Paleoambiente e icnofósseis do arenito guamá (Siluriano), regiões de São Miguel do Guamá e Irituia, estado do Pará.

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2019-07-08

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

item.page.theme

Editora(s)

Universidade Federal do Pará

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Contido em

Citação

MARTINS, Taynara Cristina Matos. Paleoambiente e icnofósseis do arenito guamá (Siluriano), regiões de São Miguel do Guamá e Irituia, estado do Pará. Orientador: Joelson Lima Soares. 2019. 38 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11734. Acesso em: .

DOI

O Arenito Guamá é uma unidade sedimentar que ocorre de forma muito restrita na Plataforma Bragantina, principalmente nas regiões de São Miguel do Guamá e Irituia no nordeste do estado do Pará e que ainda carece de um melhor detalhamento geológico. É caracterizado por espessas camadas de quartzo-arenito com granulometria média, bem arredondados, bem selecionada e alto grau de maturidade textural e composicional. Devido suas características petrográficas, faciológicas e seu conteúdo icnológico serem semelhantes aos dos arenitos quartzosos da Formação Nhamundá (Bacia do Amazonas), tem-se sugerido uma idade siluriana para o Arenito Guamá. Em geral as camadas de quartzo-arenitos apresentam aspecto maciço e poucas estruturas sedimentares primárias preservadas (e.x. estratificação cruzada acanalada, estratificação plano-paralela e laminação ondulada e planar). A associação de fácies indica que os depósitos estudados se formaram em uma região costeira arenosa que abrangia as zonas de foreshore e shoreface. No Arenito Guamá foram identificados as icnoespécies Skolithos linearis, Psammichnites isp., cf. Schaubcylindrichnus coronus, tubo vertical simples indeterminado e Lingulichnus verticalis que comumente compõem uma mistura das icnofácies Cruziana e Skolithos. Mudanças periódicas de energia e na taxa de sedimentação no ambiente deposicional são sugeridas pela distribuição regular entre Skolithos e Psammichnites nas camadas de arenito. Skolithos ocorrem em camadas geralmente maciças e podem alcançar 1 metro de comprimento indicando condições de alta energia e/ou altas taxas de sedimentação. Enquanto que Psammichnites ocorrem no topo destas camadas e sugerem energia menor e/ou baixa taxa de sedimentação. Os Skolithos exibem índice de bioturbação (ii) que varia entre 2 e 3 (5-40%). Os Psammichnites exibem ii entre 4 e 5, que indicam um retrabalhamento do substrato por organismos escavadores entre 40-100%. A baixa icnodiversidade e alta abundância de icnofósseis sugerem condições estressantes durante o período deposicional. A mistura das icnofácies Skolithos-Cruziana é comumente associada a ambientes marinhos costeiros de águas salobras. A razão para condições de estresse ambiental relacionado à presença de águas salobras poderia ser o influxo de águas de degelo em ambientes periglaciais. A possível correlação do Arenito Guamá com os depósitos silurianos da Formação Nhamundá suporta esta ideia, pois esta unidade exibe depósitos glaciais, pós-glaciais e costeiros que registram a glaciação siluriana do Gondwana. Dessa forma, pode-se argumentar que o Arenito Guamá é o registro de depósitos costeiros arenosos influenciados pelas glaciações que afetaram a região Amazônica durante o Siluriano Inferior.

Agência de Fomento

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

browse.metadata.ispartofseries

item.page.isbn

Fonte

1 CD-ROM

item.page.dc.location.country

Citação

MARTINS, Taynara Cristina Matos. Paleoambiente e icnofósseis do arenito guamá (Siluriano), regiões de São Miguel do Guamá e Irituia, estado do Pará. Orientador: Joelson Lima Soares. 2019. 38 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11734. Acesso em: .