Paleografia e evolução da paisagem do nordeste do estado do Pará e noroeste do Maranhão: cretáceo ao holoceno

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2002-02-28

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Universidade Federal do Pará

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SOARES JÚNIOR, Adilson Viana. Paleografia e evolução da paisagem do nordeste do estado do Pará e noroeste do Maranhão: cretáceo ao holoceno. Orientador: João Batista Sena Costa. 2002. 118 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2002. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11469. Acesso em:.

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Este trabalho apresenta aspectos relativos à evolução estrutural e paleogeográfíca das regiões nordeste do Estado do Pará e noroeste do Estado do Maranhão, através da integração de dados estruturais, tectônicos, estratigráficos, sedimentológicos e paleontológicos. A Bacia de Marajó tem forma alongada na direção NW-SE e apresenta um pacote de rochas sedimentares depositado desde o Eocretáceo até o Recente, que compreende as seqüências pré, sin e pós-rifte. Estruturalmente, a Bacia de Marajó é caracterizada por falhas normais de direção NW-SE e falhas transcorrentes NE-SW e ENE-WSW, que limitam dois grandes compartimentos tectônicos denominados sub-bacias de Limoeiro e Cametá. A sudoeste da subbacia de Cametá há um alto do embasamento que a separa da sub-bacia de Mocajuba e ainda um feixe de falhas transcorrentes de direção NE-SW onde se desenvolveu a sub-bacia de Mexiana. O Sistema de Grábens Gurupi compreende as Bacias de Bragança-Viseu, São Luís e Ilha Nova, cujo preenchimento sedimentar é constituído por unidades litoestratigráficas do Cretáceo e do Terciário. A Bacia de Bragança-Viseu é caracterizada por dois grábens assimétricos de direção NW-SE separados por uma falha transcorrente: o Baixo de Caeté, localizado próximo à borda norte e o Baixo de Piriá, próximo ao limite sul. A Bacia de São Luís é constituída pelas sub-bacias de Maracaçumé, na região noroeste, Bacuri, na região nordeste, e Bequimão, a sudeste. A Bacia de Ilha Nova divide-se em dois meio-grábens separados por uma falha transcorrente: o meio-gráben oeste, com falhas antitéticas nas bordas sul e norte, e o meio-gráben leste com falhas antitéticas apenas na borda norte. A Bacia de Grajaú é uma estrutura extensional do Cretáceo, instalada pela tectônica ativa durante a abertura do Atlântico Equatorial, mediante reativação parcial da arquitetura da Bacia do Pamaíba, com estratigrafia composta pelas formações Grajaú, Codó e Itapecurú e geometria constituída por falhas planares normais N-S, com mergulho para oeste, articuladas através de falhas transcorrentes NE-SW, que funcionaram como falhas de transferência, conformando uma bacia composta por vários segmentos extensionais alongados na direção NE-SW. O Arco de Gurupá possui direção NW-SE e é o elemento estrutural que limita a Bacia do Amazonas da Bacia de Marajó, formado pela tectônica distensiva que originou a Bacia de Marajó, através de soerguimento por alívio de carga e por rotações nas adjacências do arco, associadas às falhas lístricas. 2 O Marajó Setentrional compreende a região entre a ombreira nordeste da Bacia de Marajó e a Plataforma de Ilha de Santana e é caracterizado por estruturas neotectônicas (falhas transcorrentes NE-SW), como as que controlam a frente de Belém e que capturaram o baixo curso do Rio Tocantins para a direção NE no Quaternário. O Arco de Tocantins é a feição estrutural positiva que separa a Bacia de Marajó da Bacia de Grajaú, funcionando como uma região transpressiva que articulou estas bacias. O Arco de Gurupi é a feição estrutural positiva que separa as bacias de Bragança-Viseu e São Luís, alinhado na direção NNE-SSW, que funcionou como área de acomodação no Cretáceo. O Arco Ferrer-Urbano Santos é a feição estrutural positiva de direção E-W que limita as bacias São Luís e Grajaú. Foi formado no Cretáceo, com eixo de soerguimento migrando para sul com o tempo. O colapso parcial deste arco formou a Bacia de São Luís. A Serra do Tiracambu formou-se através da inversão da Bacia de Grajaú, desde o Paleogeno, após a calmaria tectônica que originou o perfil laterítico maturo, através de dois pulsos de inversão (transpressão e transtensão) decorrentes da propagação de sistemas transcorrentes dextrais E-W. A Serra do Estrondo está relacionada a falhas normais N-S, interpretadas como derivadas de reativação durante o evento extensional do Cretáceo-Eoterciário e que controlam fortemente o curso dos rios Araguaia e Tocantins. As regiões nordeste do Estado do Pará e noroeste Estado do Maranhão vêm sofrendo atuação de tectônica transcorrente desde pelo menos o Jurássico, com a formação do Atlântico Norte, cujo resultado na Placa Sul-Americana, entre outros, foi a formação da Bacia de Marajó e processos tectônicos associados, como a formação do Arco de Gurupá. No Eocretáceo, houve o início da formação do Atlântico Equatorial, também sob regime transtensivo, com a formação do Sistema de Grábens Gurupi e das bacias costeiras, como Foz do Amazonas, Pará-Maranhão e Barreirinhas. A partir do Mioceno, houve o início da interação intraplaca, sob regime tectônico transcorrente dextral, com falhas de direção preferencial E-W e formação de várias bacias, como a que abrigou os sedimentos da Formação Pirabas e Grupo Barreiras, assim como inversão de bacias e de relevo, materializado, por exemplo, pela Serra do Tiracambu.

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SOARES JÚNIOR, Adilson Viana. Paleografia e evolução da paisagem do nordeste do estado do Pará e noroeste do Maranhão: cretáceo ao holoceno. Orientador: João Batista Sena Costa. 2002. 118 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2002. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11469. Acesso em:.