Navegando por Assunto "Quilombolas - Mato Grosso"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Memórias e saberes quilombolas acerca dos sistemas alimentares em contexto de expropriação territorial do quilombo da Bocaina, Porto Estrela, Mato Grosso(Universidade Federal do Pará, 2020-07-31) VILHENA, Renata Kelly Costa; BARROS, Flávio Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4706140805254262A partir de estudo de cunho etnográfico das memórias relacionadas ao sistema alimentar das famílias quilombolas da Bocaina, no município de Porto Estrela, Mato Grosso, foram identificadas e descritas as transformações ocorridas na alimentação refletidas após o processo de expropriação do território ocorrido na década de 1970. O estudo se embasou a partir do aporte de conceitos como território (RAFFESTIN, 1993) e (LITTLE, 2002), antropologia da alimentação (CONTRERAS; GRACIA, 2011) e (DAMATTA, 1986) e memória (HALBWACHS, 2004), e a partir de dados empíricos oriundos da pesquisa de campo. Para tal, foram aplicados como métodos e instrumentos de pesquisa a observação participante, diário de campo, registros fotográficos, conversas informais, entrevistas semiestruturadas e história oral. Como resultados, a dissertação apresenta o histórico do quilombo que retrata o processo de expropriação, além das diferentes formas de produção, preparo e consumo dos alimentos, evidenciando as atividades produtivas de agricultura, extrativismo, caça, pesca dentre outras, que vêm resistindo, afim de reviver o passado quando estes viviam no território da Bocaina. É perceptível que houve reduções nas atividades produtivas importantes para o autoconsumo e segurança alimentar das famílias, uma vez que os locais que essas famílias vivem atualmente não representam o valor que o território tinha. Outro aspecto relevante nos contextos alimentares se deu entre as análises das relações entre comidas, sociabilidades, identidade e cultura, dos quais podem se fazer presente as importantes Festas de Santos de “São João Batista” e “São Pedro”. As famílias têm esperança com a resolução do acesso ao território, por meio de processo judicial que garanta o direito de retornar às suas terras. Enquanto isso, o cotidiano é ressignificado e transformado na esperança de reviver novamente no seu território.
