Nem eu, nem o outro; qualquer coisa de intermédio: estudo exploratório de formas simbólicas sobre o plebiscito para a criação dos estados de Carajás e de Tapajós

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2015-03-26

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

item.page.theme

Editora(s)

Universidade Federal do Pará

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Contido em

Citação

BRAGA, Thaís Luciana Corrêa. Nem eu, nem o outro; qualquer coisa de intermédio: estudo exploratório de formas simbólicas sobre o plebiscito para a criação dos Estados de Carajás e de Tapajós. 2015. 127 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia.

DOI

Realizado em 11 de dezembro de 2011, o plebiscito propunha a criação dos Estados de Carajás e de Tapajós a partir da divisão territorial do Estado do Pará. O total de 66% dos eleitores paraenses que compareceram à consulta pública votou contrário às duas propostas, enquanto que 33% deles votaram favoráveis à criação dos dois Estados. A partir desse acontecimento histórico para a população paraense, a pesquisa objetiva compreender os sentidos produzidos pelos jornais impressos O Liberal e Diário do Pará sobre o plebiscito no Pará a partir da definição de formas simbólicas. Utilizo o referencial metodológico da hermenêutica de profundidade (HP), proposto por J. B. Thompson, aliado às técnicas da análise histórica e da análise de conteúdo. A amostra da pesquisa é composta por 135 edições, 57 de O Liberal e 78 do Diário do Pará. Para a composição da amostra, considerei todas as edições dos dois jornais publicadas nos meses de junho, julho, novembro e dezembro de 2011. No entanto selecionei, apenas, aquelas em que havia alguma informação sobre o plebiscito no Pará, independente do gênero jornalístico. O desenvolvimento inicia-se com a caracterização histórico-geográfica dos territórios de Carajás e de Tapajós a fim de situar a proposta de divisão do Pará ao longo do tempo. Em seguida reflito sobre o caráter comunicacional da atividade jornalística: a correlação estabelecida entre o eu e o outro faz com que toda informação seja uma comunicação em potencial. O outro representa tanto aquele a quem o eu se dirige, como o terceiro sobre quem se fala. A comunicação de massa, ainda que de forma mediada, recorre a essa dimensão e, por isso, é capaz de colocar em contato falas distantes. O poder simbólico da comunicação de massa consiste em visibilizar ou silenciar essas falas. As interpretações/re-interpretações do que os jornais impressos produziram sobre o plebiscito no Pará, identificadas na pesquisa, finalizam o estudo exploratório. Algumas delas são: o plebiscito foi tratado como eleição partidária, garantindo vitória ao “Não” e derrota ao “Sim”, quando, na verdade, tratava-se de consulta popular; Carajás e Tapajós uniram-se em oposição à Belém, contudo os dois territórios possuíam razões diferentes para a divisão; a imagem associada à Carajás e a Tapajós são de políticos homens; os dois jornais impressos viram o plebiscito como quebra, divisão, recorte e perda econômica, principalmente.

Agência de Fomento

browse.metadata.ispartofseries

item.page.isbn

Fonte

item.page.dc.location.country

Citação

BRAGA, Thaís Luciana Corrêa. Nem eu, nem o outro; qualquer coisa de intermédio: estudo exploratório de formas simbólicas sobre o plebiscito para a criação dos Estados de Carajás e de Tapajós. 2015. 127 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Letras e Comunicação, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia.