Navegando por Assunto "Quilombolas"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ação coletiva e Sistemas Agroflorestais na comunidade São Manoel, Quilombo Jambuaçu, Moju/PA(Universidade Federal do Pará, 2020-06-15) ANDREATA, Helton Kania; MOTA, Dalva Maria da; http://lattes.cnpq.br/4129724001987611; SCHWARTZ, Gustavo; http://lattes.cnpq.br/0774787368316223Os Sistemas Agroflorestais (SAF) podem ser utilizados como um meio de recuperação florestal e são interessantes devido a sua diversidade de produtos e à sustentabilidade do sistema, principalmente, no Nordeste paraense, o qual possui uma predominância de florestas secundárias, chamadas popularmente de “capoeiras”, áreas as quais podem ser aproveitadas para a sua implantação. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a Ação Coletiva e os SAF na comunidade São Manoel, no município de Moju, estado do Pará. Os dados da pesquisa foram coletados nos anos de 2018 e 2019 por meio de entrevistas do tipo histórica, aberta e semiestruturada com os agricultores e as principais lideranças da comunidade. Os dados são predominantemente qualitativos e os procedimentos para sistematizá-los foram transcrição de entrevistas, elaboração de tabelas e análises verticais e horizontais dos discursos. A comunidade de São Manoel é uma pequena vila rural com um histórico de lutas contra grandes empresas para a manutenção do seu território, e possui como principal fonte de renda o açaí nativo. A titulação da terra é coletiva, e as principais questões de gestão de recursos são discutidas junto à Associação Quilombola dos Agricultores de São Manoel, a qual também possui outras atribuições, como discussão da questão de segurança, organização comunitária, melhoria das fontes de renda, além da representação jurídica em diferentes instâncias. Os resultados mostram que os SAF chegaram à comunidade em 2015 levados por um dos agricultores (que é técnico agropecuário), e tiveram grande repercussão após os comunitários constatarem o êxito do sistema em São Manoel O grupo que tem SAF é composto por quinze pessoas que trabalham desde o viveiro à implantação de áreas por meio do mutirão. Tal grupo possui um sistema diferenciado de implantação dos SAF ao realizar o manejo da capoeira de forma a utilizá-la como insumo para a nutrição das plantas. Foram encontrados três tipos diferentes de SAF em São Manoel que variam quanto ao número de espécies no sistema, sendo o cupuaçu, o cacau, o açaí e a banana as principais espécies implantadas. Os dados mostram que os SAF tiveram uma boa aceitação entre os agricultores porque o sistema foi levado por um dos membros da comunidade, o que tem gerado repercussão também em outras comunidades do Território Jambuaçu. A ação coletiva foi fundamental para o sucesso dos SAF, pois a maioria dos agricultores relatou que não conseguiria implantá-los em suas áreas sozinhos, razão pela qual essa força da comunidade foi essencial para o sucesso de um sistema que visa gerar renda por meio da diversificação da produção, ressignificando o território com a sua ocupação mediante a conservação produtiva.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Allele frequency distributions of six hypervariable loci (D1S80, APOB, D4S43, vW1, F13A and DYS19) in two African-Brazilian communities from the Amazon region(2003) VALLINOTO, Izaura Maria Vieira Cayres; VALLINOTO, Antonio Carlos Rosário; VALENTE, Cristina Maria Duarte; GUERREIRO, João FariasTese Acesso aberto (Open Access) Atlas geossociolinguístico quilombola do Nordeste do Pará (AGQUINPA)(Universidade Federal do Pará, 2017-03-07) DIAS, Marcelo Pires; OLIVEIRA, Marilucia Barros de; http://lattes.cnpq.br/9728768970430501Esta pesquisa tem como objetivo apresentar o Atlas Geossociolinguístico Quilombola do Nordeste do Pará (AGQUINPA). O AGQUINPA é um atlas semântico-lexical que descreve e mapeia a variedade linguística do português afro-brasileiro falado nas comunidades remanescentes de quilombos da Mesorregião Nordeste do Pará por meio do inventário lexical. O atlas apresenta um levantamento histórico e geossociolinguístico das comunidades pesquisadas, cartas linguísticas semântico-lexicais pluridimensionais, além de um banco de dados geossociolinguístico. A Mesorregião Nordeste do Pará foi selecionada como locus da pesquisa, em virtude da alta densidade de comunidades quilombolas reconhecidas e tituladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Instituto de Terras do Pará (ITERPA) e Fundação Palmares (FCP), e representam 270 das 523 presentes no Estado do Pará. Essas comunidades foram ocupadas por negros escravizados fugidos, em regiões de difícil acesso, com o intuito de evitar a recaptura e, em outros casos, foram antigas propriedades doadas ou cedidas após a desorganização do sistema escravagista na Amazônia, no final do século XIX. As comunidades quilombolas que fazem parte do AGQUINPA estão localizadas nas áreas rurais dos municípios do Nordeste do Estado do Pará (Brasil) e são as seguintes: a) Comunidade do Cacau (Colares/PA); b) Comunidade América (Bragança/PA); c) Comunidade do Rio Acaraqui/Campompema (Abaetetuba/PA); d) Comunidade Taperinha (São Domingos do Capim/PA); e) Comunidade Laranjituba (Moju/PA) e f) Comunidade África (Moju/PA). Essas comunidades têm como principais atividades econômicas o extrativismo e a agricultura de subsistência, além de apresentarem baixa mobilidade social e a maioria dos moradores se autodeclara descendente de negros escravizados. Para a elaboração do atlas, utilizamos o instrumental metodológico da Geografia Linguística e da Geolinguística Pluridimensional, considerando as dimensões diatópica, diassexual (homens e mulheres) e diageracional (Geração I: 18 a 30 anos; Geração II: 50 a 65 anos). A coleta de dados foi realizada entre os anos de 2014 e 2016, por meio da aplicação do Questionário Semânticolexical do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), incluindo-se nele 31 questões de origem etimológica Bantu, para mensurar a difusão (ou não) do léxico de origem africana. Os dados coletados foram transcritos grafematicamente no software de anotação linguística ELAN e, posteriormente, trasladados para o Banco de Dados do AGQUINPA. As cartas foram confeccionadas através da utilização da ferramenta de georreferenciamento e edição de dados georreferenciados Quantum GIS (QGIS), além da ferramenta ColorBrewer para a colorimetria das cartas. O AGQUINPA possui 153 cartas semântico-lexicais, elaboradas a partir da aplicação do Questionário Semântico-lexical (QSL), das quais descreveremos 136, que apresentaram variação não categórica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uma câmera para os quilombolas: representações imagéticas de si e da cultura negra em Ourém-PA(Universidade Federal do Pará, 2014-06-26) AGUIAR, Karollinne Levy; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267A temática desse trabalho aborda a fotografia quilombola e seu objeto são as representações imagéticas que crianças quilombolas da comunidade negra “Mocambo” em Ourém, no nordeste do Pará, constroem de si e de sua cultura. O aporte teórico empregado procura relacionar Artes Visuais, Antropologia Visual e Estudos Pós-Coloniais, para fundamentar compreensões de relações e sentidos que esses sujeitos, em seu processo criativo, deixam ver no movimento constitutivo da fotografia como obra de arte em suas interfaces com cultura, memória e identidade quilombola na Amazônia. Para alcançar tais objetivos, a metodologia da pesquisa parte da história oral e da análise de imagens, por meio de exercícios etnográficos e oficinas de imagens com crianças e adolescentes quilombolas. Assim, no primeiro momento, esses indivíduos assumem o papel de artistas visuais para compor registros de si e das paisagens locais mais significativas em suas escolhas. No segundo, colocamo-nos a escuta dos significados atribuídos aos registros por seus criadores, procurando captar conexões com modos de vida quilombolas. Defendemos que o estudo de objetos de arte, tomando-se em suas articulações com o lugar, seus sujeitos e suas histórias, constitui-se em forte evidência das alianças arte e vida. Por outro lado, esse trabalho procura desvendar e valorizar olhares que essas pessoas constroem de si e de sua cultura, o que pode ser um importante indício de seus silêncios nas narrativas visuais e de perspectivas interculturais pouco exploradas nas pesquisas em Artes na Amazônia e nas outras regiões do Brasil.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Cartografia social e organização política das comunidades remanescentes de quilombos de Salvaterra, Marajó, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2015-08) BARGAS, Janine de Kássia Rocha; CARDOSO, Luís Fernando Cardoso eAs demandas das comunidades negras rurais, antes de 1988, estavam diluídas na agenda de lutas de categorias como a de trabalhadores rurais. Com a promulgação da Constituição, a emergência do termo “comunidade remanescentes de quilombos” faz também emergir uma pauta específica. Nesse quadro, o papel dos cientistas sociais na produção de laudos técnicos periciais e de trabalhos acadêmicos tornou-se um ponto central na discussão das percepções sobre o “quilombo”. A partir disso, analisamos a relação entre os pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA) e as comunidades quilombolas de Salvaterra, Ilha do Marajó, Pará, participantes das oficinas de produção de mapas que geraram um fascículo intitulado: Quilombolas da Ilha de Marajó: Pará. Objetivamos investigar, a partir de levantamento de dados e de pesquisa de campo, como as relações entre os atores da cartografia converteram-se em ferramentas políticas na luta por direitos socioterritoriais das comunidades quilombolas. Apontamos que as relações sociais entre PNCSA e quilombolas configuram-se, de um lado, como formas de contestação das formas históricas de desrespeito e injustiça e como instrumento de politização do movimento quilombola e, de outro, como afirmação e consolidação acadêmica da prática de pesquisa do Projeto.Dissertação Acesso aberto (Open Access) “Como uma comunidade”: formas associativas em Santo Antonio/PA: imbricações entre parentesco, gênero e identidade(Universidade Federal do Pará, 2008-03) COSTA, Rita de Cássia Pereira da; MOTTA-MAUÉS, Maria Angélica; http://lattes.cnpq.br/7861116876230464Este trabalho analisa as relações sociais, políticas e culturais de um grupo rural auto-definido e identificado como quilombola. O objetivo é entender como esses agentes sociais elaboram suas práticas cotidianas e desenvolvem formas associativas no povoado de Santo Antonio, no município de Concórdia no estado do Pará. Com esta análise da atuação de homens e mulheres nesse processo o interesse é também de compreender as interações entre parentesco, gênero e identidade como constitutivas desse sistema social.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Comunidade quilombola Tipitinga: organização, identidade e direito à terra(Universidade Federal do Pará, 2018) FARIAS, Antonio Edson; ARAÚJO, Arivaldo Silva deO presente trabalho tem como objetivo discutir a organização da comunidade quilombola do Tipitinga e o acesso à terra desse grupo a partir da fundação da Associação de Moradores. Tipitinga está localizada no Município de Santa Luzia do Pará no nordeste paraense. Foi tradicionalmente ocupada pela família Vitorino Ramos desde meados do século XIX. A luta organizada pela conquista do título único e coletivo iniciou-se no ano de 2005 através da criação da associação denominada Associação de Moradores Quilombo do Tipitinga. Foram 03 anos de persistência, enfrentando a burocracia, até que no ano de 2008 foi lhes concedido o título almejado, garantindo o direito ressalvado na Constituição Federal, oficializando o direito à terra daqueles moradores. Nesse sentido, a legislação brasileira que trata dos interesses dos quilombolas é muito lenta, de modo que retarda a legitimidade da identidade étnica e cultural dos remanescentes quilombolas, já que para ser dito como tal precisa do aval governamental.Tese Acesso aberto (Open Access) Crianças ribeirinhas e quilombolas da Amazônia: crescimento, determinantes sociais de saúde e políticas públicas(Universidade Federal do Pará, 2016-09-29) FILGUEIRAS, Ligia Amaral; SILVA, Hilton Pereira da; http://lattes.cnpq.br/3917171307194821A Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais do planeta e tem a maior biodiversidade do mundo, porém continua sofrendo graves problemas ambientais devido à exploração ilegal de seus recursos. As populações humanas que vivem nessas áreas são grupos indígenas e não-indígenas, em grande parte camponesas, com intensa miscigenação entre brancos colonizadores, a população nativa indígena e os africanos que vieram como escravizados. São pequenos produtores, que dependem e conhecem profundamente a natureza e seus ciclos e utilizam tecnologia relativamente simples, impactando pouco o ambiente. Essas populações que vivem nas áreas rurais são consideradas vulnerabilizadas, especialmente as crianças. Este estudo teve como objetivo conhecer a situação da saúde das crianças de três grupos populacionais da Amazônia: residentes na Floresta Nacional de Caxiuanã (PA), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (AM) e de sete comunidades Quilombolas (África/Laranjituba, Santo Antônio, Mangueiras, Mola, Oriximiná, Trombetas e Abacatal - PA). Foram analisadas 990 crianças de 0 a 9 anos de idade em comparação com os parâmetros da OMS de 2008 a 2015. Constatou-se que as crianças de Caxiuanã estão em déficit de altura/idade (26,15%), bem como as crianças de Mamirauá (17,9%), enquanto entre as quilombolas a situação mais grave foi na comunidade do Mola (35,72%). A diferença entre elas foi significativa (p = 0,018) e o Teste de Tukey indica que as crianças de Caxiuanã estão em pior situação com relação a peso/idade. Em geral, todas as comunidades carecem de saneamento ambiental, água encanada, apresentam habitações precárias, inclusive sem banheiro ou sanitário interno, o que influencia nos altos níveis de parasitismo intestinal, infecções de pele e outras doenças. O acesso à serviços de saúde geralmente é difícil devido às distâncias entre as casas e os centros de saúde, já que na maioria das vezes o transporte é precário. A região Amazônica é vasta e de difícil gerenciamento, porém se não houver sérias melhorias em políticas públicas, em todos os setores, as crianças das áreas rurais ainda permanecerão distantes dos parâmetros de crescimento internacionais em pleno século 21. Portanto, torna-se necessário que sejam desenvolvidos melhores programas de saúde pública para a região Amazônia, que se reflitam em melhor qualidade de crescimento e saúde da população.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Cultura, territorialidade e desenvolvimento local: o caso da APA do Rio Curiaú no Amapá(Universidade Federal do Pará, 2012-12-12) SANTOS, Fernando Junio da Costa; SIMONIAN, Ligia Terezinha Lopes; http://lattes.cnpq.br/6620574987436911Esta pesquisa tem como objetivo analisar a relação entre fortalecimento e valorização cultural e a promoção do desenvolvimento local na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Curiaú no Amapá. Imbricada de interesses diversos e conflitos instigantes, esta relação presume a identificação de territorialidades como um elemento teórico e empírico importante para o entendimento da problemática proposta. Nesse sentido, serão abordadas, em conjunto com a dimensão cultural, as dimensões políticas, econômicas e ambientais que são pertinentes à esta área protegida. Isso porque a mesma está sobreposta a um Território Quilombola (TQ) e resulta, assim, em um espaço profícuo para a elaboração de um análise científica que vise a compreensão do desenvolvimento nestas condições.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Do tempo dos pretos d’antes aos povos do Aproaga: patrimônio arqueológico e territorialidade quilombola no vale do rio Capim (PA)(Universidade Federal do Pará, 2012-10-01) MORAES, Irislane Pereira de; MARQUES, Fernando Luiz Tavares; ALMEIDA, Marcia Bezerra de; http://lattes.cnpq.br/1085631337892211; http://lattes.cnpq.br/0365104813041022Esta dissertação se construiu a partir do diálogo entre a Antropologia e a Arqueologia, na busca de compreender os usos e significados que o patrimônio arqueológico assume no âmbito das relações sociais contemporâneas, em específico, aqueles construídos segundo a lógica de povos e comunidades tradicionais. Entendido como categoria etnográfica, o patrimônio permite vislumbrar significados que os quilombolas pertencentes às comunidades Taperinha, Nova Ipixuna, Sauá- Mirim, Benevides e Alegre Vamos, no município de São Domingos do Capim (PA), elaboram em torno do sítio arqueológico Aproaga. Na luta pela titulação definitiva do seu território os quilombolas se autodefinem Povos do Aproaga, nesse contexto, a consciência cultural possibilita a construção da identidade coletiva. Em torno das ruínas históricas do engenho colonial, a memória social quando os Pretos d’antes foram escravos restitui e fortalece no presente as referências culturais e fronteiras étnicas em consonância ao sentimento de pertencimento ao Aproaga. Assim, a arqueologia pública e etnográfica possibilita compreender as dinâmicas e relações sociais do presente e suas fruições com o passado, os significados da cultura material, bem como, as dimensões étnicas que o patrimônio pode vir a assumir no contexto de direitos territoriais de comunidades descendentes e/ou de origem. Porquanto, a territorialidade quilombola construída pelos Povos do Aproaga implica pensar de maneira crítica sobre as políticas do patrimônio na Amazônia, e mais amplamente a reflexividade da pesquisa tendo em vista uma práxis descolonial da ciência.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Each person has a science of planting: plants cultivated by quilombola communities of Bocaina, Mato Grosso State, Brazil(Universidade Federal do Pará, 2017-06) SANTOS, Thais Aparecida Coelho dos; BARROS, Flávio Bezerra(Cada pessoa tem uma ciência de plantar: plantas cultivadas pelos quilombolas da Bocaína, MT, Brasil). O objetivo deste estudo foi registrar os recursos vegetais mais importantes na vida dos quilombolas da Bocaina, enfatizando as práticas de manejo da agrobiodiversidade. Utilizamos entrevistas semiestruturadas e informais, lista livre e observação participante. Para o registro, usamos diário de campo, fotografias e gravações, para análise realizamos cálculos de frequências absoluta e relativa, análise de regressão linear para verificar relações entre idade e riqueza de espécies, e análise de Correspondência Destendenciada (DCA). Registramos um total de 180 espécies, das quais, as plantas mais citadas foram as alimentícias, cultivadas em quintais e roças. Foram registradas 97 espécies medicinais, utilizadas para diversas doenças. A forma mais comum de uso é o chá da folha. Constatamos que o manejo das plantas é de caráter agroecológico favorecendo a manutenção da biodiversidade. Concluímos que a comunidade, por meio de seus conhecimentos tradicionais, realiza o manejo agroecológico das plantas, promovendo segurança alimentar para sua família e conservação de recursos genéticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Economia madeireira: dificuldades de regulação e efeitos sobre quilombolas no arquipélago do Marajó(Universidade Federal do Pará, 2015-04-27) SANTOS, Daiana Brito dos; ACEVEDO MARIN, Rosa Elizabeth; http://lattes.cnpq.br/0087693866786684A partir do debate a respeito da regulação e institucionalização do mercado madeireiro na Amazônia paraense com vistas aos dados dos autos de infrações de flora do IBAMA, Relatórios do IDEFLOR, SUDAM e mapa da cartografia social elaborada pelos quilombolas de São Sebastião do Cipoal, o presente estudo propõe compreender as dificuldades por parte do Estado para estabelecer o controle e regulação da exploração madeireira e indicar os atos dos agentes econômicos visados pelos instrumentos de controle, sobretudo no arquipélago do Marajó. Constata-se que, o posicionamento do Estado face à atividade madeireira clandestina não se direciona para a regulação eficiente desse mercado, bem como carece de políticas públicas eficientes para solucionar os conflitos territoriais e combater o desmatamento. A exigência legal do projeto de manejo para exploração florestal não significa que essa exploração ocorre de maneira equilibrada do ponto de vista da extração racional do recurso florestal e do próprio uso da terra que se revela mascarada por ―ações de sustentabilidade‖: Grandes agentes madeireiros com selos ―verdes‖ devastam a floresta e os números de autos de infrações são cada vez mais elevados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Educação escolar e identidade quilombola: um enfoque na comunidade Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, município de Abaetetuba, estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2015-06-25) SILVA, Luciane Teixeira da; SILVA, José Bittencourt da; http://lattes.cnpq.br/4719580090813166A presente dissertação objetiva analisar e compreender as interfaces que se estabelecem atualmente entre a educação escolar e os processos organizativos e identitários no interior de uma comunidade remanescente quilombola denominada Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, no município de Abaetetuba, estado do Pará. Questiona-se a possibilidade da escola local fortalecer ou não a identidade da comunidade quilombola face aos múltiplos problemas educacionais identificados. A pesquisa fez uso de entrevistas abertas e semiestruturadas, observações in loco e análise documental a partir de investigação de campo de cunho qualitativo. A conclusão geral que se chegou foi a de que apesar dos conflitos e tensões comunitárias, a escola pode ser compreendida como um espaço imprescindível para o fortalecimento da identidade quilombola e da organização comunitária.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O enfoque C-T-S na pedagogia da alternância o saber escolar e a prática cotidiana quilombola na Casa Familiar Rural de Jambuaçú - Moju - Pará(Universidade Federal do Pará, 2015-09-30) PEREIRA, Danielle Siqueira; BRITO, Licurgo Peixoto de; http://lattes.cnpq.br/5100592138044970Este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre ensino de ciências desenvolvido com a Pedagogia da Alternância na Casa Familiar Rural Padre Sérgio Tonetto, localizada no Território Quilombola de Jambuaçu em Moju-Pará-Brasil. Temos por objetivo principal analisar Como se estabelecem as relações entre o enfoque C-T-S (Ciência-Tecnologia-Sociedade) e as práticas pedagógicas do Ensino de Ciências na CFR de Jambuaçu. Além disso, que implicações essas relações produzem na educação do cidadão quilombola de Jambuaçu. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa. Nesta pesquisa utilizaram-se como instrumentos, entrevistas individuais e coletivas (grupos focais) semi–estruturadas, bem como observações e análise documental. Como sujeitos da pesquisa participaram as famílias e membros das comunidades (lideranças), sendo 13 (treze) pais/mães de alunos e lideranças e 33 (trinta e três) alunos divididos em 3 (três) grupos focais. Foram também entrevistados o professor de Ciências e o coordenador pedagógico. Da análise de conteúdo do material empírico, seguindo Laurence Bardin, emergiram quatro categorias de codificação, estes convertidos em eixos de análise: 1. Aspectos educativos da Pedagogia da Alternância; 2. Transformação social e formação para a cidadania; 3. Ensino de Ciências na Pedagogia da Alternância e 4. Formação da identidade quilombola. Verificamos que, em diferentes níveis, todos os eixos de análise abrangem elementos do ensino com enfoque C-T-S na Pedagogia da Alternância, particularmente na abordagem temática sociocientífica, autonomia, tomada de decisão, atitudes e valores próprios do exercício da cidadania consciente e embasados em conhecimentos da ciência e nos saberes tradicionais dos quilombolas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Etnomatemática quilombola: as relações dos saberes da matemática dialógica com as práticas socioculturais dos remanescentes de quilombo do Mola-Itapocu/PA(Universidade Federal do Pará, 2005-04-07) LEÃO, Jacinto Pedro Pinto; GUERRA, Renato Borges; http://lattes.cnpq.br/3199659904537033A pesquisa, etnomatemática quilombola: as relações dos saberes da matemática dialógica com as práticas socioculturais dos remanescentes de quilombo do Mola-Itapocu/PA, realizada de junho de 2003 a dezembro de 2004, foi norteada no estudo de caso etnográfico. O questionamento básico dessa dissertação expressa a preocupação de como se estabelecer relações entre as práticas socioculturais das teias de saberes matemáticos com a matemática escolar, sem negar os seus significados e o(s) seu(s) sentido(s), que são vivenciados na (re)construção das memórias cotidianas dos remanescentes de quilombo molense? Esta investigação teve como objetivos: identificar os significados, atribuídos pelos molenses, às suas práticas socioculturais, conectadas aos saberes matemáticos da cultura local, e estabelecer algumas relações entre a matemática escolar e a matemática praticada pelos remanescentes de quilombo do Mola-Itapocu/PA, sem dispensar os seus significados e o(s) sentido(s) das memórias das vivências cotidianas do contexto particular. No capítulo I, teço reflexões críticas acerca das relações entre as práticas da vida cotidiana e os saberes etnomatemáticos, relacionadas às memórias das vivências dos remanescentes de quilombo do Mola. Inicio tecendo memórias da matemática não escolar, seguidas dos saberes plurais das práticas matemáticas; depois, lanço olhares por dentro das investidas positivistas, para evidenciar como teias investidas negam a vida cotidiana dos saberes etnomatemáticos, por último, visito os olhares escolares lançados sobre os saberes etnomatemáticos. No capítulo II, faço uma breve análise das diferentes racionalidades presentes nas (etno)ciências, desvelando as faces da etnociência, ciência moderna e da ciência pós-moderna. No terceiro capítulo, construo a análise sob as convergências e as divergências entre os saberes matemáticos e a matemática escolar, vinculadas às teias: caminhando em terrenos áridos da lógica formal matemática; aos saberes etnomatemáticos; as reentrâncias das etnomatemáticas com a complexidade da vida e a lógica dialógica da etnomatemática. No quarto, evidencio as diferenças existentes entre a pesquisa experimental positivista e a pesquisa qualitativa, para, em seguida, tecer as possíveis relações dialógicas da pesquisa etnográfica com a etnomatemática, e no quinto, com base nas falas e nas observações das vivências socioculturais e os saberes matemáticos dos informantes, estabeleço algumas relações entre os saberes locais da matemática molense e a matemática escolar. Neste contexto, começo revisitando brevemente a história da educação do campo; seguida das teias das relações entre as práticas socioculturais e a matemática dialógica dos molenses; por último, teço a alfabetização das teias de saberes matemáticos e de saberes das práticas socioculturais. A etnomatemática quilombola, incessantemente, construída nas relações da matemática dialógica com as práticas educativas molenses, evidenciou a linguagem, as memórias e as representações dos saberes matemáticos e etnocientífico, articulada às possíveis relações com os saberes da matemática escolar do ensino multisseriado.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Identification of human T-cell lymphotropic virus infection in a semi-isolated Afro-Brazilian quilombo located in the Marajó Island (Pará, Brazil)(2006-02) VALLINOTO, Antonio Carlos Rosário; PONTES, Gemilson Soares; MUTO, Nilton Akio; LOPES, Ivina Giselle Lima; MACHADO, Luiz Fernando Almeida; AZEVEDO, Vânia Nakauth; CARVALHAES, Fernanda Andreza de Pinho Lott; SANTOS, Sidney Emanuel Batista dos; GUERREIRO, João Farias; ISHAK, Marluísa de Oliveira Guimarães; ISHAK, RicardoDissertação Acesso aberto (Open Access) Impactos socioterritoriais e identidade quilombola em espaço metropolitano: o caso da comunidade de Abacatal (Pará)(Universidade Federal do Pará, 2012-09-26) SIROTHEAU, José Luiz Terceros; TRINDADE JÚNIOR, Saint-Clair Cordeiro da; http://lattes.cnpq.br/1762041788112837O presente trabalho discute os impactos socioterritoriais e a construção da identidade territorial quilombola em realidade metropolitana, mais especificamente na Região Metropolitana de Belém, tendo em vista a influência das diversas ações públicas – políticas públicas, grandes empreendimentos de infraestrutura e outras formas de intervenção no espaço – e privadas, levando em conta a franca expansão urbana, processo intriseco à metropolização. A comunidade quilombola de Abacatal, em Ananindeua, possui histórico de graves conflitos fundiários e, em meio a esta constante luta pela sua terra, a identidade desse grupo é consolidada, culminando na titulação de suas terras, entretanto, a pressão que sofre da metrópole coloca em xeque os membros deste território etnicamente configurado. A partir de uma metodologia pautada na pesquisa explicativa através de análise qualitativa, foi possível observar os inúmeros impactos no território em questão e os efeitos dos mesmos, que contribuem, paradoxalmente, tanto para fortalecer quanto para enfraquecer a identidade quilombola. A perspectiva de novos conflitos aparece no horizonte conclusivo da pesquisa, em que se considere que Abacatal estará destinada a lutar pelo seu território por um longo tempo ainda.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Infecções sexualmente transmissíveis: o imaginário de remanescentes de quilombos(Universidade Federal do Pará, 2021-06-29) SOUZA, Isis Tarcila Vital de; CARVALHO, Jacira Nunes; http://lattes.cnpq.br/9434086419077532; CASTRO, Nádile Juliane Costa de; http://lattes.cnpq.br/2532971599666350; https://orcid.org/0000-0002-7675-5106Atualmente, as comunidades quilombolas no Brasil são múltiplas e se encontram distribuídas em todo território nacional. Na região Norte há 873 comunidades quilombolas um marco importante na história, é que, a primeira comunidade a receber o título está situado no Estado do Pará. Historicamente as comunidades sofrem com a falta de infraestrutura, precariedade no acesso a saúde, educação, saneamento básico, revelando que esse grupo vive em uma situação de vulnerabilidade, fruto de um processo histórico escravocrata. Neste aspecto, reconhece-se a vulnerabilidade dessas populações, considerando a dificuldade preventiva e assistencial no que diz respeito às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Estas infecções são causadas por diferentes tipos de microrganismos com evoluções e expressões clínicas bastante específicas. As IST são transmitidas, sobretudo, por contato sexual direto ou indiretamente e de forma eventual por via sanguínea. O objetivo deste estudo foi conhecer o imaginário/percepção de remanescentes de quilombos a respeito da transmissão, prevenção e tratamento das Infecções sexualmente transmissíveis. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa com informações obtidas a partir de entrevistas semiestruturadas e os dados analisados por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. A partir do resultado tornou-se possível agrupar os discursos dos residentes da comunidade remanescente de quilombos de Itacoã Mirim sobre infecções sexualmente transmissíveis em quatro categorias: 1) Discurso da percepção do que é Infecção Sexualmente Transmissível. 2) Discurso sobre transmissão. 3) Discurso sobre prevenção. 4) Discurso sobre tratamento. Acredita-se que o presente estudo trouxe uma importante contribuição para a enfermagem, uma vez que trouxe evidências que subsidiam um cuidado voltado a comunidade remanescente de quilombo e seu imaginário quanto as IST exibindo seus comportamentos e atitudes de risco.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Juventude do campo e quilombola: educação e identidade cultural na Comunidade Quilombola de Itaboca - Inhangapi - PA(Universidade Federal do Pará, 2014-09-24) PEREIRA, Ricardo Augusto Gomes; HAGE, Salomão Antonio Mufarrej; http://lattes.cnpq.br/1723722364556016Esta pesquisa problematizou a educação no contexto da uma comunidade quilombola, sobre a qual procurou saber como a educação influencia a identidade cultural de jovens quilombolas. A investigação teve por finalidade analisar a relação entre educação e identidade cultural de jovens na comunidade quilombola de Itaboca no Município de Inhangapi–PA, que para atingi-la adotou-se como percurso metodológico a pesquisa participante e a análise de conteúdo para examinar as narrativas de sujeitos e jovens da referida comunidade. Os resultados mostraram que a comunidade ainda está em processo de apropriação do processo de reconhecimento de seu território, tendo a educação um valor indelével, especialmente para os jovens que veem nela chance de continuidade de estudos e profissionalização sem modificar sua identidade. No entanto, a relação do quilombo com a cidade revelada na narrativa dos jovens, por um lado, mostra a assimilação das identidades urbanas que propiciam sociabilidades diversas. Por outro lado, essa sociabilização também traz o contato danoso com a violência e as drogas. A finalização da pesquisa aponta para a necessidade de maior mobilização em torno da educação com a perspectiva da ampliação da igualdade social.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Juventudes quilombolas: memória, resistência e construção de identidades(Universidade Federal do Pará, 2018-03-08) SANTOS, José Rodrigo Pontes dos; SILVA, Lúcia Isabel da Conceição; http://lattes.cnpq.br/5758168217659420O estudo teve como objetivo analisar os processos de construção de identidades desenvolvidos pelos(as) jovens quilombolas nos confrontos entre as suas relações e práticas no contexto do quilombo e com territórios externos, assim como as estratégias de resistências que são geradas nesses processos. Metodologicamente, o trabalho se desenvolveu por meio da pesquisa participante e da aplicação de um formulário discutido junto a sete jovens das Comunidades Associadas de Remanescentes Quilombolas de Itaboca, Cacoal e Quatro Bocas, situadas no município de Inhangapi, nordeste do Estado do Pará. O resultado da pesquisa mostrou que as interações no interior das comunidades revelam atividades educativas que são repassadas de geração a geração por meio de práticas cotidianas como pesca, caça e extração de frutos da mata, que constituem traços da cultura, memória e ancestralidade dos quilombolas, dando vida e sustento à identidade do grupo quilombola. Por outro lado, as mudanças ocorridas pela globalização romperam com as fronteiras entre as nações e propiciaram a formação de novas identidades construídas mediante a mesclagem de novos valores, visões de mundo e de cultura. Essa “mistura” é percebida pelo surgimento de uma diversidade de influências que chegam até os jovens quilombolas por intermédio de atividades escolares e intercâmbio com outras culturas fora do quilombo, ou mesmo através de redes de comunicação, como internet, celular ou televisão. Por fim, novas formas de identidades se confrontam e se reconstroem junto e a outras essencialistas relacionadas ao sexo biológico e à nacionalidade, emergindo, assim, a diferentes identidades que são compartilhadas por todos e todas.
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