Navegando por Assunto "Rainfall"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação quantitativa da dinâmica espaço-temporal da precipitação na região hidrográfica Tocantins-Araguaia(Universidade Federal do Pará, 2012-01-31) LOUREIRO, Glauber Epifanio; FERNANDES, Lindemberg Lima; http://lattes.cnpq.br/4641468846318922A análise do comportamento da precipitação em uma bacia hidrográfica é fundamental para a engenharia e gerenciamento dos recursos hídricos. A Região Hidrográfica Tocantins-Araguaia (RHTA) pela sua ocupação recente e potencialidades econômicas, ganha destaque no cenário nacional. Este trabalho avalia quantitativamente a dinâmica espaço-temporal da precipitação anual nesta região durante um período de 30 anos de dados. A dinâmica da precipitação pode ser analisada pelo cálculo da precipitação média em uma dada área, compondo assim mapas de isoietas de precipitação anual. No entanto, a confecção destes mapas requer um método de interpolação que melhor represente as características pluviométricas em locais não amostrados para posterior análise quantitativa do comportamento da precipitação. Para tanto, foram realizados análises exploratórias descritivas amostral e espacial como requisito de estacionaridade do método de interpolação geoestatístico, ajuste e validação do modelo teórico que se adéque ao variograma de precipitação anual. Após a confecção do mapa de isoietas pelo método de Krigagem Ordinária (sem tendência) e Krigagem Universal (com tendência) foi realizado o cálculo do volume precipitado na região hidrográfica pelo método dos contornos. A dinâmica espacial da precipitação foi realizada com base na análise da estatística descritiva, mapa de isoietas, mapa hipsométrico, Índice de Irregularidade Meteorológica (IMM) e Coeficiente de Variação. A dinâmica temporal foi analisada pela distribuição dos totais anuais de precipitação volumétrica para cada sub-bacia da RHTA, pelo Índice de Anomalia Padronizada, na variação interanual de precipitação e teste de tendência e magnitude representados respectivamente pelo Teste de Mann Kendall e Sen’s. Os resultados correlacionados com as anomalias meteorológicas do Oceano Atlântico (Dipolo) e Pacífico (ENOS) indicam o comportamento da precipitação bastante heterogêneo e com grande variabilidade temporal principalmente na sub-bacia Tocantins-Alto (TOA) (14%). Diminuição da amplitude pluviométrica, em anos de anomalia meteorológica intensa ocasionando um incremento de precipitação ao sul das sub-bacias TOA e ARA e diminuição da precipitação na sub-bacia TOB, em eventos de El Niño. Não se pode comprovar pelo teste de Mann Kendall que há uma tendência estatisticamente significativa no volume precipitado na RHTA, mas o estimador Sen’s dá indícios de queda na precipitação na sub-bacia TOA (-1,24 Km³/ano) e Araguaia (ARA) (-1,13 Km³/ano) e aumento da precipitação na sub-bacia do Tocantins Baixo (TOB) (0,53 Km³/ano) e para a RHTA (-1,5 Km³/ano). Assim a variabilidade espacial e temporal nas sub-bacias está intimamente relacionada aos eventos de anomalia meteorológica, na qual, a sua ação ocorre de maneira irregular ao longo da área de estudo e pode influenciar as diversas atividades socioeconômicas na RHTA de acordo com sua magnitude e área de ocorrência.Tese Acesso aberto (Open Access) Distribuição espaço-temporal da comunidade zooplanctônica no estuário do Taperaçu (Bragança-Pará-Brasil): biomassa e produção secundária das principais espécies de copépodos(Universidade Federal do Pará, 2016-10-25) LEITE, Natália da Rocha.; MONTES, Manuel de Jesus Flores; http://lattes.cnpq.br/2999296486918048; COSTA, Rauquírio André Albuquerque Marinho da; http://lattes.cnpq.br/4504677939464624; https://orcid.org/0000-0003-4461-3936O presente estudo objetivou estudar a composição e a distribuição da comunidade zooplanctônica no estuário do Taperaçu avaliando, em escala temporal e espacial, a contribuição das principais espécies de copépodos para a biomassa e produção em termos de carbono orgânico no ambiente em estudo. Para tanto, foram realizadas coletas bimestrais (zooplâncton e variáveis hidrológicas) de junho de 2012 a junho de 2013, em três estações fixas situadas ao longo do estuário, totalizando 45 amostras. A comunidade zooplanctônica do Taperaçu foi aparentemente homogênea, não sendo detectadas variações significativas relacionadas aos ciclos circadianos (dia/noite) e de maré (enchente/vazante), no que se refere aos atributos biológicos. Elevados valores de densidade de Paracalanus quasimodo, Labidocera fluviatilis, e Pseudodiaptomus marshi foram observados. A ausência de um padrão nictimeral e de maré, esteve possivelmente relacionada às características morfodinâmicas do estuário do Taperaçu, tais como a presença de bancos de areia em sua porção central, a ausência de uma descarga fluvial, a pequena área de captação, as baixas profundidades e as fortes correntes de maré, as quais facilitam os processos de mistura horizontal e vertical da coluna de água. Quando analisados em uma escala mensal e espacial, foi observada a influência dos períodos sazonais sobre a dinâmica desses organismos, estando estas diretamente relacionadas às variações da salinidade, turbidez e concentrações de clorofila-a. A comunidade zooplanctônica esteve dominada pelos copépodos, em especial Acartia tonsa (22.230,9±46.145,7 ind.m ), P. marshi (3.267,3±4.565,1 ind.m -3 ), Acartia lilljerborgi (4.011,6±10.326,5 ind.m -3 ) e Oithona oswaldocruzi (30.221,9±28.328,4 ind.m -3 ), P. quasimodo (9.270,7±17.593,3 ind.m -3 ), juntamente com Oikopleura dioica (15.284,6±26.060,6 ind.m -3 ). A diversidade média das espécies variou de 2,0±0,6 bits.ind -3, enquanto que a equitabilidade variou de 0,5±0,1 a 0,7±0,03. De modo geral, a variabilidade temporal (mensal e sazonal) e espacial observada na estrutura e dinâmica populacional do zooplâncton esteve principalmente relacionada às flutuações nas taxas de precipitação, as quais afetaram diretamente a salinidade da água e, consequentemente, a densidade desses organismos. Adicionalmente, conclui-se que a presença de espécies tipicamente marinhas, tais como P. quasimodo e Oikopleura dioica -1a 3,8±0,4 bits.ind -1 pode estar relacionada ao aumento significativo da salinidade, resultado da redução das chuvas em 2012. A biomassa e produção de A. tonsa e A. lilljeborgi estiveram diretamente relacionadas à precipitação local, visto que A. tonsa apresentou elevados valores durante todo o período, e não apenas no período chuvoso, como anteriormente observado neste mesmo estuário. Os estágios imaturos (C1-C5) de A. tonsa foram as formas dominantes, com destaque para o estágio C4 (839,88±1.518,80 mgC.m ), enquanto que para A. lilljeborgi os mais elevados valores foram obtidos para os adultos (499,95±1.347,84 mgC.m -3 ). As taxas de produção secundária obtidas foram mais elevadas do que àquelas descritas para outros estuários localizados ao redor do mundo, podendo estes resultados estarem associados as elevadas temperaturas registradas durante todo o ano, bem como a observação de águas ricas em nutrientes e matéria orgânica particulada derivados dos manguezais adjacentes ao Taperaçu. De forma geral os resultados obtidos indicam que a influência das variações climáticas sobre as variáveis hidrológicas, em especial a temperatura, salinidade, bem como sobre as concentrações de clorofila-a foram os principais responsáveis pela dinâmica das espécies mesozooplanctônicas identificadas no estuário do Taperaçu.
