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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Caracterização geológica, petrográfica, geoquímica e geocronológica do magmatismo granítico da região de Porto Nacional-TO
    (Universidade Federal do Pará, 2003-02-28) CHAVES, César Lisboa; GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502
    Na região de Palmas-Porto Nacional, porção central do Estado do Tocantins, está presente uma série de corpos graníticos que compreendem dois eventos magmáticos distintos, do Paleoproterozóico (granitos Areias, do Carmo, Itália, Ipueiras), e do Neoproterozóico (granitos Lajeado, Aroeira, Matança e Palmas). Estudos cartográficos, petrográficos, litoquímicos e geocronológicos revelaram as principais características dos corpos graníticos, e permitiram avançar no conhecimento do magmatismo granítico desta região. Os granitos paleoproterozóicos constituem corpos de grandes dimensões, e normalmente são afetados por pequenas zonas transcorrentes e falhas. Petrograficamente, são representados por sienogranito, monzogranito e quartzo sienito, com quantidades variadas de hornblenda e biotita. As assinaturas geoquímicas dos granitos paleoproterozóicos são semelhantes, sendo de natureza subalcalina, caráter peraluminoso a levemente metaluminoso. São enriquecidos em ETR, geralmente mais fracionados em ETRL, apresentam anomalia negativa de európio e são classificados como granitos Tipo A. As datações dos granitos Areias, Ipueiras e Itália pelo método de evaporação de Pb em zircão apresentaram idades de 2.086  5 Ma, 2.073  2 e 2.078  4 respectivamente, sendo interpretadas como idade de colocação desses corpos. Resultados analíticos de Sm-Nd para esses granitos revelaram valores TDM entre 2,19 Ga e 2,15 Ga e εNd(2,08Ga) entre +2,26 e +2,89. Os valores TDM indicam idade paleoproterozóica de extração do manto do protólito ígneo que originou estas rochas e os valores positivos de εNd indicam contribuição mantélica para a formação desses corpos, relacionado a fusão de crosta juvenil paleoproterozóica. Os granitos neoproterozóicos são petrograficamente classificados como sienogranito, monzogranito e quartzo sienito com diferentes quantidades de ortopiroxênio, hornblenda e biotita, sendo no geral charnoquítos. Os estudos geoquímicos revelaram semelhança entre os granitos neoproterozóicos, que são de natureza subalcalina, caráter metaluminoso a peraluminoso. Esses granitos são ricos em ETR, e no geral são mais fracionados em ETRP que ETRL. Nos diagramas de tipologia são classificados como granitos Tipo A. Os estudos isotópicos Sm-Nd para os granitos neoproterozóicos revelaram idades TDM entre 2,1 Ga e 1,71 Ga e os valores de εNd(0,55Ga) entre –13,34 e –9,77 mostram a forte contribuição crustal e misturas de fontes para a formação desses corpos graníticos. Com estes resultados confirma-se a existência de dois principais eventos de granitogênese na região de Palmas-Porto Nacional. O mais antigo é representado pelos granitos do Carmo, Areias, Ipueiras e Itália, do Paleproterozóico, de idade em torno de 2,08 Ga. O evento mais jovem é representado pelos granitos Lajeado, Palmas, Matança e Aroeira, do Neoproterozóico, com idade próxima de 0,55 Ga.
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    Artigo de PeriódicoAcesso aberto (Open Access)
    Depósitos carbonáticos de Tangará da Serra (MT): uma nova ocorrência de capa carbonática neoproterozóica no sul do Cráton Amazônico
    (2008-12) SOARES, Joelson Lima; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues
    Capas carbonáticas se traduzem num dos mais importantes depósitos relacionados ao final das glaciações globais neoproterozóicas. Na região de Tangará da Serra, margem sul do Cráton Amazônico, foi descrita uma sucessão carbonática neoproterozóica de aproximadamente 20 m de espessura que inclui o topo da Formação Mirassol d'Oeste e a base da Formação Guia, respectivamente as capas dolomítica e calcária da base do Grupo Araras. A capa dolomítica é composta por dolograisntones peloidais rosados com laminação plano paralela e truncamentos de baixo ângulo, interpretados como registros de uma plataforma rasa a moderadamente profunda. A capa calcária consiste em siltitos maciços e laminados e calcários finos cristalinos com acamamento de megamarcas onduladas, interpretados como depósitos de plataforma mista moderadamente profunda dominada por ondas. Calcários finos cristalinos com laminação ondulada/marcas onduladas e leques de cristais (pseudomorfos de aragonita) intercalados com folhelhos foram interpretados como depósitos de plataforma profunda e supersaturada em CaCO3. Calcários com estruturas de escorregamento (slump), laminações convolutas e falhas sin-sedimentares caracterizam depósitos de talude e diques neptunianos, preenchidos por brechas calcárias, e camadas deformadas isoladas sugerem atividade sísmica durante a sedimentação. A sucessão carbonática de Tangará da Serra estende a ocorrência de capas carbonáticas no sul do Cráton Amazônico e corrobora com a presença de uma extensa plataforma carbonática formada durante a transgressão após a glaciação Puga correlata ao evento Marinoano.
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    Artigo de PeriódicoAcesso aberto (Open Access)
    Depósitos sedimentares neoproterozoicos do Grupo Tucuruí - Cinturão Araguaia, Nordeste do Pará
    (2014-03) DUTRA, Alessandra de Cássia dos Santos; GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues
    O Grupo Tucuruí de idade do final do Neoproterozoico aflora na região de Tucuruí, nordeste do Pará, ao longo da zona de transição entre o Cráton Amazônico e o Cinturão Araguaia, e constitui uma sucessão vulcanossedimentar contendo derrames basálticos e sills de diabásio intercalados com depósitos siliciclásticos. A Falha de Tucuruí, por cavalgamento, projetou estes conjuntos rochosos para oeste, resultando em cisalhamento e percolação de fluidos. Os depósitos siliciclásticos são constituídos por subarcóseos e siltitos amalgamados, cujas camadas orientam-se na direção NNE-SSW com mergulho baixo para SE, além de apresentar granocrescência e espessamento ascendente. Foram reconhecidas duas associações de fácies sedimentares: depósitos de antepraia e tempestitos de face litorânea. Estas associações de fáceis sugerem processos de transporte e sedimentação ligados a um ambiente marinho raso, seguindo da zona de foreshore até a zona de shoreface, sob influência de onda de tempestade. A análise petrográfica revelou a imaturidade textural e composicional dos arenitos e siltitos arcosianos, indicando, sobretudo, área fonte com proveniência próxima, predominantemente constituída de rochas ígneas de composição máfica a intermediária que estiveram sujeitas a condições mesodiagenéticas. Assim, os depósitos siliciclásticos do Grupo Tucuruí representam a porção preservada de um segmento costeiro influenciado por ondas de tempestade em uma bacia do tipo rifte ou antepaís, com área fonte próxima, forte gradiente de relevo e deposição rápida, marcada predominantemente por intemperismo físico, e que foi atingida durante sua formação por vulcanismo efusivo.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Evolução geológica pré-cambriana e aspectos da metalogênese do ouro do cráton São Luís e do Cinturão Gurupi, NE-Pará/ NW-Maranhão, Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 2004-07-06) KLEIN, Evandro Luiz; GIRET, André; HARRIS, Christopher; MOURA, Candido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979
    Na região limítrofe entre os estados do Pará e Maranhão, conhecida como Gurupi, afloram rochas ígneas e metamórficas recobertas por sedimentação fanerozóica, ocupando parte da Província Estrutural Parnaíba. Estudos geocronológicos pioneiros baseados nos métodos Rb- Sr e K-Ar mostraram a existência de dois domínios geocronológicos distintos nessa região com rochas aflorantes em direção à costa atlântica apresentando assinatura paleoproterozóica, com idades em torno de 2000 Ma, enquanto que rochas aflorantes para sul-sudoeste mostram assinatura neoproterozóica, principalmente entre 800 e 500 Ma. Esses domínios passaram a ser denominados, respectivamente, Cráton São Luís e Cinturão Gurupi. Propostas litoestratigráficas sucederam-se por mais de duas décadas, mas sempre careceram de dados geocronológicos robustos para justificar o posicionamento estratigráfico das unidades. Modelos evolutivos polarizaram-se entre propostas de evolução monocíclica ou policíclica para o Cinturão Gurupi, também carecendo de geocronologia e geologia isotópica para consubstanciar interpretações. Além disso, depósitos auríferos associam-se às duas unidades geotectônicas, mas raros foram alvo de estudos geológicos ou genéticos. Esta tese aborda em maior ou menor grau esses problemas gerais. Uma reformulação da litoestratigrafia regional e uma proposta de evolução geológica foi alcançada através da reavaliação dos dados geológicos, geoquímicos, geocronológicos e isotópicos existentes, e da geração de novos dados geocronológicos em zircão por evaporação de Pb e U-Pb convencional e por LAM-ICP-MS. Dados isotópicos de Nd em rocha total foram também obtidos, permitindo a investigação de processos de acresção e retrabalhamento crustal. Os resultados mostram que a região possui uma evolução relativamente complexa, com intensa e extensa geração de rochas juvenis cálcico-alcalinas e subordinado retrabalhamento de crosta continental arqueana entre 2,24 e 2,15 Ga, e com fusão crustal, migmatização localizada, plutonismo peraluminoso, metamorfismo e deformação em torno de 2,10 Ga. Os seguintes resultados foram obtidos para as unidade litoestratigráficas e litodêmicas estudadas no Cráton São Luís: Grupo Aurizona, metavulcanossedimentar ligado a arcos de ilha, idade máxima 2241 Ma (juvenil), com provável evolução até cerca de 2200 Ma; Suíte Intrusiva Tromaí, tonalitos metaluminosos, calcico-alcalinos de arco de ilha oceânico, 2168 Ma (juvenil); Granito Areal, calcico-alcalino fracamente peraluminoso, 2150 Ma (mistura de material juvenil e retrabalhamento de arco de ilha). No Cinturão Gurupi foram obtidos os seguintes resultados: Metatonalito Igarapé Grande, tonalito granoblástico de ocorrência localizada, 2594 Ma; Complexo Itapeva, gnaisses tonalíticos localmente migmatizados, 2167 Ma (dominantemente juvenil); Formação Chega Tudo, vulcanossedimentar ligada a arcos de ilhas, 2150-2160 Ma (juvenil); Granito Maria Suprema, muscovita leucogranito (peraluminoso) intrusivo sintectonicamente no Complexo Itapeva há 2100 Ma (fusão crustal), idade de outros granitoides peraluminosos já datados anteriormente na região. O Grupo Gurupi é tentativamente posicionado no Paleoproterozóico (>2160 Ma), mas não há elemento que comprove essa hipótese. Os dados são interpetados em termos de tectônica de placas, com abertura de bacia oceânica um pouco antes de 2260 Ma, formação de arcos de ilha oceânicos, subducção e produção volumosa de magmas calcico-alcalinos e retrabalhamento dos arcos entre 2170-2150 Ma. Esse conjunto foi amalgamado a uma margem continental periférica a um bloco arqueano existente ao sul (parte arqueana do Cráton Amazônico ou núcleo cratônico encoberto atualmente pela sedimentação fanerozóica) numa colisão fraca, dirigida de NNE para SSW, mas suficiente para gerar algum espessamento crustal e permitir a fusão de parte da crosta paleoproterozóica recém formada e da crosta arqueana (ou de seus derivados detríticos) preexistente. Esse episódio colisional, ocorrido há cerca de 2100-2080 Ma refletiu-se no metamorfismo, deformação e migmatização local, além da intrusão dos granitóides peraluminosos. A região foi novamente palco de atividade no Neoproterozóico, com o bloco amalgamado no Paleoproterozóico sendo rompido, com formação de rifte continental marcado pela intrusão de magma alcalino (Nefelina Sienito Gnaisse Boca Nova) há 732 Ma. Rochas sedimentares depositadas nessa bacia (Formação Marajupema) apresentam cristais detríticos de zircão, os mais jovens com 1100 Ma. Esse rifte evoluiu provavelmente para uma bacia oceânica, de dimensões ainda desconhecidas, o que é sugerido por dados recentes da literatura que mostram grande quantidade de cristais detríticos de zircão com idade em torno de 600-650 Ma em bacias sedimentares da região, que contêm sedimentos imaturos, e pela intrusão de granitóide peraluminoso (colisional), há 550 Ma. Essa bacia foi fechada, com a colisão do orógeno contra o bloco amalgamado no Paleoproterozóico, com transporte de massa de SSW para NNE. A idade do clímax desse episódio orogênico neoproterozóico e do metamorfismo que o acompanhou não foi claramente determinada, existindo informações ambígüas que apontam para o intervalo 650- 520 Ma (zircão do nefelina sienito e idades Rb-Sr e K-Ar em minerais). A metalogenia dos depósitos auríferos foi abordada numa escala de reconhecimento através do estudo geológico dos mesmos, dos fluidos hidrotermais e das condições físicoqu ímicas de formação dos depósitos. As investigações envolveram análises químicas de cloritas, estudos de inclusões fluidas e geoquímica de isótopos estáveis (O, H, C, S) e radiogênicos (Pb). Relações estruturais e texturais permitiram caracterizar os depósitos como pós-metamórficos e tardi- a pós-tectônicos com relação aos eventos paleoproterozóicos, conforme sugerido pelos isótopos de Pb (pós 2080 Ma). Regionalmente os depósitos foram formados em condições de T-P entre 280°-380°C e 2-3 kb, a partir de fluidos aquo-carbônicos relativamente reduzidos, de baixa salinidade (5% massa equiv. NaCl), moderada a alta densidade, e ricos em CO2 (tipicamente <20 moles %; traços de CH4 e N2), que sugerem fortemente separação de fases. Estudos de isótopos estáveis sugerem fontes distintas para fluidos e solutos. Duas fontes são indicadas para o carbono presente em carbonatos, grafita e inclusões fluidas: uma fonte orgânica subordinada e outra fonte indefinida, que pode ser magmática, metamórfica ou mantélica (ou mistura de ambas). O enxofre de sulfetos apresenta assinatura magmática, tendo derivado diretamente de magmas ou por dissolução de sulfetos magmáticos. Isótopos de oxigênio e hidrogênio de minerais silicatados e inclusões fluidas combinados atestam fontes metamórficas para os fluidos. Portanto, reações de desidratação e descarbonização produzidas durante o metamorfismo das seqüências vulcanossedimentares paleoproterozóicas devem ter produzido os fluidos investigados. O ouro foi transportado por um complexo do tipo Au(HS)2 - e precipitou devido à separação de fases e reações dos fluidos com as rochas encaixantes. Os dados geológicos e genéticos encaixam-se no modelo de depósitos auríferos orogênicos encontrados em cinturões metamórficos de todas as idades. Os resultados globais deste estudo trazem implicações para o entendimento das orogenias paleo- e neoproterozóicas que erigiram a Plataforma Sul-Americana e para a formação e desagregação de supercontinentes como Atlantica, Rodinia e Gondwana Ocidental. O quadro delineado encontra boa correlação, principalmente no que concerne ao Paleoproterozóico, com o que é descrito para parte da porção sudeste do Escudo das Guianas e para a porção sul do Cráton do Oeste da África. O quadro Neoproterozóico é ainda incipientemente compreendido para que se façam maiores correlações.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Fácies e isótopos de carbono e oxigênio da Formação Nobres, Neoproterozóico da Faixa Paraguai Norte, Mato Grosso.
    (Universidade Federal do Pará, 2011-06-16) RUDNITZKI, Isaac Daniel; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998
    Os últimos estágios da evolução orogênica da Faixa Paraguai Norte, sul do Cráton Amazônico, mostram um fechamento de uma margem passiva na transição Neoproterozóico-Cambriano, com a sedimentação predominantemente carbonática do Grupo Araras sucedida por depósitos siliciclásticos do Grupo Alto Paraguai. Os eventos que levaram à inibição da sedimentação carbonática estão, em parte, registrados na Formação Nobres, unidade de topo do Grupo Araras. Na porção sudeste da Faixa Paraguai Norte, região de Cáceres (MT), a Formação Nobres é limitada na base por uma superfície brusca, sobrepondo os dolomitos da Formação Serra do Quilombo, e no topo, é sobreposta discordantemente pelos depósitos costeiros siliciclásticos da Formação Raizama do Grupo Alto Paraguai. A Formação Nobres é constituída de ciclos de raseamento/salinidade crescente ascendente (shallowing/brining upward) de perimaré relacionados a um clima árido e foi subdividida em dois membros: i) membro inferior, composto de dolomitos fino maciços, dolopackstones intraclásticos com acamamentos enterolítico e de megaripple, laminação ondulada com mud drapes, dolomito com moldes evaporíticos silicificados e estromatólitos estratiformes a dômicos, interpretados como depósitos de planície de maré/sabkha; e ii) membro superior, composto de dolomitos fino com acamamento maciço, arenitos dolomíticos com acamamento de megaripples, laminação ondulada com mud drapes, estromatólitos estratiformes a dômicos e rugosos, dolomitos com moldes de evaporítos silicificados, arenitos com laminações cruzada cavalgante e de baixo ângulo, e pelitos com laminações plano-paralela e ondulada, interpretados como depósitos de planície de maré mista. O arcabouço quimioestratigráfico da Formação Nobres inclui valores de 13C e 18O entre -2,19 a 0,27‰ e -7,42 a -4,25‰VPDB, respectivamente. Os valores de 13C são considerados como primários e representativos da composição original da água do mar neoproterozóica. A análise da curva de estratigrafia de δ13C em conjunto com a interpretação faciológica e seguindo o modelo de estratificação de águas oceânicas durante o Ediacarano, permitiu a identificação de quatro padrões isotópicos para a sucessão estudada: tipo I, relacionado à plataforma rasa influenciada por ondas e tempestades da Formação Serra do Quilombo, com valores a δ13C próximos de zero variando de -0,27 a 0,4‰VPDB relacionado à mistura de águas estratificadas do oceano; tipo II, referente à transição entre as formações Serra do Quilombo e Nobres, com valores de δ13C variando de -0,12 a 0,41‰ VPDB com trend positivo atribuído a fixação de 12C por atividade biológica; tipo III, definido como o sinal isotópico típico da Formação Nobres, com trend uniforme e oscilando entre valores δ13C de -1,80 a -0,13‰VPDB relacionado a variação do nível do mar; e tipo IV, com trend serrilhado e valores de δ13C de -2,19 a -0,73‰ VPDB indicativos de períodos de reequilíbrio isotópico das águas de perimaré. O empilhamento de até 200m dos ciclos de perimaré sugere geração contínua e recorrente de espaço de acomodação provavelmente ligado à subsidência tectônica. O influxo siliciclástico no final da deposição da Formação Nobres, inibindo a sedimentação carbonática, é atribuída ao soerguimento de áreas-fontes ligada ao início do fechamento do Oceano Clymene, durante a colisão Pampeana-Araguaia no limite Neoproterozoico-Cambriano.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Geocronologia U-Pb e geologia isotópica Sm-Nd do Granito Rio Verde, Neoproterozoico no Terreno Granjeiro -Várzea Alegre (CE)
    (Universidade Federal do Pará, 2019-12-20) COELHO, Dayane do Nascimento; MOURA, Candido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979
    Os eventos magmáticos graníticos na Província Borborema são diversificados e reconhecidos do Arqueano ao início do Fanerozoico. A atividade plutônica do Ediacarano-Cambriano do Ciclo Brasiliano constitui uma das mais importantes feições geológicas dessa Província, com destaque à grande quantidade de corpos graníticos de natureza e idades diversas. Neste contexto encontram-se vários granitoides alojados nas rochas neoarqueanas do Terreno Granjeiro, do Domínio Rio Grande do Norte no sul do Ceará. Vários destes plutons foram cartografados durante o mapeamento geológico realizado pela Faculdade de Geologia da UFPA e pela CPRM. Entre as novas ocorrências de corpos graníticos encontra-se o plúton situado a sudoeste da cidade de Várzea Alegre–CE que foi objeto de investigação geocronológica nesta dissertação. Ele está sendo aqui denominado de Granito Rio Verde, e se caracteriza por apresentar textura porfirítica onde fenocristais de álcali feldspato de tamanho entre 1,0 e 5,0 cm encontram-se imersos em uma matriz de granulação média. Em geral as rochas apresentam-se deformadas em intensidade variada. Três litofácies foram reconhecidas no Granito Rio Verde. A titanita-biotita-hornblenda granodiorito (TnBtHbGdr), biotita monzogranito (BtMzg) e enclaves de composição quartzo diorítica e feições de mistura mecânica de magmas (mingling). Datação geocronológica pelo método U-Pb em zircão por LA-MC-ICP-MS do BtMzg e de enclaves de composição intermediária associados foi realizada para definir a idade do GRV e correlaciona-lo aos eventos de granitogênese reconhecidos na Província Borborema. Paralelamente, o estudo isotópico pelo método Sm-Nd foi realizado para caracterizar a fonte do magma granítico (retrabalhamento crustal ou magmatismo juvenil). A datação U-Pb em zircão forneceu idade concordante de intercepto superior de 592 ± 3,2 Ma (2δ, n=5) para o BtMzg. A datação U-Pb em zircão realizada em duas amostras do enclave quartzo diorítico não foi satisfatória, provavelmente devido à metamictização dos cristais de zircão que resultou na baixa preservação das feições ígneas primárias. Apesar disto, foi possível definir em uma das amostras idade concordante de 607 ± 4,8 Ma (2δ, n=3), que é interpretada como indicativa da idade dos enclaves de composição quartzo diorítica. Com isso, a contemporaneidade entre o magmatismo granítico e o magmatismo mais máfico fica sugerida, embora deve-se reconhecer que estudos geocronológicos adicionais são necessários para definir com exatidão, a idade do magmatismo mais máfico. O emprego do sistemática isotópica Sm-Nd em rocha total em duas amostras do GRV revelou valores de εNd(590Ma) negativos de –(18,3 e -19,4) indicando retrabalhamento de crosta antiga pré-existente para a formação do magma fonte do Granito Rio Verde. As idades Nd-TDM, calculadas em estágio duplo (2,48 e 2,56 Ga), evidenciam contribuição de crosta arqueana, provavelmente relacionada ao Complexo Granjeiro, para a formação do magma que originou o Granito Rio Verde. Todavia, não se pode descartar a mistura de crosta arqueana com material crustal mais jovem visto que as idades Nd-TDM situam-se no limite Arqueano-Paleoproterozoico. Considerando a características petrograficas e geocronológicas o Granito Rio Verde foi associado à granitogênese sin-transcorrente de 570 - 590Ma que atingiu a Província Borborema, e tem os granitoides da Suíte Intrusiva Itaporanga como um de seus representantes.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Geoquímica isotópica Sr e geocronologia Pb-Pb da capa carbonática neoproterozoica do Grupo Araras, Tangará da Serra, MT
    (Universidade Federal do Pará, 2012-04-24) ROMERO, John Alexander Sandoval; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998; LAFON, Jean Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645
    As capas carbonáticas neoproterozóicas têm sido alvo de inúmeros estudos quimiestratigráficos e paleoambientais ao redor de quase todas as regiões cratônicas do mundo. Foram depositadas após eventos de glaciação globais e consistem em dolomitos e calcários primários recobrindo diamictitos glaciais com feições típicas como estromatólitos, estruturas tubiformes, acamamento de megamarcas onduladas e leques de cristais de calcita, interpretados como pseudomorfos de aragonita. No Brasil, a ocorrência principal e objeto de estudo são encontrados nos municípios de Mirassol d ́Oeste e Tangará da Serra, sudoeste do Estado de Mato Grosso, sul do Cráton Amazônico, recobrindo diamictitos glaciais com idade em torno de 635 Ma. A capa carbonática faz parte da base do Grupo Araras sendo composta pelos dolomitos da Formação Mirassol d ́Oeste e pelos calcários e folhelhos betuminosos da base da Formação Guia. O objetivo deste trabalho visa consolidar, uma idade do inicio do Ediacariano para a capa carbonática da região de Tangará da Serra, por meio da geocronologia Pb-Pb, e trazer novos dados isotópicos de Sr que contribuam para o entendimento das condições paleoambientais de deposição destas rochas, bem como para a elaboração da curva de evolução do Sr no Neoproterozóico. Foram coletadas 36 amostras posicionadas no topo da Formação Mirassol d ́Oeste (13 amostras) e na Formação Guia (23 amostras), para análises petrográficas, de difração e fluorescência de raios X, assim como para análises isotópicas de Sr e datação pelo método Pb-Pb por lixiviação em rocha total, utilizando a espectrometria de massa TIMS e ICP-MS. As análises petrográficas permitiram reconhecer feições diagenéticas como, estilólitos, grãos de dolomita recristalizados, preenchimento de dolomita espática, presença de óxidos de ferro e quartzo autigênico nos dolomitos da Formação Mirassol d ́Oeste. Na Formação Guia, foram observados leques de cristais de calcita parcialmente substituída por dolomita espática, fraturas preenchidas por óxidos de ferro, estilólitos, microfraturas preenchidas por calcita e dolomita secundaria, quartzo e feldspato nos calcários da Formação Guia. A análise de difração de raios X complementou a determinação da assembléia mineralógica dos carbonatos, em especial, a identificação da presença de dolomita secundaria, quartzo e feldspato nos calcários da base da Formação Guia. A análise química por fluorescência de raios X permitiu determinar os teores de Fe, Mn, Ca, Sr, os quais foram utilizados para auxiliar na interpretação das assinaturas isotópicas de Sr. A composição isotópica de Sr de cinco amostras de dolomitos da Formação Mirassol d ́Oeste e seis de calcários da base da Formação Guia, foi determinada pelo método de lixiviação sequencial com ácido acético. Para os dolomitos, as razões entre 0,708 e 0,709. Para os calcários, foram obtidas razões isotópicas 87 87 Sr/ 86 Sr oscilaram Sr/ 86 Sr no intervalo de 0,707093 até 0,707289, uma vez eliminadas as etapas de lixiviação com provável contribuição terrígena para o Sr com razões 87 87 Sr/ 86 Sr de até 0,7114. As mais baixas razões Sr/ 86 Sr foram encontradas nas amostras com mais baixas razões Mn/Sr (0,31-0,45) e Fe/Sr (6,03-9,8). A diferença de procedimento analítico utilizado para a obtenção das razões 87 Sr/ 86 Sr pode explicar as diferenças de assinaturas isotópicas de Sr dos calcários da região de Tangará da Serra (lixiviação sequencial) com aquelas, mais radiogênicas, dos calcários da região de Mirassol d ́Oeste (dissolução total), previamente publicados. As razões 87 Sr/ 86 Sr de 0,70709–0,70729 dos calcários da região de Tangará da Serra, posicionam-se acima da curva de evolução do Sr oceânico no Neoproterózoico, na transição do Criogeniano – Ediacarano antes do aumento brusco no inicio do Ediacarano. Foram analisadas 6 amostras de dolomitos e 17 amostras de calcários, para a determinação da composição isotópica de Pb, as amostras foram lixiviadas com HCl. As assinaturas isotópicas de Pb apresentam uma grande homogeneidade nos dolomitos (19,05< 206 Pb/ 204 Pb < 19,50; 15,69 < 207 Pb/ 204 Pb < 16,89) e não foram utilizadas para a elaboração da isócrona Pb-Pb. Das 17 amostras de calcários, 15 forneceram uma idade de 622 ± 33 Ma (2σ), apesar das variações isotópicas limitadas de composição isotópica (18,77 < 206 Pb/ 204 Pb < 31,18; 15,71 < 207 Pb/ 204 Pb < 16,46). Esse resultado reforça uma idade do início do Ediacarano para a formação da capa carbonática do Grupo Araras e comprova a sua associação com os eventos ocorridos após a última glaciação criogeniana no sul do Craton Amazônico.
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    Artigo de PeriódicoAcesso aberto (Open Access)
    Reavaliação paleoambiental e estratigráfica da Formação Nobres do Grupo Araras, Neoproterozóico da Faixa Paraguai, região de Cáceres (MT)
    (2012-12) RUDNITZKI, Isaac Daniel; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues
    A Formação Nobres representa a última deposição carbonática neoproterozoica do Grupo Araras, na porção sudoeste da Faixa Paraguai Norte. Estudos faciológicos e estratigráficos em afloramentos na região de Cáceres, no estado do Mato Grosso, subdividiram a Formação Nobres em: membro inferior, composto de dolomitos finos, dolopackstones intraclásticos, dolomitos arenosos, estromatólitos estratiformes e moldes evaporíticos, interpretados como depósitos de planície de maré/sabkha; e membro superior, composto por dolomitos finos, arenitos dolomíticos, estromatólitos estratiformes a dômicos e rugosos e moldes evaporíticos, além de arenitos e pelitos interpretados como depósitos de planície de maré mista. O empilhamento destes depósitos de até 200 m de espessura é composto por ciclos métricos de raseamento/salinidade ascendente relacionado a um clima árido. Os ciclos de perimaré também sugerem geração contínua e recorrente de espaço de acomodação provavelmente ligado à subsidência tectônica. O influxo de sedimentos siliciclásticos no final da deposição da Formação Nobres inibiu a sedimentação carbonática e é atribuída ao soerguimento de áreas-fontes ligado ao início do fechamento do Oceano Clymene, durante a colisão Pampeana-Araguaia, no limite Neoproterozoico-Cambriano.
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