Mulheres descolonizando a Amazônia pelos caminhos de vida: Produção de subjetividades atravessadas pelo projeto de nação desenvolvimentista

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2020-07-10

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Universidade Federal do Pará

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Acesso Aberto
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CASTRO, Brenda Thainá Cardoso de. Mulheres descolonizando a Amazônia pelos caminhos de vida: Produção de subjetividades atravessadas pelo projeto de nação desenvolvimentista. Orientadora: Violeta Refkalefsky Loureiro. 2020. 381 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2020. Disponível em:http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14022. Acesso em:.

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As subjetividades desafiam constantemente o projeto de nação ao confrontarem políticas desenvolvimentistas que adotam como premissas valores e modos de vida diferentes dos seus. Diante disso, alguns contextos, como o caso da Amazônia, possibilitam que percebamos como a produção de subjetividades se dá em dinâmica com o capitalismo e o Estado, especificamente nos anos de crise política vividos no Brasil desde meados de 2014 e 2015, passando pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff até a ascensão do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro. O presente estudo desenhase, então, neste cenário, para pensar a partir dos caminhos de vida de mulheres que vivem no Tapajós, de que forma se relacionam com o projeto de nação sob o signo desenvolvimentista que historicamente projeta na Amazônia o futuro da nação por meio de uma lógica de expropriação e exploração. O estudo se deu por meio de uma pesquisa de campo desenvolvida ao longo de recorrentes viagens de 2017 a 2019, conectandoas a desdobramentos macropolíticos no período e a realidade em três localidades diferentes: a Vila de AlterdoChão, Santarém; a comunidade de Jamaraquá, na Floresta Nacional do Tapajós; e a comunidade de Coroca, no rio Arapiuns, parte do Projeto de Assentamento Agroextrativista Lago Grande. Além da vivência e de conversas cotidianas durante as visitas, foram realizadas 11 entrevistas com mulheres que vivem nas três localidades em torno de eixos sobre suas perspectivas de vida. A discussão foi apoiada principalmente na abordagem da modernidade/colonialidade e decolonialidade, assim como da esquizoanálise, para se identificar os efeitos da colonialidade nas estruturas e relações contemporâneas, tanto sobre sujeitas e sujeitos, mas também sobre instituições e regiões, como a Amazônia, construída no imaginário social como lugar generificado e racializado, o que historicamente coaduna com uma visão de projeto desenvolvimentista para o Brasil. Para mulheres, tal processo envolverá peculiaridades a partir da colonialidade de gênero, que também atravessa relações de raça, de classe e de lugar origem/pertencimento. Percebeuse que as subjetividades podem tanto ser compatíveis com os valores que servem aos interesses capitalistas e estatais, como também podem ser incompatíveis, levando a uma ruptura e a singularização destas subjetividades. Igualmente, também foi percebido que existe uma possibilidade de atravessamento, em que se busca uma ruptura, mas pelas próprias limitações estruturais e sistemáticas, o deslocamento é uma ferramenta encontrada para atender às próprias necessidades, coexistir dentro de uma sociedade capitalista e ainda assim produzir desejos próprios mesmo que envolvidos na lógica moderna/colonial.

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CASTRO, Brenda Thainá Cardoso de. Mulheres descolonizando a Amazônia pelos caminhos de vida: Produção de subjetividades atravessadas pelo projeto de nação desenvolvimentista. Orientadora: Violeta Refkalefsky Loureiro. 2020. 381 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2020. Disponível em:http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14022. Acesso em:.