Petrografia, análise deformacional e geocronologia (U-Pb) dos Gnaisses do terreno Paraguá: provável arco vulcânico Orosiriano – SW do Cráton Amazônico.

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2015-04-16

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Universidade Federal do Pará

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FARIA, Débora Almeida. Petrografia, análise deformacional e geocronologia (U-Pb) dos Gnaisses do terreno Paraguá: provável arco vulcânico Orosiriano – SW do Cráton Amazônico. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2015. 94 f. Tese (Doutorado em Geoquímica e Petrologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14601. Acesso em:.

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A porção sudoeste do cráton Amazônico é constituída por um amálgamado de terrenos alóctones (Rio Alegre, Jauru, Nova Brasilândia, Paraguá, Alto Guaporé) justapostos ao longo de um largo lapso de tempo que se encerra com a construção do Supercontinente Rodínia. O Terreno Paraguá, conforme definições anteriores corresponde a um fragmento continental paleoproterozoico adicionado à margem do proto-cráton Amazônico durante a Orogenia San Ignácio (1,38 a 1,30 Ga). Inicialmente, recebeu a denominação de Cráton Paraguá, termo aplicado às áreas pré-cambrianas do oriente boliviano que não foram envolvidas pelas faixas móveis grenvilianas Sunsás e Aguapeí. Poucas mudanças foram acrescidas ao empilhamento litoestratigráfico do Terreno Paraguá inicialmente proposto em território boliviano. Nele, três unidades litoestratigráficas definem o embasamento paleoproterozoico, quais sejam: o Complexo Granulítico Lomas Manechis, o Complexo Gnáissico Chiquitania e o Supergrupo Xistos San Ignácio. Granitóides da Suíte/Complexo Pensamiento, com idades variando de 1,3 a 1,38 Ga, se encaixaram no embasamento durante a Orogenia San Ignácio. Em território brasileiro, ortognaisses do Terreno Paraguá foram denominados de Complexo Serra do Baú e os granulitos de origem paraderivada, inseridos no Complexo Metamorfico Ricardo Franco, como correspondentes ao Complexo Granulítico Lomas Manechis. A partir de mapeamento geológico sistemático em escala de semi-detalhe, acrescido dos estudos petrográficos, geoquímicos, geocronológicos (U-Pb), e análise deformacional, este estudo visa corroborar para a compreensão da origem e evolução do Terreno Paraguá, na região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia. Dados de campo e petrográficos permitiram a identificação de um pequeno corpo gnáissico de origem paraderivada denominado de Sillimanita-Cordierita Gnaisse. Opticamente é marcado por intensa alteração da cordierita, presença de sillimanita e granada; outros sete corpos gnáissicos de origem ortoderivada também foram identificados e, em sua maioria podem ser definidos como biotita gnaisses. Quimicamente essas rochas constituem uma sequência félsica formada a partir de um magmatismo subalcalino, do tipo cálcio-alcalino variando entre médio e alto potássio, metaluminoso a peraluminoso; geocronologicamente essas rochas apresentam idades de cristais variando entre 1,6 até 1,9 Ga. Já os gnaisses ortoderivados do Complexo Serra do Baú são correlatos ao Complexo Gnáissico Chiquitania,localizado em território boliviano e possívelmente correlatos aos três eventos orogênicos que afetaram o terreno são evidenciados pela deformação: a primeira fase de deformação (F1), associada à Orogenia Lomas Manechis, é caracterizada pela geração do bandamento gnáissico (S1) em nível crustal profundo e mostra-se intensamente afetada pela segunda fase de deformação (F2), associada à Orogenia San Ignácio, que provoca a transposição do bandamento (S1), gerando outra foliação denominada (S2), disposta segundo a superfície axial das dobras. A terceira fase de deformação (F3), associada à Orogenia Sunsás é marcada pelo aparecimento da foliação S3, que se caracteriza por transpor localmente as foliações S1 e S2; ela não é penetrativa e associa-se a dobras abertas e suaves (D3). O Terreno Paraguá possívelmente foi aglutinado ao proto-cráton Amazônico durante a Orogenia San Ignácio e seu último evento tectônico, a Orogenia Sunsás, retrabalha fracamente as rochas do Gnaisse Rio Fortuna e demais unidades geológicas do embasamento paleo a mesoproterozoico.

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FARIA, Débora Almeida. Petrografia, análise deformacional e geocronologia (U-Pb) dos Gnaisses do terreno Paraguá: provável arco vulcânico Orosiriano – SW do Cráton Amazônico. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2015. 94 f. Tese (Doutorado em Geoquímica e Petrologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14601. Acesso em:.