A dinâmica da vegetação nas planícies de maré do delta do rio Doce durante o holoceno tardio.

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31-08-2019

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CARVALHO, Victor Rocha. A dinâmica da vegetação nas planícies de maré do delta do rio Doce durante o holoceno tardio. Orientador: Marlon Carlos França. 2019. 72 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11942. Acesso em: .

DOI

Este trabalho tem como objetivo avaliar a dinâmica da vegetação nas planícies de maré do delta do rio Doce – sudeste do Brasil – sob a influência das mudanças climáticas e das flutuações do nível relativo do mar durante o Holoceno Tardio (2350 anos cal AP). Para isso, foram utilizadas datações 14C, descrição de características sedimentares e dados polínicos, obtidos a partir de dois testemunhos denominados URU1 e URU2, com profundidades de 0,5 m e 4 m, respectivamente, coletados com um Trado Russo. Os testemunhos apresentaram quatro fácies sedimentares, típicas de planícies de maré: i) acamamento heterolítico flaser (Hf), ii) acamamento heterolítico wavy, iii) acamamento heterolítico lenticular (Hl) e iv) lama com laminação paralela (Mp). A análise polínica do testemunho URU1 revelou o predomínio de ervas, árvores e arbustos em todas as profundidades, com aumento na frequência da vegetação aquática em direção à superfície. No testemunho URU2 foram registrados palinomorfos de manguezais e de foraminíferos na parte basal e mediana, sugerindo um domínio marinho/estuarino mais atuante até aproximadamente 2250 anos cal AP. Por outro lado, nas profundidades mais próximas ao topo do testemunho URU2 ocorreu a redução dos grãos de manguezal e de foraminíferos, seguido de um aumento da vegetação aquática de água doce, indicando diminuição da influência marinha. Essa tendência pode ser resultado de um clima relativamente mais úmido a partir de ~2250 anos cal AP, que proporcionou aumento dos índices pluviométricos e maior vazão dos rios na região, com aumento da influência fluvial. Foi possível perceber ainda, possíveis alterações antrópicas e /ou natural, corroborado pelo aumento na porcentagem de grãos de Cecropia e Typha angustifolia, e pela diminuição na cobertura de palmeiras nas planícies de maré, a partir de ~2250 anos cal AP. Assim, é razoável propor que o aumento da influência de água doce nos últimos 2000 anos, foi decisivo no aumento do transporte de sedimentos pelos rios para a planície deltaica, o qual pode ser o responsável pelo processo de substituição da planície de maré colonizada por manguezais por vegetação herbácea.

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Brasil

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Universidade Federal do Pará

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