A visibilidade através da atuação política dos movimentos sociais dos pescadores artesanais: lutas, desafios e práticas educativas na região tocantina

Este artigo tem por objetivo fazer uma reflexão e enfatizar a caracterização dos movimentos sociais, as lutas, desafios e práticas educativas dos pescadores artesanais na Amazônia tocantina. Utilizamos para análise autores como GOHN (2014), COSTA (2002), além de informações coletadas na Colônia de Pescadores Z-16 de Cametá. Os resultados obtidos apontam para a importância dos movimentos sociais na luta pela legitimidade dos direitos das pessoas que vivem da pesca, que moram no campo, da classe trabalhadora. Ficou evidente que no âmbito dos movimentos existe um proces- so de construção de uma identidade marcada por saberes, vivências e de uma prática singular, mas que abrange toda a estrutura da comunidade ribeirinha. Os movimentos sociais, como organização, são inseparáveis da história da categoria de pescadores do município de Cametá/Pa, trata-se de uma coletividade de indivíduos que se articulam em busca de uma “contra-hegemonia”, ressignificando sua própria história. Além disso, a participação dos movimentos sociais tem grande influência e papel significativo na educação da região, através de projetos como o “Pescando o saber”, desenvolvido pela Colônia Z-16, o que evidência o seu caráter participativo e transformador para com a comunidade local.