Tecnologia e interações na Amazônia paraense: um estudo com jovens da ilha de Murutucu – Belém/PA

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2016-02-29

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Universidade Federal do Pará

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IGREJA, Monique Feio. Tecnologia e interações na Amazônia paraense: um estudo com jovens da ilha de Murutucu – Belém/PA. 2016. 170 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2016. Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia. Disponível em: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9370>. Acesso em:.

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A presente pesquisa objetiva analisar as formas que se estabelecem as interações mediadas pelo smartphone entre jovens moradores da ilha de Murutucu, localizada no município de Belém, estado do Pará, que vivem em uma realidade marcada pela transição entre urbano e rural na Amazônia paraense. Na escuta dos jovens, realizamos uma pesquisa qualitativa, composta por observação direta participante, entrevistas e questionários semiestruturados, envolvendo questões relativas às interações (GOFFMAN, 2012), contempladas em três níveis analíticos: socioculturais, espaço-temporais e tecnológicas. A rotina dos componentes deste estudo se desdobra entre Murutucu e Belém, para onde precisam se deslocar cotidianamente com o objetivo de estudar, adquirindo, assim, diferentes percepções espaço-temporais e novas formas de sociabilidades (SIMMEL, 2006). Nesse sentido, os jovens estão inseridos no contexto das novas ruralidades (CARNEIRO, 2012), entendidas a partir da junção entre elementos presentes na cultura local e a incorporação de novos hábitos e técnicas. Murutucu tem dinâmicas particulares em seu contexto: é entrecortada pelos chamados furos, não conta com ruas que conectem suas residências, nem possui espaços institucionalizados de lazer que integrem os jovens locais. Dessa forma, o acesso à Internet, facilitado com o uso dos smartphones, adquire um papel fundamental nas interações tecidas pela população juvenil, pois este dispositivo permite uma mobilidade informacional que não é limitada pela mobilidade física. O smartphone, com sua característica ubíqua, portátil e móvel, insere os jovens de Murutucu em uma mobilidade ampliada e é entendido como uma forma de midiatização, que configura usos diversificados. Porém, a utilização de aparatos tecnológicos e a consequente ampliação de formas de interação não implicaram na perda de vínculo dos jovens com o espaço habitado. A ilha lócus desta pesquisa é considerada como detentora de elementos essenciais ao modo de vida dos jovens, tais como a segurança, a tranquilidade e o silêncio, que revelam sentidos de intenso pertencimento ao local de origem. Para os sujeitos que compõem este estudo, a tecnologia é tida como uma verdadeira redentora, que traz a salvação da manutenção de suas relações interpessoais, mas não é utilizada para reverberar as problemáticas existentes em Murutucu, que não tem acesso a serviços que satisfaçam as necessidades humanas básicas, como educação, saúde, sistema hídrico e de saneamento. O smartphone é relacionado pelos entrevistados como um meio de comunicação e transpõe as limitações físicas presentes no território da ilha. Dessa forma, a juventude costuma interagir amplamente no ambiente virtual.

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IGREJA, Monique Feio. Tecnologia e interações na Amazônia paraense: um estudo com jovens da ilha de Murutucu – Belém/PA. 2016. 170 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2016. Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia. Disponível em: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9370>. Acesso em:.