Navegando por Assunto "Stresse oxidativo"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ação da hidroxicloroquina sobre neurônios da retina de embrião de galinha(Universidade Federal do Pará, 2017-03-22) ROSÁRIO, Aldanete Santos; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978Hidroxicloroquina (HCQ), classicamente empregado no tratamento da malária e de doenças autoimunes, tem sido proposta como fármaco de escolha para outros fins terapêuticos. Entretanto, este fármaco é conhecido por causar efeitos colaterais, como distúrbios visuais, que podem ser irreversíveis, sendo que os mecanismos que levam a essas desordens não são completamente conhecidos. A toxicidade produzida na retina pelo uso da HCQ pode ser devida a sua alta taxa metabólica, sendo o tecido muito susceptível à ação de xenobióticos e danos oxidativos. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos do fármaco HCQ sobre células da retina, bem como seus possíveis mecanismos de citotoxicidade. Como modelo de estudo, utilizamos culturas de células da retina de embrião de galinha. Para avaliar a viabilidade celular foi usado o ensaio de medida de atividade mitocondrial por MTT. A função lisossomal foi avaliada pela taxa de incorporação do corante vermelho neutro. Os níveis de espécies reativas de oxigênio geral e de ânion superóxido foram avaliados pela sonda CellROX e por Nitro Blue Tetrazolium (NBT), e os níveis de glutationa total foram quantificados usando o reagente de Ellman. A viabilidade foi testada em culturas mistas (glia e neurônios), ou culturas enriquecidas com neurônios ou glia, após tratamento com HCQ. Para comparação foi utilizado a cloroquina (CQ), fármaco da qual a HCQ é derivada. As células foram expostas às concentrações de 25μM, 50μM e 75μM por 24 horas. Os resultados demostram que culturas mistas tratadas com CQ apresentaram redução na viabilidade de 36 e 61% para as concentrações de 50μM e 75μM, respectivamente, enquanto HCQ não altera a viabilidade em nenhuma das concentrações testadas. No entanto, quando culturas enriquecidas com células gliais foram expostas a HCQ por 24 horas, a concentração de 75μM teve uma pequena redução na viabilidade das células, sendo as reduções nas células neuronais mais acentuadas, 20, 33 e 56% para as concentrações de 25μM, 50μM e 75μM, respectivamente. Mesmo um tempo menor de tratamento (6 horas) causou perda de viabilidade em neurônios retinianos. A capacidade de incorporação do corante supravital vermelho neutro, também foi alterada em culturas neuronais tratadas com HCQ por 24 horas, tendo redução de 19 e 32%, comparadas ao controle, para as concentrações de 50μM e 75μM, respectivamente. HCQ reduziu significativamente os níveis de espécies reativas de oxigênio produzidas pelas células neuronais, principalmente ânion superóxido, 43, 52 e 61% para as concentrações de 25μM, 50μM e 75μM de HCQ em 24 horas de tratamento, respectivamente. Os níveis de glutationa total em células neuronais apresentaram redução de 37 e 53% quando tratados com 50μM e 75μM de HCQ por 24 horas, respectivamente, comparado ao controle. Quando o meio condicionado de células gliais foi utilizado em células neuronais tratadas com HCQ por 6 horas, este reverteu completamente o processo de citotoxicidade causado pelo fármaco. E quando os níveis de glutationa total foram mensurados em culturas enriquecidas com glia, tratadas com HCQ por 24 horas, não foram observadas quaisquer alterações. Estes resultados sugerem ação citotóxica de CQ em cultura mista de células da retina de embrião de galinha, o que não é observado no tratamento com HCQ. Entretanto, HCQ mostrou ação citotóxica quando as células são cultivadas separadamente, principalmente sobre neurônios, que é revertida por algum fator liberado pelas células gliais no ambiente extracelular, sendo a glutationa uma possível candidata a exercer essa função neuroprotetora.Tese Acesso aberto (Open Access) Investigação dos efeitos da cafeína e SCH58261 sobre as alterações comportamentais e no estresse oxidativo, e papel dos receptores A2A na potenciação de longo prazo após intoxicação por etanol em padrão binge em ratos fêmeas da adolescência a fase adulta(Universidade Federal do Pará, 2022-11) PINHEIRO, Bruno Gonçalves; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101Introdução: O consumo binge de etanol é um padrão de ingestão intermitente e episódico envolvido em vários distúrbios cerebrais que afetam adolescentes, considerados mais suscetíveis aos danos persistentes até a idade adulta. Nos efeitos deletérios do etanol, um mecanismo de intoxicação importante é a superprodução de adenosina, que causa hiperexcitabilidade em seus receptores gerando alterações comportamentais e estresse oxidativo. Estes receptores são antagonizados pela cafeína, um composto bioativo que pode modular a superativação deletéria do etanol. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da administração de cafeína nas alterações comportamentais relacionados à locomoção, ansiedade, cognição e balanço oxidativo induzidos pelo etanol no padrão binge drinking durante a adolescência. Além disso, visa avaliar qual a contribuição dos receptores A2A nas alterações observadas, incluindo a potenciação de longo prazo (LTP). Material e Métodos: Ratas Wistar fêmeas (35 dias de idade; n = 102) foram alocadas em seis grupos: controle (água destilada, v.o), etanol (3 g/kg/dia; 3 dias on-4 dias off, v.o), cafeína (10 mg/kg/dia, v.o), cafeína + etanol, antagonista A2A SCH58261 (0,1 mg/kg/dia, intraperitoneal – i,p) e etanol + SCH58261. Os animais foram submetidos aos testes comportamentais do campo aberto, reconhecimento de objeto e labirinto em cruz elevado. Foram avaliados os parâmetros da bioquímica oxidativa da capacidade antioxidante equivalente trolox (TEAC), glutationa (GSH), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), óxido nítrico (NO), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) no córtex pré-frontal e hipocampo. Foram avaliados através da eletrofisiologia os registros de LTP no córtex pré-frontal medial (mPFC), porção ventral (vHip) e dorsal (dHIP) do hipocampo dos grupos controle, etanol, etanol + SCH58261 e SCH58261. Resultados: A cafeína preveniu os prejuízos comportamentais induzidos pelo etanol, através do bloqueio dos receptores A2A. Além disso, atenuou o estresse oxidativo induzido pelo binge drinking por vias alternativas do receptor A2A. O bloqueio dos receptores A2A aumentou os níveis de LTP no mPFC e vHIP, porém diminuiu no dHIP. Conclusão: A cafeína apresentou neuroproteção nas modificações comportamentais e no estresse oxidativo induzidos pelo modelo binge drinking em ratas adolescentes. Além disso, o bloqueio dos receptores A2A mitigou as alterações comportamentais observadas, com melhora dos níveis de LTP no córtex pré-frontal e hipocampo, o que sugere a contribuição desta via para a neuroproteção em déficits induzidos pela exposição ao etanol durante a adolescência.
