Ser gay não é fácil, ser umbandista é mega e os dois juntos é bem difícil: afrorreligiosidade e homoafetividade nos terreiros de Umbanda em Igarapé-Açu/PA

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2024-08-08

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Universidade Federal do Pará

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Acesso Aberto
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MORAES, Marlison Souza. Ser gay não é fácil, ser umbandista é mega e os dois juntos é bem difícil: afrorreligiosidade e homoafetividade nos terreiros de Umbanda em Igarapé-Açu/PA. Orientador: Agenor Sarraf Pacheco. 2024. 160 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17237. Acesso em:.

DOI

Os terreiros afro-brasileiros, segundo a bibliografia especializada sobre o assunto, constituem-se enquanto lugares mais abertos e receptivos as homossexualidades e demais orientações sexuais e identidades de gênero que fogem à heterenormatividade compulsória da sociedade. Isso porque diferente das outras religiões, a exemplo do catolicismo e do protestantismo, as manifestações afrorreligiosas não condenam abertamente a homossexualidade, possuindo, dessa forma, em suas comunidades, uma ausência da noção de pecado, constantemente atrelada a esses grupos mediante o cristianismo. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar o lugar e os sentidos que as homoafetividades e identidades de gênero ocupam nas casas afrorreligiosas de Umbanda da cidade interiorana de Igarapé-Açu, município localizado no Nordeste paraense. Para isso, como recurso metodológico para o trato das fontes, foram realizadas entrevistas tanto com os chefes afrorreligiosos dos terreiros visitados mediante a utilização da história oral no tempo presente, assim como com as entidades dos templos religiosos arriadas em seus corpos justamente para entender a relação que a comunidade de terreiro estabelece com os sujeitos homossexuais participantes do sagrado da religião. Busquei ao longo do período de duração das investigações responder de que modo às experiências afrorreligiosas e homoafetivas empreendidas por esses indivíduos, no dia a dia e no convívio com o santo, auxiliavam na construção de suas identidades de gênero ligadas diretamente à r(existência) do corpo homossexual em contato com a religião afro-brasileira. Dessa forma, os resultados da pesquisa possibilitaram o entendimento de que esses corpos homoafetivos carregados com as suas sexualidades, subjetividades e histórias, potencializam os terreiros como territórios de liberdade, do encontro de diversas identidades e de resistência frente aos preconceitos historicamente destinados a essas populações.

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CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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MORAES, Marlison Souza. Ser gay não é fácil, ser umbandista é mega e os dois juntos é bem difícil: afrorreligiosidade e homoafetividade nos terreiros de Umbanda em Igarapé-Açu/PA. Orientador: Agenor Sarraf Pacheco. 2024. 160 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17237. Acesso em:.