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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Alterações clínicas e metabólicas em portadores de hanseníase multibacilares
    (Universidade Federal do Pará, 2009-12-30) CALIXTO, Sheyla Cristina de Souza; XAVIER, Marília Brasil; http://lattes.cnpq.br/0548879430701901
    A hanseníase é doença infecto-contagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se por acometimento dermatoneurológico, variando em espectro entre dois polos estáveis (tuberculoide e virchoviano), com formas intermediárias instáveis. Uma classificação operacional, para fins de tratamento, reúne os doentes em dois grupos: paucibacilares (PB) que correspondem a formas clínicas que possuem 1-5 lesões e baciloscopia negativa; multibacilares (MB) que correspondem a formas clínicas com mais de 5 lesões e com ou sem baciloscopia positiva. Apesar de curável, a hanseníase ainda representa relevante problema de saúde pública. Sua maior morbidade associa-se aos estados reacionais e ao acometimento neural que podem causar incapacidades físicas e deformidades permanentes, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Consequências clínicas, no que diz respeito as alterações oftalmológicas, endócrinas e cardiovasculares podem advir da etiopatogenia do processo infeccioso e imunopatológico, assim como dos efeitos adversos medicamentosos, desse modo tais eventos necessitam de esclarecimento afim de que o planejamento em saúde possa minimizar tais agravos. Um pronto diagnóstico, possibilita um tratamento precoce e eficaz, evitando com isso alterações clínicas importantes e sequelas. Foi realizado um estudo descritivo do tipo série de casos com 68 pacientes com alta terapêutica da hanseníase maior ou igual a 2 anos e com tratamento dos estados reacionais, tendo como objetivo descrever os aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais em pacientes multibacilares após alta com enfoque no diagnóstico de hipertensão, diabetes, osteoporose e discutir possíveis relações com tratamento dos episódios reacionais hansênicos. Observamos que a maioria dos pacientes eram do sexo masculino, com faixa etária acima de 45 anos, procedente de Belém, baixa escolaridade e de baixa renda familiar, o tipo de hanseníase predominante foi a forma virchowiana, a reação reversa foi o estado reacional mais prevalente, o corticoide foi o medicamento mais utilizado para o tratamento nos estados reacionais, os pacientes que não usaram corticoide apresentaram maior percentagem de densitometria normal, as comorbidades diabetes, hipertensão e osteoporose foram mais frequente em pacientes que usaram corticoide e com idade acima de 45 anos. O grau 2 foi o grau de incapacidade mais prevalente.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Associação do polimorfismo do gene humano NRAMP1 na susceptibilidade/resistência para hanseníase em áreas endêmicas do estado do Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2011) SILVESTRE, Maria Perpétuo Socorro Amador; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    Hanseníase é um problema de saúde pública no estado do Pará e um desafio para os Programas de Controle que almejam o estabelecimento de estratégias para minimização do agravo da doença. O entendimento do mecanismo genético e imunológico para explicar a manutenção da endemia pode ser uma das alternativas para melhoria da abordagem do problema na nossa região. O gene humano de resistência natural associada à proteína macrofágica – NRAMP1 é expresso em macrógfagos e parece estar envolvido com a influência no padrão de resposta imune à infecção com Mycobcaterium leprae. Nós avaliamos associação do polimorfismo deste gene, já descrito por BUU et al, 1995 com a hanseníase “per se” e com os tipos da doença, segundo os níveis de anticorpos anti-PGL-1 na população estudada. Um total de 122 pacientes com hanseníase e 110 não doentes procedentes de municípios endêmicos do estado do Pará, foram genotipados para o polimorfismo deste gene e analisados segundo os níveis de anticorpos anti-PGL-1 desta micobactéria. Observou-se associação com a hanseníase “per se” (p=0.0087), e o polimorfismo da região 3ۥ não traduzida do gene NRAMP1 com inserção/deleção de 4 pares de bases foi fortemente associado com a forma multibacilar (p= 0.025) comparado aos contatos não cosanguíneos. Heterozigotos e portadores do alelo com a deleção (159pb) foram mais freqüentes entre os casos multibacilares do que nos paucibacilares. Os haplótipos do gene NRAMP1 parecem exercer influência importante na apresentação clínica da hanseníase, revelada também pela positividade ao antígeno PGL-1 do mycobacterium leprae.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação das funções neurológicas do hanseniano: a queixa clínica e os achados sensitivo-motores em membros superiores e inferiores
    (Universidade Federal do Pará, 2016) BORGES, Mariana Garcia Lisboa; XAVIER, Marília Brasil; http://lattes.cnpq.br/0548879430701901
    Apesar de curável, a hanseníase ainda representa um relevante problema de saúde pública. Trata-se de uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae e caracterizada por acometimento dermatoneurológico, que quando não tratado adequadamente pode levar a graves incapacidades. A avaliação das funções neurológicas do paciente é de relevante importância para o diagnóstico precoce e tratamento das lesões dos nervos periféricos. Tendo em vista a quantidade de exames subjetivos presentes na avaliação neurológica do hanseniano e preocupando-se com a sua consistência em mostrar, de forma fidedigna, a situação dos pacientes, este estudo busca correlacionar as queixas clínicas apresentadas pelos hansenianos com os achados sensitivos e motores de membros superiores e inferiores. Para isso, foi realizado um estudo do tipo transversal analítico composto de duas etapas. A primeira etapa contou com 97 hansenianos, atendidos no serviço entre os anos de 2014 e 2015, neles foi aplicada a avaliação neurológica simplificada, na qual foram feitos o exame de palpação de nervos, teste de força muscular, teste de sensibilidade tátil em mãos e pés com monofilamentos de Semmes-Weinstein, além da coleta da queixa clínica. Para a segunda etapa foram selecionados aleatoriamente 14 pacientes, que foram submetidos também aos testes de sensibilidade superficial (térmica, dolorosa e tátil) no trajeto dos nervos mais comumente afetados. Para análise dos dados foram utilizados o teste de Qui-quadrado, teste G e teste t, quando pertinentes à comparação com o esperado para população ou entre grupos. Para correlação de variáveis ordinais o teste correlação de Spearman, considerando-se o nível alfa de significância igual a 0,05. Dos 97 hansenianos, 77 (79,4%) apresentaram queixas, sendo as mais comuns aquelas relacionadas às fibras sensoriais, entre elas dor e dormência foram as mais referidas. À palpação, o nervo ulnar e o tibial foram os mais acometidos e os pacientes multibacilares apresentaram maiores médias de nervos acometidos e maior dano sensitivo. O dano motor não foi muito comum entre os pacientes, mas os baixos índices de força muscular encontrados foram relacionados com estágios de dano sensitivo mais elevados, maior grau de incapacidade e maior quantidade de nervo acometida. Quando comparados quanto à ocorrência de queixa, os pacientes queixosos apresentaram estágios de dano sensitivo mais avançados, grau de incapacidade mais elevado em membros inferiores e ocorrência de dano motor com maior freqüência, porém o tipo de queixa não influenciou esses resultados. Na avaliação da sensibilidade superficial no trajeto do nervo, observou-se uma maior ocorrência de alterações sensitiva também entre os queixosos, sendo a térmica a mais afetada. Percebe-se, então, que os pacientes queixosos estão mais sensíveis aos danos sensitivo e motor, ao elevado grau de incapacidade, e à alteração de sensibilidade em trajeto de nervo. Portanto, os profissionais de saúde devem ficar atentos com este grupo de paciente, destinando maior atenção no momento da avaliação a fim de evitar as temidas incapacidades.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação sorológica dos antígenos micobacterianos ND-O-BSA, LID-1 E NDO-LID em pacientes com hanseníase, contatos intradomiciliares e estudantes de um município hiperendêmico da Amazônia brasileira
    (Universidade Federal do Pará, 2014-04-05) MORAES, Tânia Mara Pires; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125
    Apesar dos esforços para sua eliminação como problema de saúde pública, a hanseníase permanece com alta prevalência em alguns países, como o Brasil, sendo o Estado do Pará responsável pelo diagnóstico de aproximadamente 10% dos cerca de 400.000 casos novos do Brasil nos últimos 10 anos. Até o momento, não existe nenhum teste de diagnóstico para detectar a hanseníase nos estágios iniciais, contribuindo assim para a manutenção das altas taxas de incidência da doença. Neste sentido, novos antígenos específicos do M. leprae que possibilitem o desenvolvimento de novos métodos de diagnóstico podem facilitar a detecção precoce de casos novos e contribuir para alcançar as metas de controle da hanseníase. Neste estudo, foi realizada avaliação clínica e dermatoneurológica dos participantes para a detecção de casos novos e foram coletadas amostras de sangue para pesquisa de anticorpos em dois momentos diferentes, T1 e T2, em um intervalo de tempo de 2 anos entre os mesmos. Os anticorpos IgM anti-ND-O-BSA e IgG anti-LID-1 foram detectados por ELISA, além de anti-IgM e anti-IgG associados para a pesquisa de anti-NDO-LID em amostras de plasma, também por ELISA ou sangue total pelo teste rápido OrangeLife® (OL) de 79 pessoas com hanseníase, 131 contatos e 331 estudantes do município de Breves, Estado do Pará. Nossos resultados mostraram alta incidência de hanseníase de 18,6% e 6,1% em contatos e estudantes respectivamente em T1 e de 19,8% e 9,4% em T2 e neste momento, entre contatos, foram positivos 44,3% para anti-ND-O-BSA, 7,86% para o anti-LID-1 e 37,4% para o anti-NDO-LID e para estudantes foram 49,5% para o anti-ND-O-BSA, 5,1% para o anti-LID-1 e 45% para o anti-NDO-LID. A associação entre os antígenos mostrou uma forte correlação para o ND-O-BSA e NDO-LID. A positividade para o OL em casos novos foi de 44,3% para MB, a maioria BT, em estudantes foi 47,4% e em contatos foi de 36,3%, com baixa concordância com ELISA anti-NDO-LID. No seguimento (T2), o percentual de casos novos foi de 35% e o maior percentual foi identificado entre indivíduos positivos para anti-ND-O-BSA. Os dados mostram alta incidência em contatos e estudantes através de busca ativa e seguimento sorológico, e concluímos que o antígeno ND-O-BSA se mostrou mais sensível no ensaio de ELISA para a identificação de casos novos em populações endêmicas.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Detecção de Mycobacterium lepra por PCR em "SWAB" nasal e "SWAB" da linfa do lóbulo da orelha de pacientes hansenianos
    (Universidade Federal do Pará, 2007-11-30) PONTES, Ana Rosa Botelho; ISHIKAWA, Edna Aoba Yassui; http://lattes.cnpq.br/3074963539505872
    Recentemente vários estudos têm usado a técnica Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) para detecção do DNA do Mycobacterium leprae, em diversas amostras biológicas, demonstrando alta sensibilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a sensibilidade da PCR na detecção de M. leprae em “swab” nasal e “swab” da linfa do lóbulo da orelha de pacientes hansenianos e comparar os resultados da PCR com a baciloscopia e histopatologia e formas multibacilares (MBs) e paucibacilares (PBs) da hanseníase. Foram coletadas amostras de secreção nasal e linfa do lóbulo da orelha de 24 pacientes hansenianos. Para amplificação do DNA foram testados três pares de primers: S13 e S62, R1 e R2, LP1 e LP2 que amplificam fragmentos de DNA de 531 pb, 372pb e 129pb, respectivamente. Os iniciadores LP1 e LP2 expressaram maior sensibilidade, independente das amostras clínicas. Os resultados da PCR foram altamente significativos para as amostras de secreção nasal (p<0.0000) e significativos para os espécimes de linfa do lóbulo da orelha (p=0.0000). Comparando os resultados da PCR, usando os primers LP1 e LP2 e conservante lise 1, com a baciloscopia e histopatologia, os estudos apontaram que a PCR, em amostras de secreção nasal, obteve maior sensibilidade para as formas MBs (41,67%), seguida da baciloscopia (25%) e histopatologia (8,33%). Nas formas PBs, a sensibilidade foi considerada a mesma entre a PCR e Histopatologia (8,33%). A baciloscopia não apresentou sensibilidade (0%). Nas amostras da linfa do lóbulo da orelha, a baciloscopia demonstrou maior sensibilidade para as formas MBs (25%), seguido da PCR (20,83%) e histopatologia (16,7%). Nas formas PBs, a PCR e Histopatologia apresentaram a mesma sensibilidade (4,17%). Não houve sensibilidade na baciloscopia (0%). A PCR, apesar de não demonstrar uma sensibilidade de 100% é uma ferramenta com perspectivas futuras para auxiliar no monitoramento do tratamento e cura dos pacientes hansenianos.
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    Artigo de PeriódicoAcesso aberto (Open Access)
    Detecção do DNA de Mycobacterium leprae em secreção nasal
    (2008-11) PONTES, Ana Rosa Botelho; ALMEIDA, Maria das Graças Carvalho; XAVIER, Marília Brasil; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; ISHIKAWA, Edna Aoba Yassui
    Estudos têm demonstrado alta sensibilidade da técnica da reação em cadeia de polimerase (PCR) na identificação do DNA do Mycobacterium leprae. Este estudo objetivou avaliar a sensibilidade da PCR na detecção do DNA do M. leprae em "swab" nasal de pacientes hansenianos e comparar os resultados com a baciloscopia e formas multibacilares (MBs) e paucibacilares (PBs). Foram coletadas amostras de secreção nasal de 24 pacientes hansenianos, conservadas em solução de lise um e dois. Os resultados da PCR foram altamente significativos (p<0.0000) e revelaram maior sensibilidade do que a baciloscopia, nas diversas formas clínicas. Contudo, são necessários ainda outros estudos, testando novos marcadores e conservantes, com o intuito de elevar a sensibilidade dessa técnica, em amostras de secreção nasal.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Detecção do Mycobacterium leprae pela reação em cadeia da polimerase (PCR) em amostras de tecido e SWAB pós - biópsia de pacientes portadores da hanseníase
    (Universidade Federal do Pará, 2007-12-01) ALMEIDA, Maria das Graças Carvalho; ISHIKAWA, Edna Aoba Yassui; http://lattes.cnpq.br/3074963539505872
    O DNA do Mycobacterium leprae das amostras de fragmentos de tecido e swab pós-biópsia conservados em solução tampão lise 2 e swab pós-biópsia conservados em solução tampão lise 1, retirados de lesões hansênicas de 20 pacientes com diferentes formas clínicas da doença, foi submetido à amplificação pela PCR, visando avaliar a sensibilidade deste método. A extração do DNA foi realizada pela técnica do fenol-clorofórmio modificada e foram usados para a amplificação três pares de iniciadores, LP1/LP2, R1/R2 e S13/S62 que amplificam fragmentos de 129pb, 372pb e 531pb, respectivamente. Dos pacientes em estudo, 55% eram paucibacilares e 45% multibacilares. A PCR com os marcadores LP1/LP2 detectou 40%, sendo 15% PB e 25% MB das amostras conservadas em lise 1 e, das conservadas em lise 2 foram 15%, sendo 5% PB e 10% MB; o primer R1/R2 detectou 15%, com 5% em PB e 10% em MB em lise 1, em lise 2 não houve amplificação; o primer S13/S62 não amplificou as amostras em lise 1 e amplificou apenas 10% em lise 2, sendo um de cada grupo. A baciloscopia de esfregaços dérmicos apresentou resultados positivos para 20% dos pacientes MB e foi negativa para todos PB; a histopatologia foi positiva para 30%, sendo 20 % para PB e 10% para MB. A PCR com o primer LP1/LP2 deixou de detectar DNA do Mycobacterium leprae em 60% das amostras, a baciloscopia em 80% e a histopatologia em 70%. Devido à reduzida sensibilidade da PCR nas amostras conservadas em lise 2, neste estudo os melhores resultados foram obtidos em amostras de swab pós-biópsia conservadas em solução tampão lise 1, com DNA extraído pelo método de fenol clorofórmio modificado e amplificado pelo primer LP1/LP2.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Detecção molecular e sorológica da infecção por Mycobacterium Leprae em casos e comunicantes de hanseníase e escolares de Oriximiná (PA)
    (Universidade Federal do Pará, 2011-05-23) FERREIRA, Denis Vieira Gomes; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125
    A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, que acomete primariamente pele e nervos periféricos, e suas principais manifestações clínicas são lesões com alterações de pigmentação e sensibilidade. Seu agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo intracelular obrigatório, álcool ácido resistente em forma de bastão reto ou ligeiramente curvo. A transmissão ocorre através das vias aéreas superiores, e o padrão imunológico do hospedeiro varia desde uma elevada resposta imune mediada por células, conhecida como resposta do tipo Th1, a uma alta susceptibilidade a infecção com elevada resposta imune humoral, resposta do tipo Th2. Este estudo teve como objetivo, examinar clinicamente e correlacionar informações sócioepidemiológicas com os níveis de anticorpos IgM anti-PGL-1 no plasma, e a detecção por biologia molecular do M. leprae em swab nasal de casos e comunicantes de hanseníase notificados entre 2004 e 2008, além de escolares da rede pública de ensino do município de Oriximiná-Pará. Os resultados demonstram que: 1) os pacientes de hanseníase possuem condições precárias de habitação e alimentação, com quase 50% de privação alimentar; 2) aproximadamente 45% da população clinicamente saudável apresenta IgM anti-PGL-1 positivo, independente da idade, período de convivência com casos-índices ou presença ou ausência da cicatriz de BCG e; 3) o DNA do M. leprae é encontrado em 15 a 30% de comunicantes e casos, e em apenas 1,6% dos estudantes, não apresentando correlação com ELISA IgM anti-PGL- 1, com a forma clínica da doença ou com o tempo de evolução da hanseníase em indivíduos tratados com PQT nos 5 anos antes da coleta dos dados. Desta forma, a positividade do ELISA IgM anti-PGL-1 parece indicar a magnitude da exposição de uma população ao M. leprae, podendo contribuir para estudos epidemiológicos e na definição de grupos populacionais prioritários para a realização de busca ativa de casos de hanseníase em uma determinada comunidade.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Efeito da dapsona na geração de estresse oxidativo em pacientes com hanseníase em uso de poliquimioterapia
    (Universidade Federal do Pará, 2011) SCHALCHER, Taysa Ribeiro; VIEIRA, José Luiz Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2739079559531098; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390
    O processo inflamatório decorrente da infecção por Mycobacterium leprae e a administração de fármacos com propriedades oxidativas, como a dapsona, são fatores de riscos ao estresse oxidativo ocasionado em pacientes com hanseníase. Este trabalho visa determinar as concentrações plasmáticas de dapsona em pacientes com hanseníase em uso de poliquimioterapia (PQT), correlacionando ao desenvolvimento do estresse oxidativo. Para o estudo, foram selecionados indivíduos saudáveis e pacientes com hanseníase, acompanhados antes (D0) e após a terceira dose supervisionada de PQT (D3). As concentrações plasmáticas de dapsona dos pacientes sob tratamento foram mesuradas por cromatografia liquida de alta eficiência. A avaliação do estresse oxidativo foi realizada através da determinação de metemoglobina (MetHb) e das concentrações de glutationa reduzida (GSH), óxido nítrico (NO), malondialdeído (MDA), capacidade antioxidante total (TEAC) e avaliação das atividades das enzimas catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e da presença de corpúsculo de Heinz em esfregaços sanguíneos. No período de estudo foram obtidas 23 amostras de pacientes com hanseníase D0, 13 pacientes em D3 e 20 de indivíduos saudáveis e sem a doença. As alterações no pacientes antes do tratamento estavam associadas ao aumento de NO (D0=18.91± 2.39; controle= 6.86±1.79mM) e a redução significativa na enzima SOD (D0=69.88±12.26;controle= 138.42±14.99nmol/mL). Com relação aos pacientes sob tratamento, a concentração de dapsona no plasma foi 0.552± 0.037 μg/mL e as principais alterações observadas foram o aumento significativo no percentual de MetHb (D3= 3.29±0.74;controle=0.66±0.051%) e presença de corpúsculo de Heinz. Nos pacientes em tratamento também se observou aumento nos níveis de GSH (7.01±1.09μg/mL) quando comparados ao controle (3.33±1.09g/mL) e diminuição da atividade de CAT (D3= 10.29± 2.02; controle= 19.52±2.48 U/g de proteínas). Os níveis de MDA antes e durante o PQT não mostraram alteração, enquanto os níveis de TEAC aumentaram significativamente neste pacientes (D0=2.90 ± 0.42; D3=3.04±0.52; controle= 1.42±0.18μmol/mL). Estes dados sugerem que a PQT é a principal responsável pelo desenvolvimento de estresse oxidativo, através da geração de danos oxidativos identificados pela presença de corpúsculo de Heinz e aumento no percentual de MetHb.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    O efeito in vitro dos compostos ácido alfa-lipoico e resveratrol em parâmetros do estresse oxidativo durante o uso da poliquimioterapia para hanseníase
    (Universidade Federal do Pará, 2014-10-20) PESSÔA, Mariely Cristine Amador; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390
    A hanseníase é uma doença infecciosa que ainda representa uma preocupação na saúde pública mundial no século XXI. A poliquimioterapia preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apesar de ser a barreira mais eficaz no combate ao Mycobacterium leprae, é um dos responsáveis pela produção de EROs e desenvolvimento de metemoglobinemia e anemia hemolítica nos pacientes em tratamento. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi verificar os possíveis danos oxidativos em pacientes hansenianos em uso de poliquimioterapia (PQT), ao avaliar parâmetros hematológicos e o perfil oxidativo em eritrócitos, e detectar os efeitos do tratamento in vitro com os antioxidantes resveratrol (RSV) e ácido alfa-lipoico (ALA) na prevenção da metemoglobinemia e na atividade de enzimas antioxidantes. Os resultados obtidos demonstraram diminuição dos valores de hemácias e reticulocitose nos pacientes entre o quarto e o sétimo mês de tratamento com PQT, comparados aos valores encontrados no grupo controle. A formação de metemoglobina (MetHb) aumentou a partir do 5º mês de tratamento com PQT, e a utilização de RSV e ALA na concentração de 100 μM manteve o percentual de MetHb somente em amostras de pacientes que estavam entre o 4º e 6º mês de uso de PQT. Observou-se nos pacientes hansenianos uma atividade de SOD similar ao controle e uma decrescida atividade de CAT, o que possivelmente implica maior produção de H2O2. O tratamento com RSV e ALA nas concentrações de 100 e 500 μM elevou em duas vezes a atividade de SOD em amostras de pacientes na 4ª dose de PQT; no entanto, não alterou a atividade enzimática de CAT e SOD observada nos pacientes com hanseníase. Dessa forma, os resultados descritos sugerem que os antioxidantes RSV e ALA, nas concentrações testadas in vitro, não mostram atividade antioxidante quando utilizados em situações de estresse oxidativo previamente estabelecidas, porém estudos posteriores são necessários para verificar os efeitos dose e tempo-dependentes de RSV e ALA como prevenção de danos oxidativos nas doenças infecciosas crônicas.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Epidemiologia espacial e sorológica da hanseníase no estado do Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2013) BARRETO, Josafá Gonçalves; KITRON, Uriel; http://lattes.cnpq.br/4693583802608442; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125
    Mais de 80.000 casos de hanseníase foram diagnosticados nos últimos 20 anos no Pará e, ainda hoje, com um coeficiente de detecção anual de 50/100.000 habitantes (três vezes superior à média nacional) a doença permanece como um grave problema de saúde pública neste Estado. O objetivo geral deste estudo foi desenvolver um método integrando a epidemiologia espacial e sorológica como ferramenta de combate à hanseníase no Pará. Inicialmente, foram realizadas visitas domiciliares a famílias de pessoas afetadas pela hanseníase, diagnosticadas nos últimos cinco a seis anos, em oito municípios de diferentes regiões do Estado. A equipe de pesquisadores com experiência no manejo da hanseníase, composta por médicos dermatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de laboratório, realizou exame clínico dermatoneurológico em 1.945 contatos intradomiciliares de 531 casos notificados e coletou amostra de sangue para pesquisa sorológica de anticorpos IgM anti-PGL-I. Além disso, 1.592 estudantes de 37 escolas públicas do ensino fundamental e médio, com idade entre 6 e 20 anos, também foram selecionados aleatoriamente para serem submetidos à mesma avaliação. As residências dos casos notificados, bem como a dos estudantes incluídos no estudo foram georreferenciadas para a análise da distribuição espacial da hanseníase. Dois anos mais tarde, com base na informação sorológica prévia, a equipe de pesquisadores retornou a dois municípios para reavaliar os indivíduos incluídos no estudo. Adicionalmente, duas novas escolas públicas localizadas em áreas de alto risco de hanseníase, determinadas pela análise da distribuição espacial da doença em um dos municípios, foram selecionadas para avaliar-se a importância da informação geográfica na detecção de casos novos. Na avaliação inicial, 156 (8%) contatos e 63 (4%) estudantes foram diagnosticados como casos novos de hanseníase; 806 (41,4%) contatos e 777 (48,8%) estudantes foram soropositivos para anti-PGL-I. A análise da distribuição espacial dos casos registrados da doença em um dos municípios selecionados indicou que a hanseníase apresenta um padrão heterogêneo, com clusters de alta e baixa taxa de detecção anual em áreas específicas da cidade (p < 0,01), e que 94,7% dos estudantes examinados residiam a menos de 200 metros de um caso registrado durante os seis anos anteriores ao estudo. No seguimento, a incidência de hanseníase foi significativamente maior entre os indivíduos soropositivos (22,3%) quando comparados aos soronegativos (9.4%) (OR = 2,7; IC95% = 1,29 – 5,87; p = 0,01); também foi significativamente mais alta entre moradores de residências com pelo menos um sujeito soropositivo (17,4%), comparada aos de residências sem nenhum morador soropositivo (7,4%) (OR = 2,6; IC95% = 1,18 – 5,91; p = 0,02). A seleção de escolas localizadas em áreas de maior risco dentro do município aumentou significativamente a eficiência na detecção de casos novos entre escolares (8,2%), quando comparada aos resultados obtidos em escolas selecionadas aleatoriamente (4%) (p = 0,04). Os dados mostram alta taxa de prevalência oculta de hanseníase e de infecção subclínica pelo M. leprae no Pará. A epidemiologia espacial e sorológica são ferramentas eficazes para aumentar a detecção precoce de casos novos e deveriam ser utilizadas pelos municípios do Pará para que o Estado possa finalmente alcançar as metas de controle da hanseníase.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Implicações do perfil citocínico TH22 nas formas polares da hanseníase
    (Universidade Federal do Pará, 2016-08-29) SILVEIRA, Edvaldo Lima; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica granulomatosa causada pelo Mycobacterium leprae. Entre os aspectos imunopatológicos da hanseníase sabe-se a defesa é efetuada pela resposta imunológica celular, capaz de fagocitar e destruir os bacilos, mediada por citocinas e mediadores da oxidação. O conceito de longa data de uma dicotomia Th1-Th2 na hanseníase, com Th1 predominante tuberculóide e Th2 predominante hanseníase virchowiana, recentemente foi contestada. Além disso, a resposta Th22 foi identificada como moduladora de Th1-Th2 em doenças de pele inflamatórias, mas os seus papéis na hanseníase ainda não foram elucidados. OBJETIVO: Avaliar a expressão tecidual de citocinas que participam da resposta Th22 nas formas polares da hanseníase. MÉTODO: Foram pesquisados pacientes com diagnóstico dermatoimunológico de hanseníase. Foram selecionados 31 pacientes, sendo 16 com a forma tuberculóide (TT) e 15 com a virchowviana (VV). A imunoistoquímica para a imunomarcação do tecido com os anticorpos Anti-IL-13, IL-22, TNF-α e FGF-b, foi baseada no método envolvendo a formação do complexo biotina-estreptavidina peroxidase. A quantificação da imunomarcação foi feita a partir da seleção aleatória de 05 campos visualizados no microscópio em aumento de 400x. Na análise univariada, foram obtidas frequências, medidas de tendência central e de dispersão e para a investigação das hipóteses foram aplicados os testes de Mann-Whitney e a correlação de Pearson, considerando um nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). RESULTADOS: Referente à imunomarcação para a IL-22 pode-se observar diferença estatística dentre os grupos estudados sendo que no polo VV a média encontrada foi de 241,3 ± 44,63 cells/mm2 enquanto que na forma TT a média foi de 90,39 ± 30,18 cells/mm2 com p<0,0001. Envolvendo a presença da IL-13, no polo VV a média de ocorrência foi de 85,76 ± 19,99 cells/mm2. Já no polo TT a média encontrada foi de 57,20 ± 14,73 cells/mm2 p = 0,0002. Em relação à imunoexpressão do FGF b, na forma VV, a média de ocorrência foi de 228,9 ± 45,13 cells/mm2 enquanto que na forma TT a média foi de 47,80 ± 14,29 cells/mm2 p < 0,0001. Para o TNF-α, a análise quantitativa mostrou-se estatisticamente significante na forma TT onde a média das células expressando a citocina foi de 99,74 ± 30,14 cells/mm2 quando comparada a forma VV 62,08 ± 13,67 cells/mm2 p = 0,0008. CONCLUSÃO: A resposta Th22, mediada pela IL-22, tem fundamental importância na patogênese da hanseníase, se relacionando diretamente com a forma clínica da doença e com outras citocinas.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Imunoreatividade para tgf- β e caspase-3 e sua relação com o controle da resposta imune tecidual nas formas polares da hanseníase
    (Universidade Federal do Pará, 2007-11-30) ALMEIDA, Fabricio Anderson Carvalho; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica que acompanha a humanidade há muitos anos. O Brasil ocupa o segundo lugar em números de casos, sendo que o estado do Pará é o que apresenta o maior número de casos absolutos. Este estudo teve como objetivo avaliar a imunorreatividade para TGF-β e caspase-3 nas formas clínicas virchowiana e tuberculóide do mal de hansen procurando correlacionar o padrão de imunomarcação com o controle tecidual da resposta imune do hospedeiro ao bacilo, através de um estudo de caso controle com 30 pacientes, sendo quinze apresentando na forma virchowiana e quinze com o tipo tuberculóide. Os pacientes seguiram o protocolo de diagnóstico de hanseníase segundo critérios do Ministério da Saúde do Brasil. Observou-se que a forma virchowiana da hanseníase apresentou uma correlação estatisticamente significativa (p=0,4630) entre o TGF-β a caspase-3, evidenciando que tanto a citocina quanto o imunomarcador da apoptose aumentam gradativamente e simultaneamente nesta forma polar e que indiretamente aponta para um papel do TGF-β no controle da resposta imunológica in situ à infecção pelo Mycobacterium leprae.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Mão em garra: uma proposta de intervenção terapêutica ocupacional para hansenianos
    (Universidade Federal do Pará, 2013) RODRIGUES JÚNIOR, Jorge Lopes; XAVIER, Marília Brasil; http://lattes.cnpq.br/0548879430701901
    A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, granulomatosa, de curso lento, causada pelo Mycobacterium Leprae. O bacilo acomete principalmente os nervos periféricos, causando lesões na face, mãos e pés, que podem gerar incapacidades físicas severas que contribuem para a instalação de padrões deformantes e incapacidades. A lesão do tipo mão em garra é uma sequela que pode ser observada em pacientes com lesões ao nível dos membros superiores sendo muito incapacitante, dificultando a realização das atividades de vida diária destes indivíduos e consequentemente prejudicando sua qualidade de vida e satisfação pessoal. Estas lesões geram repercussões no contexto de vida do indivíduo contribuindo para a instalação de alterações nos aspectos psicoemocionais, além do estigma próprio da doença. A intervenção terapêutica ocupacional utilizando a tecnologia assistiva de baixo custo para auxílio nas atividades de vida diária de pacientes com mão em garra objetiva a minimização dos déficits funcionais apresentados durante a utilização de adaptações funcionais utilizadas na realização de suas atividades cotidianas como alimentação, higiene pessoal e vestuário. A intervenção realizou-se através da aplicação de um protocolo de avaliação em Terapia Ocupacional conhecido como Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) que mede o grau de desempenho e Satisfação do paciente ao realizar suas atividades de vida diária. O protocolo foi aplicado inicialmente junto aos pacientes coletando dados sobre a realização das suas atividades de vida diária sem a utilização de recursos de tecnologia assistiva. A aplicação do protocolo baseou-se na definição de cinco problemas comuns a todos os participantes, revelando graus muito baixos de desempenho e satisfação obtidos durante a realização das atividades avaliadas. Posteriormente realizou-se o processo de prescrição, confecção e treinamento das adaptações desenvolvidas para cada paciente, somando-se um total de cento e vinte aparelhos (120) desenvolvidos. Aplicou-se novamente o mesmo protocolo com os mesmos pacientes abordando os mesmos problemas após a realização de um período de treinamento das adaptações funcionais desenvolvidas, comparando-se os dados coletados no primeiro e segundo COPM. Comparando-se aos dados iniciais apresentados, os dados coletados na segunda avaliação do COPM apontaram um aumento significativo do grau de desempenho e satisfação dos pacientes além de ganho funcional. Concluí-se com esta pesquisa que a proposta de intervenção terapêutica ocupacional utilizando equipamentos de tecnologia assistiva de baixo custo (adaptações) é viável, possui resultados satisfatórios e favorece um grande alcance social devido à redução de custos dos dispositivos desenvolvidos.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    O papel da biologia molecular no diagnóstico, epidemiologia molecular e perfil de sensibilidade de cepas de M. leprae em região endêmica da Amazônia Brasileira
    (Universidade Federal do Pará, 2023-10) BOUTH, Raquel Carvalho; SILVA, Moises Batista da; http://lattes.cnpq.br/5525661855611118; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125
    A hanseníase é uma doença crônica, incapacitante e de difícil diagnóstico, principalmente nas formas clínicas não clássicas. O objetivo deste estudo foi identificar o marcador laboratorial que apresente maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico, conhecer geneticamente as cepas de M. leprae circulantes no Estado do Pará e avaliar a realidade da droga-resistência na região. Para isso, uma equipe multiprofissional avaliou 833 indivíduos em diferentes estratégias na URE Dr. Marcello Candia, e em 14 municípios do Pará. Todos os indivíduos foram avaliados clinicamente, e coletadas amostras biológicas para análise comparativa dos resultados de baciloscopia de raspado intradérmico, detecção molecular do bacilo pela pesquisa da região RLEP por qPCR em lóbulos auriculares, titulação de anticorpos IgM Anti-PGL-I, e biópsia de pele em quem tinha lesão para exame histopatológico, detecção de RLEP, e sequenciamento do genoma completo do M. leprae. Foram clinicamente diagnosticados 351 casos, divididos nos grupos com manifestação clínica clássica e não clássica, e casos assintomáticos e 482 contatos saudáveis. A análise comparativa dos resultados demonstrou que a detecção molecular de RLEP em lóbulo auricular apresentou maior sensibilidade e especificidade e concordância com o diagnóstico clínico (72,5, 70,4 e Kappa= 0,42 respectivamente), seguida da detecção em biópsia de pele (sensibilidade= 65,8%), sorologia Anti-PGL-I com 61,2% (52,2 de especificidade), baciloscopia (41,7%) e histopatologia (25,0%). Na associação do RLEP com a sorologia, houve o aumento da correlação com a clínica (Kappa= 0,55). Na avaliação do perfil de cepas circulantes, o perfil mais frequente foi o perfil 4N (52/66- 78,8%), seguido do subtipo 4P (4/66- 6,1%), 3I (9/66- 13,6%), e 1D (1/66- 1,5%). Na análise das regiões de droga-resistência, obtivemos 3/101 (3%) de mutação conferindo droga-resistência a dapsona, gene folP1. 1/40 (2,5%) conferindo resistência às quinolonas, em gyrB. A cepa resistente em gyrB, apresentava também mutação em folP1, e nos genes fadD9, ribD, pks4 e nth, considerada hipermutante. Nossos achados direcionam o exame de detecção molecular de RLEP por qPCR associado à sorologia Anti-PGL-I como boas ferramentas para diagnóstico laboratorial da hanseníase, e que as cepas do tipo 4, originárias da África, são o tipo mais frequentes na Amazônia e que existem cepas circulantes com resistência às medicações do esquema de poliquimioterapia atual e às drogas alternativas.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Perfil de anticorpos anti-pgl-1 em indivíduos sadios de áreas endêmicas em hanseníase do estado do Pará, método de Elisa
    (Universidade Federal do Pará, 2012) CUNHA, Maria Heliana Chaves Monteiro da; XAVIER, Marília Brasil; http://lattes.cnpq.br/0548879430701901
    No Brasil, a hanseníase ainda persiste com elevados coeficientes de detecção, inclusive em menores de quinze anos, em especial nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os resultados de estudos soroepidemiológicos para hanseníase, utilizando teste sorológico anti- PGL-1, pelo método Elisa, realizados no Estado do Pará onde os municípios em sua maioria alcançam patamares de elevadas endemicidade, podem ser comprometidos pela ausência de definição local de parâmetro que limite os níveis séricos de anticorpos específicos, IgM, anti- PGL-1 entre positivos e negativos; assim como, as avaliações e o seguimento de casos de pacientes reacionais e suspeitos de recidiva, ou de doentes e infectados sem sinais clínicos.Autores defendem a posição de que o ponto de corte (PC), entre positivos e negativos, deve ser encontrado a partir de uma população de doadores não contato de hanseníase da própria área de estudo para possibilitar comparabilidade. O objetivo do estudo foi descrever o comportamento sorológico dos níveis de anticorpos anti-PGL-1, método ELISA, em indivíduos sadios de áreas endêmicas em hanseníase no Estado do Pará, sua correlação com níveis de endêmicidade e fatores demográficos, e identificar PC para o teste. Estudo analítico transversal, população composta por doadores de sangue dos hemocentros do Estado do Pará. Amostra de 1.001 doadores de sangue não contato intradomiciliar de portadores de hanseníase, residentes em áreas de elevada endemicidade do Estado do Pará. Seleção dos participantes através de entrevista e ficha epidemiológica com variáveis independentes, como sexo, idade e cicatriz de BCG que foram correlacionadas com os níveis sorológicos de anti- PGL-1 encontrados na população do estudo. Resultados mostraram que não houve significância estatística entre sexo, idade, presença de cicatriz de BCG e os níveis de anti- PGL-1, usando PC ≥ 0,2. A média dos níveis de anti-PGL-1 foi notadamente baixa para áreas de hiperêndemicidade e muito alta endemicidade. As taxas de soropositividade e soroprevalência também foram consideradas baixas. Foram encontrados diferentes pontos de corte com a média geral dos níveis de anti-PGL-1, com a média por hemocentro e por municípios. A soropositividade obtida com PC ≥ 0,13 dobrou em valores absolutos de 15 para 36 em todas as três variáveis analisadas, apesar de não ter produzido resultados com significância estatística. Sugere-se a realização de mais estudos soroepidemiológicos utilizando ponto de corte mais baixo, como o encontrado neste estudo (0.13), para avaliar a influencia do mesmo na sensibilidade do teste, na soropositividade em contatos e não contatos de portadores de hanseníase, na descoberta de infecção subclínica e seguimentos dos casos.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Pesquisa de hanseníase em doadores de sangue
    (Universidade Federal do Pará, 2024-11) JORGE, Erika Vanessa Oliveira; PALMEIRA, Mauricio Koury; http://lattes.cnpq.br/2785104508455046; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125
    A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, com transmissão ativa em áreas endêmicas como o Brasil, que registrou mais de 90% dos casos novos de hanseníase das américas no ano de 2021, e o segundo lugar na escala global. Clinicamente é caracterizada pelo aparecimento de lesões nervosas ou cutâneas com alteração de sensibilidade, que podem evoluir para deficiências. Sua transmissão ocorre principalmente pelas gotículas respiratórias de pessoas infectadas, que ainda não receberam tratamento. O diagnóstico da hanseníase é clínico com tratamento multidroga PQT (poliquimioterapia), sendo crucial para evitar a cadeia de transmissão da doença. O atendimento de casos suspeitos deve ser realizado por um profissional habilitado nas unidades básicas e especializadas de saúde, além de serviços de busca ativa. No processo de doação de sangue, embora cuidadosamente regulamentado, riscos imediatos ou tardios podem ocorrer. A hanseníase é considerada uma doença com inaptidão definitiva para doação de sangue. No entanto, a investigação ocorre apenas através de uma entrevista clínica, sem avaliação laboratorial. No Hemocentro do estado do Pará (HEMOPA) foram selecionados 500 doadores para a pesquisa e coletado sangue para investigação sorológica de anticorpos IgM anti-PGL-I. Dos doadores escolhidos, 4% (20/500) tiveram resultados sorológicos positivos maiores ou iguais a 0,750 DO por ELISA, e apenas oito aceitaram ser examinados clinicamente e realizaram outros exames laboratoriais complementares para o diagnóstico da doença, como baciloscopia e qPCR. Destes oito, cinco (62,5%) foram diagnosticados com hanseníase, um na forma clínica primariamente neural, três como boderline-tuberculóide e um virchowiano. No qPCR do sangue periférico foi comprovada a presença do DNA do bacilo em dois indivíduos, este fato pode ser uma possível via de transmissão da doença, ainda a ser esclarecida. Esses achados enfatizam a necessidade crítica de triagem cuidadosa em doadores de sangue, principalmente em regiões endêmicas para a hanseníase, dado o risco potencial de transmissão representado pela presença do M. leprae em sangue periférico, inferindo provável presença em bolsas de sangue.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Polarização de resposta dos macrófagos e suas possíveis implicações na imunopatogênese da Doença de Hansen
    (Universidade Federal do Pará, 2016) SOUSA, Jorge Rodrigues de; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    A hanseníase é uma doença espectral na qual o bacilo provoca alteração no ambiente tecidual e modificações no curso da resposta imunológica no espectro da doença. Os macrófagos são uma das principais células que participam da resposta contra o M. leprae sofrendo processo de diferenciação, modificando seu comportamento e polarizando a resposta entre a via clássica composta pelos macrófagos M1 que produzem mediadores pró-inflamatórios e a via alternativa conhecida como via reparadora tendo como representante os macrófagos M2 e seus subtipos que produzem citocinas anti-inflamatórias. Na doença de hansen, pouco são os estudos que abordaram os caminhos da polarização no espectro da doença. Neste contexto, no intuito de compreender melhor o comportamento da célula nas formas polares da doença, o presente estudo investigou os caminhos da polarização de resposta dos macrófagos e suas possíveis implicações na doença de hansen. Ao todo, foram utilizados 33 blocos com fragmentos de lesão de pele de pacientes com diagnóstico confirmado para a doença segundo os critérios de Ridley e Jopling. Na distribuição dos casos, 17 fizeram parte do grupo tuberculóide e 16 do grupo virchowiano. Para a investigação dos marcadores, CD68, CD163, Arginase 1, iNOS, STAT3, FGF b, TGF-β e das citocinas, IL-10, IL-13, IL-22 em lesões de pele, o método imunoistoquímico foi utilizado. De acordo com os dados obtidos, os resultados mostraram diferença estatística significante dentre os grupos estudados sendo que a expressão de CD68, CD163, enzimas, fatores de crescimento, STAT3 e de citocinas foram maiores na forma virchowiana quando comparadas a tuberculóide. Nas análises de correlação, foi observado a existência de sinergismo de reposta entre as citocinas anti-inflamatórias, fatores de crescimento, CD163 e arginase 1 na forma virchowiana da doença. No contexto da reposta da iNOS, no pólo suscetível da doença, o estudo sinaliza para uma nova abordagem envolvendo o comportamento da iNOS, STAT3 e IL-22 sendo que nesta nova relação, na doença de hansen, foi observada a correlação positiva estatisticamente significante entre os marcadores na forma virchowiana. Dessa forma, o presente estudo conclui que os marcadores que compõe a resposta dos macrófagos M1 e M2, surgem como alternativa para o maior entendimento da resposta imunológica inata, nas formas polares da doença reforçando o papel das citocinas, enzimas e receptores na resposta microbicida, de reparo e de supressão na forma virchowiana da doença.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Uso de técnica de biologia molecular para detecção do Mycobacterium leprae, em combinação com a avaliação dermatoneurológica, no diagnóstico precoce dos contatos intradomiciliares de hanseníase
    (Universidade Federal do Pará, 2016-06-28) PONTES, Ana Rosa Botelho; ISHIKAWA, Edna Aoba Yassui; http://lattes.cnpq.br/3074963539505872
    O propósito deste estudo foi aplicar a técnica da biologia molecular em amostra de secreção nasal de contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase, em combinação com a avalição dermatoneurológica, na melhoria do diagnóstico precoce da hanseníase. O estudo foi realizado em unidades municipais de saúde de Belém-PA, no período de fevereiro de 2013 a abril de 2015. A amostra foi constituída de 154 contatos intradomiciliares e 58 casos índices de hanseníase, totalizando 212 sujeitos. A coleta de dados se deu por meio de ficha epidemiológica, avaliação dermatoneurológica e exame da cicatriz de BCG. Foi coletada uma amostra de secreção nasal de cada sujeito para a PCR. Nos casos índices, a PCR positiva prevaleceu na faixa etária de 40-59 anos (35,0%); na forma MB (80,0%); casos com 7 a 9 lesões de pele (35,0%) e com ausência de nervos espessados (40,0%). Todos os casos índices positivos para a PCR evidenciaram sinais e sintomas de hanseníase (34,5%) e a maioria não possuía cicatriz de BCG (65,0 %). Entre os contatos, a PCR positiva incidiu no sexo feminino (63,9 %); na faixa etária de 20 a 39 anos (44,4 %); renda familiar de um salário mínimo (47,2 %); ocupação de estudante (33,3 %) e no ensino médio completo (36,1 %). A maior evidência de positividade da PCR nos casos índices e contatos foi na forma multibacilar, respectivamente (37,2 % e 25,6 %). Comprova-se uma concordância altamente significante entre os sinais e sintomas clínicos com a PCR na secreção nasal dos contatos multibacilares, indicando que se estes vierem a adoecer há maior probabilidade de reproduzirem a mesma forma operacional dos casos índices. O maior percentual de PCR positiva foi nos contatos com ausência de cicatriz de BCG (25,8 %). A associação entre os sinais e sintomas e a PCR indica que os contatos com PCR positivo têm 07 vezes mais chance de apresentar sinais e sintomas de hanseníase. Ao estimar o risco potencial para o desenvolvimento da hanseníase nos contatos identificou-se 22 (14,3%) em risco intermediário e 06 (3,9 0%) no alto risco. Cento e quarenta e quatro (144) contatos referiram convívio diário com o caso índice (93,5 %) e destes 36 (25,0 %) foram positivos para a PCR. Verifica-se que com a evolução do tratamento dos casos índices há redução da positividade da PCR, em ambas as formas operacionais. Na correlação entre a PCR e o grau de incapacidade dos casos índices, o grau 1 foi mais prevalente (55,0 %). A detecção do DNA do M. leprae na secreção nasal de contatos intradomiciliares, por PCR, em associação com a avaliação dermatoneurológica eleva a efetividade do diagnóstico precoce na hanseníase, contribuindo com o controle da doença na comunidade.
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