A resposta dos manguezais de um estuário do sul da Bahia sob influência das mudanças do clima, flutuações do nível do mar e dinâmica dos canais durante o Holoceno

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2017-06-09

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OLIVEIRA, Nêdra Nunes. A resposta dos manguezais de um estuário do sul da Bahia sob influência das mudanças do clima, flutuações do nível do mar e dinâmica dos canais durante o Holoceno. Orientador: Marcelo Cancela Lisboa Cohen. 2017. 69 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10736. Acesso em:.

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O presente trabalho integra dados palinológicos, sedimentológicos, geomorfológicos e datações por Carbono-14, bem como valores de δ13C, δ15N e C/N da matéria orgânica sedimentar obtidos a partir de um testemunho amostrado ~8 km da atual linha de costa, no vale do Rio Jucuruçu, próximo a cidade de Prado, litoral sul da Bahia. Com base nesses dados e outros preliminarmente publicados foi possível detalhar os efeitos das mudanças climáticas e Nível Relativo do Mar (NRM) nos manguezais desse rio durante o Holoceno. Duas fases foram identificadas ao longo do testemunho estudado e correlacionadas com outros dois testemunhos: A primeira fase, compreendida no Holoceno médio (7200 - <6950 anos cal AP), se desenvolveu em uma planície de maré, colonizada por manguezais com uma transição de matéria orgânica de origem de plantas terrestre C3 na base para matéria orgânica marinha no topo desta fase. A segunda fase é marcada pelo desenvolvimento de uma planície fluvial, com expansão da vegetação herbácea e samambaias em detrimento dos manguezais. A matéria orgânica sedimentar nessa fase tende para uma origem fluvial. A integração dos dados paleoambientais revela uma significativa subida no NRM que causou uma incursão marinha no interior do vale desse rio e permitiu o estabelecimento de manguezais sob uma forte influência estuarina até aproximadamente 23 km a montante do Rio Jucuruçu durante o Holoceno médio. A descida do NRM no Holoceno médio e tardio causou uma gradual substituição dos manguezais por vegetação amplamente dominada por ervas e samambaias, assim como uma predominância de plâncton de água doce à montante do rio, enquanto os manguezais e as algas adaptadas às condições marinhas se refugiaram na foz do Rio Jucuruçu. Tal padrão de migração dos manguezais foi provavelmente favorecido por uma diminuição da descarga fluvial durante o Holoceno inicial e médio e pelo seu aumento no Holoceno tardio. Deve ser destacado que durante os últimos mil anos a distribuição dos manguezais no local de estudo foi controlada pela dinâmica natural dos canais de maré. Portanto, nesse estudo foi possível identificar e descrever os efeitos de processos alogênicos (causados por mudanças no clima e nível do mar) e autogênicos (regulados por exemplo pela dinâmica dos canais).

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OLIVEIRA, Nêdra Nunes. A resposta dos manguezais de um estuário do sul da Bahia sob influência das mudanças do clima, flutuações do nível do mar e dinâmica dos canais durante o Holoceno. Orientador: Marcelo Cancela Lisboa Cohen. 2017. 69 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10736. Acesso em:.