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https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15315
Tipo: | Dissertação |
Data do documento: | 17-Dez-2020 |
Autor(es): | COSTA, Fabrício Lemos da |
Afiliação do(s) Autor(es): | UFPA - Universidade Federal do Pará |
Primeiro(a) Orientador(a): | HOLANDA, Sílvio Augusto de Oliveira |
Título: | O silêncio da modernidade em A maçã no escuro e em Grande sertão: veredas |
Citar como: | COSTA, Fabrício Lemos da. O silêncio da modernidade em A maçã no escuro e em Grande sertão: veredas. Orientador: Sílvio Augusto de Oliveira Holanda. 2020. 131 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15315. Acesso em: . |
Resumo: | Este trabalho pretende refletir sobre o silêncio como particularidade da modernidade. Em nossa abordagem, utilizaremos os romances A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977), e Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa (1908-1967). Para isso, aproximaremos as narrativas sob uma perspectiva que se dá, sobretudo, pela leitura da existência da imanência do silêncio nos romances — Mallarmé (1945), Blanchot (1987) e Barthes (1971; 2003). Como temática da modernidade, — Jauss (1996), Berman (1995), Moraes (2017), Benjamin (1975) e Baudelaire (2010) — o silêncio se coloca em ambos os textos como amálgama do projeto ficcional dos autores — Nunes (1995 e 2013), Moraes (2017), Sá (2004), Nascimento (2012), Arrigucci Jr. (1994), Bolle (2001), Garbuglio (1972), Hansen (2013) e Schwarz (1981). Nesse sentido, nossa proposta é interpretar como o silêncio ou, ainda, o indizível se projeta como forma na narrativa. Da questão inominável para uma forma, portanto, o silêncio se coaduna como marca da crise da linguagem na modernidade, de que os romances de Guimarães Rosa e Clarice Lispector são representativos. Nossa discussão, em suma, tem como objetivo mostrar como a temática em questão se torna parte da estruturação dos romances, perfazendo-se em tópica moderna, ao evidenciar o inexprímivel em matéria de expressão artística. Por fim, este trabalho pretende demonstrar que o silêncio não se manifesta como ausência, mas como presença de questões que se projetam em diversos outros temas, como o informe e o selvagem, os quais são “ordenados” como matéria narrativa — Bataille (1973; 2008), Barthes (2003), Derrida (2012; 2002) e Nascimento (2014). |
Résumé: | On a le but de réfléchir sur le silence comme particularité de la modernité. Dans notre démarche, nous utiliserons les romans A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977), et Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa (1908-1967). Pour cela, nous aborderons les récits dans une perspective qui passe avant tout par la lecture de l’existence de l’immanence du silence dans les romans — Mallarmé (1945), Blanchot (1987) et Barthes (1971; 2003). En tant que thème moderne — Jauss (1996), Berman (1995), Moraes (2017), Benjamin (1975) et Baudelaire (2010), le silence est placé dans les deux textes comme un amalgame du projet fictif des auteurs — Nunes (1995 e 2013), Moraes (2017), Sá (2004), Nascimento (2012), Arrigucci Jr. (1994), Bolle (2001), Garbuglio (1972), Hansen (2013) e Schwarz (1981). En ce sens, notre proposition est d’interpréter comment le silence ou, encore, l’indicible est projeté comme une forme dans le récit. De la question indicible à une forme, donc, le silence est cohérent avec la crise du langage des temps modernes, dont les romans de Guimarães Rosa et Clarice Lispector sont représentatifs. Notre discussion, en bref, vise à montrer comment le sujet en question s’inscrit dans la structuration des romans, constituant un sujet moderne, en mettant en évidence l’inexprimable en termes d’expression artistique. Enfin, ce travail entend démontrer que le silence ne se manifeste pas comme une absence, mais comme la présence de questions qui se projettent sur plusieurs autres thèmes, comme l’informe et le sauvage, qui sont « ordonnés » comme matière narrative — Bataille (1973; 2008), Barthes (2003), Derrida (2012; 2002) et Nascimento (2014). |
Palavras-chave: | Modernidade Modernity Lispector, Clarice, 1925 - 1977 - A Maçã no Escuro - Crítica e interpretação Lispector, Clarice, 1925 - 1977 - The Apple in the Dark - Criticism and interpretation Rosa, João Guimarães - 1908 - 1967 - Grande Sertão: Veredas - Crítica e interpretação Rosa, João Guimarães - 1908 - 1967 - The Devil to Pay in the Backlands - Criticism and interpretation Silêncio Silence Ficção Fiction |
Área de Concentração: | ESTUDOS LITERÁRIOS |
Linha de Pesquisa: | LITERATURA, INTERPRETAÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIA |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Pará |
Sigla da Instituição: | UFPA |
Instituto: | Instituto de Letras e Comunicação |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Letras |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Fonte: | 1 CD-ROM |
Aparece nas coleções: | Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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