Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13879
Tipo: Tese
Data do documento: 13-Dez-2019
Autor(es): TAVARES, Geórgia de Souza
Afiliação do(s) Autor(es): Universidade Federal do Delta do Parnaíba - UFDPAR
Primeiro(a) Orientador(a): CHAVES, Sílvia Nogueira
Título: A biologia e a invenção de um corpo normal
Citar como: TAVARES, Geórgia de Souza. A biologia e a invenção de um corpo normal. Orientadora: Profa. Dra. Sílvia Nogueira Chaves. 2019. 126 f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Educação Matemática e Científica, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13879. Acesso em:.
Resumo: Vida! Fala tanto de uma qualidade inerente aos vivos quanto do que os vivos fazem. Sem dar conta as duas perspectivas são misturadas, e mais, são atreladas uma à outra. É o que nos torna vivo que diz como devemos nos comportar? É a anatomo-fisiologia que determina qual a conduta correta para viver a vida? Os termos gregos bíos (formas de vida) e zoé (vida comum dos animais, homens e deuses) aparecem para cortar a certeza de que a biologia estuda a vida, tida dessa perspectiva como unidade coesa. A tese aqui defendida é a de que o tripé forma - função - reprodução é a base de uma biologia da norma/moral, sustentando a construção de um modo de vida padrão. Com as ferramentas analíticas de Michel Foucault, o corpo humano e os espaços de entrelaçamento de vida, vivo e vivência se colocam como protagonistas. Como critério para a escolha dos materiais que compõe a tese, emergiram aqueles que fazem ver como a biologia da norma faz parte de nossas vidas, direcionando nossas ações, validando o que dizem e dizemos ser as ações corretas. O foco foi colocado no dito sobre uma moral para o comportamento humano que faz uso da biologia como argumento de validação. Por isso a diversificação de elementos que viraram documentos. O material utilizado perpassou o ensino formal (livros didáticos; acadêmicos); a mídia (jornais televisivos, revistas); espaços de lazer (filmes, literatura); leis e decretos. A partir daí construimos argumentos para responder as perguntas: Que vida é essa que a Biologia diz estudar? Como esse tripé (forma – função – reprodução) sustenta a vida bíos (vida qualificada) tal qual é apresentada hoje? Que vivos estamos fabricando com essa perspectiva? Entendendo que a vida que diz muito mais dos aspectos políticos do que puramente dos anatomo-fisiologicos, chegamos na construção de dois novos termos para dar conta da diversificação: zoélogia e bíoslogia, lugar de corpos vivos, que escapam, não cravam as curvas das médias por inteiro. E a pluralidade dos modos de vida perpassam a zoélogia. Se em sua superfície vemos uma vida comum, natural, vida-bicho, é que em sua base a contingencia garante as possibilidades tão caras ao vivo.
Abstract: Life! It speaks both of an inherent quality of the living as much as what the living do. Without noticing, the two perspectives are mixed, and more, they are linked to each other. Is it what make us alive that says how we should behave? Is it the anatomy-physiology that determines what is the correct behavior to live life? The Greek terms bíos (forms of life) and zoé (common life of animals, men and gods) appear to cut off the certainty that biology studies life, seen from this perspective as a cohesive unit. The thesis defended here is that the tripod form - function - reproduction is the basis of a biology of the norm/moral, sustaining the construction of a standard way of life. Using the analytical tools of Michel Foucault, the human body and the interlacing spaces of life, living and experience are placed as protagonists. As a criterion for choosing the materials which compose the thesis, emerged the ones which make us see how the norm biology is part of our lives, guiding our actions and validating what is said and what we say to be right actions. The focus was placed on the saying about a moral for human behavior, which uses biology as a validation argument. Therefore, the diversity of elements became documents. The material used went through formal education (textbooks; academics); the media (television news, magazines); leisure spaces (movies, literature); laws and decrees. From this point we built arguments to answer the questions: What is this life that Biology says to study? How does this tripod (form - function - reproduction) sustain bíos life (qualified life) as it is presented today? What living are we making with this perspective? Understanding that life express much more about political aspects than purely anatomical-physiological, we come to the construction of two new terms, to support diversification: zoélogia and bíoslogia, spot of living bodies which escape, do not plant the whole medium curves. And the plural ways of life run through the zoélogia. Whether on its surface we see a common, natural, animal-life, in its base the contingency guarantees the possibilities that are so cherished to the living.
Palavras-chave: Corpo humano
Normalização
Moral
Ética
Ciências biológicas
Human body
Normalization
Moral
Ethics
Biological sciences
Área de Concentração: EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
Linha de Pesquisa: CULTURA E SUBJETIVIDADE NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
CNPq: CNPQ::OUTROS::CIENCIAS
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Pará
Sigla da Instituição: UFPA
Instituto: Instituto de Educação Matemática e Científica
Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Fonte: 1 CD-ROM
Aparece nas coleções:Teses em Educação em Ciências e Matemáticas (Doutorado) - PPGECM/IEMCI

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
BiologiaInvencaoCorpo_Tese.pdf13,38 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons