Navegando por Assunto "Pirazinamida"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Concentrações sanguíneas de pirazinamida e ácido úrico em pacientes em tratamento para tuberculose(Universidade Federal do Pará, 2020-12-7) SOUSA, Alberto Camarão de; VIEIRA, José Luiz Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2739079559531098; https://orcid.org/ 0000-0003-4842-8762A tuberculose pulmonar é um problema relevante de saúde pública no Brasil, onde apesar das medidas de profilaxias empregadas, observa-se o número elevado de casos. O tratamento de primeira linha consiste em comprimidos em dose fixa combinada de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol na fase intensiva e de rifampicina e isoniazida na manutenção. É efetivo na maioria dos casos da doença, entretanto, as reações adversas contribuem para não adesão ao tratamento, o que pode levar a falha terapêutica. A pirazinamida é considerada a mais hepatotóxica e e está associada a hiperuricemia, entretanto, poucos estudos investigaram esta reação, o que é relevante, pois quando acompanhada de sintomas álgicos pode levar ao abandono do tratamento. O objetivo do estudo foi mensurar as concentrações plasmáticas de pirazinamida por cromatografia líquida de alta eficiência e os níveis séricos de ácido úrico por espectrofotometria em 44 pacientes com diagnóstico clínico, laboratorial e por imagem de tuberculose ao final da fase intensiva de tratamento. A maioria dos pacientes eram homens, de baixa escolaridade e com reduzida renda mensal. A mediana das doses diárias de pirazinamida administradas aos pacientes do sexo masculino foi 26,2 (22,9 - 29,7) mg/kg e do sexo feminino foi 26,8 (23,2 - 30,8) mg/kg. As concentrações plasmáticas de pirazinamida nos homens foi 42 (10-168) µg/mL e nas mulheres foi 50,5 (10-110) µg/mL (P<0,05). A mediana das concentrações plasmáticas foi superior a concentração inibitória mínima para cepas sensíveis do bacilo. As proporções de pacientes do sexo feminino e masculino com níveis séricos de ácido úrico acima do intervalo de normalidade foram 75% e 44,4%, com valores medianos de 7,6mg/dl e 7,4 mg/dl, respectivamente. O peso dos pacientes não foi considerado preditor das concentrações plasmáticas de pirazinamida, assim como as concentrações plasmáticas de pirazinamida e a dose administrada, expressa em mg/kg, não se associaram aos níveis séricos de ácido úrico. Os resultados do presente estudo demonstram que as doses de pirazinamida promovem concentrações plasmáticas que asseguram a exposição adequada do bacilo ao fármaco, os níveis de ácido úrico estavam aumentados nos pacientes do estudo, causado, provavelmente, pelos 6 metabólitos da pirazinamida.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Determinação das concentrações sanguíneas de pirazinamida em pacientes com tuberculose pulmonar(Universidade Federal do Pará, 2018-04-26) LUCENA, Stefania de Medeiros Araújo; VIEIRA, José Luiz Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2739079559531098A tuberculose constitui importante problema de saúde no Brasil. O esquema terapêutico de primeira linha é composto por rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol na fase intensiva (02 meses), e rifampicina e isoniazida na fase de manutenção (04 meses) do tratamento. A determinação das concentrações destes fármacos em fluidos biológicos permite confirmar a exposição adequada do bacilo, além de auxiliar na identificação das causas da multirresistência. No Brasil, ainda não foram descritas as concentrações destes fármacos no decorrer do tratamento da doença. Portanto, este trabalho tem o objetivo de determinar as concentrações sanguíneas de pirazinamida em pacientes com diagnóstico clínico e laboratorial de tuberculose pulmonar, avaliando a influência do sexo e da hiperglicemia nos níveis plasmáticos deste fármaco. Para tanto, foram incluídos 54 pacientes adultos, de ambos os sexos, diagnosticados com tuberculose pulmonar ativa, submetidos ao tratamento de primeira linha, dos quais foram coletadas amostras de sangue antes do tratamento (D0), ao final do primeiro mês (D30) e ao final do segundo mês de tratamento (D60). Foram coletados dados sócio-demográficos dos pacientes através de um questionário. As concentrações de pirazinamida foram determinadas por cromatografia líquida de alta eficiência, com detecção no ultravioleta, e a glicemia, por método espectrofotométrico convencional. Dos pacientes incluídos no estudo, 53% são do sexo masculino e 90% possuem entre 19 e 59 anos de idade. Além disso, 37% completou apenas o ensino fundamental. Foram excluídos 8 pacientes por abandono de tratamento. A concentração plasmática média de pirazinamida em amostras pré-doses foi de 3,4 μg/mL e nas amostras pós-doses foi 72,5 μg/mL. Estes dados indicam a exposição adequada do M. tuberculosis ao fármaco. O sexo dos pacientes não influenciou nas concentrações plasmáticas de pirazinamida, entretanto pacientes hiperglicêmicos apresentaram níveis plasmáticos pós-dose do fármaco significativamente elevados. Estes resultados permitem concluir que as doses empregadas de pirazinamida em pacientes com tuberculose causada por M. tuberculosis asseguraram concentrações sanguíneas terapêuticas efetivas em amostras pós-doses, assim como, as concentrações pré-doses foram condizentes com a farmacocinética do fármaco. Por fim, o sexo não influenciou os níveis pré e pós-doses do fármaco, entretanto, as concentrações pós-dose foram significativamente superior em pacientes com hiperglicemia.
