Restauração de paisagens culturais: cosmovisão das populações indígenas e áreas prioritárias para restauração florestal no Mosaico Gurupi

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2021-09-24

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Editora(s)

Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Acesso Aberto
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MIRANDA, Magda Valéria Corrêa. Restauração de paisagens culturais: cosmovisão das populações indígenas e áreas prioritárias para restauração florestal no Mosaico Gurupi. Orientadora: Marlúcia Bonifácio Martins. 2022. 187 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Belém, 2022. Disponível em:https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16720. Acesso em:.

DOI

Enquanto a destruição da floresta acarreta prejuízos da maior ordem possível, por outro lado a restauração deste espaço proporciona o restabelecimento das conexões entre os seres e realiza profundo resgate cultural. Portanto o presente estudo tem por objetivo central analisar as conexões estabelecidas entre a modelagem executada para a priorização de áreas para a restauração e suas ressignificações locais em termos de territorialidade indígena e vulnerabilidade cultural, evidenciando assim o lado social da restauração. A área de estudo (13.000.032,79 ha) foi delimitada no entorno de região do “Mosaico Gurupi” (1.799.639,32 ha), o principal remanescente contínuo de floresta da Área de Endemismo Belém (AEB), entre os estados do Pará e Maranhão. Esta pesquisa considerou elementos etnográficos das populações indígenas que habitam nesta região (Awa Guajá, Ka’apor, Tembé e Guajajara) além de critérios ecológicos e sociais, que foram analisados por meio de modelagem multicritérios utilizando a técnica de Processo Analítico Hierárquico (AHP) como subsídio à definição de áreas prioritárias para a restauração. Foram levantadas ainda percepções indígenas com traduções nas línguas indígenas das etnias participantes sobre alguns termos recorrentes nesta temática. A maioria das áreas protegidas apresentaram áreas de altíssima prioridade em múltiplos cenários, aumentando a probabilidade de regeneração natural. Não há área de altíssima prioridade coincidente aos três cenários, o que representaria a maior chance possível de sucesso de restauração para a área de estudo, pois atenderia conjuntamente diferentes objetivos de restauração. Na área de estudo, 17.354,07 ha foram classificados como de altíssima demanda ecológica por restauração somado a altíssima probabilidade de regeneração natural (Cenários 1 e 2), e nesta mesma região 4,77 ha foram classificados como de altíssima probabilidade de regeneração natural e altíssimo benefício cultural (Cenários 2 e 3). Até 2019 a área de estudo como um todo apresentava 9.536.772,37 ha (73,33 %) de sua área desmatada (passível de restauração) e o Mosaico Gurupi apresentava 357.462,8 ha (19,86 %) desmatados, o que demonstra a grande necessidade de restauração na região. Recomenda-se portanto iniciar a restauração pelas áreas de altíssima prioridade em termos de benefícios culturais no Mosaico Gurupi onde a probabilidade de regeneração natural é maior e onde a principal parte interessada que é a população indígena está comprometida com a restauração, podendo esta atividade posteriormente alcançar maiores escalas e envolver outros agentes.

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CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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MIRANDA, Magda Valéria Corrêa. Restauração de paisagens culturais: cosmovisão das populações indígenas e áreas prioritárias para restauração florestal no Mosaico Gurupi. Orientadora: Marlúcia Bonifácio Martins. 2022. 187 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Belém, 2022. Disponível em:https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16720. Acesso em:.