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https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13542
Tipo: | Tese |
Data do documento: | 14-Set-2018 |
Autor(es): | MARANGOANHA, Bhrenno |
Primeiro(a) Orientador(a): | OLIVEIRA, Davis Carvalho de |
Título: | Petrologia e evolução crustal da porção central do Domínio Canaã dos Carajás, Província Carajás |
Agência de fomento: | CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico |
Citar como: | MARANGOANHA, Bhrenno. Petrologia e evolução crustal da proção central do Domínio Canaã dos Carajás, Província Carajás. Orientador: Davis Carvalho de Oliveira. 2018. 193 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13542. Acesso em:. |
Resumo: | Mapeamento geológico realizado na porção central do Domínio Canaã dos Carajás, parte norte da Província Carajás, aliado a dados geoquímicos, geocronológicos (U-Pb) e isotópicos (Nd e Hf), permitiu a individualização de novas unidades anteriormente agrupadas no Complexo Xingu e na Suíte Plaquê, além da redefinição de limites de outras unidades. Com isso, foram identificados os seguintes eventos responsáveis pela atual configuração deste segmento de crosta: (1) no Mesoarqueano, entre 3,05 e 2,93 Ga, houve a formação de crosta TTG a partir de fusão parcial de platôs oceânicos (basalto enriquecidos) (previamente transformada em granada anfibolito) em ambiente de subducção; (2) ainda no Mesoarqueano, entre 2,89 e 2,84 Ga, já em ambiente colisional, é registrado grande retrabalhamento crustal e consequente formação de granitos anatéticos, os quais foram responsáveis pelo espessamento crustal nessa região. Isto induziu o metamorfismo regional de alta temperatura, de fácies granulito da crosta TTG, formando os ortogranulitos félsicos da área de Ouro Verde; e (3) já no Neoarqueano, entre 2,75 e 2,73 Ga, esse segmento de crosta sofreu processo de delaminação, provocado pelo “descolamento” da base da crosta, que induziu underplating máfico, promovendo a geração de magmas enderbíticos pela fusão parcial da crosta inferior (granulito máfico mesoarqueano). Esse evento também promoveu a fusão do manto superior, que gerou o magma percursor do Diopsídio-Norito Pium. A colocação desse magma máfico no embasamento mesoarqueano, de composição granulítica félsica, induziu sua fusão, gerando líquidos leucogranítico. Ambos os líquidos, de origem mantélica e crustal, sofreram processos de mistura e mingling, que originaram os granitoides híbridos de Vila União. A colocação de seus magmas máfico, além daquele formador dos enderbíticos, foi facilitada por estruturas pré-existentes de orientação E–W, formadas no Mesoarqueano, atribuídas ao desenvolvimento do Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas. A geração e a consolidação dos magmas neoarqueanos ocorreram sob regime tectônico transpressional dominado por cisalhamento puro, atribuindo uma natureza sin-tectônica a essas rochas. Esse regime tectônico foi o responsável pela exumação da crosta granulítica mesoarqueana da área de Ouro Verde por sistemas imbricados. Dados isotópicos de Lu-Hf dos núcleos magmáticos dos cristais de zircão dos ortogranulitos félsicos mesoarqueanos mostram valores Hf-TDM2 entre 3,44 e 3,15 Ga, e εHf(t) variando de -1,7 a 3,0, e sugere fonte juvenil para seu protólito. Os enderbitos neoarqueanos apresentam valores de Hf-TDM2 entre 3,46 e 3,29 Ga, e εHf(t) entre - 4,8 e -1,9, que indica a participação de uma fonte com maior tempo de residência crustal. O comportamento isotópico de Hf dos granitoides neoarqueanos híbridos de Vila União [Hf-TDM2 entre 3,46 e 3,29 Ga, e εHf(t) entre -4,6 e -1,8] é bastante semelhante ao dos enderbitos, sendo esses dados interpretados como representante somente do membro félsico (leucogranito) da mistura. Tal afirmação é corroborada pelos dados isotópicos de Nd, que confirmam a evolução desses granitoides híbridos pela mistura em diferentes proporções de componentes juvenis (membro máfico – magma do Diopsídio-Norito Pium) com componentes reciclados (membro félsico – magma leucogranítico). |
Abstract: | Geological mapping allied to microstructural, petrological, geochemical, geochronological (Pb-Pb and U-Pb) and isotopic (Nd and Hf) data performed in the central portion of the Canaã dos Carajás domain, Carajás province (Amazonian craton, Brazil) allowed the individualization of new geological units previously grouped into Xingu complex and Plaquê suite, besides the redefinition of the limits from the other units already mapped as well. Therefore, four main events have been described in this portion of the province as follows: (1) in the Mesoarchean, between 3.0 and 2.93 Ga, TTG crust was generated in an N–S subduction setting by partial melting of LILE-enriched basalts (formerly transformed in garnet amphibolite), similar to oceanic plateau basalts; (2) at 2.89–2.84 Ga, in collisional setting, large volume of anatectic granites was formed and contributed to crustal thickening, which triggered granulite-facies high-temperature metamorphism in the TTG crust, forming the felsic granulite from Ouro Verde area; and (3) in the Neoarchean, between 2.75 and 2.73 Ga, this portion of the crust underwent delamination process (detachment from the weak lower crust), promoting generation of enderbitic melt by partial melting of the lower crust (Mesoarchean mafic granulite). This event also promoted partial melting of the upper crust, which generated the Pium diopside-norite magma. The emplacement of this mafic melt into the Mesoarchean basement (felsic granulite) triggered their melting, and generates a leucogranitic melt, which both melts (mafic and felsic) mixed and mingled, then forming the Vila União hybrid granitoids. The emplacement of the mafic (Pium diopside-norite), felsic magmas (leucogranites), and their mixed products (Vila União hybrid granitoids), as well as the enderbitic magmas, was channeled into pre-existing Mesoarchean shear zones trending E– W in the crust (Itacaiúnas shear zone). The generation and consolidation of the Neoarchean magmas occurred in pure shear-dominated transpressional tectonic regime, giving rise to the syn-tectonic nature on these granitoids. This tectonic regime was responsible to the exhumation of the Mesoarchean granulitic crust in a regional imbricated system. Lu- Lu-Hf isotope data of magmatic cores of the zircons from the Mesoarchean felsic granulites from Ouro Verde area show Hf-TDM2 of 3.44–3.15 Ga and εHf(t) values between -1.7 and 3.0, which suggests juvenile source. The Neoarchean enderbite presents Hf-TDM2 of 3.46–3.29 Ga and lower εHf(t) values (between -4.8 and -1.9), and points to a longer crustal residence time to the enderbitic rocks. Hf-isotopic behavior for the Vila União granitoids [Hf-TDM2 between 3.46 and 3.29 Ga, and εHf(t) between -4.6 and -1.8] is quite similar to the enderbites, which the hybrid granitoids Hf-isotopic data are interpreted as being only the felsic end-member (leucogranitic magma) from the mixing system. Such statement is supported by the Ndisotopic data, which confirm the hybrid Neoarchean granitoids evolution from mixing at different proportions of juvenile (mafic end-member – Pium diopside-norite magma) and recycled components (felsic end-member – leucogranitic magma). |
Palavras-chave: | Granulitos Piroxênio Geologia Estratigráfica-Arqueano Geocronologia Isótopos Carajás, Região de (PA) |
Área de Concentração: | GEOQUÍMICA |
Linha de Pesquisa: | GEOQUÍMICA E PETROLOGIA |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Pará |
Sigla da Instituição: | UFPA |
Instituto: | Instituto de Geociências |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Fonte: | 1 CD-ROM |
Aparece nas coleções: | Teses em Geologia e Geoquímica (Doutorado) - PPGG/IG |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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