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Navegando por Assunto "Mulheres benzedeiras"

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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Antropização urbana frente aos elementos de cura de mulheres benzedeiras de Castanhal-Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2021-04-06) SILVA, Gleibson do Nascimento; ROCHA, Carlos José Trindade da; http://lattes.cnpq.br/7815926450187234; https://orcid.org/0000-0001-5172-9182
    Esta pesquisa assumiu o propósito de investigar como as mulheres benzedeiras são afetadas em suas práticas com elementos de cura na cidade de Castanhal (PA). Neste sentido, abordase a localização geográfica, o perfil das mulheres benzedeiras no município de Castanhal e o saber-fazer, em meio à antropização urbana, os elementos de cura material e imaterial da benzeção e as suas adaptações e dificuldades nas práticas de cura. Para tanto, a investigação apresentou a abordagem qualitativa com procedimentos descritivo-exploratório e desenvolvida sob um olhar antrópico com o viés metodológico da etnometodologia. As técnicas utilizadas foram: observação participante, conversas informais, registros audiovisuais, caderno de campo e entrevistas narrativas com cinco mulheres benzedeiras. A análise dos dados identificou que as mulheres benzedeiras se localizam em duas zonas diferentes, quatro delas se localizam na Àrea da Cidade Compacta de Ocupação Prioritária (ACOP) e correspondem aos respectivos bairros: Novo Olinda (Dona Dedê), Caiçara (Dona Rosilda), Milagre (Dona Gertrudes), bairro São José (Dona Maria) e uma única habita a Zona Predominantemente Residencial (ZPR), correspondendo ao Conjunto Japiim (Dona Sabá). O perfil das benzedeiras compreende a faixa etária entre 62 e 94 anos, são, em sua maioria, viúvas e católicas, naturais do Pará, com média de atuação no trabalho de benzeção de 62 anos e que herdaram o dom do benzimento de mães, pais e/ou avós. O processo de antropização urbana é marcado pela industrialização, comércios e serviços, produzem diferentes modos de aquisição aos seus elementos de cura no ofício da benzeção, além de revelar angústias e anseios a elas, provocados pela escassez de tais elementos, com estreita relação de adaptação, o que as leva a realizarem suas práticas com os elementos cultivados em seus próprios quintais, frente ao contínuo crescimento urbano. Constatou-se que elas se organizam em microterritórios que estruturam uma rede urbana de reciprocidade e solidariedade o que promove trocas de valores e diálogo interpessoal. As mulheres benzedeiras de Castanhal tratam o seu dom como elemento intrínseco e legítimo e como dádiva do divino. Assim, as suas práticas apresentam uma artesania genuinamente amazônica de antropizações que vão sobrevivendo em face do inter-relacionamento do crescimento urbano e contínuo da cidade. A presença de benzeção se configura como ato de resistência proveniente de um passado rural que tensiona e flexibiliza os imaginários geográficos urbanos. Por meio de suas narrativas, percebe-se que a ação da antropização urbana sobre seus ofícios de cura acaba superando as dificuldades com adaptação a novos elementos em suas práticas. A valorização e reconhecimento do trabalho das mulheres benzedeiras de Castanhal é uma ação necessária para potencializar e manter a benzeção e o benzimento no município, além de constituir uma poderosa ferramenta de enfrentamento à crise da (des)humanização.
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