Navegando por Assunto "Petrologia - Pará"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alteração hidrotermal e potencial metalogenético do vulcanoplutonismo paleoproterozoico da região de São Félix do Xingu (PA), Província Mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2015-08-27) CRUZ, Raquel Souza; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983A região de São Félix do Xingu, centro-sul do Estado do Pará, expõe um sistema vulcano–plutônico excepcionalmente bem preservado e agrupado nas formações Sobreiro e Santa Rosa, nas quais foram reconhecidas alterações hidrotermais e mineralizações associadas. A Formação Sobreiro é constituída por fácies de fluxo de lava de composições andesítica, andesito basáltica e dacítica, conforme as proporções ou ausência de fenocristais de clinopiroxênio e/ou anfibólio. Fácies de rochas vulcanoclásticas ocorre geneticamente associada e é representada por tufos de cinza, cristais de tufo máfico, lapilli-tufo e brecha polimítica maciça. A Formação Santa Rosa é controlada por fissuras, formada por riolitos que compreendem fácies de fluxo de lava e fácies vulcanoclástica associada de tufos de cristais felsico, ignimbritos (tufo de cinza), lápilli-tufo, e brechas polimíticas maciças. Parte desse sistema é interpretado como ash-flow caldera parcialmente erodida e desenvolvida em vários estágios. Dados de petrografia, difração de raios X (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de infravermelho mostram as paragêneses de alterações hidrotermais que ocorrem nessas rochas. Em geral, os minerais de alteração desenvolvem cristais subeuédricos a anédricos e substituem minerais magmáticos. Os tipos de alterações hidrotermais identificados mostram-se incipientes a pervasivos, sendo distinguidas as alterações propilítica, sericítica, argílica e potássica, as quais se sobrepõem, além de fases fissurais de silicificação com hematita e carbonato associados. A alteração propilítica, predominante na Formação Sobreiro, apresenta ambos os estilos pervasivo e fissural. A paragênese resultante consiste de epidoto + clorita + carbonato + clinozoisita + sericita + quartzo ± albita ± hematita ± pirita, que é sobreposta por alteração potássica pervasiva ou controlado por fratura, representada principalmente por feldspato potássico + biotita ± hematita. Localmente, ocorre fratura com associação prehnita-pumpellyita precipitada que poderia estar relacionado com metamorfismo de baixo grau. A alteração sericítica é marcada pela ocorrência principalmente de sericita + quartzo + carbonato ± epidoto ± clorita ± muscovita. Manifesta-se principalmente nos tufos de cristais máficos. Entretanto, a sobreposição desses tipos de alteração fica evidenciada pelas relíquias de clorita da alteração propilítica e texturas das rochas, parcialmente obliteradas, em que restaram apenas pseudomorfos de plagioclásio sericitizado. Já na Formação Santa Rosa é pervasiva e caracterizada pela ocorrência de sericita + quartzo + carbonato. Apresenta-se também em estilo fissural, que é marcado pela presença de sericita + quartzo. É o principal tipo de alteração identificado nessa unidade, atribuindo às rochas coloração esbranquiçada. Dados de MEV mostram que, associados à alteração sericítica, ocorrem fosfatos de chumbo e terras raras além de ouro, bem como rutilo e barita. A alteração potássica ocorre mais subordinadamente, em geral associada aos pórfiros graníticos e, localmente, aos riolitos. A paragênese característica é conferida por microclínio + biotita + clorita + carbonato + sericita ± albita ± magnetita. A alteração argílica intermediária foi reconhecida nos riolitos e possivelmente corresponde aos estágios finais da alteração hidrotermal. É caracterizada pela presença de montmorillonita + illita + caolinita + clorita ± sericita ± caolinita ± haloisita ± quartzo ± hematita, os quais foram identificados por DRX e espectroscopia de infravermelho. A argilização confere às rochas coloração esbranquiçada a rosa esbranquiçada. Os tipos de alteração foram controlados principalmente pela temperatura, composição do fluido e pela relação fluido/rocha. São compatíveis com anomalias térmicas relacionadas com o magma envolvendo uma diminuição da temperatura e neutralização devido à mistura com água meteórica, semelhante ao que foi descrito em mineralizações baixo e intermediário-sulfidação. A identificação de ouro e fases de acessórios compatíveis fornecem importantes subsídios para pesquisas prospectivas na região, sobretudo para potenciais depósitos epitermais low-sulfidation de metais preciosos (ouro e prata) em sistemas vulcano-plutônicos com ash-flow calderas associadas, assim como depósitos do tipo pórfiro de Cu, Au e Mo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo petrográfico, geoquímico e isotópico de granitos da porção Leste do Domínio Tapajós, nas folhas São Domingos e Jardim do Ouro, Pará(Universidade Federal do Pará, 2015-10-07) SEMBLANO, Flávio Robson Dias; MACAMBIRA, Moacir José Buenano; http://lattes.cnpq.br/8489178778254136O Domínio Tapajós, localizado no escudo Brasil Central (porção sul do Cráton Amazônico), faz parte da Província Tapajós-Parima (ou Ventuari-Tapajós) que corresponde a um cinturão orogênico paleoproterozoico de orientação NW-SE que se estende do sudoeste do Pará até o sul da Venezuela. Alguns autores descrevem essa Província como tendo sido formada pelo desenvolvimento de duas orogenias distintas que incorporaram quatro arcos magmáticos seguidos de um magmatismo alcalino pós-orogênico. Esse magmatismo pós-orogênico Orosiriano, ocorrido por volta de 1880 Ma, é representado pela Suíte Intrusiva Maloquinha (SIM) e pelo Grupo Iriri que ocorreu pós-datando a Orogenia Tropas que deu origem às rochas da Suíte Intrusiva Parauari (SIP). A SIM é composta por granitos alcalinos gerados em ambientes anorogênicos pós-colisionais e associam-se espacialmente às vulcânicas do Grupo Iriri. Essa Suíte é composta por corpos de feldspato alcalino granito, sienogranito e monzogranito leucocráticos com predomínio de ortoclásio pertítico e raro microclínio, e afloram como stocks e batólitos elípticos a circulares ao longo de lineamentos regionais de direção NW-SE no Domínio Tapajós. Vários corpos pertencentes a SIM já foram datados tanto pelo método de evaporação de Pb quanto por U-Pb em zircão e as idades obtidas ficaram entre 1882±4 e 1864±18 Ma. Na porção leste do Domínio Tapajós foi identificada uma assinatura de isótopos de Nd para os granitos dessa suíte que sugerem fontes paleoproterozoicas (TDM Nd de 2,28 a 2,23 Ga e εNd(t) de -0,72 a -2,45). Vários plútons da SIP foram datados pelo método de evaporação de Pb em zircão, e as idades encontradas ficaram entre 1891±3 e 1879±11 Ma, e sua assinatura isotópica de Nd são de εNd(t) -5,21 a -1,82 e TDM Nd de 2,43 a 2,32 Ga. Este trabalho foi realizado na porção leste do Domínio Tapajós, nas folhas 1:100.000 SB.21-Z-A-II (São Domingos) e SB.21-Z-A-III (Jardim do Ouro), onde foram estudados cinco corpos graníticos (Igarapé Tabuleiro, Dalpaiz, Mamoal, Serra Alta e Igarapé Salustiano). O corpo Igarapé Salustiano apresentou uma afinidade calcioalcalina e natureza meta a peraluminosa de granitos tipo I sincolisionais, mostrando estreita relação com as rochas da Suíte Intrusiva Parauari desse Domínio. Os demais corpos puderam ser correlacionados a SIM que são basicamente representados por feldspato alcalino granitos, sienogranitos e monzogranitos hololeucocráticos. Essas rochas apresentam altos teores de SiO2 (>70 %), FeOt/(FeOt+MgO) (>0,80) e K2O/Na2O, baixos de CaO, Al2O3, MgO e Sr, e afinidade com granitos pós-colisionais, caráter álcali-cálcico a álcali e alto conteudos de ETR com anomalias negativas de Eu, próprias de granitos tipo A. Este trabalho, assim como outros realizados nas províncias Tapajós-Parima e Amazônia Central, identificou idade TDM Sm-Nd contraditória às idades atribuídas a essa província para compartimentação geocronológica entre elas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrografia, geoquímica e suscetibilidade magnética do granito Gradaús, Província Carajás, SE do Pará(Universidade Federal do Pará, 2017-10-31) CARVALHO, Thiago Andrade de; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281O Granito Gradaús (1882±9 Ma), localizado no Estado do Pará, a oeste da cidade de Bannach e a norte de Cumaru do Norte, porção sudeste do Cráton Amazônico, é um batólito anorogênico com formato subcircular e cerca de 800 km² de área aflorante, integrante do intenso magmatismo granítico que ocorreu durante o Paleoproterozoico na Província Carajás. É intrusivo em metassedimentos do Grupo Rio Fresco, os quais recobrem unidades arqueanas pertencentes ao Domínio Rio Maria. É constituído por dois conjuntos petrográficos distintas: rochas monzograníticas, compostas basicamente por biotita-monzogranitos e biotitamonzogranitos-porfiríticos, e por rochas sienograníticas formadas por biotita-anfibóliosienogranitos, biotita-sienogranitos e biotita-sienogranitos-porfiríticos. Os dados de suscetibilidade magnética (SM) permitiram identificar três populações com diferentes características magnéticas; seus valores de SM moderados a baixos (< 3,53 x10-3 SIv) permitem classificá-lo como um granito moderadamente reduzido. O Granito Gradaús apresenta conteúdos de SiO2 >75%, MgO <0,2%, CaO <1%, FeOt entre 1-2% e Al2O3 entre 11,3 e 12,9%, caráter metaluminoso a peraluminoso, razões FeOt/(FeOt+MgO) entre 0,94 e 0,97, K2O/Na2O entre 1 e 2 e conteúdos de ETRL mais elevados que os ETRP. Os ETRL mostram padrão de fracionamento moderado ((La/Sm)n=4,61) e os ETRP sub-horizontalizado ((Gd/Yb)n=1,40). As anomalias negativas de Eu são moderadas a acentuadas nas rochas monzograníticas e sienograníticas (Eu/Eu* 0,43-0,02) e levemente mais pronunciadas nas rochas porfiríticas (Eu/Eu* 0,25-0,03). Mostra afinidades geoquímicas com granitos do tipo A intraplaca, do subtipo A2 e granitos ferrosos. Apresenta semelhanças petrográficas, geoquímicas, geocronológicas e de SM com os granitos São João e Seringa, ainda não enquadrados em nenhuma das três suítes graníticas da Província Carajás. O estudo comparativo entre esses granitos com aqueles que compõem as suítes Jamon, Velho Guilherme e Serra dos Carajás mostra que eles apresentam maiores semelhanças com os granitos que integram a Suíte Serra dos Carajás.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrografia, química mineral e parâmetros de cristalização da suíte Planalto, Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2015-07-28) CUNHA, Ingrid Roberta Viana da; FEIO, Gilmara Regina Lima; http://lattes.cnpq.br/9344671380219647; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675A Suíte Planalto está localizada no Domínio Canaã dos Carajás da Província Carajás. A suíte tem idade neoarqueana (2,73 Ga), e os granitos que a constituem possuem caráter ferroso e afinidade com granitos tipo-A e são intrusivos em unidades mesoarqueanas e no Supergrupo Itacaiúnas. Associa-se espacialmente com rochas charnoquíticas do Diopsídio-Norito Pium e com a Suíte Pedra Branca. As rochas da Suíte Planalto são hololeucocráticas a leucocráticas com dominância de monzogranitos e sienogranitos e presença de raros álcali-feldspato-granitos. Ao microscópio, apresentam feições texturais magmáticas parcialmente preservadas, porém a textura granular hipidiomórfica média a grossa original tende a ser substituída por texturas protomiloníticas a miloníticas, com formação de porfiroblastos ovalados de granulação média a grossa de microclina envoltos por matriz fina a base de quartzo e feldspatos intensamente recristalizados. A Suíte Planalto apresenta valores de suscetibilidade magnética (SM) variáveis, os quais, associados com as características petrológicas, permitiram distinguir dois grupos: (1) Grupo formado em condições reduzidas, que engloba as amostras contendo ilmenita e desprovidas de magnetita, com baixos valores de SM; (2) Grupo moderadamente oxidado, que se distingue do anterior por apresentar os mais altos valores de SM, justificados pela presença de magnetita associada à ilmenita. A ilmenita ocorre como cristais anédricos a subédricos dos tipos texturais ilmenita individual ou ilmenita composta, sendo esta última menos comum e restrita às rochas do grupo 2. A magnetita, por sua vez, ocorre como cristais subédricos a anédricos ou, mais raramente, euédricos com evidência de martitização, localmente com bordas e núcleos corroídos. Ilmenita e magnetita exibem composições próximas de seus membros extremos ideais, embora a ilmenita mostre proporções variáveis de pyrophanita (MnTiO3). Os cristais de titanita ocorrem nos grupos 1 e 2 circundando os cristais de ilmenita, ou então, como finos grãos anédricos inclusos em anfibólio e biotita, que formam agregados máficos. Os conteúdos modais de titanita são muito variáveis em ambos os grupos e não há correlação entre titanita e opacos modais. Além disso, as composições químicas de titanita, em particular suas baixas razões Fe/Al, sugerem que este mineral foi reequilibrado por processos subsolidus. Os anfibólios da Suíte Planalto são cálcicos com composição variando entre potássio-hastingsita (dominante) e cloro-potássio- hastingsita (subordinada) e razões Fe/(Fe+Mg) > 0,8. A biotita também apresenta altas razões Fe/Mg (> 0,7) e é classificada como annita. Os porfiroclastos de plagioclásios são oligoclásio (An25-10) e os grãos da matriz recristalizada mostram composição variando entre oligoclásio ou albita (An259-2).Os dados obtidos, mostram que os granitos do grupo 1 da Suíte Planalto foram formados em condições reduzidas, abaixo do tampão FMQ. Os granitos do grupo 2 cristalizaram em condições mais oxidantes, coincidentes com às do tampão FMQ ou ligeiramente acima, ou alternativamente, também foram formados em fO2 abaixo de FMQ, submetidos a condições ligeiramente mais oxidantes no subsolidus. Pressões de 900 MPa a 700 MPa e de 500 e 300 MPa foram estimadas, respectivamente, para a origem dos magmas da Suíte Planalto e para a colocação e cristalização final dos seus plutons. Geotermômetros sugerem temperaturas iniciais de cristalização variando de 900°C e 830°C, sendo que a temperatura do solidus foi provavelmente próxima de 700 °C. O conteúdo de água do magma foi estimado em 4 % em peso, podendo atingir possivelmente até 4% em peso. A comparação mineralógica entre a Suíte Planalto e granitos neoarqueanos similares da Província Carajás mostram que a Suíte Planalto e o Complexo Granítico Estrela foram formados em condições muito similares. As composições de anfibólio e biotita dos granitos Planalto e Estrela são enriquecidas em alumínio e assemelham-se neste aspecto aqueles do pluton Matok do Limpopo Belt. Diferem, usando este mesmo critério dos granitos rapakivi tipo-A proterozoicos. Em termos das condições de fugacidade de oxigênio, a Suíte Planalto e o Complexo Granítico Estrela se aproximam dos granitos rapakivi mesoproterozoicos e dos granitos paleoproterozóicos reduzidos a moderadamente oxidados da Província Carajás e diferem dos granitos oxidados daquela província e também dos granitoides do pluton Matok. Conclui-se que a Suíte Planalto é similar aos granitos neoarqueanos ferrosos ou do tipo-A da Província Carajás e, exceto por seu caráter reduzido, diferem em suas características mineralógicas e nos parâmetros de cristalização de alguns exemplos clássicos de granitos tipo-A e exceto por seu caráter reduzido, são semelhantes aos granitoides neoarqueanos Fe-K e Mg-K. O fato de se ter um ambiente colisional em Carajás e também no Limpopo Belt durante o neoarqueano sugere que as similaridades observadas entre os granitos de ambas províncias pode refletir um condicionamento geológico e tectônico.
