Navegando por Assunto "Peasantry"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ação coletiva e meios de vida: análise das transformações operadas pela Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (Coppalj) em comunidades do Médio Mearim, MA(Universidade Federal do Pará, 2021-02-26) NASCIMENTO, Aline Souza; PORRO, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2282097420081043A busca por melhores condições de vida e de comercialização da produção levou ao surgimento da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (Coppalj) que, desde o seu surgimento, tem contribuído para a melhoria das condições de reprodução social de seus membros, por meio da combinação de uma gama de recursos sociais, econômicos e ambientais que os permitem se precaver contra a falta de oportunidades, a pobreza e a marginalidade decorrentes das injustiças sociais. Nesta perspectiva, o trabalho busca identificar as transformações operadas nos meios de vida locais, derivadas da combinação de estratégias adotadas por ela e as percepções de sócios e não sócios acerca da sua atuação, bem como sua contribuição para a construção da autogestão, da autonomia camponesa e da diversificação produtiva e tecnológica no território. O estudo está embasado em consulta bibliográfica e documental, combinada a entrevistas semiestruturadas e interativas em comunidades de atuação da Coppalj. Demonstra como, com sua política de valorização da produção agrícola e extrativa, a cooperativa colaborou para o surgimento de novas perspectivas e o aumento do acesso das famílias à renda. Ressalta ainda as ações empreendidas por camponeses durante os conflitos agrários, e que resultaram na criação de organizações que têm desempenhado importante papel na garantia dos seus direitos, e a contribuição da Igreja Católica para a organização política camponesa no Médio Mearim.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Do uso comum ao parcelamento da terra: as transformações territoriais em uma comunidade camponesa do Baixo Acará, Acará/PA(Universidade Federal do Pará, 2020-03-29) JESUS, Edenilze Conceição Silva de; TORRES, Mauricio Gonsalves; http://lattes.cnpq.br/3514108376561503Esta pesquisa analisa as transformações territoriais de uma comunidade tradicional camponesa denominada Centro Alegre, localizada na região do Baixo Acará, Acará/PA, Nordeste paraense, nas últimas duas décadas. Trata-se de uma pesquisa etnográfica realizada com base nas abordagens qualitativas e quantitativas, com informações obtidas a partir de questionários semiestruturados, observação participante e entrevista histórica. A comunidade estudada organizava-se a partir do uso comum da terra e do acesso aos recursos naturais. Mas, no início dos anos 2000, o território da comunidade é atravessado por uma rodovia e isso desencadeia uma série de transformações, inclusive, derivando em um parcelamento da terra comunalmente ocupada em frações unifamiliares, o que gera transformações significativas na organização socioterritorial do grupo. A realização dessa pesquisa revelou que, com o parcelamento das terras da comunidade, houve significativa diminuição do seu território e desencadeou-se um processo de venda de frações de terra. Do total das 13 parcelas de terra em que fora dividida a comunidade, apenas três permanecem integrais, sem terem sido alvo de venda de ao menos um pedaço. Das dez restantes, seis foram desmembradas e tiveram alguma porção vendida, e quatro foram comercializadas integralmente. A pesquisa etnográfica na comunidade, com observação na forma da ocupação territorial, revelou que as famílias vivem hoje um contexto de fortes limitações de recursos naturais em seus lotes, chegando ao ponto de a maioria delas não terem mais roçados. Observou-se, ainda, que a comunidade sofreu profundas transformações nas relações sociais entre os indivíduos que a constituem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mobilidade espacial de agricultores familiares em áreas de assentamento: um estudo de caso no PDS Anapu - Estado do Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2011-03-24) SANTOS, Ione Vieira dos; PORRO, Noemi Sakiara Miyasaka; http://lattes.cnpq.br/3982338546545478A mobilidade espacial foi um processo essencial na constituição da atual sociedade amazônica, a despeito das contraditórias políticas públicas promovendo deslocamentos em nome de um desenvolvimento que jamais se realizou como prometido. Ao abordarmos a questão da mobilidade espacial de agricultores, consideramos a história do campesinato brasileiro, que é a da luta pela terra. Em áreas de assentamento da chamada reforma agrária, verifica-se que essa dinâmica, que nas décadas passadas ocorria do sul para o norte do país, no caso da Transamazônica alterou-se e a mobilidade espacial tende a ocorrer internamente, entre localidades na própria região. Nos casos do Projeto de Desenvolvimento Sustentável – PDS Anapu e da Expansão do Projeto de Assentamento – PA Itapuama, constatou-se que o acesso a terra não tem representado a conquista da desejada autonomia relativa, pois, as condições oferecidas pelo Estado aos chamados beneficiários da reforma agrária não têm garantido as condições de devida apropriação da terra, levando-os a novos deslocamentos na tentativa de garantir a sua reprodução enquanto camponeses em outros espaços. Ainda assim, em nossa pesquisa, concluímos que o processo de mobilidade espacial se configura como uma estratégia da reprodução familiar camponesa, embora com sérias ameaças à consolidação de seu processo de territorialização.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A reforma agrária na Amazônia paraense: implicações do processo de interdição de assentamentos rurais na vida de camponeses do Município de Pacajá(Universidade Federal do Pará, 2013-05-27) BRITO, Maria Natália Silva; GUERRA, Gutemberg Armando Diniz; http://lattes.cnpq.br/4262726973211880Esta dissertação analisa contradições da Política de Reforma Agrária na Amazônia a partir da conjuntura que se instaurou devido ao processo de interdição de assentamentos rurais nessa região. Parte do histórico da política agrária no Brasil, verificando-se que ela reflete a manutenção da estrutura fundiária calcada na grande propriedade. Na Amazônia, os discursos que favoreciam a agricultura camponesa, se tornaram em ações que beneficiaram, de fato, à entrada do grande capital nessa região através da política de subsídios e incentivos fiscais. A partir da análise de dois assentamentos rurais localizados no município de Pacajá – Pará, que foram interditados pela Justiça Federal no ano de 2007, o assentamento Anapuzinho e o Assentamento Cupuzal, demonstra-se uma distorção das ações de reforma agrária. Equívocos nos procedimentos burocráticos realizados pela agencia fundiária governamental – o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) inviabilizam o acesso de camponeses aos benefícios do programa oficial. Os camponeses se mantém na área a despeito da omissão estatal na formalização da incorporação destas terras ao processo produtivo do país e da região.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Trajetórias e concepções do cooperativismo camponês no nordeste paraense(Universidade Federal do Pará, 2020-05-06) ROCHA, André Carlos de Oliveira; SABLAYROLLES, Philippe Jean Louis; http://lattes.cnpq.br/7201576326250482; ASSIS, William Santos de; http://lattes.cnpq.br/0188412611746531O cooperativismo surgiu como alternativa ao capitalismo. No Brasil desenvolveram-se duas correntes, uma tradicional/empresarial e uma popular/solidária. Pergunta-se: que fatores influenciam a trajetória de uma cooperativa camponesa, suas concepções, contradições e novidades, considerando se elas tendem para uma lógica do cooperativismo tradicional ou do cooperativismo popular? O objetivo geral foi analisar as concepções, contradições e novidades do movimento cooperativista camponês. pesquisa foi do tipo quantitativa e qualitativa, com abordagem indutiva, com um estudo quantitativo de 14 cooperativas e se aprofundou no estudo de caso de três delas, analisando as categorias: trabalho, gestão, solidariedade e emancipação. Como instrumentos de coleta de dados, têm-se entrevistas históricas, entrevistas semiestruturadas, questionário objetivo, linha tempo, observação direta, pesquisa documental e bibliográfica e fotografias. A análise dos dados foi feita por sistematização e análise horizontal e vertical das entrevistas, baseada na hermenêutica-dialética. No Pará, o impulso para o cooperativismo se deu durante a ditadura militar. Durante os anos 1990, ONG’s assumiram um trabalho com cooperativismo popular, sendo que a OCB tinha um foco nas cooperativas de crédito e da região metropolitana de Belém, passou somente após 2015 a focar no ramo agropecuário e nas cooperativas ligadas à agricultura familiar. O diagnóstico realizado mostra que, o cooperativismo camponês nas regiões estudadas apresenta a maioria das cooperativas sem assalariados, metade tem agroindústria, mais da metade participa de feiras e redes de comercialização, mais de três quartos delas comercializam com não sócios(as), todas mantém assembleia geral e reuniões de diretoria, as ações de solidariedade junto as comunidades não é algo priorizado, a intercooperação é feita por quase a totalidade das cooperativas. Conclui-se que as cooperativas na região são concebidas para resolver um problema econômico, de melhoria de renda a partir da comercialização dos produtos da agricultura. Quando ligada a luta sindical, se acrescenta um debate de classe. Em suas práticas aparecem contradições, seja em relação ao valor de troca do trabalho se sobrepondo ao seu valor de uso, seja na democracia representativa tomando lugar da participação dos(as) sócios(as), ou ainda, seja no apagamento do valor da solidariedade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Vila Braba: território e parentesco em uma sociedade camponesa no Baixo Tocantins (PA)(Universidade Federal do Pará, 2018-07-12) GONÇALVES, Arleth de Jesus Fiel; SANTOS, Sônia Maria Simões Barbosa Magalhães; http://lattes.cnpq.br/2136454393021407O presente estudo analisa o território de um grupo camponês conhecido como Pereirada, morador de uma localidade chamada Vila Braba. Localizada no município de Cametá/Pará, essa comunidade amazônida nasceu de um longo processo de deslocamento beirando os cursos d´água do grande Rio Tocantins. Para alcançar o que foi pretendido era necessária uma aproximação particularizada, o que foi permitido pela etnografia e suas ferramentas operacionais. A esta se agregou o uso de conceitos teóricos acreditados como chaves para o intento, como o de parentesco e território, uma vez que era de interesse desvendar nuances da produção e reprodução social do grupo, aspectos que passam pela forma como fazem uso do território, que por sua vez é moldado pelas relações de parentesco. Neste uso diversas unidades sociais se compõem e decompõem, preservando a indivisibilidade da terra adquirida por via mercantil associada ao uso comum dos campos de natureza, dos igarapés e da mata. Uma territorialidade alicerçada nas relações de parentesco, com predomínio do que chamamos de endogamia territorial, e fragilizada pelo contínuo processo de apropriação privada das terras e pelo empobrecimento biológico das áreas de caça e coleta. Ameaças a sua territorialidade, e ao seu território, implicam no desaparecimento deste grupo específico, uma vez que as condições necessárias à sua reprodução social não mais existiriam. É preciso, portanto, garantir seu território a fim de garantir a reprodução e existência deste seguimento do campesinato amazônida e baixo-tocantino
