Navegando por Assunto "Poética"
Agora exibindo 1 - 20 de 26
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese Acesso aberto (Open Access) Ânima trama: dança e artes mágicas como processo de autocriação.(Universidade Federal do Pará, 2021-02-01) LAVAND, Ana Rosangela Colares; SAPUCAHY, Ana Flávia Mendes; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776Esta é uma tese memorial que tem como espaço de pesquisa o processo de criação da obra de dança contemporânea Ânima Trama, adotando como mote a dimensão feminina familiar da pesquisadora e suas relações com as poéticas manuais femininas, práticas artesanais que se utilizam de tecido, linha e agulha. A pesquisadora declara ser aranha tecelã e assume como corpo de pesquisa suas oito pernas, as quais são dimensões de percepção e análise da obra, ou espaços por onde o processo de criação se espalha. A metodologia de pesquisa é entendida como uma teia labirinto, metáfora da produção de conhecimento em arte, teia porque a matéria que a compõe é orgânica, visceral e de natureza sutil, pois advém do corpo da pesquisadora, e labirinto por suas múltiplas possibilidades de percurso, onde perder-se é sempre possibilidade. O fio condutor da pesquisa é o fio da vida aqui representado pelo cordão umbilical e a partir desta ideia de linhagem feminina, sua dimensão mágico-religiosa e suas tessituras, a pesquisadora apresenta a noção de autocriação, por afirmar que enquanto cria a obra vivencia uma série de questionamentos e ajustes de coerência frente ao mundo e a si mesma, passando a autocriar-se, sendo assim um processo de criação da obra e autocriação de si.Tese Acesso aberto (Open Access) O camelo, o leão e a criança que brinca: transmutações da busca de si em três atos-poéticos(Universidade Federal do Pará, 2019-04-05) MIRANDA, Michele Campos de; LIMA, Wladilene de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4769018199137074Este é um memorial poético composto por escritos intitulados “O Camelo, O Leão e A Criança Que Brinca: transmutações da busca de si em três atos-poéticos; e por uma obra cênica, Árvore de Mim. Igualmente os componho pelo desenho simbólico de uma árvore, me valendo dos estudos em minha árvore genealógica pela Metagenealogia (JODOROWSKY, 2009c), para resgatar minhas origens e transformá-las em poesia no espaço. Recupero nas raízes, as lembranças de minha infância, as memórias tão guardadas dentro. Ritualizo o (des)encontro de meus ancestres (as três linhagens que estão acima de mim, ou, a baixo, pois gosto de pensar que estou erguida em seus ombros); como tronco desta pesquisa-árvore apresento a construção da Dramaturgia do Si-mesmo, criada a partir de imagens-força, de arquétipos, mitos, estudos filosóficos, ritualísticos, místicos, alquímicos e pela ferramenta metafisica do Tarot, como aceso fundamental a criação e a abertura de consciência e conexão com quem somos. Nasce assim, como fruto da descoberta desta árvore uma Trilogia da Escuridão, na cria-ação de três atos-poéticos: Ritos (2011), Para você... (2014) e Árvore de Mim (2018). Que assinam um fazer artístico que se dá na realização lúdica de tudo que se encontrava escondido, e de repente irrompe o limite entre vida e o poético de forma bela e cruel por se dar no afeto, no compartilhar com o outro quem realmente somos e por isso se revela um fazer curativo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A casa de Marlene(Universidade Federal do Pará, 2018-06-29) NASCIMENTO, Suely da Silva; SAMPAIO, Valzeli Figueira; http://lattes.cnpq.br/6142863342585522Este memorial apresenta a pesquisa “A casa de Marlene”, que desenvolvi no Mestrado Acadêmico em Artes, do Programa de Pós-Graduação em Artes, do Instituto de Ciências da Arte, da Universidade Federal do Pará. Um projeto de memórias familiares e afetivas, em que se fundem fotografias, vídeos, áudios, escritos, sentimentos e emoções. O percurso divide-se em momentos vivenciados antes e durante a academia. Relato a contribuição das disciplinas e a produção de artigos. Discorro sobre a construção desta poética percebida nesse trajeto e conto sobre o dia a dia da feitura da pesquisa. O meu jeito de fazer a poética, o caderno escolar de minha mãe como imagem geradora de todo esse processo, a experimentação da criação de um livro de artista e a fotografia da casa de minha mãe finalizam este memorial. Assim como os meus pensamentos de que ainda há um significativo material poético a ser trabalhado, futuramente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O cinema de Vicente F. Cecim nos anos 70(Universidade Federal do Pará, 2016-07-06) CONCEIÇÃO, Alexandra Castro; SILVA, Joel Cardoso da; http://lattes.cnpq.br/6918547599708778Este memorial versa sobre o meu processo criativo e as obras cinematográficas de Vicente Cecim nos anos 70. A abordagem foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica e de duas entrevistas: uma com o artista titular deste trabalho e outra com o Prof. Dr. João de Jesus Paes Loureiro. A trajetória da pesquisa objetiva à elaboração de um documentário, fruto desta pesquisa e um memorial sobre meu processo criativo do documentário e pesquisa e análise crítica sobre os filmes realizados por Vicente Cecim, nos anos 70. O trabalho tem como objetivo geral apresentar o cineasta Vicente Cecim, em suas múltiplas atividades: seus pensamentos, suas ideias e vivências, bem como as suas obras cinematográficas. Como objetivos específicos, procuramos descrever os meandros utilizados em meu processo criativo; discutir a produção cinematográfica de Vicente Cecim, nos anos 70; analisar de forma estética e artística a produção das obras fílmicas de Vicente Cecim nos anos 70. As metodologias utilizadas foram a fenomenologia e o empirismo, a partir da realização de um documentário sobre Vicente Cecim e um memorial. Para fundamentação teórica foram utilizados os seguintes autores: Consuelo Lins, Milton Ohata, Gilles Deleuze, Andre Bazin, Pedro Veriano, Jacques Aumont; Andrei Tarkovski, Gilbert Durand.Tese Acesso aberto (Open Access) COM QUANTOS NARIZES SE FAZ UMA PALHAÇA BEIJA FLOR? O desvelar dos modos de ser e de existir de Aurora Augusta.(Universidade Federal do Pará, 2024-09-17) CORRÊA, Suani Trindade; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Esta pesquisa de doutoramento em Artes se insere no campo epistemológico da Comicidade, especialmente da Palhaçaria, esgarçando os modos de ser e de existir de minha persona palhacesca – Aurora Augusta, no intuito de desvelar sua ânima palhacesca, isto é, seus estados, temperaturas, características. Ao esgarçar o olhar sobre Aurora Augusta, lanço-me em um escarafunchamento da dualidade existente entre mim, a atriz, e ela, palhaça. Ao mergulhar nessa pesquisa, sou lançada em um campo de investigação que me faz pensar na seguinte questão: que persona é essa que eu trago comigo, que é o próprio espelho de mim, mas que reflete diferente? Hipoteticamente inquieta, vislumbro que nas fricções existentes neste emaranhado atriz-palhaça, Aurora Augusta mantém seus próprios traços, uma ânima própria, seja em cena ou fora dela. Mas Aurora é um ente, uma persona que já nasceu comigo, herança familiar ou foi/vem sendo construída ao longo dos meus processos artísticos? No desfiar da pesquisa que se apresenta movente e afetiva, clownverso com vários estudos teóricos, artísticos e literários, numa bricolagem de saberes epistêmicos, mas principalmente da Palhaçaria: Marton Maués (20212; 2004), Romana Melo (2016), Alessandra Nogueira (2009), Alana Lima (2019), Marcelo Colavitto (2016), Alice Viveiros de Castro (2005), Andréa Flores (2020; 2019), Ana Elvira Wuo (2016), Rodrigo Robleño (2015), Ricardo Puccetti (2009), Renato Ferracini (2003) Wládia Correia (2020); da atuação cênica do Ator: Eugenio Barba (1994); da Ontologia do ser: David Lapoujade (2017), Jung (2002; 1984), Greganich (2010), Pedro Cesarino (2008); e da criação poética: Manoel de Barros (2018, 2022, 2023). Em termos metodológicos, lanço-me a trabalhar na dimensão da Bricolagem, procedimento cujo produto gerado mostra, de alguma forma, um pouco do que é o artista, a maneira como se comunica com o mundo, expondo seu universo, seu imaginário e sua capacidade de articular discursos distintos (Denzin e Lincoln, 2006). E ainda no desfiar da pesquisa, ancoro-me nas discussões de Sylvie Fortin (2009) ao tratar das contribuições da Autoetnografia para a pesquisa na prática artística. Aciono essa metodologia por enveredar pelo processo de composição e criação de Aurora Augusta, que vai incidir na minha prática artística. Logo, irei bricolar e autoetnografar meus procedimentos artísticos (junto com os Palhaços Trovadores), os escritos de poetas e literatos que fazem parte de minhas leituras e prazeres, as conversas com os parceiros de cena e de palhaçaria da cidade, além de escarafunchar os diários (impressos e virtuais) com as discussões de e sobre a minha palhaça, os álbuns de fotografias e relatos de família, amigos. Ao desvelar os modos de existência dessa palhaça chamada Aurora Augusta, que atua na Amazônia Paraense, deixo e comungo a contribuição que minha pesquisa de doutoramento trará para o campo das Artes, principalmente da Palhaçaria, principalmente no movimento da Palhaçaria e Comicidade feitas por mulheres palhaças que estão cada vez mais intenso. Portanto, esgarçar e desfiar as pesquisas sobre nossas palhaças é de extrema importância, política e historicamente falando.Dissertação Acesso aberto (Open Access) CORPO – CASA – GAIOLA: O Tapete de Penélope(Universidade Federal do Pará, 2024-12-19) LIMA, Penélope Lopes de; MENDES, Ana Flávia de Mello; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776A partir do entendimento da trajetória de vida como uma grande fonte de criação dramatúrgica, poética e cênica; bem como da compreensão do corpo do atuante em cena como uma colcha de retalhos costurados por memórias, vivências e emoções; esta pesquisa em artes se propõe a desfiar, escavar e cartografar o corpo-colcha de retalhos da artista-pesquisadora que se constitui como sujeito e objeto da pesquisa. O recorte de um período da infância da trajetória de vida da atriz é o catalisador base para a construção de um experimento cênico solo que explora o teatro narrativo, apresentando o seu corpo-casa-gaiola e compartilhando relatos íntimos da dramaturgia de vida da atuante para o espectador. Ao transformar a sala de ensaio em um portal direcionado ao passado (no qual fotografias e escritos registrados no diário de bordo durante os ensaios são verdadeiros tesouros do processo criativo), a atriz re-presentifica momentos da infância em um retorno à sua própria criança através da narração de trechos da Odisseia (poema épico atribuído a Homero), dialogando aspectos que influenciam em seu corpo cênico hoje, como a maternidade e a negritude. No reencontro entre a menina e a mulher, o mito. Doravante torna-se possível reconhecer, analisar e compreender as reações que a dramaturgia de vida e o corpo cênico efetuam um sobre o outro, impulsionando processos de criação.Tese Acesso aberto (Open Access) Cosmogonias amorosas: aberturas do caderno de encenadora n’A casa da atriz(Universidade Federal do Pará, 2021-05-31) PORTO, Luciana de Andrade Moreira; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Cosmogonias Amorosas: aberturas do caderno de encenadora n’A Casa da Atriz é uma cartografia afetiva e luminosa sobre o processo de descoberta de uma encenadora na casa-teatro. Pensada como um desmanche, como nominou Rosane Preciosa em Rumores discretos da Subjetividade, são composições que arriscam a se desarticular completamente. Tentativas de construções do processo criativo através de imagens e exercícios induzidos com Eugênio Barba em Queimar a Casa: Origens de um diretor são vozes múltiplas que se compõem e se esgotam. Há mudanças de tempos verbais, confusões, histórias e sonhos. Assumindo a fala de Barba quando diz que no meio do processo criativo há uma ferida e somando à voz de Jorge Dubatti em O teatro dos mortos quando diz que precisamos reconhecer nossas falhas para falhar melhor, nos coloca (no sentido de ciência e construção de sentido) em posição mais humana e verdadeira com o objeto da matéria do que escrevo: a humanidade da carne, do pensamento, do errôneo afastamento das falhas que por vezes me tornaram apenas um autômato da cena. A tese é um acordo de humanidade que faltava, de doutorar-se em época pandêmica, dos riscos que corremos e do privilégio de continuar pensando. Mesmo que de outras formas. Eliana Bertolucci em Psicologia do Sagrado e Zulma Reyo em Alquimia interior são faíscas na escuridão, para tomar consciência do processo criativo, há que dar luz, iluminar lugares ainda não conhecidos, se aproximar daquilo que não se sabe falar ao certo. Um risco concebido em três fases: Mistérios Gozosos que cria através do prazer o método de captura da escrita; Cosmos devém dos outros que habitam comigo, trocas de presença, ensaios sobre o universo da encenadora no momento de criação e Conjunções Lunares são as formas de constelar na essência como diz Hilda Hilst em Sete cantos do poeta para o anjo, implica a presença e afetação do outro na sua poética, no pensamento. Assombros.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Diálogos de luz: a artista-iluminadora-pesquisadora em busca da visibilidade poética da luz(Universidade Federal do Pará, 2016-12-19) SILVA, Natasha Kerolen Leite da; SAPUCAHY, Ana Flávia Mendes; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776Esta pesquisa, desenvolvida no curso de Mestrado em Artes do PPGARTES/UFPA, compreende o trajeto criativo da autora, artista-iluminadora-pesquisadora. A proposta trata da importância da iluminação cênica como linguagem e perpassa a inquietação que parte de experiências da autora como bailarina e desemboca em seu processo artístico como iluminadora, observadora e coparticipante da cena, fazendo um apanhado teórico sobre a função expressiva, estética identificadas na iluminação cênica e os atos performativos imbricados no fazer artístico do iluminador. Partindo de experimentações da artista, aprofundando exercícios vivenciados nas disciplinas do mestrado, a autora propõe o esboço de um dispositivo metodológico, na significação de uma poética como programa de arte, denominando assim como a Poética dos Elementos a partir da associação dos elementos na natureza (água, terra, ar, fogo e éter) com os aportes teóricos que embasam o estudo, quais sejam: a visibilidade, de Calvino; pelo “pensar por imagens” com os arquétipos de elementos da natureza propostos por Bachelard e a ideologia de Trajeto Criativo, de Sônia Rangel. A dissertação apresenta como proposição para a criação em iluminação cênica, a estratégia deste dispositivo metodológico, que está diretamente relacionada com a operacionalização do processo criativo, sendo apontadas aí as ações performáticas do fazer artístico, antes da performance do iluminador cênico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dibubuísmo por rios antes não navegados: Narrativas de uma performer pesquisadora(Universidade Federal do Pará, 2021-08-06) GOMES, Marise Maués; MANESCHY, Orlando Franco; http://lattes.cnpq.br/6198572031091761Trata-se de um memorial poético prático composto pelas narrativas do processo criativo. Tem ancoragem autobiográfica e nasce no âmbito da performance buscando compreender o que move o meu fazer artístico no campo desta linguagem, onde o corpo é o suporte e conteúdo na formação do testemunho artístico. Seu fio condutor é a prática do dibubuísmo segundo Paes Loureiro, para quem representa o ato de seguir boiando no rio, ir levado pela correnteza, rio abaixo, rio acima e sob o império das marés. Tal conceito é tomado como metodologia de pesquisa. Na busca pela materialização do objeto aqui proposto, permite-se a constituição de um território de experiências com organismos femininos moventes da etnia venezuelana Warao em condição de refúgio na capital do Estado do Pará, bem como seus filhos menores, imergindo fundo em meus peraus preamares rebujando memórias sedimentadas nos escaninhos de meu inconsciente, fazendo delas imagens sobreviventes que alimentam o processo artístico. A viagem transcursou com intercorrências, onde marés lançantes me direcionaram por outros furos e igarapés. Encalhei e desencalhei várias vezes. Urdi com fios de papel crepom um vestido-corpo que joguei nos ombros e levei - no sentido literal do termo - para passear. Visitei meu quintal, uma pequena centelha da Amazônia paraense, uma gotinha de chuva precipitada em terreno belenense; hidratei árvores e, com suas folhas, pari corpos-folhas que gentilmente convidei para dibubuiar comigo no mangue de Algodoal. Os rastros dessa jornada estão espalhados pelas páginas deste memorial e abrangem conteúdos e práticas que se referem, sobretudo ao itinerário de minha viagem. No ir e vir de marés lançantes frequentam-se imagens conceituais pinçadas de diversos campos do conhecimento, as quais se constituem em ferramentas simbólicas, lugares de onde se parte na busca pelo exercício do dibubuísmo aqui propostoDissertação Acesso aberto (Open Access) Dragão de luz: uma poética sobre a experimentação de iluminação cênica do espetáculo santo anjo do senhor(Universidade Federal do Pará, 2019-07-05) LISBOA, Marckson Davi de Moraes; SOUZA, Iara Regina da Silva; http://lattes.cnpq.br/7853301997403243; SAPUCAHY, Ana Flávia Mendes; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776Esta pesquisa trata das experimentações de luz do espetáculo Santo Anjo do Senhor, da Companhia Cênica de Cínicos, de Belém do Pará. Como artista-iluminador-pesquisador investigo a potencialidade de equipamentos, dispositivos e materiais de iluminação cênica não teatrais e a interação destes recursos cênicos com o ator e o espaço dentro de uma encenação experimental. A pesquisa desenvolve-se pela Fenomenologia da Imaginação de Gaston Bachelard para analisar a luz do espetáculo como fenômeno pelo viés do devaneio. Para isto, convoco a concepção de imaginário de Gilbert Durand, a proposta cênica de Antonin Artaud, as provocações de Eugenio Barba, as proposições de Patrice Pavis e as percepções sobre iluminação cênica de Roberto Gil Camargo, Cibele Forjaz, Francisco Turbiani e Iara Souza, além das explanações de Cecilia Salles e Sonia Rangel sobre processos de criação, para compor uma metodologia própria a partir do mito Dragão como imagem poética. Na pesquisa, visito tanto a mitologia chinesa quanto a poesia imagética do conto Os dragões não conhecem o paraíso, de Caio Fernando Abreu, para abordar o desenvolvimento da iluminação cênica no decorrer de quatro anos de temporadas do espetáculo.Tese Acesso aberto (Open Access) Ecologia de um Sukiya Sonoro: discurso poético polifônico na música tradicional japonesa.(Universidade Federal do Pará, 2021-06-29) CANTO, Ednésio Teixeira Pimentel; COHEN, Líliam Cristina Barros; http://lattes.cnpq.br/0286644614789784A pesquisa tem por objetivo compreender discurso musical no repertório da música tradicional japonesa. Esse objetivo é desenvolvido através de uma ideia de discurso poético polifônico, observado por meio de inter-relações entre elementos de diversos domínios socioculturais nipônicos transversalizados representativamente nos dois repertórios em voga: o repertório de tsugaru shamisen e no repertório sōkyoku, para Koto. Esses aspectos constituem-se de forma orgânica como elementos de multiplicidade e diversidade que habitam diversos domínios culturais nipônicos (princípios ético-estéticos presentes na cerimônia do chá, na literatura japonesa, na música, na literatura, etc). Dessa forma a perspectiva de pesquisa almeja compreender noções e modos de organização elementais entendidas e observadas a partir de uma perspectiva em que as inter-relações podem ser observadas nos diversos domínios da cultura japonesa. A construção metodológica desenvolvida na pesquisa tem similaridade (ou mesmo atua como) a construção metodológica em processos criativos artísticos, pré estabelecendo então a Musecológica, que é definida como a concepção de pesquisa que se constrói pela busca d’uma compreensão além do conhecimento enquanto objetividade e partindo de uma organicidade construída no processo e na relação com o objeto de pesquisa, estabelecendo como elemento norteador o conhecimento do objeto a partir do exercício, da submersão, da inserção e do aprendizado não-distanciado das práticas musicais estudadas. A pesquisa opera por meio de um princípio constituído por múltiplos elementos, trazendo isso explicitamente no formato que se encerra, derivando em cadernos. Tal ideia parte das noções de Gumbrecht (2016) sobre a relação da arte com a produção de conhecimento, e alcança força máxima dentro da pesquisa ao ser utilizada como estrutura esquelética para a organização dos demais elementos desta pesquisa. Pode então ser precisada ao dizer que nessa pesquisa, mais do que construir conhecimento sistematicamente racionalizado, se almeja produzir conhecimento sensível.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Elemento transitório: caminho de volta para o mar(Universidade Federal do Pará, 2019-07-01) LEVY, Bianca Costa; MANESCHY, Orlando Franco; http://lattes.cnpq.br/6198572031091761Elemento Transitório é um processo criativo e de pesquisa que parte da relação da artista pesquisadora com as águas, representada pelo arquétipo de Iemanjá. A imersão criativa é delineada a partir do conceito de “Mitodologia”, de Gilbert Durrand, “Monomito”, de Joseph Campbell; e “Redes de criação” e escrita de diário processual de Cecília Salles, além das narrativas míticas iorubás. Assim, esta poética propõe, por meio da Performance nas Artes Visuais, a atualização do mito de Iemanjá e seus arquétipos, e a construção do mito pessoal da artista, em consonância com as demandas, devires e pautas político-sociais contemporâneas, além da reflexão a respeito da fotoperformance e da performance orientada para fotografia na instauração de espaços-tempos e existências desejantes.Tese Acesso aberto (Open Access) Encantaria-corpo: processos de criação e poéticas em dança(Universidade Federal do Pará, 2022-01-17) SOUZA, Luiza Monteiro e; MENDES, Ana Flávia de Mello; http://lattes.cnpq.br/6144243746546776A presente pesquisa-criação filia-se à linha de pesquisa Poéticas e Processos de atuação em Artes do Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGARTES/ICA/UFPA). Seu objetivo principal é realizar experiências de imersão e emersão (EIEs) a partir do encontro entre a dança imanente (Mendes, 2010), as encantarias (Loureiro, 2008) e a noção de poesia (Cotê, 2014). Propondo-se a sublinhar interações teórico-artísticas emergentes do processo de criação, as EIEs são a metodologia da pesquisa de onde nascem os procedimentos de experimentação, criação e reflexão, assim como as próprias poéticas em dança. Os processos de criação artística tomam como inspiração os mundos mágicos submersos nos rios amazônicos: as encantarias, espécie de dimensão transcendental onde habitam os seres encantados poetizadores da existência desses rios. A ideia de uma profundeza encantada no rio encontra-se nesta pesquisa com a dança imanente, fundando como proposição teórico-prática principal a noção de encantaria-corpo, a qual fora aplicada junto ao coletivo Companhia Moderno de Dança, visando o estímulo de processos criativos. Os resultados da pesquisa são a obra cênica Na Beira, as vídeo-danças Poesia Submersa, Vamos falar de poesia?, Nas águas do invisível, Onde estará o além das coisas?, Dar-se em Vertigem, Ecos das Entranhas e Seres de Si e, ainda, este texto memorial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fluviografias cênicas: memórias e presenças de um corpo em travessias.(Universidade Federal do Pará, 2021-01-20) FONSECA, Roseany Karimme Silva; ALENCAR, Cesário Augusto Pimentel de; http://lattes.cnpq.br/0024366223698692O presente trabalho propõe a elaboração poético-cênica de um corpo situado no entre, este compreendido enquanto intersecção: entre a cidade de Belém e o interior marajoara, entre a narrativa e a cena, entre a palavra e a ação, entre a memória e a presença. O entre, aqui, se dispõe como meio de compreender a história de uma pesquisadora em seus processos de travessias físicas, escritas, registradas e recontadas. Autores amazônidas como Eidorfe Moreira e Joao de Jesus Paes Loureiro sustentam a ambientação desta pesquisa, guiando reflexões para uma travessia pessoal; há a busca de uma poética do espaço, como propõe Gaston Bachelard (1993). Além disso, a pesquisa dialoga com o conceito de “Dramaturgia Pessoal”, definida por Wladilene Lima (2004) e as chamadas Escritas de Si. Diante deste contexto, as seguintes questões emergem: 1) o corpo, enquanto organismo, pode constituir-se em uma paisagem – abordada neste trabalho à luz da geografia humanista? 2) este corpo pode expressar-se cenicamente, em consonância com um ambiente, no qual vive sua própria travessia por meio de escritos, viagens e memórias? 3) quais as relações entre o corpo, o texto e outros elementos de cena no processo de encenação? A partir destas interrogações, objetiva-se compreender a condição atingida pelo corpo da atuante, quando ele atravessa e é atravessado enquanto sujeito/objeto de uma poética desenvolvida em cena. Quanto aos processos de elaboração e seus desdobramentos, esta pesquisa se entende como uma imersão fluviográfica, haja vista considerar paisagens, margens e fluxos expressos dos rios e nos rios cursados. Enquanto dispositivo da prática, busca-se a linguagem corporal, os estados possíveis de composição cênica de um corpo extracotidiano e da “Corpografia” destacada por Juliano Jacopini (2016). Como procedimento metodológico, as fluviografias acompanham a ideia de pesquisa em arte proposta por Sônia Rangel (2009), adequada à linha de pesquisa de Poéticas e Processos de Atuação em Artes. Logo, a metodologia dar-se-á imersa na prática de criação cênica. Criar, atravessar e mergulhar configuram-se como os verbos de ação para o ato cênico, trabalhando um estado cênico como realidade inscrita e presentificada em um corpo/ espaço de identificações da atuante, resultantes de suas travessias.Tese Acesso aberto (Open Access) INTERURBANO: a criação de uma exposição de arte e tecnologia em Belém-PA(Universidade Federal do Pará, 2022-01-11) OLIVEIRA NETO, Raymundo Firmino de; SAMPAIO, Valzeli Figueira; http://lattes.cnpq.br/6142863342585522Este estudo aborda o processo de criação de três instalações interativas sobre o espaço da cidade de Belém no campo da Arte e Tecnologia que fizeram parte da exposição Interurbano. Na pesquisa, foram realizadas modificações eletrônicas em objetos industriais analógicos apropriados como símbolos de estruturas maiores que envolvem a dinâmica da cidade em instalações artísticas com mensagens estéticas sobre o espaço urbano, fluvial e da mata de Belém. Dentre as instalações estão: um telefone que simula ligações com aves distantes; uma torneira que jorra relatos de moradores da cidade sobre a sua relação com a água; e um guarda chuva que reproduz paisagens sonoras conforme é deslocado pelo espaço. O memorial contém as ideias disparadoras do trabalho e as linhas que costuram a rede que conecta os conceitos acadêmicos à prática, o exterior da cidade ao interior da galeria, o passado e o presente, o analógico e o digital, o estético e o comunicacional, a arte e a vida. A pesquisa envolveu a reflexão sobre o uso poético de tecnologias para o desenvolvimento de experiências sensoriais com espaço aumentado em interfaces interativas e contou com a colaboração de vários profissionais de áreas diferentes para sua realização, assim como a participação de moradores da cidade. Além das instalações Telefone, Guarda-chuva e Torneira que foram montadas na exposição Interurbano, o memorial descreve a obra Ondas Sonoras que foi desenvolvida depois da exposição como um desdobramento da pesquisa.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Isso não é um poema! : das luminosidades de si.(Universidade Federal do Pará, 2021-01-26) SOUZA JÚNIOR, Enoque Paulino de; SOUZA, Iara Regina da Silva; http://lattes.cnpq.br/7853301997403243Este memorial apresenta a minha pesquisa sobre processos de criação, em específico o processo de construção poética do espetáculo Isso não é um Poema!, nele relato a minha experiência de vida, autobiografia, confissão, memórias e suas luminosidades como artifício para a criação cênica. Como base para analisar o meu próprio processo de criação, converso com Cecilia Salles (2011), Eleanor Arfuch (2018) com o conceito de espaço biográfico e confissão de Oscar Conargo (2009). Demonstro nesse percurso a teia simbólica relacional da vida com o momento de criação. Trago referências de primeira grandeza, minhas próprias vivências enquanto artista criador, para exemplificar meus passos no processo construtivo de um novo território imagético pessoal. Como metodologia utilizo a cartografia na produção de dados no início da pesquisa, utilizando pistas para a atenção do cartógrafo organizadas por Virginia Kastrup (2009), rastreio, toque, pouso e reconhecimento atento. Opto pelas memórias pessoais e suas luminosidades, com cores, intensidades e texturas na tentativa de responder a pergunta como ser luz na escuridão?.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Miserebe Nobis: pecado, culpa e desejo na poética Drummondiana(Universidade Federal do Pará, 2007) CORDEIRO, Roni MacedoO texto é parte de um trabalho de Conclusão de Curso que analisa uma das mais irresistéveis e proeminentes facetas do vasto mundo poético drummondiano: o erotismo. Emergindo do conflituoso contato entre os valores familiares tradicionais e a inevitável descoberta das pulsões que deleneiam a condição humana, coloca-se em xeque as antiquadas formas de pensar. Em drummond, o exercício do desejo é vista sob uma ótica mais natural e rompe com a hipocresia travestida de moralismo. Renega-se toda a culpa imposta e evidencia-se a busca de conciliação entre lutas que se travam no interior do próprio homem. Focalizando o modo como aparece as noções de culpa, pecado e desejo, em Drummond, vemos revelado que o mergulho no que existe de mais carnal pode até ser sangrento e sombrio, mas também pode levar à transcedência e a redenção.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O nome das personagens em cinzas do Norte: uma questão poética(Universidade Federal do Pará, 2017-09) PINHEIRO, Lucilia Lúbia de Sousa; PRESSLER, Gunter KarlO artigo apresenta a forma poética, de acordo com Meschonnic (2002), do nome das personagens em Cinzas do Norte (2005), partindo da intenção do autor abstrato em intensificar o nome da personagem principal Mundo, pois ao ser chamado constantemente de Mundo, a personagem transmite a experiência que ele vai ter para além de Manaus, do Norte, mas para o mundo. As experiências que Mundo terá a partir dessas viagens e do próprio contexto na obra o colocam como personagem de um romance de formação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A poética do contar: percursos criativos de atrizes contadoras de histórias(Universidade Federal do Pará, 2020-12-17) PESSOA, Karla Campelo; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Minha dissertação apresenta uma perspectiva sobre os percursos poéticos de três atrizes contadoras de histórias na cidade de Belém com as quais possuo uma relação de afetividade, Adriana Cruz, Ester Sá e Marluce Araújo, e que tangenciam a minha prática artística enquanto também atriz contadora de histórias. Ao longo da pesquisa foi utilizado o método autoetnográfico referenciado por Versiane, Cano e Opazo, que me possibilitou buscar o diálogo entre subjetividades, a partir da ênfase nas singularidades de cada artista, e ao mesmo tempo a identificação de elementos comuns entre nossas poéticas. No que se refere aos pressupostos teóricos, os trabalhos norteadores são os de João de Jesus Paes Loureiro no que trata de artistas amazônidas imersas no universo das encantarias; os de Cecília Salles para referenciar aspectos relacionados aos processos criativos; os de Paul Zumthor que me auxilia na compreensão da performance e da poética da voz; e também os trabalhos de Clarissa Pinkola Estés no que se refere ao universo feminino e a psique das histórias que permeiam as nossas criações. A pesquisa foi estruturada após a coleta de depoimentos das atrizes em encontros individuais e coletivos, bem como após a observação e análise de apresentações de contação de histórias em espaços culturais da cidade de Belém no ano de 2019. Toda a estrutura da dissertação está simbolicamente relacionada com a construção da imagem de um tapete de fuxicos sobre o qual bonecas matrioskas se movimentam e podem ser vistas, sobretudo, como símbolo da eternidade, da maternidade, do amor e da amizade — elementos moventes deste trabalhoTese Acesso aberto (Open Access) Poéticas e políticas do circum Roraima: o caso de Watunnã Ye'kwana(Universidade Federal do Pará, 2024-12-06) GONDINHO, Isabel Maria Fonseca; LEAL, Izabela Guimarães Guerra; http://lattes.cnpq.br/2507019514021007A presente investigação se desenvolve num campo de estudos que podemos designar de artes verbais indígenas, e tem como objeto de análise o caso de Wätunnä, a grande saga cosmológiconarrativa do povo ye’kwana. Para tanto, a tese se inicia fazendo uma breve, mas consistente, apresentação etnográfica da cultura do povo ye’kwana, por meio da qual destaca Wätunnä como principal elemento estruturador dos modos de vida desse povo. Esse procedimento tem a finalidade de preparar a comparação de diferentes versões do Wätunnä, dando destaque para duas: aquela produzida pelo francês Marc de Civrieux, Watunna Mitologia Makiritare (1970), e a que foi produzida pelo ye’kwana Marcos Rodrigues, Histórias e Saberes Ye’kwana (2019). Nossa proposta parte do pressuposto da necessidade de se cultivar uma área de investigação que aproxime a Teoria Literária, a Antropologia e o pensamento indígena, e que atente para as particularidades advindas das culturas e línguas indígenas. Isso significa que o registro escrito das artes verbais indígenas põe em jogo um processo complexo de criação, recriação, tradução e circulação, envolvendo não apenas uma dimensão poética, como também uma dimensão ética e política
