Navegando por Assunto "Tapajós"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Distribuição, comportamento e definição de valores de background do mercúrio em sedimentos da bacia hidrográfica do rio Tapajós, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2023-10-24) RENTE, Augusto de Farias Silva; MARQUES, Eduardo Duarte; http://lattes.cnpq.br/8256609331887637; https://orcid.org/0000-0003-1133-9408; KÜTTER, Vinicius Tavares; http://lattes.cnpq.br/6652786694334612; https://orcid.org/0000-0001-7295-6800O mapeamento geoquímico e a determinação do background, ajudam a identificar anomalias no ambiente e distinguir fontes naturais ou antrópicas. O mercúrio (Hg) é um elemento preocupante por ser conservativo, podendo bioacumular e biomagnificar. Na bacia do rio Tapajós, os garimpos aplicam o Hg na recuperação do ouro, esse Hg pode ser liberado para o ambiente juntamente com o Hg do solo, resultando em áreas contaminadas, associadas a supressão da florestal, expondo os solos à erosão. No estudo, realizado, foram coletadas e analisadas pelo SGB/CPRM, em 2005/2006, 343 amostras de sedimentos de rios, com uma densidade amostral de 1/135 Km². O teor de Hg nas amostras foi analisado por ICP-OES com gerador de hidretos. Os valores de Hg variaram de 0,01 a 4,46 mg.kg-1 , e o background geoquímico estabelecido para a área foi de 0,48 mg.kg-1 , próximo ao nível de efeito provável, 0,486 mg.kg-1 . Ao se classificar as amostras por litologias, a saber, granitoides alcalinos, granitoides cálcio alcalinos, rochas sedimentares e gnaisses e rochas vulcânicas, o mMAD mostrou os respectivos resultados, 0,69; 10,19; 0,03 e 0,77 mg.kg-1 para os limiares superiores e 0,01, 0,00, 0,02 e 0,00 mg.kg-1 para o limiar inferior. A classificação uso e ocupação, a saber, Pastagem e Floresta apresentaram valores de mMAD de 6,10 e 0,10 mg.kg-1 respectivamente para os limiares superiores e 0,00 e 0,01 para os limiares inferiores. Ressalta-se que tal cálculo para a área de garimpos não pode ser realizado devido a porcentagem significativamente baixa de amostras a cima do limite de detecção inferior do método analítico, sugerindo altas concentrações de Hg somente em amostras pontuais. O Fator de Enriquecimento (FE) revelou um aumento significativo de mercúrio (Hg) em áreas com maior influência humana nos mapas de interpolação, identificando os oxi-hidróxidos de ferro-manganês e argilominerais como os principais componentes responsáveis pela adsorção de Hg. Os Mapas de Fator de Contaminação (FC) identificaram como contaminada as mesmas áreas que o FE apontou como enriquecidas. A região estudada é naturalmente enriquecida em Hg em relação a outros biomas, devido aos fatores: 1° geogênico, associado a erosão das rochas e o processo de intemperismo tropical, que leva à formação de duricrust e solo laterítico, fazendo com que o Hg se acumule de forma eficiente no solo; 2° o fator antrópico local, atuando na degradação do solo promovendo a conversão de florestas em pastagens e áreas de garimpo, remobilizando e dispersando o Hg. Considerando a escala de abordagem deste trabalho foi verificado maior impacto relacionado a mudança de uso do solo. Sugere-se uma abordam mais detalhado como maior número de amostras em escala cartográfica maior para definir impactos locais.Tese Acesso aberto (Open Access) Geologia e Metalogênese do Depósito Au-Ag (Pb-Zn) do Coringa, Sudeste Província Mineral Tapajós, Pará.(Universidade Federal do Pará, 2020-09-16) GUIMARÃES, Stella Bijos; KLEIN, Evandro Luiz; http://lattes.cnpq.br/0464969547546706; https://orcid.org/0000-0003-4598-9249A Província Mineral Tapajós (PMT) está localizada na parte centro-sul do Cráton Amazônico e é considerada uma das principais províncias metalogenéticas do Brasil. Uma parte significativa da província compreende rochas vulcânicas e vulcanoclásticas félsicas e granitos, formados predominantemente em dois intervalos, 2,02 a 1,95 Ga e 1,91 a 1,87 Ga, pertencentes a várias unidades estratigráficas e litodêmicas. A partir de dados obtidos em trabalho de campo, petrografia e geofísica aérea de alta resolução nos permitiram produzir um novo mapa na escala de 1: 100.000 para a porção sudeste da PMT, onde localiza-se o depósito de ouro e prata (Cu-Pb-Zn) Coringa. Identificamos duas novas unidades geológicas: (1) as rochas vulcânicas e piroclásticas da Formação Vila Riozinho, anteriormente atribuídas ao Grupo Iriri, incluindo uma fácies aqui definida dessa formação, que compreende um grupo de rochas com o maior conteúdo magnético da região (Formação Vila Riozinho -fácies piroclástica magnética), e (2) o Feldspato Alcalino Granito Serra (FAGS), que é intrusivo na Formação Vila Riozinho (FVR). Essas unidades representam as rochas hospedeiras do depósito Coringa. As rochas da FVR representam um arco magmático cálcio-alcalino de alto K a shoshoníticas. Existem semelhanças nos padrões de LILE e HFSE e nos diagramas multielementares com as rochas graníticas da Suíte Intrusiva Creporizão (SIC). A contemporaneidade entre essas unidades reforça uma possível correlação petrogenética e converge para a hipótese de fontes semelhantes, de provável refusão de rochas de arco. Os dados isotópicos revelaram comportamento semelhante entre VRF, FAGS e a Suíte Intrusiva Maloquinha e apresentam valores negativos de εNd; no entanto, indica rochas derivadas de fontes enriquecidas (rochas da crosta antiga). Portanto, essas unidades tiveram a mesma fonte durante o ajuste tectônico e a evolução crustal da PMT. Desta forma, representa um estágio pós-colisão transcorrente que se seguiu à colisão do Arco Magmático de Cuiú-Cuiú relacionado ao evento vulcano-plutônico Orosiano (2033-2005 Ma). Com base nas informações geocronológicas disponíveis, essas unidades podem ser associadas a um evento vulcano-plutônico que ocorreu no período Orosiriano, a cerca de 1,98 Ga. O depósito de Au- Ag (Cu-Pb-Zn) Coringa ocorre essencialmente em veios que seguem a estruturação regional (NNW-SSE). Hospeda-se nas rochas vulcânicas e piroclásticas das fácies piroclástica magnética da Formação Vila Riozinho (ignimbritos, tufos e brechas) e o Feldspato Alcalino Granito Serra, com predominância das rochas supracrustais. Os processos hidrotermais afetaram todos os litotipos associados à mineralização, produzindo alteração distal (carbonato-clorita-epidoto), alteração intermediária-proximal (sericita-pirita) e alteração proximal (clorita-hematita). Os veios mineralizados são geralmente compostos por quartzo + pirita + calcopirita + galena + esfalerita + electrum + clorita + sericita. Os grãos de ouro ocorrem como inclusões ou preenchendo fraturas na pirita. Os fluidos apresentam baixa salinidade, rico em H2O e pobre em CO2, com evidência de mistura (magmática-meteórica), e a presença de adulária e Mn-calcita são características diagnósticas desse depósito. Todas as características convergem para confirmar um depósito epitermal de intermediária sulfetação como modelo genético para o depósito Coringa.Tese Acesso aberto (Open Access) Impactos socioambientais atuais e de mudanças futuras na hidroclimatologia da bacia do rio Tapajós na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2023-06-09) SODRÉ, Vânia dos Santos Franco; SOUZA, Everaldo Barreiros de; http://lattes.cnpq.br/6257794694839685; https://orcid.org/0000-0001-6045-0984; LIMA, Aline Maria Meiguins de; http://lattes.cnpq.br/6572852379381594; https://orcid.org/0000-0002-0594-0187A intensificação do uso e cobertura do solo vem aumentando os problemas ambientais e climáticos nas sub-bacias amazônicas, especialmente na bacia do rio Tapajós que tem importância, não somente para o regional, mas para todo o país quanto a questão econômica e socioambiental. Esta pesquisa avaliou a crescente pressão imposta à bacia do rio Tapajós a partir do uso não sustentável dos recursos hídricos, do desmatamento nas variáveis meteorológicas e a hidroclimatologia futura da bacia para os próximos 30 e 60 anos. Na questão hídrica, foram observados significativos impactos ambientais causados ao meio ambiente no Alto e Médio Tapajós, onde foram identificados usos não sustentáveis dos recursos hídricos dos variados setores da economia, com destaque ao aumento do número de indústrias e hidrelétricas. De modo inverso, na região do Baixo Tapajós ainda há significativas porções de cobertura vegetal conservada, as quais são essenciais para o favorecimento da evapotranspiração e, consequentemente, formação de nuvens, porém um aumento do uso não sustentável dos recursos hídricos foi observado na região. Na relação entre o desmatamento e o clima, notou-se a existência de correlações entre as taxas de desmatamento e variações positivas da temperatura na região do Médio Baixo Tapajós. Todavia não foram observadas variações significativas da precipitação, mas há uma leve tendência negativa (redução), corroborando com os estudos de anomalia e tendência. Na hidroclimatologia futura, os resultados demostraram que os impactos futuros das mudanças climáticas nas medidas de precipitação e de cota, tanto para um clima mais próximo (2021-2050), como para um clima do final do século (2051-2080), levando em consideração os cenários moderado e pessimista. Notou-se ainda que haverá alterações na frequência dos extremos máximos e mínimos de precipitação e cota, principalmente nas regiões do Médio Baixo Tapajós, sendo mais sensível às essas mudanças na estação de Itaituba.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O rio que embaçou no horizonte: narrativas e percepções sobre os impactos urbanos da construção e operação do terminal da Cargill em Santarém - PA(Universidade Federal do Pará, 2025-02-27) PIMENTA, Karina Cunha; SILVA, Carlos Freire da; http://lattes.cnpq.br/7489756177996098; https://orcid.org/0000-0002-0202-8678Este trabalho investiga os impactos urbanos da instalação e operação do terminal da Cargill em Santarém (PA), focando nas transformações socioambientais resultantes dessa intervenção e na experiência vivida pelos moradores da cidade. A pesquisa surgiu a partir de uma abordagem etnográfica iniciada em 2017, com o objetivo de compreender as mudanças nas paisagens urbanas, a partir das narrativas de moradores que, antes da instalação do terminal, viviam na antiga praia da Vera Paz e foram deslocados para o atual bairro do Laguinho. A partir dessa perspectiva, busca-se refletir sobre os efeitos da extinção desse espaço de lazer e sociabilidade, ampliando a análise para as dinâmicas econômicas do agronegócio, a expansão da monocultura da soja e os impactos decorrentes de grandes projetos de infraestrutura. Com base em uma metodologia qualitativa, a pesquisa utiliza narrativas orais, relatos de vida, entrevistas, poemas, canções e análise de documentos para explorar como as transformações causadas pelo terminal da Cargill moldaram novas formas de sociabilidade e resistência. A dissertação questiona como os processos de exploração econômica alteram a dinâmica urbana e ambiental, abordando não só as consequências econômicas, mas também os impactos sobre o sensível e as subjetividades dos moradores. A pesquisa também destaca a reconfiguração do sensível, simbolizada pela extinção da antiga praia da Vera Paz, e como isso representa um cerceamento do direito à cidade, revelando um processo de aceleração das violências socioambientais, invisibilizadas pela mídia, e propõe um olhar interdisciplinar sobre as questões urbanas na Amazônia, integrando dimensões emocionais e culturais frequentemente negligenciadas, visando abrir caminho para investigações mais profundas sobre as paisagens amazônicas e as novas formas de luta e pertencimento que emergem desses conflitos socioambientais.
