Navegando por Assunto "Vegetable extraction"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) "É sempre bom ter nosso dinheiro": sobre a mulher e o extrativismo da mangaba(Universidade Federal do Pará, 2011) FERNANDES, Thiara; MOTA, Dalva Maria da; http://lattes.cnpq.br/4129724001987611Analisa-se nesta pesquisa a autonomia da mulher no extrativismo da mangaba em regime de trabalho familiar, através do estudo de suas atividades no cotidiano do trabalho extrativista e do uso dos recursos daí advindos. Para tanto, realizei um estudo de caso no Litoral Norte do Brasil, Microrregião do Salgado Paraense no município de Maracanã, comunidade Espírito Santo. As pesquisas acadêmicas apontam que na agricultura familiar o trabalho da mulher é, muitas vezes, subordinado ao do homem, e entendido como ―ajuda‖ mesmo quando elas investem igual ou maior dedicação e obtêm os mesmos resultados no trabalho. Diferentemente, as pesquisas sobre o trabalho da mulher no extrativismo sugerem que elas desenvolvem este trabalho com autonomia, principalmente as catadoras de mangaba, as quebradeiras de coco babaçu e as seringueiras. O estudo de caso foi realizado na comunidade com 15 famílias através de observação direta, entrevista estruturada e semi estruturada. Dois aspectos foram analisados: i) A organização do trabalho produtivo e doméstico da mulher e ii) O acesso e usufruto da renda gerada pelo seu trabalho. As principais conclusões mostraram que em relação ao trabalho, os diferentes arranjos familiares sempre estão associados à manutenção do funcionamento da estrutura doméstica. Sobre os recursos gerados, a safra da mangaba é o único período do ano em que as mulheres extrativistas conseguem reservar uma pequena ―poupança‖ que é usada regradamente no decorrer do ano, para possíveis eventualidades como doença na família e aquisição de bens de consumo. Além disso, usam o recurso na compra de insumo para a criação de animais. Nesse sentido, o extrativismo da mangaba que é uma atividade sazonal subsidia a existência de atividades contínuas. Em se tratando da autonomia, 66% das mulheres que praticam o extrativismo da mangaba, afirmam ter autonomia tanto no trabalho como no uso da renda. Em 33% dos casos, elas se dizem subordinadas ao homem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Valorização de produtos florestais não madeireiros: o manejo de bacurizeiros (Platonia insignis Mart.) nativos das mesorregiões nordeste paraense e do Marajó(Universidade Federal do Pará, 2008-06-13) MATOS, Grimoaldo Bandeira de; HOMMA, Alfredo Kingo Oyama; http://lattes.cnpq.br/1026511676619526Esta pesquisa descreve a inserção do extrativismo do bacuri no conjunto das atividades da agricultura familiar nos municípios selecionados das Mesorregiões do Nordeste Paraense e do Marajó, tendo em vista seu potencial de crescimento como produto para agroindústria e a recuperação de áreas degradadas na Amazônia Oriental. Foram identificados os sistemas de manejo e descritas as práticas adotadas pelos agricultores. O estudo realizado faz parte do Projeto Bacuri da Embrapa Amazônia Oriental, financiado pelo Fundo Estadual de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnologia (Funtec), da extinta Secretaria Especial de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará (Sectam), do Banco da Amazônia e do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7). A metodologia utilizada neste estudo envolveu entrevista com 108 agricultores com a aplicação de um questionário, entrevistas com as pessoas envolvidas no processo de comercialização, líderes de comunidades e a observação direta das áreas de ocorrência. No questionário, as perguntas estavam voltadas para a identificação da composição da família, do uso da terra, das características dos bacurizeiros e da tipologia e das atividades dos agricultores. Com relação ao manejo de bacurizeiros nativos, foram descritas as técnicas de manejo adotadas, época de floração, agentes de polinização, produtividade, tipos, tamanho e durabilidade dos frutos, coleta, transporte e comercialização dos frutos e da polpa, alocação de mão-de-obra na catação dos frutos, beneficiamento e rendimento da polpa. Verificou-se que, mesmo na ausência de resultados de pesquisa sobre manejo de bacurizeiros, os produtores tendem a desenvolver soluções tecnológicas para alcançar os objetivos imaginados. O manejo constitui uma fase intermediária entre o extrativismo puro para o plantio racional. O crescimento do mercado de frutos de bacuri vem exercendo uma influência na conservação dos bacurizeiros e no desenvolvimento de técnicas de manejo visando o aumento da produção. Identificou-se, também, nove tipos de manejo adotados pelos agricultores familiares entrevistados. Esperase, com a adoção de sistemas de manejo mais eficientes, aumentar a produtividade de bacurizeiros nativos, que varia de 0,5 a l,5 planta/hectare para 100 plantas/hectare, com espaçamento adequado de 10m x 10m; aumentar a produtividade da terra e da mão-de-obra, permitindo colher maior quantidade de frutos em menos tempo, assim representando uma alternativa para a recuperação de áreas degradadas de capoeira; bem como propiciar a geração de renda e emprego para os agricultores familiares das Mesorregiões do Nordeste Paraense e do Marajó, com apoio das linhas de crédito disponíveis.
