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Análise de parâmetros de exposição mercurial, suscetibilidade genética e intoxicação em populações ribeirinhas do Tapajós e Tucuruí

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30-08-2016

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ARRIFANO, Gabriela de Paula Fonseca. Análise de parâmetros de exposição mercurial, suscetibilidade genética e intoxicação em populações ribeirinhas do Tapajós e Tucuruí. 2016. 91 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2016. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.

DOI

O mercúrio é um metal pesado responsável por episódios de intoxicação em todo o mundo. Sua forma mais tóxica é o metilmercúrio que possui afinidade pelo Sistema Nervoso Central, apresentando reconhecida neurotoxicidade. Algumas regiões da Amazônia são bem caracterizadas por exposição mercurial em humanos, como a região do Tapajós, devido à atividade garimpeira local, por exemplo. Contudo, outras, como Tucuruí, permanecem praticamente não estudadas, com apenas um estudo em humanos até o momento. Na Amazônia, existe um grande número de estudos sobre exposição, porém, os estudos sobre a intoxicação e suscetibilidade são bem menos numerosos nas populações amazônicas, e até hoje não existe nenhum estudo que analise simultaneamente os três fatores. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a exposição (conteúdo do agente tóxico no corpo através do nível de mercúrio em amostras de cabelo), a suscetibilidade individual (predisposição que cada indivíduo tem a sofrer um maior ou menor dano com a mesma quantidade de exposição, através da genotipagem da apolipoproteina E) e a intoxicação (quantificação da extensão do dano já provocado usando como biomarcadores a S100B e a NSE) em populações ribeirinhas amazônicas. Foram estudados 388 indivíduos, selecionados após critérios de inclusão e exclusão. Os genótipos da apolipoproteina E mais frequentes foi ɛ3/ɛ3, seguido pelo ɛ3/ɛ4. As frequências alélicas foram de 0,043:0,784:0,173 para ε2:ɛ3:ɛ4, respectivamente. A mediana do nível de mercúrio total no cabelo foi 4,2 μg/g (1,9- 10,2). Uma percentagem significativa de participantes (24,8%) apresentaram níveis de mercúrio total acima de 10 μg/g, limite preconizado pela OMS, e 12,8% dos participantes mostraram um conteúdo total em mercúrio maior ou igual a 20 μg/g. Os níveis de Tucuruí foram muito maiores do que os níveis no Tapajós (área reconhecida pela presença de garimpos). Foram identificados 29% de indivíduos portadores de ApoE4 (considerados de risco) e 8 indivíduos em risco máximo (portadores de ApoE4 e com mercúrio acima do limite de 10 μg/g). Ainda, houve diferença significativa nos níveis de RNAm da proteína S100B entre os grupos expostos a níveis altos e baixos de mercúrio. Pela primeira vez, foram estudados simultaneamente marcadores das três esferas de influência em toxicologia humana (exposição, suscetibilidade e intoxicação). Nossos dados apoiam já o uso em conjunto desses marcadores para um monitoramento adequado das populações amazônicas, que assistirá o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tomada de decisões governamentais frente ao problema do impacto causado pelo mercúrio na Amazônia.

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Brasil

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Universidade Federal do Pará

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