Navegando por Assunto "Quilombolas - Marajó, Ilha do (PA)"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Da natureza à mesa: a pesca artesanal na vida e alimentação dos quilombolas da Comunidade de Mangueiras (Ilha do Marajó – Pará)(Universidade Federal do Pará, 2020-03-21) NASCIMENTO, Anael Souza; BARROS, Flávio Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4706140805254262Esta pesquisa comprometeu-se a estudar as formas de captura e preparo dos recursos pesqueiros, bem como a relação da comunidade quilombola de Mangueiras em Salvaterra - Ilha do Marajó – PA com a comida. Parti das dimensões culturais no contexto dos conhecimentos tradicionais, as formas de obter, preparar, acondicionar e consumir alimentos de origem pesqueira no quilombo. Além de caracterizar os recursos pesqueiros e as práticas utilizadas na pesca artesanal no quilombo de Mangueiras, descrever os saberes e práticas alimentares das famílias, destacando as estratégias envolvidas na transformação da sociobiodiversidade pesqueira em comida e descrever quais as preferências e restrições (tabus) acerca do consumo de recursos pesqueiros. A pesquisa de campo ocorreu no ano de 2019 e os principais instrumentos da metodologia empregada foram entrevistas abertas, entrevistas semiestruturadas, observação participante, turnês guiadas por pescadores locais, técnica da listagem livre e a etnofotografia. Os resultados alcançados demonstraram que os pescadores e pescadoras mantêm um constante diálogo de conhecimentos, adquirido através do cotidiano contato com os peixes e com o rio desde as fases iniciais da vida. O conhecimento tradicional revela muito da identidade e cultura do quilombo, território dominado por atores sociais com expertise nas espécies de peixes, diferenciando-os por seu habitat, preferências alimentares e comportamentos específicos, incluindo conhecimento acerca de aspectos climáticos e lunares que influenciam a dinâmica da pesca na região. Os recursos pesqueiros se mostraram importantes para os preparos de comidas como peixes fritos, assados e cozidos, mujica de caramujo, torta de caramujo, caranguejo ao leite do coco, ensopado de turu. No entanto, também observamos o incremento de alimentos processados, ocasionado por uma maior relação com a cidade e acesso aos programas sociais do Governo Federal brasileiro. Mesmo com todas as transformações ocorridas, é incontestável que o modo que se prepara os alimentos ainda se mantém até hoje como forma de valorização da cultura e resistência. Assim, as escolhas alimentares são influenciadas diretamente pelas características ambientais, além de preferências individuas ligadas as questões sociais e culturais do quilombo. Os tabus têm um papel importante e que influencia diretamente nas escolhas das espécies alvos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Katuana quilombola: consumo de açaí e risco cardiovascular em algumas comunidades quilombolas na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2018-10-30) LIMA, Emanuele de Jesus Silva de; BASTOS, Maria do Socorro Castelo Branco de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/6751930840883503Objetivo: Verificar se existe associação entre o consumo de açaí e os fatores de risco cardiovascular em comunidades remanescentes de quilombos de Salvaterra na Ilha do Marajó- PA com idade a partir de 30 anos de ambos os gêneros. Metodologia: Estudo transversal que abrangeu 165 indivíduos, de 7 comunidades remanescentes de quilombos. Aplicou-se questionário sobre dados socioeconômico e hábitos. O consumo de açaí foi medido por meio de questionário específico de quantificação e frequência do consumo. A população de estudo foi dividida em dois grupos de alto e baixo consumo de açaí, tendo como base o consumo diário a mediana de 142,9 ml/dia. Resultado: O grupo com baixo consumo apresentou mediana 30,85 ml/dia (Q25=0,00; Q75= 85,71 m/l) e o grupo com alto consumo mostrou 600 ml/dia (Q25= 400,00; Q75= 1000,00 ml). A maioria era constituída de mulheres com idade mediana de 47 anos em ambos os grupos, predominando baixa escolaridade com anos de estudo inferior a 8 anos e que não recebiam benefício bolsa família. O estudo não observou diferença estatisticamente significante entre os grupos de consumo e os marcadores de risco cardiovascular e hábitos da população estudada. Conclusão: O consumo do açaí não se mostrou um fator de proteção para doenças cardiovasculares em comunidades remanescentes de quilombo na Amazônia Oriental.
