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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estratigrafia e paleoambiente da Formação Pastos Bons, Jurássico-Cretáceo da Bacia do Parnaíba.
    (Universidade Federal do Pará, 2019-03-06) CARDOSO, Alexandre Ribeiro; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998
    A transição Jurássico-Cretáceo foi marcada pela fragmentação do supercontinente Gondwana Oeste e consequente abertura do Oceano Atlântico. Os estágios pré-ruptura foram caracterizados por soerguimentos epirogênicos associados a acumulações volumosas de magma na infracrosta. Adicionalmente, derrames vulcânicos expressivos ocorreram na porção central do Gondwana Oeste, compondo a Central Atlantic Magmatic Province (CAMP). Um estágio de subsidência térmica pós-CAMP permitiu a instalação de extensos lagos coincidentes com depocentros da Bacia do Parnaíba, registrado em camadas jurássicocretáceas da Formação Pastos Bons (FPB). A FPB é constituída, predominantemente, por espessos folhelhos avermelhados intercalados a arenitos tabulares. A porção basal é constituída por folhelhos pretos fossilíferos, denominados de Folhelho Muzinho. Devido a exposições descontínuas e deslocamentos por falhas, a estratigrafia do Mesozoico da Bacia do Parnaíba permanece pouco compreendida e existe a necessidade de trabalhos faciológicos e estratigráficos de detalhe. Neste sentido, esta pesquisa realizou uma releitura destes depósitos para elucidar o paleoambiente e as implicações paleogeográficas da FPB no contexto do supercontinente Gondwana, com base na análise de fácies e cicloestratigrafia. A proveniência desta sucessão foi investigada a partir de diagramas de composição de arenitos, catodoluminescência de quartzo e análise de minerais pesados. As camadas intituladas Folhelho Muzinho foram avaliadas através de petrografia, DRX e MEV/EDS. A FPB é composta por cinco associações de fácies, interpretadas como lacustre central (AF1), sheetlike delta front (AF2), lacustre marginal (AF3) e canais fluviais efêmeros (AF4). A AF1 é composta por ciclos de ressecamento/raseamento ascendente, definidos por folhelhos pretos milimetricamente intercalados a carbonatos, que gradam para folhelhos avermelhados alternados a arenitos estratificados/laminados. Os folhelhos são compostos por quartzo, illita, esmectita e calcita. Os níveis fossilíferos incluem macroformas jovens e adultas no mesmo horizonte, encapsuladas por lâminas crenuladas de Fe-esmectitas, ricas em matéria orgânica. A AF1 indica sedimentação no centro de lagos estratificados, em condições eutróficas e anóxicas. Eventos de mortandade em massa foram induzidos, provavelmente, pela contaminação da coluna d’água devido à liberação de H2S por cianobactérias. A transição para pelitos e arenitos espessos reflete a evolução de lagos underfilled para overfilled, conforme houve o aumento no aporte de sedimentos e água. A AF2 é composta por arenitos tabulares em ciclos de espessamento ascendente, que registram desconfinamento do fluxo e preenchimento progressivo do lago, com consequente retrabalhamento do topo das camadas por ação de ondas. A AF3 é constituída por ciclos de raseamento ascendente, demarcados por marcas onduladas, estruturas de adesão ou gretas de contração. A AF4 é definida por ciclos granodecrescentes ascendentes desenvolvidos por canais fluviais efêmeros, com conglomerados e arenitos que gradam para pelitos. Esta sucessão define lagos abertos e estratificados, dominados por processos de decantação e fluxos desconfinados, em regime hiperpicnal. O arcabouço estratigráfico da FPB é composto por quatro ciclos deposicionais, constituídos por ciclos centimétricos a métricos, limitados por superfícies de inundação. Estes ciclos definem um padrão retrogradacional-progradacional-retrogradacional, com aumento ascendente do espaço de acomodação condicionado por pulsos da subsidência térmica pós-CAMP e variações no suprimento sedimentar. A sucessão mesozoica sugere migração do Gondwana Oeste para zonas equatoriais no Jurássico-Cretáceo, com atenuação da aridez em relação ao Permiano-Triássico. Os arenitos da FPB indicam proveniência de orógenos reciclados e interior cratônico, enquanto que dados de catodoluminescência indicam fonte vulcânica predominante. Para testar possíveis correlações com unidades adjacentes, verificou-se que a assembleia de minerais pesados da FPB é muito similar a de depósitos eólicos da Formação Corda, e ambas diferem dos depósitos fluviais da Formação Grajaú. Os índices ZTR, GZi e RZi são mais altos para os arenitos da FPB e da Formação Corda, e baixos para a Formação Grajaú. Os depósitos fluviais distinguem-se, sobretudo, por exibirem sillimanita e alto teor de hornblenda (>50%). Estes dados indicam minerais policíclicos e fontes mistas para os arenitos mesozoicos da Bacia do Parnaíba. O Grupo Mearim exibe contribuição vulcânica suprida por basaltos do CAMP e fonte metapelítica de baixo a médio grau metamórfico. Esta última, possivelmente, é representada por rochas neoproterozoicas do Domínio Médio Coreaú, Província Borborema. Diferentemente, a Formação Grajaú foi suprida por granitos brasilianos tipo-I. Esta evolução geológica indica mudança de proveniência ou exumação de áreas fontes em comum durante o Mesozoico da Bacia do Parnaíba.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estratigrafia, análise de fácies e proveniência das unidades litoestratigráficas aflorantes na região de Presidente Figueiredo AM, borda norte da Bacia do Amazonas.
    (Universidade Federal do Pará, 2013-11-11) NOGUEIRA NETO, Ignácio de Loiola Alvares; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998; MACAMBIRA, Moacir José Buenano; http://lattes.cnpq.br/8489178778254136
    Esta dissertação apresenta os resultados de um estudo que envolve análise de fácies e de proveniência dos depósitos siliciclásticos de idades pré-cambriana e fanerozoica que constituem uma faixa continua de afloramentos na borda norte da Bacia do Amazonas. Nesse intervalo de tempo, essa borda da bacia foi caracterizada pela deposição de rochas sedimentares siliciclásticas que foram afetadas por variações climáticas extremas, como por exemplo, a Glaciação Siluriana. A Formação Prosperança (Grupo Purus, Proterozoico) e o Grupo Trombetas (Ordoviciano-Devoniano), representado pelas formações Nhamundá e Manacapuru, são as unidades litoestratigráficas que melhor registraram esses eventos paleoclimáticos na Bacia do Amazonas. A Formação Alter do Chão (Grupo Javari, Cretáceo) cobre as unidades anteriormente citadas. As fácies da Formação Prosperança estão todas relacionadas a ambientes flúvio–deltaicos e são compostas por arenitos, conglomerados e pelitos. Essas fácies foram agrupadas em três associações interpretadas como prodelta/lacustre, frente deltaica e planície braided. Quanto ao Grupo Trombetas, as fácies da Formação Nhamundá estão relacionadas a ambientes costeiros e são compostas por arenitos, pelitos e diamictitos. Essas fácies foram agrupadas de acordo com suas características em três associações e interpretadas como shoreface superior, shoreface inferior e glacial costeiro. As fácies da Formação Manacapuru estão relacionadas a ambientes costeiros e são compostas por intercalações de arenitos, pelitos e folhelhos. Essas fácies foram agrupadas em três associações representativas dos ambientes de fácies litorânea transicional, costa afora e transição shoreface–foreshore. O registro de vida nos depósitos siliciclásticos das formações Nhamundá e Manacapuru é caracterizado pela presença de traços fósseis e raros fósseis. Os traços fósseis são encontrados mais comumente nas fácies arenosas em ambas as formações. Fósseis são encontrados em folhelhos betuminosos e caracterizados por conchas de braquiópodes que sugerem a passagem de um ambiente anóxico para um ambiente com condições de manutenção da vida. Por fim, os depósitos cretáceos da Formação Alter do Chão registram uma sucessão formada por arenitos, conglomerados e pelitos. As litofácies foram agrupadas em duas associações interpretadas como depósitos de preenchimento de canal e como depósitos externos ao canal, depositadas em um sistema fluvial do tipo meandrante com variação de sinuosidade do canal e de carga mista (mixedload). Quanto aos seus constituintes minerais, a Formação Prosperança apresenta abundância de minerais estáveis, elevada maturidade composicional, com índice ZTE médio de 86,6%. Em geral, os minerais possuem forma de prismas longos, arredondados e angulosos. A Formação Nhamundá apresenta abundância de minerais estáveis, elevada maturidade composicional, com índice ZTR de 83%. Os minerais são comumente arredondados a secundariamente angulosos. A Formação Manacapuru apresenta abundância de minerais estáveis, elevada maturidade composicional e índice ZTRE de 86,4%. Os minerais são geralmente arredondados e raramente angulosos. A Formação Alter do Chão apresenta grande abundância de minerais estáveis com índice ZTRE de 96,5%. Os minerais são geralmente angulosos e raramente arredondados. Foram também realizadas análises geocronológicas pelo método U-Pb nos grãos de zircão através de LAMC-ICP-MS na Universidade de Brasília. As idades obtidas, com o auxilio dos dados de paleocorrente e assembleia de minerais pesados, indicaram as possíveis áreas-fonte. As principais áreas-fonte dos sedimentos da Formação Prosperança provavelmente são regiões localizadas ao norte/noroeste da borda norte da Bacia do Amazonas, sendo as rochas da Província Maroni-Itacaiúnas (2,2-1,95 Ga) as prováveis fontes e a idade máxima de deposição de 1,5 Ga. Para a Formação Nhamundá, os dados sugerem uma idade máxima de deposição de cerca de 0,5 Ga e indicam idades entre 0,5 e 2,8 Ga, assim como para a Formação Manacapuru. Essas idades de deposição indicam que as principais áreas-fonte são formadas por rochas de idade neoproterozoica e mesoproterozoica. Os zircões de idade neoproterozoica podem ter sido oriundos de retrabalhamento de rochas mais antigas, mas há também a possibilidade de que a fonte dos zircões neoproterozoicos e mesoproterozoicos ser a Laurásia ou até mesmo serem oriundos dos cinturões brasiliano/pan-africanos do oeste africano. Os terrenos de idade mesoproterozoica, expostos a sudoeste do Cráton Amazônico e reunidos nas províncias geocronológicas Sunsás e Rondoniana-San Ignácio, podem ter sido a fonte dos zircões neoproterozoicos. Os dados sugerem como áreas-fonte para a Formação Alter do Chão, as regiões localizadas a norte/nordeste da borda norte da Bacia do Amazonas, sendo a Província Maroni-Itacaiúnas (2,2-1,95 Ga), considerada como a principal fonte potencial para os arenitos dessa formação. Alternativamente, existe a possibilidade desses zircões provirem do retrabalhamento de formações mais antigas como, por exemplo, a Formação Prosperança.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estudo de Proveniência das rochas metassedimentares do Complexo Ceará, na região de Sobral e adjacências, com base em datação U-Pb de zircão e idades-modelo Sm-Nd
    (Universidade Federal do Pará, 2015-06-05) FEITOSA, Jeremias Vitório Pinto; MOURA, Candido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979
    A Província Borborema é uma importante província tectônica, com aproximadamente 450.000 km², que ocorre na região nordeste do Brasil, onde estão registrados inúmeros e marcantes processos geológicos que ocorreram na Terra ao longo do tempo. Essa província apresenta grandes semelhanças com províncias existentes no continente africano, como a província Benin/Nigéria. Sucessivos ciclos geológicos estão registrados nos litotipos da Província Borborema, que remontam a uma evolução geológica de grande complexidade iniciada no Arqueano, culminando ao final do Neoproterozóico com a ocorrência de efetivos eventos tectonotermais e magmáticos do chamado Ciclo Brasiliano, que resultou com o fechamento de um domínio oceânico nessa região. O chamado Complexo Tamboril - Santa Quitéria é a unidade mais expressiva desse processo final de colisão continental observado no Domínio Ceará Central da Província Borborema. Ela conta com um razoável conjunto de dados geocronológicos e isotópicos que permitem entender o contexto e a evolução geológica dessa unidade. Entretanto, as rochas metassedimentares que flanqueiam esse Complexo, reunidas no Complexo Ceará, são carentes de estudos e informações que possibilitem a elaboração de modelos geológicos mais refinados para o melhor entendimento do quadro evolutivo desta região. A idade paleoproterozóica sugerida inicialmente para essas rochas metassedimentares do Complexo Ceará está sendo questionada por diversos autores em função do contexto geológico em que elas estão inseridas. Dessa forma, o estudo de proveniência sedimentar aqui proposto, por meio de datação U-Pb em zircão detrítico e de idade-modelo Sm-Nd, visa investigar a idade máxima de deposição dessas rochas metassedimentares, e a provável idade de formação do segmento crustal que originou esses sedimentos. Com isso, pretende-se contribuir para o entendimento do quadro evolutivo e estratigráfico do Domínio Ceará Central. Este trabalho contou com a amostragem de 20 pontos escolhidos na região, sendo feito lâminas delgadas para estudos petrográficos nas amostras não friáveis. Deste total, 6 amostras de quartzito foram coletadas para análise de U-Pb em zircão, e 14 foram feitas análises de idade-modelo Sm-Nd. Essas rochas (amostras) passaram por um minucioso trabalho de preparação para a datação dos grãos detríticos de zircão utilizando o sistema de abrasão a laser acoplado ao espectrômetro de massa com plasma induzido (LA-MC-ICPMS) e determinação de idades-modelo Sm-Nd. As características petrográficas observadas nas amostras do Complexo Ceará coletadas a oeste do Complexo Tamboril Santa-Qutéria (CTSQ), permitem classificá-las como: granada gnaisses a cianita gnaisses, com texturas dominantemente lepidoblástica, e ainda granoblásticas. Além dessas rochas ocorrem silimanita quartzito e muscovita quartzito, com texturas granoblásticas poligonais que correspondem aos litotipos reportados na literatura disponível da região. Na região situada a leste do CTSQ, as rochas estudadas do Complexo Ceará foram granada gnaisses com texturas lepidoblásticas a granoblásticas, além de granada anfibolitos com texturas nematoblásticas principalmente e porfiroblásticas. As idades modelo Sm-Nd entre 2,12 e 2,07 Ga. e valores de ?Nd(2,1Ga) positivos (+3,30 a + 2,60) sugere um forte contribuição de crosta paleoproterozóica para os sedimentos situados a leste do CTSQ. Essa contribuição está também registrada nas rochas metassedimentares situadas a oeste do CTSQQ, no entanto, idade-modelo de 1,66 Ga encontrada em uma rocha indica também uma contribuição de crosta mais jovem. Os dados U-Pb obtidos em quartzitos das rochas do Complexo Ceará, de modo geral, apresentam predominância de zircões de idade paleoproterozóicos com maior frequência no Orosiriano (1800-2050 Ma) e Riaciano (2050-2300 Ma), o que sugere que a(s) principal(ais) fonte(s) de sedimentos para essas rochas é/são de idade paleoproterozóica. No entanto a presença de grãos detríticos de zircão de idade estateriana (1750 ± 50, 1777 ± 58, 1628 ± 53 Ma ) e esteniana (1154 ± 29 Ma) encontradas nas rochas situadas a leste do CTSQ indica a contribuição de rochas mais jovens, de certa forma, corroborando a contribuição de crostas mais jovens para a sucessão sedimentar do Complexo Ceará. A idade de 1154 ± 29 Ma, é um marcador da idade máxima de deposição desses sedimentos, e sugere que o evento de sedimentação pode ter ocorrido no Neoproterozóico como sugerem evidências geológicas e geocronológicas apontadas por outros autores que estudaram essa sucessão em outras regiões do Domínio Ceará Central.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Geoquímica elemental e isotópica Pb-Sr-Nd dos sedimentos de fundo do sistema estuarino de Belém e do litoral paraense
    (Universidade Federal do Pará, 2016-12-19) OLIVEIRA, Elma Costa; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568; LAFON, Jean Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645
    O crescimento urbano, desordenado na região metropolitana de Belém - estado do Pará, nos últimos anos, tem refletido diretamente na qualidade das águas e sedimentos da baía do Guajará, elemento hidrológico de maior extensão do sistema estuarino de Belém. Este trabalho teve como objetivo principal realizar uma investigação de geoquímica elemental e isotópica dos sedimentos de fundo da margem oeste da baía do Guajará e do rio Carnapijó para entender as possíveis variações geográficas e temporais recentes dos teores dos metais pesados (Cu, Cr, Ni, Pb e Zn) e da assinatura isotópica de Pb, e avaliar a degradação ambiental gradativa no sistema hidrográfico de Belém. Em complemento, foi desenvolvido um estudo visando identificar variações geoquímicas e isotópicas, utilizando os elementos Sr, Nd e Pb para contribuir no estudo da proveniência dos sedimentos de fundo em locais selecionados do litoral paraense. Os sedimentos de fundo da margem oeste da baía do Guajará e do rio Carnapijó apresentam homogeneidade mineralógica. A composição textural varia de areia a areia síltica e reflete condições hidrodinâmicas muito altas. Uma datação pelo método 210Pb indica uma taxa de sedimentação em torno de 0,7 cm.ano-1 para a margem oeste da baía do Guajará. Os teores de metais traço na fração fina dos sedimentos da margem oeste da baía do Guajará e do rio Carnapijó indicam que ainda não há contribuição antropogênica expressiva nas concentrações de Cu, Cr, Ni e Zn para esses setores do sistema hidrográfico de Belém, porém sugerem um processo incipiente de ação antrópica no caso do Pb. As concentrações trocáveis de Cu, Cr, Ni, Pb e Zn abaixo do valor de referência TEL indicam que os metais não causam efeitos danosos a biota. A comparação com os teores dos mesmos metais nos sedimentos da orla de Belém aponta para uma contribuição maior, nesses últimos, dos efluentes domésticos e rejeitos industriais para Pb e Ni, seguido pelo Cr e praticamente inexistente para o Cu e Zn. As assinaturas isotópicas dos sedimentos da margem oeste da baía do Guajará confirmam uma contribuição antropogênica para o Pb na escala de toda a baía. O processo de acumulação de Pb se tornou mais eficiente nos últimos 10 anos e deve estar ligado ao crescimento populacional acelerado da cidade de Belém. Os sedimentos do rio Carnapijó ainda não foram afetados pela ação antrópica e os valores médios de concentração (Pb = 19,6±3,7 mg kg-1) e assinatura isotópica (206Pb/207Pb = 1,196±0,004) confirmam os valores de background de Pb anteriormente propostos para o sistema hidrográfico da região de Belém, podendo ser utilizados como referência em estudos futuros de geoquímica ambiental no sistema estuarino de Belém. As assinaturas isotópicas do material em suspensão nas margens oriental (206Pb/207Pb =1,188) e ocidental (206Pb/207Pb =1,174) da baía do Guajará mostram que o material em suspensão é um meio eficiente de transporte do chumbo proveniente dos efluentes domésticos e industriais da cidade de Belém para a margem oeste da baía, em razão dos efeitos de maré na confluência com o rio Guamá. As composições isotópicas de Pb ao longo dos testemunhos mostram uma diminuição da razão 206Pb/207Pb para valor de até 1,180 nos 20cm mais superficiais dos testemunhos da margem oeste da baia do Guajará, não observada nos testemunhos do rio Carnapijó. Essa diminuição indica uma provável contribuição antropogênica nos últimos 15 anos na margem oeste da baia do Guajará. A proveniência dos sedimentos de fundo em três setores da Zona Costeira Amazônica no litoral paraense (Foz do rio Amazonas, Golfão Marajoara e setor norte das Reentrâncias Paraenses) foi investigada através da geoquímica elementar e isotópica Sr-Nd-Pb. Para os sedimentos de fundo dos três setores, as assinaturas geoquímicas apontam para uma proveniência a partir de unidades geológicas félsicas da crosta continental superior. Os sedimentos do Canal Sul do rio Amazonas, a norte da ilha do Marajó (Foz do rio Amazonas) apresentaram teores menores de Na2O e K2O e CIA maior, indicando um maior grau de intemperismo. As assinaturas isotópicas distintas de Sr, Pb e, principalmente, Nd dos sedimentos dos três setores estudados indicam fontes distintas em natureza e idade. Os sedimentos da Foz do rio Amazonas são provenientes predominantemente dos Andes e regiões sub-andinas, como já demonstrado em trabalhos anteriores. As assinaturas de Sr mais radiogênicas e valores mais negativos de ƐNd dos sedimentos da baía do Guajará e rios Carnapijó e Guamá, no setor de Belém, Golfão Marajoara (0,7267<87Sr/86Sr <0,7316; -17,97<ƐNd<-13,58) e dos estuários dos rios Caeté e Maracanã, setor norte das Reentrâncias Paraenses (0,7220<87Sr/86Sr <0,7264; -24,05<ƐNd<-17,58) indicam uma contribuição maior de rochas pré-cambrianas nas suas fontes. As idades modelo Nd-TDM (1,62-1,99 Ga) dos sedimentos do Golfão Marajoara sugerem uma participação predominante das unidades metassedimentares da Faixa Araguaia e subordinada das unidades magmáticas e metamórficas do embasamento da Província Tocantins. As idades modelo Nd-TDM (1,70-2,83 Ga) dos sedimentos dos estuários dos rios Caeté e Maracanã retratam uma forte contribuição das rochas do embasamento pré-cambriano (Fragmentos do Cráton de São Luís e Cinturão Gurupi) que afloram na região costeira do nordeste Paraense.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Transição siluro-devoniana na borda Sul da bacia do Amazonas, entre Uruará- Rurópolis, Oeste do Estado do Pará, Norte do Brasil.
    (Universidade Federal do Pará, 2019-08-04) SILVA, Eduardo Francisco da; SILVA JUNIOR, José Bandeira Cavalcante da; http://lattes.cnpq.br/8615194741719443
    A transição Siluro-Devoniana foi marcada pelas drásticas mudanças na configuração geográfica dos paleocontinentes. Na borda Sul da Bacia do Amazonas, o registro dessa passagem é observado pelo contato entre as formações Pitinga e Maecuru. Os depósitos destas unidades foram estudados entre os municípios de Rurópolis e Placas, Oeste do Pará, tendo por objetivo o reconhecimento e associação de fácies para a reconstituição paleoambiental e suas correlações com os eventos colisionais do supercontinente Gondwana, bem como a proveniência sedimentar. Foram identificadas oito fácies sedimentares agrupadas em duas associações de fácies: a) Plataforma rasa com influência de maré e onda (AF-1), correspondente a Formação Pitinga e; b) Planície braided proximal (AF-2), relativa a Formação Maecuru. Os arenitos da Formação Pitinga foram classificados como subarcósios e quartzarenitos, fino a médios, moderadamente selecionados. Os arenitos da Formação Maecuru variam de arcósio a quartzarenitos, de granulometria média a muito grossa, variando de moderadamente a mal selecionados. A análise petrográfica destes depósitos apontam para um enriquecimento de quartzo em função dos processos diagenéticos, que mostraram-se bastante efetivos na eliminação dos minerais menos estáveis, observado pelo grande volume de poros secundários. O imageamento dos grãos de quartzo por catodoluminescência (CL) evidenciou a predominância dos grãos de quartzo de natureza ígnea e metamórfica, que aliado com as medidas de paleocorrente, possibilitaram deduzir que a proveniência da Formação Maecuru são os litotipos do Domínio Bacajá e Iriri-Xingu. Mesmo havendo dados de CL bastante convincentes, a falta de medidas de paleocorrente impossibilitou interpretações mais acuradas acerca da proveniência da Formação Pitinga. O contato entre as formações Pitinga e Maecuru gera uma discordância erosiva de caráter regional, observada por mais de 300 Km por toda borda Sul da Bacia do Amazonas, relacionada aos estágios acrescionários do supercontinente Gondwana, promovida pela instalação de sistemas fluviais durante a orogenia Precordilheirana.
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