Navegando por Assunto "Obras de proteção costeira"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise multitemporal da linha de costa e indicadores de erosão na praia da Ponta D’Areia, ilha do Maranhão: diagnóstico dos impactos de obras costeiras(Universidade Federal do Pará, 2024-08-29) SANTOS, Alessandro Ferreira dos; LIMA, Leonardo Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/5984899472616752; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850; https://orcid.org/0000-0002-9870-4879A zona costeira é definida como o espaço geográfico de transição entre o oceano e o continente. No Estado do Maranhão ela possui 5 setores, dentre eles o Golfão Maranhense. A praia da Ponta D’Areia se localiza a noroeste da ilha do Maranhão, compondo este setor onde ocorrem marés de até 7,2 m de amplitude. A praia possui aproximadamente 2,5 km de extensão, sendo limitada pelo Rio Anil e pela praia de São Marcos. Em 2014 houve o término da construção de um espigão costeiro na praia da Ponta D’Areia, com o intuito de conter a erosão nela e impedir o assoreamento em direção ao Rio Anil. Neste contexto, para esta pesquisa foram feitos os seguintes questionamentos: (a) Como variou a linha de costa no decorrer de 27 anos? (b) Quais os setores erosivos, deposicionais e estáveis do ponto de vista morfodinâmico, considerando o período antes e depois da construção do espigão costeiro na praia? A construção da obra de engenharia rígida visou reduzir o assoreamento na embocadura do Rio Anil, o que não ocorreu, sendo necessário a complementação do término do espigão em "L" para tentar conter ainda mais o assoreamento. Contudo, implicou na ação erosiva no extremo nordeste da praia. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi a análise multitemporal da linha de costa da Ponta D’Areia no período de 1996-2022 e a sua vulnerabilidade atual à erosão. A metodologia consistiu na: (1) análise observacional in loco para o preenchimento de tabelas pré-definidas, referentes aos geoindicadores de erosão costeira, e coleta de sedimentos superficiais de praia em novembro/2022 e abril/2023, estação climática seca e chuvosa, respectivamente; (2) levantamento da topografia praial e obtenção de ortofotos por meio de sobrevoo com drone em abril/2023; (3) análise multitemporal da linha de costa de 1996 a 2022, por imagens do satélite Landsat, software ArcGIS e extensão Digital Shoreline Analysis System (DSAS), bem como a previsão da linha de costa para 10 e 20 anos posteriores; (4) aplicação de índice de vulnerabilidade costeira à erosão (IVC) em três setores da costa, por meio da avaliação dos parâmetros naturais e de parâmetros antrópicos; e (5) avaliação dos impactos das obras de engenharia costeira na praia da Ponta D’Areia. Os resultados mostram variações na linha de costa de -64,63 m (-3,46 m/ano: erosão) a 32,15 m (2,39 m/ano: acreção) de 1996 a 2022, com previsão estimada para 2032 de 157,76 m (4,94 m/ano) de avanço e -123,26 m (-3,68 m/ano) de recuo e, a previsão para 2042 de 101,93 m (1,48 m/ano) de avanço e -141,35 m (-1,63m/ano) de recuo. Identificou-se o estado morfodinâmico de praia dissipativa através do mapeamento topográfico com drone e vulnerabilidade moderada à erosão costeira no setor I, o setor da marina, que apresentou o menor IVC: 4. No setor II, setor espigão, obteve-se IVC: 6,37 (vulnerabilidade moderada) e, no setor III, setor do Farol, IVC: 6,8 apontando vulnerabilidade alta à erosão. Foi possível observar como os processos meteo-oceanográficos (ondas, deriva litorânea, correntes de maré, ventos e descarga estuarina) estão resultando na variação da linha de costa, assim como as interferências humanas (ocupação na linha de costa e construção de estruturas rígidas). A acreção costeira se intensificou na praia após a intervenção antrópica com a construção do espigão. Conclui-se que a análise multitemporal da linha de costa da área de estudo entre 1996 e 2022, revelou variações significativas, influenciadas por fatores naturais e antrópicos. Mesmo com as interferências humanas para alterar a resultante sedimentação provocada pelos agentes meteo-oceanográficos, esses processos naturais continuam modelando com intensidade a dinâmica costeira da região e são os principais responsáveis pelas variações na linha de costa da praia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização morfossedimentar da Praia do Caripi (Barcarena/PA) antes e após a construção da nova orla(Universidade Federal do Pará, 2021-12-29) SOUSA, Bianca Abraham de Assis; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850; https://orcid.org/0000-0002-9870-4879Praias estuarinas são caracterizadas por serem ambientes de transição entre oceano e rio que permitem depósitos de sedimentos como areia e cascalho, onde a força das ondas associadas as correntes fluviais e de marés retrabalham os sedimentos levando a um nível adicional de complexidade na morfodinâmica praial. Estas praias são comuns na zona costeira amazônica e alvo de diversas ações antrópicas através da urbanização, turismo e instalações portuárias. O trabalho realizado analisou a morfologia da praia estuarina do Caripi (município de Barcarena, Estado do Pará), no intuito de verificar as alterações em sua dinâmica sedimentar, principalmente em consequência da obra de contenção de erosão na praia inaugurada em 2018. Pretendeu-se comparar dados topográficos coletados em 2016, com dados atuais (2019 e 2020), pós-construção da nova orla, além de avaliar se a erosão costeira na praia ficou efetivamente contida, pelo menos a curto prazo. A pesquisa foi realizada pelo Laboratório de Oceanografia Geológica da Universidade Federal do Pará (LABOGEO/UFPA) em parceria com o Laboratório de Geologia de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal Rural da Amazônia (LGAA/UFRA). Foram realizados trabalhos de campo durante dois anos (setembro/2019 e novembro/2020), onde ocorreu a coleta de dados topográficos em 5 perfis praiais com o uso de Estação Total, modelo RUIDE RTS-822R³. Tais dados foram comparados à pesquisa já realizada em janeiro/2016, quando não havia a construção da nova orla. O perfil praial mais extenso e plano (1° de declividade) foi o C5 (215 m de face praial em 2016 a 111 m em 2020), o menos extenso e mais íngreme (6° a 3° de declividade) foi o perfil C1 (30 m de face praial em 2016 a 72 m em 2020). Verificou-se algumas mudanças morfológicas significativas na praia de 2016 a 2020, relacionada às questões de alteração do estado morfodinâmico praial. No perfil C3, por exemplo, prevalecia o estado dissipativo em 2016, passando para o estado reflexivo em 2019-2020, ou seja, após a construção da nova orla com o muro de gabião, originou-se uma face praial mais íngreme na porção central da praia. Por outro lado, o perfil C1 alterou do estado morfodinâmico reflexivo em 2016 para o intermediário em 2019-2020. Constatou-se que a erosão costeira persiste mesmo após a construção do muro de gabião na praia, cuja efetividade da obra tem sido baixa frente ao referido problema. Notou-se que o muro construído tem contido a erosão costeira, que não avançou de forma severa como em anos anteriores a obra, mas já é possível identificar iminência de erosão e pequenos danos na nova orla do Caripi, concluindo que a praia ainda se apresenta vulnerável à erosão costeira, mas com risco baixo aos problemas associados.
