Navegando por Assunto "Urban violence"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Identidades e violência urbana: representações sociais sobre o papel do Centro de Referência da Assistência Social-CRAS no bairro de São Sebastião (Abaetetuba/PA)(Universidade Federal do Pará, 2024-09-16) PINHEIRO, Isane Caripuna; CRUZ, Fernando Manuel Rocha da; http://lattes.cnpq.br/1048087637452959; https://orcid.org/0000-0002-1254-5601O Projeto Albrás/Alunorte é um empreendimento nipônico, situado no município de Barcarena/PA, a 37 Km de Abaetetuba. No final da década de 1980, assistimos à formação do bairro de São Sebastião, no município de Abaetetuba, resultado da concentração de famílias migrantes. Nos primeiros anos, o bairro não possuía infraestrutura básica, nem a presença do Estado, motivos pelo qual se tornou uma das áreas mais violentas do município, devido principalmente ao envolvimento de adolescentes e jovens em gangues. A insegurança e o medo dos moradores devido aos confrontos desses grupos e à segregação e estigmatização do território, levou à implantação do primeiro Centro de Referência da Assistência Social-CRAS no município. A pesquisa objetiva compreender como o processo de industrialização realizado pelo Projeto Albrás/Alunorte influenciou socialmente o bairro de São Sebastião, nomeadamente em termos de identidade e cultura. A abordagem metodológica é de natureza qualitativa, descritiva e exploratória, a qual tem por base a aplicação de entrevistas semiestruturadas a membros de famílias que foram vítimas das “gangues”, membros de famílias que faziam parte das “gangues”, funcionários e ex-funcionários do Estado que participaram do processo de implantação e implementação do CRAS e um dos fundadores do bairro de São Sebastião. Bibliograficamente, a pesquisa foi norteada pelos trabalhos de Bauman (2005), Bourdieu (2002), Costa (2022), Cruz (2011), Harvey (1989), Hall (2006), Koga (2011), Lefebvre (2011) e Machado (2020). Assim, a pesquisa demonstra, o quanto o Complexo Industrial Albras/Alunorte realiza de forma direta influência na composição populacional-socio-territorial-cultural na formação do território do bairro de São Sebastião. No que se refere ao crescimento demográfico, o bairro de São Sebastião se interligou a teia urbanística rapidamente, contudo essa expansão demográfica realizou-se de forma desigual, fazendo implodir uma das mais atenuantes expressões da questão social: a violência urbana. Com a chegada do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e tempos depois do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU’s), a contribuição desses espaços através dos serviços por eles disponibilizados para a comunidade, faz emergir nos moradores não só um sentimento de pertença, mas também o seu redescobrimento enquanto seres humanos e detentores de seus direitos. Aos poucos, estas instituições começaram a obter resultados positivos e os adolescentes e jovens que antes reuniam-se para “guerrear” entre si, passaram a agrupar-se em ensaios e encontros formativos, transformando um território de violência em um território de paz.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A Metamorfose metropolitana: desigualdade socioespacial e violência urbana em assentamentos precários ao longo de um dos eixos de expansão metropolitana, Belém- PA(Universidade Federal do Pará, 2020-03-30) VIEIRA, Denise Carla de Melo; RODRIGUES, Jovenildo Cardoso; http://lattes.cnpq.br/9028575905648156; https://orcid.org/0000-0002-5650-1168; CHAGAS, Clay Anderson Nunes; http://lattes.cnpq.br/3537327292901649As grandes metrópoles e cidades mundiais vêm passando por um acelerado processo de complexificação urbana, “fruto” de processos de urbanização capitalista, de reestruturação urbana, reestruturação de cidades, mundialização do capital, da “urbanização planetária” e da lógica global neoliberal e financeirizada. Tal cenário-processo entrelaça-se com “padrões e processos gerais que engendram as desigualdades geográficas do desenvolvimento capitalista”, cuja “essência”/natureza de tais dinâmicas e processos reverbera-se em desigualdade socioespacial e violência urbana, que aliás, encontra-se no próprio processo de urbanização capitalista. Pensando na escala da cidade de Belém, esse cenário apresenta-se como repetição em que os espaços, com urbanização do território, com a crescente expansão de “assentamentos precários”, como “expressão” da produção (desigual) do espaço urbano o qual vem apresentando uma metamorfose socioespacial na ultima década do processo de metropolização marcado pela consolidação e refuncionalização do espaço metropolitano. Face a tal configuração, buscamos analisar como vem se produzindo (e/ou se expandindo) processos de desigualdades socioespaciais e sua correlação com a violência urbana, em assentamentos precários em um dos eixos de expansão metropolitana de Belém, Pará, a partir de 2000. A pesquisa pauta-se no Materialismo Histórico (Geográfico) Dialético, que se baseia ou considera o tempo, espaço e ser social, a realidade objetiva em sua totalidade, como também considerando (nexos entre) conflitos e contradições; por fim, desvela a natureza e seus contornos históricos, suas conexões e relações, em uma espécie de movimento que nasce e corporifica-se em um espaço-tempo presente e de ações em espaço-tempo recente (integridade da relação entre o todo e a parte). Este estudo foi desenvolvido por meio de revisão teórica, pesquisa de campo, entrevistas e análise de dados secundários disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Belém (PMB), Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (SEGUP), Secretaria Adjunta de Informação e Análise Criminal (SIAC), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (CODEM), Companhia de Habitação do Estado do Pará (COHAB). Assim, constatamos que o crime de homicídio apresenta maior ocorrência nas áreas onde predomina os piores indicadores de infraestrutura, renda e saneamento os quais denominamos de indicadores de qualidade urbana (Ruim e Péssimo) essas áreas as definimos como saneamentos precários. Nesses assentamentos observa-se a materialização da violência urbana (a violência enquanto produto desigual da produção do espaço e a violência que se manifesta em sua forma mais perversa na qual resulta em homicídios) enquanto expressões da diferenciação e desigualdade socioespacial. Isso porque os assentamentos apresentar-se-iam como espaço que são produzidos de forma desigual, em que tais desigualdades podem ser verificadas em suas formas-conteúdos e usos/apropriações da cidade e do Bairro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O processo de periferização e violência urbana na baixada belenense: um estudo sobre os agentes territoriais e os homicídios no bairro da Terra Firme nos anos de 2011 a 2019(Universidade Federal do Pará, 2021-08-27) NASCIMENTO, Robson Patrick Brito do; CHAGAS, Clay Anderson Nunes; http://lattes.cnpq.br/3537327292901649O espaço urbano é compreendido como um mosaico de relações dialéticas entre a sociedade e espaço ao longo do tempo, em outras palavras, pode-se incorporar a cidade como um conjunto das relações humanas e históricas. O exemplo disso, são as cidades brasileiras que apresentaram uma urbanização tardia e como consequência trouxeram diversos problemas que se estendem até hoje, como é o caso da periferização que ocorre a partir da valorização de algumas áreas em detrimento de outras. A primeira tem destaque por sua visibilidade e concentração de recursos e capitais, logo a presença do Estado se torna mais efetiva, como ocorre nos centros urbanos ao contrário do que ocorre nas periferias urbanas da capital paraense que foram produzidos por grupos de baixa renda que foram marginalizados. Esses espaços passaram a ser autoconstruídos e ocupados de uma forma acelerada e não planejada pelo Estado. Nas periferias, como o bairro da Terra Firme, o poder público é ineficiente em relação às suas ações territoriais, esses espaços são condicionantes a novas territorialidades que visam estabelecer as suas ações, e por muitas vezes geram tensões e como consequência a violência. O objetivo da pesquisa busca compreender a dinâmica dos homicídios entre os anos de 2011 e 2019, e sua relação com as áreas precarizadas do Bairro da Terra Firme, bem como, com os atores territoriais envolvidos com as suas territorialidades. O método adotado foi o materialista histórico e dialético, que permitiu uma discussão sobre análises socioespaciais e as relações de poder no território. Utilizou-se a cartografia e ferramentas de geoprocessamento, vinculando aos dados de homicídios da SIAC, aos dados do IBGE e seus indicadores sociais. Os resultados apontaram que no bairro as territorialidades se manifestaram a partir das fissuras do poder institucional, dando espaço para o tráfico de drogas e as milícias. Suas ações resultam em diversas consequências dentre elas estão os conflitos, a defesa de seus recursos e interesses que podem resultar na prática da violência extrema. O bairro apresentou um elevado índice de homicídios superando as escalas nacionais e em alguns momentos se aproximando dos números Estaduais e Municipais, e por meio das pesquisas de campo e recortes de manchetes foi possível identificar as dinâmicas do território e relacionar com os registros da SIAC. A presente dissertação se divide em quatro capítulos, o primeiro traz uma abordagem metodológica, o segundo a discussão teórica, o terceiro as caracterizações e a periferização do bairro da Terra Firme e o último capítulo corresponde as análises dos homicídios e os agentes territoriais que se manifestam no bairro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A violência homicida no espaço urbano de Altamira: o fator Belo Monte e a cartografia dos homicídios(Universidade Federal do Pará, 2022-04-27) OLIVEIRA, Igor Renan Araujo; HERRERA, José Antônio; http://lattes.cnpq.br/3490178082968263; https://orcid.org/0000-0001-8249-5024Durante a construção e conclusão da UHE Belo Monte, no período dos anos de 2010 a 2020, a cidade de Altamira vivenciou um aumento exponencial dos índices relacionados a violência e a criminalidade, chegando a patamares alarmantes, fruto dos problemas decorrentes da obra na região. Esse aumento da violência e criminalidade se propagou com força em todos os sentidos no espaço urbano de Altamira, atingindo, sobretudo a população impactada diretamente pela obra e a juventude local. De todos os crimes que tiveram seu crescimento alavancado, o homicídio é o que mais chama a atenção nesse período, pois ele é a face mais dramática da violência urbana, percebe-se então que este tipo de crime, ganha forças de se reproduzir com mais intensidade, a partir do momento que a obra da UHE Belo Monte começa a ser construída. Assim, dos 11 municípios afetados pela construção da usina, a cidade de Altamira por ser o centro dessa região e concentrar os maiores números de serviços, foi a cidade mais impactada por Belo Monte. Desta forma, este presente trabalho nasce com o intuito de se lançar ao desafio de discutir e analisar mais profundamente os fenômenos de violência e criminalidade, usando Belo Monte como evento catalisador de velhos e novos problemas no espaço urbano, contribuindo assim na produção de conhecimento, aos estudos da violência e criminalidade neste município, a luz da Geografia, possibilitando uma compreensão do fenômeno, da sua dimensão, e intensidade. Baseado nessas premissas, o objetivo geral dessa dissertação, consiste em analisar e compreender a dinâmica espacial da violência e criminalidade em Altamira, quais as suas causas, e implicações no espaço urbano tendo como fator catalisador desses problemas a construção da UHE Belo Monte e a sua relação com os indicadores de violência.
