ambas as substâncias tanto isoladamente quanto em associação foram capazes de bloquear o ciclo celular, na fase S para IDA e MBZ+IDA e na fase G2/M para o MBZ. Vale ressaltar que esse é o primeiro estudo que associa a IDA ao MBZ em câncer. Ao avaliarmos os efeitos das substancias, é de suma importância ressaltar que ao combinarmos as substancias verificamos que a dose necessária para produzir os mesmo efeitos que as substancias isoladas, foi reduzida pela metade. Os resultados gerados pelo presente trabalho demonstram que tanto as substancias isoladas quanto as substancias em associação apresentam um potencial anticâncer bastante promissor para pacientes no câncer gástrico avançado.
