Navegando por Assunto "Variabilidade climática"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese Acesso aberto (Open Access) Influência das oscilações climáticas tropicais na evolução da linha de costa atlântica do Pará-Brasil(Universidade Federal do Pará, 2021-11-05) GUERREIRO, Juliana de Sá; SOUZA, Everaldo Barreiros de; http://lattes.cnpq.br/6257794694839685; https://orcid.org/0000-0001-6045-0984Compreender como a posição da linha da costa (LC) muda dinamicamente em resposta aos processos meteoceanográficos e à variabilidade climática é essencial para prever e mitigar o impacto de extremos futuros na Costa Atlântica do Pará (CAP). Esta tese objetivou fornecer a primeira avaliação quantitativa sobre a influência relativa dos Índices climáticos El Niño- Oscilação Sul (ENOS) e Modo Meridional do Atlântico (AMM) nos processos meteoceanográficos (clima de ondas, ventos e precipitação) e na morfodinâmica praial ao longo da CAP. Neste estudo, a altura significativa da onda (Hs), o período médio de onda (Tz), velocidade (Wspd) e direção (Wdir) dos ventos dos dados Era-Interim (1979-2017) em conjunto com dados in situ de ondas medidas em uma praia macromarés foram utilizados para definir o clima das ondas e sua variabilidade. A análise espectral foi utilizada para quantificar a energia de propagação das ondas em direção a LC. Os resultados indicam que na CAP existem 3 modos de variabilidade das ondas: 1) Ondas swell de Norte-Nordeste (N-NE) (banda de frequência – 0.04 – 0.14 Hz) durante a estação chuvosa; 2) Ondas formadas pela ação dos ventos (windsea) de Nordeste (NE) (banda de frequência 0.14 – 0.33 Hz); e 3) Ondas windsea de Este-Sudeste (ESE) (banda de frequência 0.14 – 0.33 Hz) cada uma com assinaturas de potência de onda distintas. O comportamento dos processos meteoceanográficos associados aos principais índices climáticos tropicais foi analisado através dos compostos, cujos resultados indicaram ondas mais energéticas, períodos mais longos, maior precipitação e ventos menos intensos durante as fases de La Niña e fase positiva do AMM. Ondas menos energéticas, períodos mais curtos, menor precipitação e ventos mais intensos foram observados durante o El Niño e fase negativa do AMM. Com o intuito de entender como as posições da LC (delineadas através de uma abordagem espectral pelo Índice Modificado de Água por Diferença Normalizada) na CAP respondem à variabilidade do clima e aos processos meteoceanográficos, foram realizadas correlações entre os índices climáticos e as distâncias de mudança da LC. Os valores da correlação cruzada entre os índices climáticos e LC indicam que há forçamento climático significativo, pois mostraram que os efeitos do ENOS e do AMM foram encontrados no Oceano Atlântico Tropical após 3-12 meses. Portanto, as mudanças nas linhas de costa se associam às variações periódicas da forçante atmosférica como os índices climáticos que modulam a posição da ZCIT alterando os padrões sazonais nos regimes meteoceanográficos e seus efeitos nos processos de transporte de sedimentos.
