Diversidade no uso e manejo de fogo por agricultores na Amazônia Oriental

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Data

2022-06-08

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Editora(s)

Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Acesso Aberto
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SANTOS, Ian Paulo Monteiro. Diversidade no uso e manejo de fogo por agricultores na Amazônia Oriental. Orientadora: Joice Nunes Ferreira. 2022. 58 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16948. Acesso em:.

DOI

O uso indiscriminado do fogo vem se tornando um problema global devido ao aumento da incidência e severidade dos incêndios relacionados, principalmente, às mudanças climáticas. A Amazônia brasileira era um bioma livre de fogo, porém tem experimentado incêndios cada vez mais frequentes e intensos. O uso e manejo do fogo é histórico e bastante variável, especialmente na prática da agricultura. Diante disso propõe-se nessa dissertação avaliar o uso e manejo do fogo por diferentes tipos de agricultores (familiares e patronais) em duas regiões distintas na Amazônia Oriental. A coleta de dados foi feita em 2010 pela Rede Amazônia Sustentável (RAS) e em 500 propriedades rurais, distribuídas em 18 microbacias hidrográficas em cada região. Para comparar a diversidade de práticas de uso e manejo do fogo entre os produtores e as regiões, utilizouse a análise PERMANOVA. Em ambas as regiões, predomina o uso do fogo e os agricultores familiares foram aqueles que tiveram proporção de uso maior em comparação aos patronais. Entretanto, o uso do fogo foi também realizado pelos agricultores maiores de ambas as regiões. As duas finalidades principais para usar o fogo foram preparar a terra antes de implantar agricultura e realizar o manejo de pastagens degradadas. As capoeiras ou florestas secundárias (<20 anos) foram o tipo de vegetação mais usado, embora florestas primárias e capoeiras mais velhas também tenham sido usadas. A maioria dos agricultores construiu aceiros e queimou contra o vento, porém também usou o fogo no período mais quente do dia (entre 12h-15h) e antes das primeiras chuvas na região No momento da queima, os agricultores de ambas as regiões recebem auxílio humano, que ocorre predominantemente por pessoas da própria propriedade. Esse uso dominante do fogo na Amazônia reflete o padrão observado nas diferentes regiões tropicais, principalmente relacionado à agricultura itinerante. Observou-se, também, uma incompatibilidade entre o manejo realizado pelos agricultores e aquele recomendado por especialistas ou pela lei. A necessidade da adaptação da lei brasileira quanto às práticas de queimadas locais é emergente, já que ela pode tornar essa prática inviável. Espera-se com esse estudo contribuir para a elaboração de normas de uso e manejo do fogo que sejam mais adaptadas às realidades específicas de cada região e de cada produtor.

Agência de Fomento

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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SANTOS, Ian Paulo Monteiro. Diversidade no uso e manejo de fogo por agricultores na Amazônia Oriental. Orientadora: Joice Nunes Ferreira. 2022. 58 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16948. Acesso em:.