Navegando por Assunto "Rochas granitóides"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização litoquímica e geocronologia Rb-Sr das rochas granitóides e ortognaisses da região de Santa Quitéria-Sobral, NW do Ceará(Universidade Federal do Pará, 1992-12-21) TAVARES JÚNIOR, Stelio Soares.; LAFON, Jean Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645À SSW do Lineamento Sobral-Pedro II entre as cidades de Sobral, Forquilha e Santa Quitéria, no noroeste do Estado do Ceará, ocorre uma variedade de corpos graníticos isotrópicos e foliados, com predomínio dos primeiros. Os granitos isotrópicos constituem massas batolíticas e corpos de dimensões menores, intrusivos nas rochas dos complexos gnáissico-migmatíticos, no conjunto de rochas supracrustais, inclusive naquelas dos grupos Ubajara e Jaibaras. Os ortognaisses de Forquilha, de composição tonalítica com termos trondhjemíticos e granodioríticos subordinados, constituem uma das unidades individualizadas dentro dos complexos gnáissico-migmatíticos. Essas rochas forneceram uma idade Rb-Sr em rocha total de 1981 ± 45 Ma, a qual é interpretada como idade mínima para os processos de gnaissificação. A similaridade desse resultado com as idades obtidas na região de Granja evidencia uma significativa atuação do Evento Transamazônico no NW do Ceará. A razão isotópica inicial (0.70138 ± 13) dessas rochas sugere uma evolução a partir de uma fonte mantélica ou de protólitos de curta residência crustal. Os granitos brasilianos apresentam uma composição modal dominantemente monzogranítica, com variação desde microclima granitos até granodioritos. São corpos de composição alcalina, per a metaluminosa, com características geoquímicas que revelam uma forte semelhança com os granitos tipo A, que podem representar granitos alcalinos de ambiente tectônico intraplacas ou pós-tectônicos. Essas características, incluindo o comportamento dos ETR, são também similares às dos granitos Mucambo e Meruoca. Os estudos geocronológicos Rb-Sr realizados nesses granitos forneceram uma idade de 524 ± 12 Ma e 482 ± 8 Ma para os granitos do Pajé e Serra da Barriga, respectivamente. Quanto ao Granito Morrinho, idades convencionais entre 480 e 510 Ma foram obtidas. Somando-se esses resultados aos dados já existentes para os granitos Meruoca e Mucambo evidencia-se uma época de intensa granitogênese em toda a região NW do Ceará, desde o final do Proterozóico até o Eo-Paleozóico. Granitos foliados ocorrem como corpos alongados nos terrenos gnáissicos da Faixa de Alto Grau de Cariré, concordantes à estruturação regional. As características geoquímicas obtidas nestes corpos mostram bastante similaridade com aquelas do conjunto de granitos isotrópicos. No entanto, a idade Rb-Sr de 475 ± 15 Ma obtida nesses granitos é menor que as dos granitos isotrópicos e certamente corresponde a uma idade rejuvenescida. Este rejuvenescimento provavelmente está relacionado aos efeitos das reativações de Graben Jaibaras. Não foi possível determinar a idade verdadeira da cristalização desses corpos, bem como dos processos deformacionais que os afetam, numa situação bastante similar daquela encontrada para o Granitóide Chaval. A disposição das razões iniciais dos granitos foliados (0.70521 ± 56) e do Granito do Pajé (0.70488 ± 71) em relação à evolução das razões Rb/Sr dos ortognaisses de Forquilha é compatível com uma derivação dos granitos a partir desses gnaisses. Isso não é válido para o Granito Serra da Barriga que apresenta uma elevada razão inicial (0.70963 ± 160).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo da alteração hidrotermal,com ênfase no metamorfismo sódico, de rochas granitóides e máficas da região de Canaã de Carajás, Província Mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2007-06-25) SOUZA, Francisca D'ávila Soares de; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983As áreas do Sossego e Serra Dourada estão localizadas ao sul da Serra dos Carajás, na zona de contato entre as rochas do embasamento (Complexo Xingu; ~2,8 Ga) e do Grupo Grão Pará (2,76 Ga). Serra Dourada encontra-se a cerca de 15 km a leste do depósito Sossego, na região de transição entre o bloco Itacaiúnas e os terrenos granito-greenstone de Rio Maria. No depósito do Sossego foram investigados granitóides, rochas metavulcânicas ácidas e ricas em biotita, além de rochas máficas, todos com variável grau de deformação e alteração hidrotermal, enquanto em Serra Dourada foram estudados granitóides, enclaves neles contidos e metadiabásios, os primeiros representados por tipos inalterados, hidrotermalizados e milonitizados. No depósito Sossego, prováveis protólitos dos apogranitóides e rochas metavulcânicas alteradas corresponderiam, respectivamente, a sienogranitos/granodioritos e andesitos/basaltos porfiríticos, enquanto as rochas máficas alteradas teriam sido derivadas de microgabros. A preservação da textura porfiroclástica nas rochas ricas em biotita sugere que, pelo menos em parte, seus protólitos foram os mesmos que originaram as rochas metavulcânicas ácidas. Os apogranitóides, rochas metavulcânicas e ricas em biotita têm padrões de distribuição de ETR muito similares, o que é sugestivo de terem sido elas derivadas de um magma granítico comum, apesar de algumas amostras da rocha rica em biotita apresentarem razões LaN/YbN mais elevadas. Com relação ao conteúdo de elementos menos móveis (Nb e Zr), as rochas ricas em biotita e metavulcânicas ácidas são mais semelhantes. Albitização, escapolitização, anfibolitização, cloritização, biotitização, epidotização e feldspatização potássica foram os principais tipos de alteração hidrotermal que afetaram aqueles protólitos, sendo o primeiro mais comum nos apogranitos e metavulcânicas e o segundo nas rochas ricas em biotita e máficas. Nos apogranitóides, foram identificadas duas gerações de albita (I e II). A albita I é representada por cristais com textura em tabuleiro de xadrez, tendo resultado da substituição do feldspato alcalino, enquanto a albita II ocorre em finas vênulas monominerálicas e constitui uma das fases mais tardias da alteração hidrotermal. Apenas a albita I ocorre em todas as variedades de granitóide estudadas. Nas rochas máficas foram identificadas duas gerações de escapolita. A primeira é representada por agregados de cristais oriundos da substituição do plagioclásio primário e a outra por finas vênulas sinuosas de escapolita + Mg-hornblenda, as quais marcam, nestas rochas, os estágios mais tardios da alteração hidrotermal. Nas rochas ricas em biotita foi identificada apenas a escapolita I. A escapolita dos gabros e das rochas ricas em biotita têm valores da fração molar meionítica (Me=27-28%) e teores de Cl (3-4%) equivalentes, e muito provavelmente foram formadas a partir de um mesmo fluido, rico em NaCl, sem marcante influência da composição da rocha. Esse fluido teria sido também responsável pela produção de albita em todas as amostras estudadas, que é mais pura nos apogranitóides (Ab=98,5-99,3%) e nas rochas metavulcânicas ácidas (Ab=99-99,3%). Na área de Serra Dourada, os granitóides são representados por sienogranitos, granodioritos e tonalitos; os enclaves neles contidos têm composição tonalítica. As características mineralógicas e a afinidade cálcio-alcalina dessas rochas permitem caracterizá-las como granitos tipo I e relacioná-las a um ambiente de subducção com influência do regime tracional. Vários parâmetros geoquímicos indicam cogeneticidade entre estas rochas, estando elas ligadas por processos de cristalização fracionada em que os sienogranitos são os termos mais evoluídos. Albitização, escapolitização e, em menor escala, biotitização foram os principais tipos de alteração hidrotermal que afetaram essas rochas, sendo que a primeira se restringiu aos sienogranitos e, as duas últimas, aos tonalitos. Os sienogranitos mostram diferentes graus de alteração sódica, desde aposienogranitos sem albita hidrotermal até albititos com cerca de 75% de albita hidrotermal. Nessas rochas, observa-se que a albita hidrotermal é mais pura que a magmática. Cálculos de balanço de massa revelam que, em relação à média dos sienogranitos, houve, durante a transformação do sienogranito em albititos, independentemente do método utilizado e dentro dos mais prováveis valores de fator de volume (ƒv = 0,8-1,1), adição de Na2O e Cu, e perda de K2O, Ba, Rb, Sr e W. Para as rochas escapolitizadas, os dados petrográficos são consistentes com uma geração a partir dos tonalitos, que chegam a hospedar veios com até cerca de 70% de escapolita. A escapolita das variedades moderadamente alteradas é mais rica em Na (Me=24%) e Cl (4%) quando comparada com a que ocorre na amostra do veio e no granito milonitizado. Os resultados de balanço de massa revelam, para valores de ƒv entre 0,9 e 1,04, que durante o processo de escapolitização, houve perda de Al2O3, MgO, CaO, Sr e Zr e ganhos de Fe2O3(t), Na2O, K2O, voláteis, Rb, Ba e Cu. Os fluidos responsáveis pela produção de albita e escapolita eram ricos em Na e Cl e, aparentemente, eles primeiro causaram a albitização dos sienogranitos e, em seguida, a escapolitização dos tonalitos. A composição da escapolita teve forte influência da composição do plagioclásio primário, tanto que a escapolita que ocorre no metadiabásio é mais cálcica do que a variedade presente nos tonalitos. As rochas investigadas em ambas as áreas amostram teores elevados de Cl (1-2%), estimados com base nas concentrações determinadas na escapolita, biotita e anfibólio. A estabilidade da escapolita exige fluidos muito salinos, o que vem sendo confirmado pelos dados obtidos em inclusões fluidas aprisionadas em minerais do depósito Sossego. A falta de evidência de ebulição e restrições impostas pela partição do Cl entre magmas graníticos e fase aquosa dele exsolvida, dão suporte à contribuição metamórfica (disssolução de leitos evaporíticos?) nos fluidos responsáveis pelo metassomatismo sódico. Ainda não foram obtidos dados de fluidos para as rochas de Serra Dourada, porém o estudo da alteração hidrotermal, pelo menos em parte, sugere uma situação bastante semelhante à observada no depósito do Sossego.
