Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17347
Tipo: | Tese |
Data do documento: | 27-Mar-2024 |
Autor(es): | CONCEIÇÃO, Ronicleici Santos da |
Primeiro(a) Orientador(a): | HERRERA, José Antonio |
Primeiro(a) coorientador(a): | OLIVEIRA, Assis da Costa |
Título: | Geograficidade e espacialidades urbanas na Amazônia: o caso das juventudes reassentadas em Altamira-PA com a construção da UHE Belo Monte |
Agência de fomento: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior |
Citar como: | CONCEIÇÃO, Ronicleici Santos da. Geograficidade e espacialidades urbanas na Amazônia: o caso das juventudes reassentadas em Altamira-PA com a construção da UHE Belo Monte. Orientador: José Antonio Herrera; Coorientador: Assis da Costa Oliveira. 2024. 147 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Altamira, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17347. Acesso em:. |
Resumo: | Analisa-se com esta tese as espacialidades urbanas das juventudes reassentadas, afetadas pelo deslocamento compulsório causado pela Usina Hidrelétrica Belo Monte, na Região de Integração do Xingu, Pará, Amazônia a partir de 2011. Revela-se neste estudo a complexidade das mudanças e dos desafios enfrentados pelos jovens e oferece insights, caso outros projetos parecidos sejam projetados para e na região. O deslocamento compulsório resultou na ruptura de laços materiais e imateriais com seus antigos territórios, levando à reconfiguração das dinâmicas espaciais. No entanto, esses grupos têm demonstrado resiliência, construindo múltiplas identidades e subjetividades contornando as desigualdades socioespaciais. Embora os reassentamentos ofereçam instalações físicas melhores que as palafitas, a segregação socioespacial persiste, e os jovens continuam enfrentando uma nuance dessas desigualdades seu cotidiano. Logo, destaca-se a importância de se considerar não apenas a infraestrutura física do contexto habitacional, mas também as dimensões econômicas, sociais, políticas e culturais – na concepção de projetos dessa natureza. Um aspecto crítico é a necessidade de considerar as múltiplas temporalidades envolvidas nesses processos, reconhecendo que cada reassentado possui trajetória e experiências únicas para e com o espaço geografico. Aponta-se, então, para a importância de uma abordagem holística e interdisciplinar na análise dos impactos dos grandes projetos na região, com foco no bemestar das comunidades locais, especialmente das juventudes que enfrentam desafios reais e significativos na (re)construção de suas espacialidades urbanas. O estudo revela diversos aspectos das juventudes nos Reassentamentos Urbanos Coletivos (RUC) Jatobá e Laranjeiras, destacando que criar novas espacialidades requer tempo, por meio do espaço que condiciona as relações das juventudes, assim como as relações socioespaciais modam o espaço, tais como a ruptura da fronteira entre RUC e os espaços publicos da cidade, das quais nova e velhas relaçoes estão sendo (re)construídas, tais como, interações com o mercado de trabalho, uso dos espaços publicos, praticas de recreações com o rio Xingu, inseção em movimentos sociais, inserção na criminalização, bem como, a perpetuação deviolações aos direitos humanos. |
Abstract: | This thesis analyzes the urban spatialities of resettled young people, affected by the compulsory displacement caused by the Belo Monte Hydroelectric Power Plant, in the Xingu Integration Region, Pará, Amazonia since 2011. This study reveals the complexity of the changes and challenges faced by young people and offers insights if other similar projects are planned for and in the region. Compulsory displacement has resulted in the severing of material and immaterial ties with their former territories, leading to the reconfiguration of spatial dynamics. In addition, these groups have been demonstrating resilience, constructing multiple identities and subjectivities and circumventing socio-spatial inequalities. Although the resettlements offer better physical facilities than the palafitas, socio-spatial segregation persists, and young people continue to face a nuance of these inequalities in their daily lives. This highlights the importance of considering not only the physical infrastructure of the housing context, but also the economic, social, political and cultural dimensions - when designing projects of this nature. A critical aspect is the need to consider the multiple temporalities involved in these processes, recognizing that each resettled person has a unique trajectory and experiences for and with the geographic space. This points to the importance of a holistic and interdisciplinary approach to analyzing the impacts of major projects in the region, with a focus on the well-being of local communities, especially young people who face real and significant challenges in (re)constructing their urban spatialities. The study reveals various aspects of youth in the Jatobá and Laranjeiras Collective Urban Resettlements (RUC), highlighting that creating new spatialities requires time, through the space that conditions youth relations, as well as socio-spatial relations that shape space, such as the rupture of the border between the RUC and the city's public spaces, from which new and old relationships are being (re)constructed, such as interactions with the job market, use of public spaces, recreational practices with the Xingu River, inclusion in social movements, insertion in criminalization, as well as the perpetuation of human rights violations. |
Resumen: | Esta tesis analiza las espacialidades urbanas de los jóvenes reasentados, afectados por el desplazamiento forzado provocado por la Central Hidroeléctrica de Belo Monte, en la Región de Integración del Xingu, Pará, Amazonia, a partir de 2011. Este estudio revela la complejidad de los cambios y desafíos que enfrentan los jóvenes. y ofrecer perspectivas útiles si se planifican proyectos similares para la región. El desplazamiento forzado resultó en la ruptura de vínculos materiales e intangibles con sus antiguos territorios, lo que llevó a una reconfiguración de la dinámica espacial. Sin embargo, estos grupos demostraron resiliencia y construyeron múltiples identidades y subjetividades para superar las desigualdades socioespaciales. Aunque los reasentamientos ofrecen mejores instalaciones físicas que las viviendas piloto, la segregación socioespacial persiste y los jóvenes continúan enfrentándose a las matemáticas de estas desigualdades en su vida diaria. Por lo tanto, se destaca la importancia de considerar sólo la infraestructura física del contexto habitacional, pero también las dimensiones económica, social, política y cultural en el diseño de proyectos de esta naturaleza. Un aspecto crítico es la necesidad de tomar en cuenta las múltiples temporalidades involucradas en estos procesos, reconociendo que cada persona reasentada tiene trayectorias y experiencias únicas en el espacio geográfico. También se da cuenta de la importancia de un enfoque holístico e interdisciplinario para analizar los impactos de los grandes proyectos en la región, con un enfoque en el bienestar de las comunidades locales, especialmente los jóvenes que enfrentan desafíos reales e innovadores en la (re)construcción de sus espacialidades urbanas. El estudio revela diferentes aspectos de la juventud en los Reasentamientos Urbanos Colectivos (RUC) Jatobá y Laranjeiras, destacando que la creación de nuevas espacialidades requiere tiempo, a través del espacio que condiciona las relaciones juveniles, al mismo tiempo que las relaciones socioespaciales transforman el espacio. Esto incluye la ruptura de la frontera entre la RUC y los espacios públicos de la ciudad, donde se (re)construyen nuevas y viejas relaciones, como las interacciones con el mercado laboral, el uso de los espacios públicos, las prácticas recreativas en el río Xingu, la inserción en movimientos sociales, la participación en procesos de criminalización, así como la perpetuación de violaciones de derechos humanos. |
Palavras-chave: | Amazônia Deslocamento compulsório Segregação socioespacial Resiliência Temporalidades Amazonia Compulsory displacement Socio-spatial segregation Resilience Temporalities |
Área de Concentração: | ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TERRITÓRIO |
Linha de Pesquisa: | DINÂMICAS TERRITORIAIS NA AMAZÔNIA |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Pará |
Sigla da Instituição: | UFPA |
Instituto: | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Fonte URI: | Disponível na internet via correio eletrônico: ifchbiblioteca@gmail.com |
Aparece nas coleções: | Teses em Geografia (Doutorado) - PPGEO/IFCH |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese_GeograficidadeEspacialidadesUrbanas.pdf | 20,21 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons