Navegando por Assunto "Multimídia (Arte)"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Vestígios na tela: Dança floresta, corpo situado em Improviso(Universidade Federal do Pará, 2025-02-26) CASTRO, Roberta Suellen Ferreira; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211O Videomaker, assim como, o Editor são modalidades recentes na arte da dança, sendo necessário traçar estudos para o que vem aos poucos, surgindo enquanto artista da dança, que em ato se interpela com o vídeo numa relação de imersão e contato exploratório com o espaço, câmera, computador e outros corpos. Sem roteiro e sob condições da composição em tempo real, nas etapas de filmagem e edição, a artista maneja competências e habilidades da dança gerando um campo intensivo somático de fragilidade e incertezas, já que produz gestos e posições com a câmera em movimento. A alteração em ato exige atenção constante de um cuidado com a câmera e com os movimentos que realiza. É o próprio artista quem conduz a produção imagética derivada do processo de captação e edição, onde se origina outra dança com seus cortes, ligações e desdobramentos formando um corpo o qual se vê interpelado por uma dança primeira, que não é a primeira, mas vestígio de uma dança outra, que se faz na seleção de quadros móveis no processo de pós-produção. Partindo da residência artística “Dança Floresta”, realizada em 2021 pela Cia Experimental de Dança Waldete Brito, este estudo tem por objetivo investigar subjetividades do corpo dançante, a partir da relação que o artista multimídia do Videodança estabelece com os meios no contexto amazônico. A pesquisa parte das seguintes questões: Qual a natureza e subjetividades da dança contemporânea? O que move o Videomaker que dança que improvisa no espaço da floresta? Como analisar/investigar subjetividades do corpo dançante pelas imagens do Videomaker em contato com o intérprete-criador em dança, quando compõem em tempo real? De natureza qualitativa e sob a perspectiva do pesquisador participante, a produção de dados provém da análise de vídeos, imagens e de questionário semiestruturado. Situada na linha tênue entre campos de conhecimento distintos, a pesquisa aponta como resultado um caminho possível de produção de vídeo. Embora perpasse pelos meios técnicos, a imagem produzida provém da captação e entrelaçamento de subjetividades que se multiplicam na tela, aponta uma tecnologia de alta complexidade, que embora se aproprie do dispositivo câmera, é gerenciada pela natureza humana, uma engrenagem orgânica dotada de sensibilidade, percepção e desejos particulares. Esses mecanismos não só orientam o processo de criação coreográfica, como também, subvertem a ordem do que tem sido empregado como inovação tecnológica. Sendo assim, o corpo dançante não se coloca a serviço desses utensílios, mas dialoga com eles tornando-se a própria tecnologia corporificada pelo ato criativo.
