Indicadores de sustentabilidade do solo em sistemas alternativos ao uso do fogo, baseados nos princípios da agroecologia, desenvolvidos por agricultores familiares na região da Rodovia Transamazônica - Oeste do Pará

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2005-08-25

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Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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SERRA, Anderson Borges. Indicadores de sustentabilidade do solo em sistemas alternativos ao uso do fogo, baseados nos princípios da agroecologia, desenvolvidos por agricultores familiares na região da Rodovia Transamazônica - Oeste do Pará. Orientadora: Tatiana Deane de Abreu Sá. 2005. 84 f. Dissertação (Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável) - Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar, Universidade Federal do Pará, Belém, 2005. Disponível em: . Acesso em:.

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A agricultura é uma atividade antrópica essencial para toda e qualquer sociedade, independente do nível de desenvolvimento. A grande questão contemporânea é saber como mantê-la produtiva sem afetar drasticamente os diferentes ecossistemas terrestres. O solo pode ser considerado a base de sustentação dos sistemas agrícolas. Assim, perdas nas propriedades, que reduzam a capacidade de sustentar o crescimento vegetal ou que impliquem riscos ambientais, causam impacto negativo de grande significação para as comunidades rurais, com repercussões no meio urbano. Entre os fatores que tomam o solo insustentável em termos produtivos e ambientais, está o uso do fogo como forma de limpeza das áreas para a implantação de cultivos agrícolas. O fogo, uma das mais antigas tecnologias incorporadas aos sistemas de produção, é utilizado até os dias atuais, por facilitar a limpeza da área e por tomar os nutrientes da vegetação prontamente disponíveis para a fase de cultivo, através das cinzas. Apesar disso, constitui grande problema devido aos seus efeitos negativos. Foi dentro desse contexto, que um grupo de agricultores familiares, sob articulação de uma organização regional, a Fundação Viver, Produzir e Preservar, resolveu iniciar uma experiência objetivando testar práticas de implantação de sistema agrícolas sem o uso fogo, pretendendo manter a fertilidade do solo. Esses sistemas alternativos, que se convencionou chamar de "Roça Sem Queimar", são caracterizados pela implantação de Sistemas Agroflorestais baseados nos princípios da agroecologia. O presente estudo busca entender de que forma esses "sistemas de roça sem queima", podem influenciar na manutenção da sustentabilidade do solo, perpetuamente sua capacidade de colheita e renovação da biomassa dos sistemas. Para tanto, foram estudados como indicadores de sustentabilidade do solo alguns atributos ligados à Matéria Orgânica e a Biomassa Microbiana do solo, por haver uma crescente percepção de considerá-los indicadores de sustentabilidade. Foram feitas coletas de solo nos municípios de Medicilândia e Uruará, no final do período seco, janeiro de 2005, nas profundidades 0-5, 5-10, 10-20 e 20-30. Os sistemas escolhidos para serem acompanhados tinham como componente principal o cacau, por ser uma cultura importante economicamente na região Transamazônica e Xingu. Os resultados mostraram que o estoque de serrapilheira no solo, a biomassa microbiana de carbono, os teores de carbono orgânico e nitrogênio total, a respiração basal e os índices derivados (relação carbono orgânico / nitrogênio total, relação carbono microbiano / carbono orgânico e quociente metabólico dores estudados mostraram-se indicadores sensíveis às alterações ocorridas no solo nos manejos estudados. Os dados permitem dizer que os agroecossistemas de "roça sem queimar", são capazes de estocar grandes quantidades de material orgânico, com tendência para estoque de carbono e manutenção da fertilidade do solo, tomando-se, portanto, uma prática agrícola promissora para o desenvolvimento da agricultura familiar em bases sustentáveis

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CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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SERRA, Anderson Borges. Indicadores de sustentabilidade do solo em sistemas alternativos ao uso do fogo, baseados nos princípios da agroecologia, desenvolvidos por agricultores familiares na região da Rodovia Transamazônica - Oeste do Pará. Orientadora: Tatiana Deane de Abreu Sá. 2005. 84 f. Dissertação (Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável) - Núcleo de Estudos Integrados sobre Agricultura Familiar, Universidade Federal do Pará, Belém, 2005. Disponível em: . Acesso em:.