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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Água, vida e saberes na pesca(Universidade Federal do Pará, 2004-09) MORAES, Sérgio Cardoso deO artigo discute a construção e sistematização de conhecimentos pautados pela tradição, aqueles que tem por base a oralidade e as práticas cotidianas. Trata-se de saberesnão-científicos trandmitidos de geração a geração.Dentre as populações que se falem dessa forma de compreenção e comunicação com a natureza, elegemos os pescadores artesanais da Região do Baixo Tocantins, no Estado do Pará. Nos valemos de algumas entrevistas realizadas no ano de 2001 e da própria experiência de trabalho junta a populações ribeirinha nda Amazônia.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Os conceitos de Foucault e análises das relações de trabalho dos pescadores artesanais da vila do Treme - unidade de conservação da Resex Caeté Taperaçu(Universidade Federal do Pará, 2019-12) CARDOSO, Roseli da Silva; PESSOA, Fátima Cristina da CostaO empreendimento analítico deste estudo situa-se na Lei 9.985 de 18 de julho de 2000, a qual institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação- SNUC. O espaço analisado compreende duas unidades de conservação, a vila do Treme (Resex Caeté-Taperaçu) e a vila do Araí (Resex AraíPeroba), a partir da análise discursiva dos embates sociais nas referidas comunidades, na tensão entre o discurso tradicional dos pescadores artesanais e o discurso institucional dos representantes governamentais que incidem diretamente nas relações de trabalho da pesca artesanal. Pressupõe-se que tais relações se estabelecem por lutas de forças entre saberes e poderes, as quais não podem ser vistas como um objeto natural, mas sobretudo como um processo dinâmico e heterogêneo em constante transformação, como uma prática discursiva.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Currículo e ensino de ciências na educação de jovens e adultos: entre linhas, saberes e diferença(Universidade Federal do Pará, 2013-03-30) CORRÊA, Edilena Maria; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211; https://orcid.org/0000-0002-0478-5285A pesquisa é resultado de um estudo que buscou tatear as margens de um currículo de ciências por vias de suas potências e possibilidades criativas, problematizando, por outro lado, o currículo de ciências que se põe encastelado por conhecimentos objetivos. Com isso, o estudo visa pensar a ideia de um currículo que permeia a diferença. O estudo levanta as seguintes questões de investigação: o que podem os saberes populares que emergem no entre currículo escolar? Que modos, que experiências poderiam ser pensadas no espaço escolar da EJA/Cametá no ensino fundamental que pudessem possibilitar um currículo da diferença? É possível pensar uma imagem de currículo de Ciências da EJA, que esteja para além do mero posto, dado, e seja a favor da diferença? O objetivo principal foi investigar se o saber popular, que emerge no entre o currículo escolar de ciências, pode potencializar novos modos de existências e experiências criativas no que diz respeito ao currículo de ciências da Educação de jovens e Adultos do município de Cametá-Pa, assim como as possibilidades e os efeitos que esses saberes trazem para esse currículo. Para tanto, elegeu como fonte de estudo, material bibliográfico e empírico. O referencial teórico toma o pensamento da diferença de Gilles Deleuze e Felix Guattari, os conceitos utilizados foram: menor, rizoma, transversalidade e diferença. A escolha dos autores se deu por entender que eles possib ilitam ir além de um pensamento sedentário e neutralizante de currículo, do mesmo modo por entender que ambos os autores radicalizam qualquer pensamento dogmático a favor da diferença. Dessa forma, por mais que esses autores não tenham pensado a educação, buscam um pensamento da resistência, da transversalidade, o que permite pensar o currículo de ciências por vias abertas e flexíveis e contribui para promover a integração entre saberes populares e científicos no currículo de ciências. A parte empírica da pesquisa consiste na vivencia de experiências em aulas de ciências concepção menor com estudantes e um professor de ciências da Educação de Jovens e Adultos (ensino fundamental) de uma escola pública do município de Cametá, com os quais experimentei um esboço de currículo de ciências por seus movimentos, por suas potências e possibilidades. Para registro de tais experiências foi usado o diário de campo, no qual foram feitas anotações das conversas formais e informais com estudantes e o professor, dos encontros e das aulas-experiências realizadas em sala de aula junto com professor, aluno e pesquisadora. Trago a ideia de currículo a partir de uma visão que permita trânsito entre saberes, mas um meio de onde nasce e transborda o movimento. E é sob essa perspectiva de currículo que discorre a pesquisa, pela força da diferença em detrimento da identidade, o devir em vez do ser. É possível pensar um currículo pelas vias da diferença, quando estudantes, escola e professores permitem atravessamentos no currículo.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O dom de curar(Universidade Federal do Pará, 2020-09) CHAVES, Ana Maria Chaves de; SARAIVA, Luis Junior CostaA produção fílmica que se apresenta é resultado de uma pesquisa realizada em Soure-Marajó-Pará sobre as experiências sobre o dom de curar a partir da observação etnográfica da Senhora Maria Florinda e do seu cotidiano com suas plantas e seus saberes ligados ao dom de curarTese Acesso aberto (Open Access) Formação de professores no contexto de grupos de pesquisa da área ambiental: saberes ambientais e identidade docente(Universidade Federal do Pará, 2022-10-05) SOUSA, Fernanda Rocha de; FREITAS, Nádia Magalhães da Silva; http://lattes.cnpq.br/2982253212145468; https://orcid.org/0000-0003-0042-8640Este estudo buscou responder a questão “Em que termos os grupos de pesquisa com ênfase em questões ambientais contribuem para a constituição de saberes ambientais, da identidade profissional e da formação de professores no cenário amazônico paraense?” e, para isso, teve como objetivo compreender em que termos os grupos de pesquisa da área ambiental colaboram para a constituição de saberes ambientais, para o delineamento da identidade profissional e da formação de professores, em especial no cenário amazônico paraense. O estudo se inseriu na discussão da crise da pós-modernidade, utilizando os referenciais de Boaventura de Sousa Santos e Leff para compreender a importância dessa discussão para a formação de professores, bem como Ciampa e Dubar na análise das identidades profissionais dos professores. Portanto, tratou-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo, proposta por Bardin, no tratamento e análise das informações. A pesquisa de campo foi realizada no Grupo de Pesquisa em Meio Ambiente (Grupema), da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental na Amazônia (Geamaz), que contou como sujeitos três professores vinculados a cada grupo. O texto da tese está organizado em cinco artigos que buscam apresentar as contribuições dos grupos de pesquisa para a discussão proposta. A pesquisa apontou que o Grupema e o Geamaz constituíram-se como uma base importante na formação de professores e na constituição das identidades profissionais dos entrevistados, na medida em que contribuíram para o desenvolvimento profissional dos entrevistados em termos de iniciação científica, iniciação à docência, produção científica, experiência em pesquisa com comunidades tradicionais da Amazônia e para a trajetória pessoal e profissional desses sujeitos, se constituindo também como um elo entre os pesquisadores e os grupos e comunidades externos à universidade. Como potencialidade para pesquisas futuras, é importante expandir o olhar sobre essa discussão no sentido de entender que lugar esses grupos ocupam dentro da universidade e procurar novas formas de analisar a contribuição desses espaços para as diversas áreas da formação de professores.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) II Feira Cultural Quilombola, Salvaterra-PA: arte, música e sabores(Universidade Federal do Pará, 2020-04) RIBEIRO, Karley dos Reis; SARAIVA, Luis Junior CostaA produção fílmica que se apresenta é resultado de uma pesquisa realizada em Salvaterra-Marajó-Pará sobre as experiências na II Feira Cultural Quilombola, Salvaterra-PA: arte, música e sabores.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Mulheres extrativista da Ilha de Juba: seus saberes e suas práticas cotidianas na produção do azeite de andiroba(Universidade Federal do Pará, 2009-06) SILVA, Amarílis Maria Farias daEste artigo buscou investigar a relação entre os moradores da localidade da ilha de Juba – Cametá/PA, com a natureza, no período de tempo entre a instalação da hidrelétrica de Tucuruí, na década de 1980, até os dias atuais, a partir da realidade sociocultural das mulheres extrativistas desta localidade, objetivando investigare reconstituir os saberes e as práticas de mulheres produtoras do azeite de andiroba, que são, na sua maioria, trabalhadoras rurais, parteiras, pescadoras e donas de casa. A metodologia utilizada foi a pesquisa de campo, com a utilização de entrevista semiestruturadas, que foram gravadas, transcritas e analisadas. Tendo com referencial, para a análise, a história oral e a etno-história considerando, neste texto, a história ambiental. A pesquisa concluiu que a prática de extração do óleo de andiroba, representa para as mulheres andirobeiras, assim como para a comunidade da ilha de Juba, uma fonte de sobrevivência e de resistência social.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Narrativas de crianças sobre o saber/fazer em festas amazônicas: o caso da marujada de São Benedito e São Sebastião em Tracuateua/PA(Universidade Federal do Pará, 2021-03) SILVA, Dilma Oliveira da; CARVALHO, Nazaré CristinaO estudo tem como objetivo analisar os saberes e os fazeres vivenciados pelas crianças durante a festa da marujada no município de Tracuateua/PA. A problemática fomentada norteou-se pela seguinte pergunta: qual a percepção das crianças da marujada de Tracuateua/PA sobre os saberes/fazeres dessa festividade? Para isso, foi necessário discutir as categorias cultura, educação, saberes e infância sobre novos olhares na perspectiva da cultura representada como “teia de significados” construídos nas relações sociais dos homens; a educação como uma “fração dessa cultura” e que pode ser desenvolvida em diferentes lugares com diversos grupos sociais; os saberes enquanto um aprendizado transmitido entre gerações numa heterogeneidade de fazer; a infância foi analisada à luz da “sociologia da infância”, compreendendo a criança como protagonista de suas vivências. Este estudo teve como intérpretes 16 (dezesseis) crianças, sendo 10 (dez) meninas e 6 (seis) meninos, com faixa etária entre 6 (seis) e 12 (doze) anos de idade, participantes da festa. O percurso metodológico foi caracterizado pela abordagem qualitativa com técnicas de pesquisa como rodas de conversas, observação, diários de campo, registros fotográficos e a dinâmica com desenhos. Dessa forma, partindo da diversidade de conhecimento construídos no cotidiano da marujada identificou-se saberes e fazeres inerentes a festa vivenciados e partilhados do/pelo movimento entre marujos e marujas de diferentes gerações por meio da escuta, da observação e da oralidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Projetos vividos representações construídas: as representações sociais que mulheres e homens do assentamento CIDAPAR possuem sobre os saberes que buscam na escola para seus projetos de vida(Universidade Federal do Pará, 2007-09-25) NEVES, Joana d'Arc de Vasconcelos; NASCIMENTO, Ivany Pinto; http://lattes.cnpq.br/6649004854958284O estudo das representações sociais de mulheres e homens assentados dos saberes que buscam na escola para o seu projeto de vida, teve como realidade especifica as histórias vividas e narradas de 13 sujeitos do assentamento Federal da CIDAPAR, na região do Nordeste paraense no estado do Pará. Para inscrevermos os significados dos saberes que esses sujeitos buscam para o seu projeto de vida estruturamos nossa pesquisa nas condições de circulação e produção dessas representações sociais. A organização simbólica das representações dessas mulheres e desses homens foi estruturada nas três dimensões que correspondem ao desejo de ter terra, a trajetória histórica da construção do assentamento e culturas e saberes que foram construídos por esses sujeitos. A dinâmica dessas três dimensões, analisadas a partir da objetivação e ancoragem, permitiram-nos identificar e compreender o como e o porquê dos significados atribuídos aos saberes que buscam na escola para o seu projeto de vida, que se constituiu no eixo central deste trabalho. Como corpus de análise, utilizamos os discursos obtidos nas Entrevistas Conversacionais e os desenhos e discursos do Grupo Focal. A análise baseou-se em Lefebvre e Lefebvre para identificar as objetivações e as ancoragens extraídos dos discursos desses sujeitos. Os resultados desse estudo permitem-nos falar que esses sujeitos construíram uma das faces de sua identidade a partir de sua relação com a terra, que os mobilizou na construção do território cultural do assentamento, dando-lhe uma outra perspectiva de vida articulada com esse movimento de transitoriedade entre os mundos rural e urbano, palco de vivências e partilhas que legitimaram esse sujeito como um sujeito de relações com o poder e o não poder e com o saber e o não saber constituindo uma dinâmica de um saber sobre si, de um saber como poder e um saber para transformar.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Saberes e autonomia docente: um diálogo entre elementos imprescindíveis à formação do professor(Universidade Federal do Pará, 2020-12) CARMO, Nilce Pantoja do; ABREU, Waldir Ferreira deO presente trabalho faz-se como um desdobramento da dissertação “Um rio no caminho: processos de escolarização de alunos ribeirinhos em contexto escolar urbano”, apresentada em 2019 como critério avaliativo do título de Mestre em Educação ao Programa de Pós-Graduação em Educação (do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará). Neste ínterim, “Saberes e autonomia docente: um diálogo entre elementos imprescindíveis à formação do professor”, caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, que objetiva compreender as relações peculiares aos saberes e à autonomia, discorrendo sobre como essa interação vem se constituindo no processo de formação do professor. Para tanto, buscou-se aporte nos trabalhos de Freire (1996), Contreras (2002) e Tardif (2014), autores que se debruçaram na abordagem de tais categorias (saberes e autonomia) vinculadas ao contexto formativo daqueles que estão afrente da prática educativa formal dos sujeitos. Os resultados do estudo apontam que a constituição da autonomia se associa diretamente ao aguçar dos saberes. Assim, a formação do professor deve considerar a relevância dos saberes como basilares ao fomento da autonomia docente.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Saberes e tradição: a cerâmica caeteuara da comunidade Fazendinha(Universidade Federal do Pará, 2018) SALIS, Dione Vieira; SARMENTO, João Paulo Martins; NASCIMENTO, Damiana Barros; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu daEste ensaio é resultado de uma pesquisa de campo realizada como requisito de avaliação final para a disciplina Antropologia Visual e da Imagem, do Curso de PósGraduação em Linguagens e Saberes na Amazônia. O locus desta experiência foi a Comunidade Fazendinha, situada à margem esquerda do rio Caeté, distante 5 km da sede do município de Bragança, nordeste paraense...Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Os saberes, a tecnologia e sociabilidade no processo de fabricação de farinha de mandioca na comunidade quilombola de Santa Rita de Barreira no município de São Miguel do Guamá-PA(Universidade Federal do Pará, 2018-04) SANTOS, José Ataíde dosÉ notório que o fazer antropológico é algo que se constrói com a observação participativa e posteriormente com a descrição de tal ato. Nesta perspectiva, a pesquisa em questão tem como meta fazer uma investigação, por meio de registros fotográficos, a respeito da produção de farinha de mandioca realizada na Comunidade Quilombola de Santa Rita de Barreira, na qual teve como intuito observar as possíveis transformações advindas pelo processo tecnológico na comunidade referentes ao processo de manufatura da farinha e a sociabilidade que esse processo gera...Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Saberes, fazeres e sabores do/no manguezal do rio Araí(Universidade Federal do Pará, 2018) PICANÇO, Miguel de Nazaré BritoAraí está localizada no meio rural, a 60 km do município de Augusto Corrêa, na região nordeste do estado do Pará. É um vilarejo com aproximadamente três mil habitantes, sendo uma das maiores comunidades rurais do município e tem como principais atividades produtivas a plantação de roça de mandioca e da pesca artesanal (PICANÇO, 2018). Esta última se processa nos manguezais do principal rio do lugar, denominado de Rio Araí.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Saberes, fazeres e sabores: o amanhecer da feira livre Bragantina(Universidade Federal do Pará, 2017-05) ROSARIO, Samuel Antonio Silva do; ROSARIO, Jocenilda Pires de Sousa doEste vídeo apresenta o amanhecer na feira livre bragantina, mostrando as diversidades de saberes, fazeres e sabores que se encontram neste ambiente, em um dia do mês de março de 2017, a partir da lógica da feira livre. Utilizam-se no vídeo vários espaços da feira livre, no município de Bragança/Pará, entre eles, da farinha e seus derivados, de pescados e mariscos, de frutas e legumes, de produtos artesanais e medicinais oriundos das florestas e dos rios. Na captura das imagens, foi usada uma máquina Nikon Coolpix P520.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Uma viagem aos saberes dos moradores da "Vila Que Era"(Universidade Federal do Pará, 2016-12) SOUSA, Jocenilda Pires de; REIS, Maria do Socorro BragaEste vídeo apresenta alguns dos saberesque fazem parte do cotidiano dos moradores de comunidades tradicionais, em visitas a campo feitas em novembro de 2016.Utilizam-se no vídeo vários espaços da Vila Que Era, no município de Bragança/Pará, entre eles, o rio, a floresta, a oficina de cerâmica, o estaleiro. Na captura das imagens, foram usadas uma máquina NikonCoolpix P520 e uma máquina Canon, modelo PC 1431.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Uma viagem pelos saberes da tradição: uma experiência vivida com os ceramistas da “vila que era” em Bragança-PA(Universidade Federal do Pará, 2020-09) ROSARIO, Samuel Antonio Silva do; ROSARIO, Jocenilda Pires de Sousa do; SILVA, Carlos Aldemir Farias daO presente trabalho faz parte de uma pesquisa de doutorado em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas da Universidade Federal do Pará. O vídeo retrata alguns saberes desenvolvidos pelo ceramista Josias Furtado, desde a navegação pelo rio da região até o momento de retirada da argila, uma prática desenvolvida por sua família há gerações, que envolve relações diretas com o rio, a floresta e com a argila. Na captura das imagens foi usada uma máquina Nikon Coolpix P520.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Vozes dos estaleiros: percepção dos carpinteiros navais artesanais de embarcações sobre saúde ocupacional, riscos e prevenção de acidentes em estaleiros da Amazônia costeira (Bragança/PA)(Universidade Federal do Pará, 2024-01-04) NEGRÃO, Ângelo Solano; BARBOZA, Roberta Sá Leitão; http://lattes.cnpq.br/9331256487699477; https://orcid.org/0000-0003-2367-553X; BARBOZA, Myrian Sá Leitão; http://lattes.cnpq.br/4827055067722362; https://orcid.org/0000-0002-6712-7386Introdução: A carpintaria naval artesanal desempenha um papel vital na produção de embarcações tradicionais de madeira para navegação nos rios amazônicos e no mar. No entanto, muitos dos carpinteiros enfrentam condições insalubres e riscos à saúde, como exposição a substâncias tóxicas e impactos das mudanças climáticas. Esses desafios podem resultar em problemas de saúde de longo prazo, agravados pela falta de equipamentos de proteção adequados, afetando não apenas sua capacidade de trabalho, mas também suas atividades diárias. Objetivo: Analisar a percepção dos carpinteiros navais artesanais, localizados na cidade de Bragança/PA, sobre saúde, riscos percebidos nos estaleiros e estratégias de autoproteção para prevenir acidentes. Métodos: Utilizou-se uma abordagem qualitativa, descritiva e transversal. As entrevistas foram conduzidas com seis carpinteiros navais artesanais, com idades entre 44 e 67 anos, de diferentes estaleiros em Bragança. Os participantes foram selecionados a partir de estaleiros identificados previamente e recomendações de outros profissionais, mantendo suas identidades protegidas por meio de codinomes. As entrevistas, adaptadas de um projeto anterior, ocorreram nos estaleiros durante o expediente. A análise dos dados seguiu a metodologia de análise de conteúdo de Bardin, com organização e codificação das respostas utilizando o software NVivo para identificar temas principais e subtemas. O estudo foi conduzido com a devida aprovação ética, garantindo a privacidade, sigilo e consentimento dos participantes, respeitando todas as diretrizes éticas para pesquisa com seres humanos. Resultados: Os carpinteiros discutiram os riscos associados ao trabalho, como acidentes físicos ao manipular materiais pesados e o uso de produtos químicos tóxicos na construção de barcos. Conscientes desses riscos, adotaram medidas preventivas, como uso de equipamentos de segurança adequados. Em termos de autocuidado, destacaram a importância da comunicação clara durante operações de alto risco, responsabilidade compartilhada de cuidar dos colegas menos experientes e precauções adicionais devido à localização remota dos estaleiros. Mencionaram a mudança para ferramentas mais tradicionais após incidentes anteriores e enfatizaram a colaboração e trabalho em equipe para reduzir os riscos no manuseio de materiais pesados. Conclusão: Sua consciência dos perigos do trabalho destaca a necessidade de medidas preventivas e uma cultura de segurança, evidenciando uma abordagem proativa na prevenção de acidentes. Embora a pesquisa tenha limitações, como a restrição geográfica na participação dos trabalhadores, é a primeira na região a abordar a saúde desses profissionais. Recomenda-se intervenções específicas de saúde ocupacional, treinamentos para reduzir riscos e a exploração da relação entre cultura organizacional e saúde mental. Propõe-se estudos futuros e estratégias colaborativas para aprimorar a saúde e segurança desses trabalhadores.
