A dança jazz como estratégia de cuidado ao adolescente com Diabetes Mellitus Tipo 1: um relato de caso

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26-02-2024

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DOURADO, Julyanna Nazareth da Silva. A dança jazz como estratégia de cuidado ao adolescente com Diabetes Mellitus Tipo 1: um relato de caso. Orientadora: Natáli Valim Oliver Bento-Torres. 2024. 100 f. Dissertação (Mestrado em Atenção e Estudo Clínico no Diabetes) - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17280. Acesso em:.

DOI

O Diabetes Mellitus (DM) é um distúrbio metabólico que causa hiperglicemia persistente pela produção inadequada do hormônio insulina ou pela redução na eficácia do seu mecanismo de ação. O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1), anteriormente chamado “diabetes insulinodependente” ou “diabetes de início juvenil”, responde por 5 a 10% dos casos de DM. As complicações da DM1 podem afetar as condições de vida dos adolescentes ao longo dos anos e influenciar sua qualidade de vida. O exercício físico é uma ferramenta terapêutica para o tratamento de pessoas com DM1, podendo melhorar a sensibilidade à insulina e o controle glicêmico, proporcionando a melhora da qualidade de vida, saúde mental e aptidão física. Dentre as modalidades de exercício físico, a Dança é uma opção, porém pouco estudada no contexto da DM. No presente estudo, relatamos o estudo de caso único, com o objetivo de investigar o potencial da intervenção por Dança Jazz no gerenciamento glicêmico, promoção da saúde mental, melhora da aptidão física e qualidade de vida de uma adolescente, do sexo feminino, de 12 anos, com DM1. O programa de intervenção foi composto por 24 aulas de Jazz, realizadas 2 vezes por semana, com duração de 60 minutos e intensidade moderada (65 a 75% da frequência cardíaca máxima, Polar@). Foram realizadas avaliações pré e pós intervenção (1 dia após a apresentação coreográfica), incluindo avaliação da prática de atividade física usual (Physical Activity Questionnaire for Adolescents PAQ-A), qualidade de vida (Diabetes Quality of Life for Youths - DQOLY), sintomas de ansiedade e depressão (Depression, Anxiety and Stress Scale - Short Form - DASS-21), aptidão física (força muscular de membros inferiores e superiores e medida indireta do condicionamento cardiorrespiratório), e controle glicêmico (glicemia e hemoglobina glicada). A análise textual discursiva também foi empregada para a avaliação da experiência vivida pela adolescente e sua cuidadora (CAAE: 66423922.2.0000.0017/Nº do parecer do CEP: 5.913.924). Os resultados demonstraram redução da Glicemia de Jejum (-16,02%), da HbA1c (-4,00%), da frequência cardíaca pré-teste (-24,21%) e pós-teste (- 9,56%), dos sintomas depressivos e ansiosos (-7,14%), e melhora da qualidade de vida (3,61%). Houve aumento da força muscular de membros superiores (20,00%), tempo de voo, força e potência de membros inferiores (0,27%; 1,62%; 1,70%, respectivamente). Apesar de evidências limitadas sobre o efeito da prática de dança em pessoas com DM, os dados apresentados acima indicam o potencial benéfico do Jazz no cuidado ao adolescente com DM1, assim como o relato da experiência vivida pela adolescente aponta o impacto positivo da intervenção sobre a sua rotina de autocuidado e qualidade de vida percebida. Compreendendo-se as limitações para a extrapolação de nossos resultados para a população adolescente com DM1, sendo necessário que se expanda a pesquisa para a inclusão de maior número de participantes, assim como se amplie a pesquisa sobre as modalidades de dança como parte do tratamento de pessoas com DM, visando quantificar e qualificar com mais precisão as potenciais adaptações e modificações proporcionadas a estas pessoas por meio da dança.

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