Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.

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2020-08-14

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Editora(s)

Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Acesso Aberto
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RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato. Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará. Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira. 2020. 102 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860. Acesso em:.

DOI

Na Amazônia, a historiografia produzida pontua decisivos momentos de rupturas e engendramento de novas relações entre a sociedade e o meio ambiente na região. Dos naturalistas aos Projetos de Assentamento Agroextrativista, a população vem vivenciando ciclos de desenvolvimento, os quais, em certas situações, têm alterado o ambiente. O estudo objetivou avaliar as transformações ambientais e os níveis de resiliência e de sustentabilidade socioambientais na região do Baixo Tocantins, Pará. Os procedimentos metodológicos incluíram análise documental em leis e registros históricos, artigos científicos; e expedições de campo com aplicação de técnicas etnográficas (observação participante, entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos). Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram lideranças comunitárias e os ribeirinhos residentes na área demarcada pelo PAE São João Batista, em Abaetetuba, os quais foram selecionados por amostragem probabilística do tipo aleatória simples, totalizando 141 ribeirinhos entrevistados. Na abordagem da resiliência materializou-se o ciclo adaptativo como um dos pontos referenciais e para a investigação da sustentabilidade foi calculado a condição de sustentabilidade a partir da percepção dos ribeirinhos sobre as condições sociais, econômicos e ambientais vivenciadas no assentamento. As descrições dos naturalistas sobre o Baixo Tocantins são pontilhadas das múltiplas belezas desta região, a grandeza do rio, a sublimidade de suas florestas e numerosos produtos, como a cana-de-açúcar e o açaí. A transição do sistema econômico Cana-Açaí no PAE São João Batista efetivou a capacidade dos ribeirinhos de experimentar mudanças e criar condições para se reorganizar enquanto assentamento, de forma que o crescimento do mercado do fruto de açaí marca o ponto de resiliência da comunidade. Por outro lado, as percepções dos moradores acerca das mudanças no ambiente, a partir da implementação do PAE e posterior intensificação do cultivo do açaí, indicam limitações relacionadas a alterações na fauna (5,7%) e no clima (39,9%), assoreamento (1,3%), desmatamento (5,1%), erosão (4,4%), poluição do rio (8,2%), queimadas (0,6%) e resíduos sólidos (34,8%). Segundo os comunitários, o assentamento apresenta um nível de sustentabilidade comunitária muito baixa. As dificuldades relatadas por eles refletem as contradições e desafios já apontados para a região amazônica, evidenciando que a sustentabilidade dos sistemas socioecológicos é mais dependente de variáveis externas aos sistemas produtivos locais do que aparentaria ser numa primeira abordagem. Os assentados vivem numa dinâmica de construção e reconstrução, pois não estão isolados a ponto de não serem atingidas pela lógica capitalista e colocam-se em conflito com seu modo de vida tradicional.

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1 CD-ROM

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RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato. Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará. Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira. 2020. 102 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860. Acesso em:.