Isolamento e cultivo in vitro do agente etiológico da Doença de Jorge Lobo: morfologia, fisiologia e genoma de Candida loboi sp. nov

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2015-12-18

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Universidade Federal do Pará

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COSTA, Patricia Fagundes da. Isolamento e cultivo in vitro do agente etiológico da Doença de Jorge Lobo: morfologia, fisiologia e genoma de Candida loboi sp. nov. 2015. 115 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.

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A Doença de Jorge Lobo é uma infecção crônica, granulomatosa, que se desenvolve após a implantação traumática do fungo na pele. Manifesta-se com lesões nodulares, verrucosas e/ou queloidiformes, localizadas principalmente nos membros inferiores e pavilhões auriculares. Doença prevalente na região Amazônica e, atualmente considerada como emergente, com casos novos em outros continentes em humanos e golfinhos. Pouco se conhece sobre o agente etiológico da doença de Jorge Lobo, principalmente pela impossibilidade do cultivo in vitro, dificultando a caracterização correta do agente. Este trabalho teve como objetivo isolar, cultivar e caracterizar cepas do agente etiológico da doença de Jorge Lobo provenientes de pacientes atendidos na Unidade de Referência em Dermatologia Sanitária do Estado do Pará Dr. Marcello Candia, Marituba no estado do Pará. Durante alguns anos foram acompanhados 23 pacientes, a maioria lavradores do sexo masculino, entre 14 e 80 anos de idade, com material biológico coletado por raspado dérmico e biópsia, para confirmação do diagnóstico pelo exame micológico direto e histopatologia, com posterior tratamento. O material biológico coletado foi processado para o isolamento, com a obtenção de células leveduriformes características do agente etiológico da doença de Jorge Lobo após 7 a 14 dias em meio RPMI com a enzima dispase II. Depois de 2 a 6 meses em RPMI (5% CO2, 37ºC) observamos a fragmentação das células-mãe provenientes das lesões e a presença de células leveduriformes, variando de 1 a 7 μm de diâmetro. A partir deste momento, foi possível manter as cepas do agente etiológico da doença de Jorge Lobo em meio líquido RPMI ou em ágar Sabouraud-dextrose à temperatura ambiente, onde formaram colônias pastosas, branco-acastanhadas, cerebriformes, por vezes lanuginosas. Células destas cepas foram analisadas por diferentes técnicas de microscopia óptica e eletrônica, bioquímicas e genéticas, culminando com a descrição do genoma da cepa de um paciente, logo após o isolamento enzimático e antes da diferenciação em cultura, definindo aseguinte identificação taxonômica:Eukaryota; Fungi; Dikarya; Ascomycota; Saccharomycotina; Saccharomycetes; Saccharomycetales; Debaryomycetaceae; Candida/Lodderomyces clade; Candida; Candida sp. LDI48194. A apresentação de características clínicas peculiares, associada a aspectos morfológicos únicos, propriedades fisiológicas e genéticas, que não permitem a definição de uma espécie já identificada, indicam que o agente da doença de Jorge Lobo é, na realidade, uma nova espécie, para a qual propomos a nomenclatura de Candida loboi.

Agência de Fomento

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, FAPESPA - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas, FADESP - Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa

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COSTA, Patricia Fagundes da. Isolamento e cultivo in vitro do agente etiológico da Doença de Jorge Lobo: morfologia, fisiologia e genoma de Candida loboi sp. nov. 2015. 115 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.