O Depósito Aurífero Piaba no fragmento ratônico São Luis (NW-Maranhão): petrografia das rochas hospedeiras e fluidos mineralizadores

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2012-08-29

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

item.page.theme

Editora(s)

Universidade Federal do Pará

Tipo de acesso

Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilaccess-logo

Contido em

Citação

FREITAS, Saney Cecílio Ferreira de. O Depósito Aurífero Piaba no fragmento ratônico São Luis (NW-Maranhão): petrografia das rochas hospedeiras e fluidos mineralizadores. Orientador: Evandro Luiz Klein. 2012. 70 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14799. Acesso em:.

DOI

O depósito aurífero Piaba tornou-se, em 2010, a primeira mina em operação no Fragmento Cratônico São Luís, noroeste do Maranhão. Seu ambiente geológico compreende rochas metavulcanossedimentares do Grupo Aurizona e granitoides da Suíte Tromaí, entre outras unidades menores, formadas em ambiente orogênico, de arcos de ilhas entre 2240 e 2056 Ma. A mineralização em Piaba se hospedou em um granodiorito granofírico fino (Granófiro Piaba) e em rocha subvulcânica andesítica do Grupo Aurizona. Os corpos de minério estão encaixados na falha Piaba de orientação ENE-WSW rúptil-dúctil e consistem em uma trama stockwork de veios e vênulas de quartzo com seus halos de alteração hidrotermal. O estudo petrográfico realizado em amostras obtidas em testemunhos de sondagem na zona mineralizada mostrou que as rochas hospedeiras do minério foram afetadas por intensa alteração hidrotermal, que provocou a transformação quase que por completo dessas rochas. Os produtos dessas modificações são minerais micáceos formados durante a sericitização e cloritização do granodiorito granofírico e da rocha andesítica, as quais ocorreram de forma pervasiva e fissural. Além disso, carbonatação, silicificação e sulfetação ocorreram em consequência da percolação de fluidos em condutos (fratura e falhas) ao longo da falha Piaba, formando as venulações. Esses últimos tipos aparentam estar associados com a precipitação do ouro. Estudos petrográficos, microtermométricos e por espectroscopia microRaman em grãos de quartzo das vênulas de uma zona stockwork definiram inclusões aquo-carbônicas bifásicas e trifásicas, produzidas por aprisionamento heterogêneo durante separação de fases, e fluidos aquosos tardios. O fluido aquo-carbônico, responsável pela mineralização, é composto por CO2 (5 – 24 mol %, densidade de 0,96-0,99 g/cm3), H2O (74 – 93 mol%), N2 (≤1 mol%), CH4 (≤1mol%) e 5,5% em peso equivalente de NaCl. O minério depositou a 267-302ºC e 1,25-2,08 kbar, correspondendo a profundidades de 4 a 7 km. A composição e intervalo de P-T de atuação do fluido mineralizador, combinadas com o caráter redutor (log ƒO2 -31,3 a -34,3) e a sulfetação das rochas hospedeiras, sugerem que o ouro foi transportado como um complexo sulfetado e que foi depositado em consequência da separação de fases, redução da atividade de enxofre e da ƒO2 por interação fluido-rocha. Essas condições são consistentes com a formação do depósito em regime rúptil, portando em condições mesozonais a epizonais. Por comparação com outras ocorrências auríferas similares já estudadas na região, as características geológicas e do fluido permitem atribuir a classe de depósitos de ouro orogênico para Piaba.

Agência de Fomento

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

browse.metadata.ispartofseries

item.page.isbn

Fonte

1 CD-ROM

item.page.dc.location.country

Citação

FREITAS, Saney Cecílio Ferreira de. O Depósito Aurífero Piaba no fragmento ratônico São Luis (NW-Maranhão): petrografia das rochas hospedeiras e fluidos mineralizadores. Orientador: Evandro Luiz Klein. 2012. 70 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14799. Acesso em:.