Acidente vascular encefálico isquêmico na exposição crônica ao etanol: estudo pré-clínico da comorbidade e da resposta a minociclina

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2015-02-27

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Universidade Federal do Pará

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FONTES JÚNIOR, Enéas de Andrade. Acidente vascular encefálico isquêmico na exposição crônica ao etanol: estudo pré-clínico da comorbidade e da resposta a minociclina. 2015. 99 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.

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O acidente vascular encefálico (AVE) é a segunda maior causa de morte no mundo e a principal no Brasil, sendo que 87% dos AVE ocorrem por processos isquêmicos (AVEI). O consumo crônico de etanol, que se inicia geralmente na adolescência, é reconhecido como um fator de risco independente para a elevação da morbidade e mortalidade por AVEI. Apesar de que casos que combinem as duas patologias sejam relativamente frequentes, não há dados disponíveis em modelos animais ou clínicos que demonstrem a qualidade ou mecanismos de interação entre as duas morbidades, e tão pouco suas consequências sobre a intervenção terapêutica. Considerando então os recentes estudos que propõem a minociclina como nova ferramenta terapêutica para o tratamento do AVEI, este estudo teve por objetivo investigar a interação entre a Intoxicação Alcoólica Crônica (IAC) iniciada na adolescência e o AVEI em córtex motor na fase adulta em ratos, e os efeitos do tratamento com minociclina sobre esta interação, usando parâmetros comportamentais, celulares e moleculares. Ratas Wistar (de 35 dias de idade) foram expostas cronicamente a etanol (6,5 g/kg/dia, 22,5% m/v) ou água por 55 dias. Um dia após o fim da IAC, foi induzida isquemia focal no córtex motor com endotelina- 1 (ET-1), seguindo-se sete dias de tratamento com minociclina ou salina. Ao final deste período os animais foram testados em modelos de campo aberto e rota rod. A seguir, os animais foram sacrificados e o córtex dissecado para avaliação dos níveis de nitritos e de peroxidação lipídica. De cada grupo, alguns animais foram perfundidos e o córtex motor submetidos à analise histológica, para avaliação do dano, e histopatológica, para a morte neuronal (anti-NeuN), ativação microglial/macrófagica (Anti-ED1) e astrocitária (anti-GFAP). A intoxicação por etanol a partir da puberdade até a idade adulta potencializou os danos causados pela isquemia, causando grandes perdas na capacidade de iniciar e gerir os movimentos, bem como na coordenação e força motora em comparação aos animais isquêmicos pré-tratados com água. Estas manifestações foram acompanhadas de aumento da perda neuronal, redução do número de células ED1+ e GFAP+ e maiores níveis de nitritos e peroxidação lipídica. O tratamento com minociclina foi eficiente em prevenir/reverter as perdas motoras e danos teciduais induzidos pela isquemia focal, inibindo também a elevação dos marcadores de estresse oxidativo. A IAC tanto isoladamente como sucedida pela isquemia focal, modificaram o desfecho do tratamento com minociclina. Os nossos resultados indicam que a intoxicação com álcool durante a adolescência agrava o déficit motor e danos no tecido em animais sujeitos a isquemia focal no córtex motor. Este processo parece estar associado com a ativação microglial/ astrocitária, mas principalmente com o estresse oxidativo. Mostra ainda que o histórico prévio de IAC iniciado na adolescência interfere significativamente no tratamento da isquemia cerebral com minociclina.

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FONTES JÚNIOR, Enéas de Andrade. Acidente vascular encefálico isquêmico na exposição crônica ao etanol: estudo pré-clínico da comorbidade e da resposta a minociclina. 2015. 99 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.