Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17258
Tipo: | Dissertação |
Data do documento: | 3-Abr-2024 |
Autor(es): | MODESTO, Lucas de Almeida |
Primeiro(a) Orientador(a): | ALVARENGA, Eric Campos |
Primeiro(a) coorientador(a): | LIMA, Maria Lúcia Chaves |
Título: | “Gordura não é coisa de macho”: reverberações da gordofobia nas masculinidades de homens gordos |
Citar como: | MODESTO, Lucas de Almeida. “Gordura não é coisa de macho”: reverberações da gordofobia nas masculinidades de homens gordos. 2024. 95 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2024. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Disponível em: . Acesso em:.SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Orientador ou Orientadora: . Ano da folha de rosto. XX f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Filosofia de Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, Ano de defesa. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17258. Acesso em:. |
Resumo: | A gordofobia é uma forma de violência interseccional, estrutural, cultural e institucionalizada que atinge pessoas gordas, discriminando e hostilizando seus corpos. Está presente em diversos cenários e ancora-se em saberes patologizantes, historicamente determinados, utilizando-se de discursos de saúde e beleza na mídia, na indústria de cosméticos, fármacos e procedimentos que podem “curar” um corpo que foi “adoecido” pelo estigma social causado por este suposto saber. Elenca-se que a maioria das produções que questionam a gordofobia foram produzidas por e sobre mulheres gordas, havendo assim a necessidade de incluir o público masculino neste debate, uma vez que estes também são atravessados de distintas formas pela gordofobia. Uma dessas formas é no aspecto da masculinidade, considerando as formas plurais que homens são subjetivados no Brasil. Investiguei como esses processos podem ser gordofóbicos, tendo em vista, que a “masculinidade hegemônica” tem um padrão de corpo atlético e musculoso, sendo para esta a gordura um atributo de feminilidade. Dessa forma, homens gordos passam a ter sua masculinidade colocada à prova por possuírem em excesso o que o “homem de sucesso” busca eliminar”. Utilizo uma epistemologia de autores(as) que estudam as masculinidades de forma plural e sob viés feminista e lanço mão dos estudos transdisciplinares das corporalidades gordas. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo analisar como a gordofobia afeta as masculinidades de homens gordos na região metropolitana de Belém. Trata-se de uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa que através de entrevistas semiestruturadas visa produzir informações que possam ser analisadas a partir da análise de conteúdo, a fim alcançar os objetivos propostos. Participaram da pesquisa 9 homens com idades entre 20 e 37 anos. A partir da análise de conteúdo surgiram três categorias, tais quais: “É mais fácil falar sobre ser gordo do que sobre ser homem” onde discuto acerca dos processos de subjetivação dos homens gordos a partir do corpo, dos esportes e da cisheterossexualidade compulsória; “É basicamente igual roupa, pode não ser a que você gosta, mas você tem que levar”, em que trato a respeito do preterimento amoroso e da fetichização que homens gordos vivenciam devido à gordofobia e “É o meu corpo, é o que eu tenho!” em que disserto sobre as formas de sofrimento e enfrentamento vivenciadas por homens gordos. Por fim, esta pesquisa se propõe a suscitar em homens gordos a necessidade de unir-se às discussões e ao movimento antigordofobia, ademais, também elucida a necessidade de pesquisas futuras com homens gordos cisheterossexuais, visto que somente um dos participantes se identifica dessa forma, assim algumas questões não puderam ser alcançadas sobre essa especificidade, mas salientaram possíveis idiossincrasias. |
Abstract: | Fatphobia is a form of intersectional, structural, cultural and institutionalized violence that affects fat people, discriminating against and harassing their bodies. It is present in different scenarios and is anchored in historically determined pathologizing knowledge, using health and beauty discourses in the media, in the cosmetics industry, pharmaceuticals and procedures that can “cure” a body that has been “sickened” by stigma social caused by this supposed knowledge. It is noted that the majority of productions that question fatphobia were produced by and about fat women, thus there is a need to include the male audience in this debate, since they are also affected by fatphobia in different ways. One of these ways is in the aspect of masculinity, considering the plural ways in which men are subjectivized in Brazil, I investigated how these processes can be fatphobic, considering that hegemonic masculinity has an athletic and muscular body pattern, with fat being an attribute of femininity. In this way, fat men start to have their masculinity put to the test because they possess in excess what the “successful man” seeks to eliminate.” I use an epistemology of authors who study masculinities in a plural way and from a feminist perspective and make use of transdisciplinary studies of fat corporalities. In this sense, this work aims to analyze how fatphobia affects the masculinities of fat men in the metropolitan region of Belém. It is a field research, with a qualitative approach that, through semi-structured interviews, aims to produce information that can be analyzed based on content analysis, in order to answer the proposed objectives. Nine men aged between 20 and 37 participated in the research. From the content analysis, three categories emerged, such as: “It is easier to talk about being fat than about being a man” where I discuss the processes of subjectivation of fat men based on the body, sports and compulsory cisheterosexuality; “It's basically the same outfit, it may not be what you like, but you have to wear it”, in which I talk about the love neglect and fetishization that fat men experience due to fatphobia and “It's my body, it's what I I have!" in which I talk about the forms of suffering and coping experienced by fat men. Finally, this research aims to raise the need for fat men to join the discussions and the anti-fatphobia movement, in addition, it also elucidates the need for future research with cisheterosexual fat men, since only one of the participants identifies in this way, thus, some questions could not be reached regarding this specificity, but highlighted possible idiosyncrasies. |
Palavras-chave: | Gordofobia Masculinidades Interseccionalidade Fatphobia Masculinities Intersectionality |
Área de Concentração: | PSICOLOGIA |
Linha de Pesquisa: | PSICOLOGIA, SOCIEDADE E SAÚDE |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Pará |
Sigla da Instituição: | UFPA |
Instituto: | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Fonte URI: | Disponível na internet via correio eletrônico: bibhumanas@ufpa.br |
Aparece nas coleções: | Dissertações em Psicologia (Mestrado) - PPGP/IFCH |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Dissertacao_GorduraCoisaMacho.pdf | 783,43 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons