Navegando por Assunto "Nicho (Ecologia)"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos do espaço e do ambiente sobre assembleias de peixes de igarapés da Amazônia oriental(Universidade Federal do Pará, 2012) BENONE, Naraiana Loureiro; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099Os igarapés amazônicos podem apresentar características ambientais rigorosas para diversas espécies de peixes devido à sua condição oligotrófica. Apesar disso, estes cursos d’água detêm uma ictiofauna rica e diversificada, que ocupa uma grande variedade de microhábitats nos igarapés. Em sistemas de lagos de ria, os rios e igarapés sofrem um represamento natural e passam a ter baixos valores de correnteza, o que pode tornar esses ambientes mais homogêneos, já que a correnteza afeta diversas características dos igarapés. Nesse caso, a distância entre os igarapés poderia ser um dos principais fatores estruturadores das assembleias de peixes. Este trabalho teve como objetivo analisar a influência do espaço e do ambiente sobre a estrutura das assembleias de peixes de igarapés afogados em Caxiuanã, na Amazônia Oriental. As coletas de peixes foram realizadas durante o período da seca de 2010, abrangendo 34 trechos de igarapés. Foram mensurados oito fatores abióticos para testar os efeitos das características ambientais locais. Para analisar os efeitos do espaço, foram calculados filtros espaciais a partir das coordenadas geográficas, bem como a distância fluvial entre os trechos. As análises mostraram que o ambiente foi o único fator a influenciar a diversidade beta, refutando a hipótese do espaço enquanto fator estruturador e reforçando o papel do nicho ecológico na distribuição das espécies. Apesar disso, os fatores abióticos explicaram uma porcentagem baixa da variação na composição das espécies de peixe, o que mostra que outras variáveis podem afetar essas assembleias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) História natural do lagarto partenogenético Leposoma percarinatum (Squamata: Gymnophthalmidae) em floresta amazônica, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012) DIAS, Dina-Mara; COSTA, Maria Cristina dos Santos; http://lattes.cnpq.br/1580962389416378Para entender o papel ecológico que cada espécie desempenha em seu hábitat, são necessários estudos básicos de história natural que envolvam questões sobre uso de hábitat, ecologia trófica e reprodutiva. Visando caracterizar o uso de microhábitat, a dieta e padrões reprodutivos de uma população de L. percarinatum (Muller, 1923), foram analisados espécimes coletados em duas áreas da Floresta Nacional de Caxiuanã (PPBio e ECFPn), nos municípios de Melgaço e Portel, Estado do Pará. Para tanto, foram analisados a composição e importância dos itens alimentares, o uso de microhábitat, período de atividade, ciclo reprodutivo e fecundidade da espécie. L. percarinatum é um componente da fauna de serapilheira úmida, localizada próximo a corpos d’água. É um caçador diurno, com período de atividade se estendendo das 0800h às 1700h. Com hábito alimentar generalista, apresenta artrópodes, como Hymenoptera, Coleoptera e Araneae, como principais itens alimentares, não apresentando diferenças significativas na importância dos itens alimentares entre os períodos seco e chuvoso. O período reprodutivo se estende ao longo de todo o ano. As desovas apresentam número fixo de ovos por ninhada e o tamanho dos ovos está relacionado ao comprimento rostro-cloacal da fêmea.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Recursos alimentares e local de forrageio de três espécies de Helicops wagler, 1830 (Serpentes: Dipsadidae) na Amazônia Oriental, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012) TEIXEIRA, Cássia de Carvalho; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099; COSTA, Maria Cristina dos Santos; http://lattes.cnpq.br/1580962389416378Espécies filogeneticamente aparentadas, que coexistem no ambiente com semelhanças na utilização dos recursos, são potencialmente competidoras. Assim, espera-se que apresentem diferenciação em algum dos principais eixos do nicho ecológico. Helicops angulatus, H. hagmanni e H. polylepis são cobras d’água abundantes no estado do Pará, Amazônia Oriental, e podem ser sintópicas, o que sugere que estas espécies apresentem alguma variação na dieta ou no local de forrageio. Esse estudo teve o objetivo de verificar variações na composição da dieta, a amplitude e sobreposição de nicho trófico, bem como variações no local de forrageio, baseadas em características ecomorfológicas dos peixes consumidos por três espécies de cobras d’água na Amazônia Oriental, Pará. Verificamos que a dieta das três espécies de Helicops é semelhante, contudo, as proporções em que os itens são consumidos diferem. Helicops angulatus é a espécie mais generalista e H. hagmanni a mais especialista, e a sobreposição alimentar entre as três espécies foi intermediária. De acordo com os dados ecomorfológicos dos peixes consumidos por H. angulatus, H. hagmanni e H. polylepis pôde-se concluir que estas espécies forrageiam os mesmos ambientes em meio aquático, principalmente microhábitats de águas lênticas nos estratos médio e superior da coluna d’água. A coexistência dessas espécies pode estar sendo favorecida pela abundância dos recursos consumidos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Similaridade morfológica e seus efeitos na distribuição da assembleias de percevejos semiaquáticos (Gerromorpha: Heteroptera) em igarapés da Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2017-02-07) GUTERRES, Alana Patricia Meguy; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; SILVA, Rogério Rosa da; http://lattes.cnpq.br/5989181105383977Estudos sobre padrões de distribuição e coexistência das espécies em comunidades naturais estão ganhando destaque na área de ecologia de comunidades, pois servem como base para outros estudos, como os de conservação, de ecologia teórica e outros. Neste estudo, utilizamos os insetos aquáticos da Subordem Heteroptera (Infraordem Gerromorpha), para avaliar a relação entre similaridade morfológica e padrões de coexistência de Gerromorpha. Duas hipóteses foram testadas: (i) a existência de divergência morfológica entre as espécies coexistentes; (ii) o ambiente exerce baixa influência sobre o padrão de coocorrência das espécies. O estudo foi realizado em 32 riachos (igarapés) dentro e no entorno de uma unidade de conservação na Amazônia Oriental. A hipótese sobre divergência morfológica entre as espécies de insetos semiaquáticos e de ausência de um efeito ambiental nas assembleias foram corroboradas. As espécies da comunidade de Gerromorpha apresentaram um padrão de coocorrência não aleatório. A divergência morfológica entre espécies pode ser o resultado de intensa competição interespecífica. Nas assembleias de Gerromorpha estudadas, as relações de competição foram mais importantes que o ambiente, resultando no deslocamento de caracteres morfológicos, com espécies coexistentes mais distantes entre si morfologicamente do que o esperado para os modelos avaliados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sobreposição de nicho de duas espécies simpátricas de Arthrosaura (Squamata: Gymnophthalmidae), na Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará(Universidade Federal do Pará, 2012) SILVA, Kleiton Rodolfo Alves da; COSTA, Maria Cristina dos Santos; http://lattes.cnpq.br/1580962389416378Em geral, espécies próximas filogeneticamente usam recursos similares e podem ser potenciais competidores. No entanto, elas podem divergir em um dos três eixos que norteiam o seu nicho, temporal, espacial e trófico. Essas diferenças podem ser determinantes para a coexistência de populações. Pressupondo que as populações de Arthrosaura interagem, e pode ocorrer sobreposição de nicho, quais estratégias elas adotaram para minimizar a competição permitindo a convivência de ambas? O presente estudo tem como objetivo investigar o nicho espacial, temporal e trófico de Arthrosaura kockii e A. reticulata na Amazônia oriental (01°42'30"S, 51°31'45" W), localizada nos municípios de Melgaço e Portel, Pará, Brasil, onde foram realizadas três expedições. Os animais foram coletados através do método de Procura Ativa, iniciando as 06h e finalizando às 18h. Foram analisados 107 A. kockii e 115 A. reticulata, desses, 107 e 113 respectivamente, apresentaram itens alimentares. Foram contabilizados 26 itens, destes 25 itens foram consumidos por A. reticulata e 14 foram consumidos por A. kockii. A espécie A. reticulata apresentou uma maior amplitude trófica nos meses chuvosos e na maior parte do período seco, enquanto que A. kockii apresentou uma maior amplitude no início do período seco. Os itens mais importantes (IA%), para A. reticulata foram Araneae=0,64, Blattaria=0,17, Orthoptera-Gryllidae=0,09 e Homoptera=0,05, já para A. kockii foram Araneae=0,66, Blattaria=0,19, Orthoptera-Gryllidae=0,04 e Isoptera=0,04. Arthrosaura reticulata apresentou um maior período de atividade, iniciando as 07h: 50min e terminando às 17h: 00min, concentrando o seu pico de atividade no intervalo das 09h às 14h: 30min, esta espécie foi considerada não heliotémica. A. kockii, teve um menor período de atividade, iniciado as 08h:40min e finalizando as 15:h25min, seu pico de atividade ficou concentrado no intervalo das 10h as 14h:30min, esta espécie foi considerada heliotémica. A altura de serapilheira e a distância do corpo d’água foram significativas na distribuição das espécies, A. reticulata foi encontrado em serapilheira com alturas que variaram de 2,5 cm até 13 cm, já A. kockii ocorreu em intervalos de 1,5 cm até 10 cm,. A. reticulata ocorreu em diversos ambientes da floresta, sendo encontrado dentro de corpos d’água até a terra firme, por isso ocorreu em alturas de serapilheira maiores do que A. kockii que ficou limitado à terra firme. Duas espécies mostraram distinções no nicho espacial, temporal e trófico, que provavelmente está permitindo a coexistência das duas populações.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Variação temporal de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) com base em sua especificidade ambiental em riachos impactados pela mineração na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2022-03) PÉREZ, Juan Mateo Rivera; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; https://orcid.org/0000-0002-6188-4386; FEITOZA, Yulie Shimano; http://lattes.cnpq.br/7380463661182614; https://orcid.org/0000-0003-2931-4719Conhecer a diversidade aquática e entender como as diferentes espécies são distribuídas no tempo e no espaço tem se tornado um dos principais focos de pesquisas em ecologia nas últimas décadas. Isso acontece principalmente em virtude das rápidas mudanças ambientais provocadas pelas atividades antrópicas. Nesse cenário, os insetos aquáticos das ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) são utilizadas para o monitoramento das condições ambientais por serem sensíveis às essas mudanças. A intensidade da resposta depende diretamente da amplitude do nicho de cada táxon diante das variabilidades e alterações do habitat. Com o objetivo geral de investigar os efeitos da mineração de Ferro com base na especificidade ambiental de EPT em riachos da Floresta Nacional de Carajás, no Pará ao longo de seis anos, essa dissertação é dividida em dois capítulos. No Primeiro classificamos os táxons de EPT em generalistas e especialistas e avaliamos se a abundância e riqueza estimada desses grupos variam de acordo com o nível de alteração dos riachos impactados por atividades de mineração. No segundo avaliamos a variação espacial e temporal da diversidade beta de EPT generalistas e especialistas. Nos dois estudos foram usados dados de EPT amostrados anualmente em 24 riachos ao longo de seis anos em riachos conservados e impactados pela mineração na Flona de Carajás. Foram coletados 49.922 indivíduos distribuídos em 59 gêneros, dos quais 31 foram classificados como especialistas e 28 como generalistas de habitat. No primeiro capítulo, verificamos que houve efeito negativo da mineração na riqueza estimada e efeito positivo na abundância de gêneros especialistas. Por outro lado, a abundância e a riqueza estimada de generalistas foram influenciados negativamente pelo efeito da mineração. No segundo capítulo não foram encontradas diferenças na composição dos gêneros e nem na heterogeneidade entre os tratamentos. Porém, ao longo do tempo, tanto os generalistas como os especialistas mudaram sua composição. A mineração afeta as comunidades de generalistas e especialistas de EPT, em especial, os especialistas de locais impactados pela mineração que apresentaram aumento em suas abundâncias, possivelmente pela ampliação de habitat disponibilizados pelo processo de homogeneização do habitat. Para os generalistas, a perda de gêneros foi o principal componente na diversidade beta temporal, já os especialistas apresentaram ganhos e perdas de gêneros. Portanto, a mineração afetou as comunidades tanto de grupos generalistas como especialistas ao longo dos anos, apesar de sua especificidade de habitat, apresentando diferentes padrões às mudanças ambientais.
