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https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9809
metadata.dc.type: | Dissertação |
Issue Date: | 5-Dec-1997 |
metadata.dc.creator: | GUZMÁN, Décio Marco Antônio de Alencar |
metadata.dc.contributor.advisor1: | MONTEIRO, John Manuel |
Title: | Histórias de brancos: memória, historiografia dos índios Manao do rio Negro (século XVIII-XX) |
metadata.dc.description.sponsorship: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior |
Citation: | GUZMÁN, Décio Marco Antonio de Alencar. Histórias de brancos: memória, historiografia dos índios Manao do rio Negro (século XVIII-XX). 1997. 175 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, 1997. Programa de Pós-Graduação em História. Disponível em: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9809>. Acesso em:. |
metadata.dc.description.resumo: | Na primeira parte do estudo será narrado o processo de destruição dos Manao pelos portugueses, com a derrubada do bloqueio montado por estes índios, juntamente com diferentes grupos indígenas aliados de outras etnias. Volto às fontes do século XVIII, já conhecidas dos historiadores, para retirar dali os elementos selecionados pela memória portuguesa desta guerra, e que se instruíram historicamente como os marcos fundadores da colonização no rio Negro, segundo a visão da historiografia tradicional sobre o processo de formação da capitania do rio Negro. Ao mesmo tempo, tento estabelecer um diálogo com o historiador David Sweet, que mais reuniu documentos e melhor narrou este conflito entre os índios e os europeus12. Neste exercício de retorno às fontes, são apresentadas as temáticas da escravidão indígena e da presença dos padres carmelitas que auxiliavam as tropas de resgates portugueses neste trabalho de escravização dos índios. O objetivo de toda esta primeira parte do trabalho é recuperar os momentos e o contexto em que se foi calcando, pouco a pouco, esta imagem, levando em consideração as fontes de origem colonial e a principal narrativa histórica sobre ela. Na medida em que se desenvolvem os momentos dessa narrativa, destaco os principais eixos de ligação entre elas, através da delimitação de alguns temas que considero fundamentais para a compreensão da história e da historiografia sobre os Manao: as características do potencial econômico para a colonização; o cacau; os Manao; a guerra colonial contra os Manao; as características da guerra indígena; a escravidão dos índios. O capítulo II narra os encontros entre os Manao e as diversas expedições européias pelo Amazonas a partir de 1621. A linha de argumentação recai sempre no comércio de objetos de ouro, noticiadas pelos índios e reproduzidas nas crônicas de viagem de Walter Raleigh, e outros que vieram após ele: comércio de objetos de ouro e escravização de índios par outras sociedades indígenas aparecem como características fundamentais das relações interétnicas explicitadas pelos cronistas. Este interesse, sem qualquer dúvida, era a tônica de grande parte das descrições européias pioneiras da "terra incógnita". O Capítulo III tem por finalidade explicitar as influências ideológicas na produção do conhecimento histórico do Estado do Amazonas, sobre o conflito dos portugueses contra os índios Manao. Nesta parte do trabalho, desenvolvo diretamente a crítica e a contextualização das representações historiográficas produzidas pelos intelectuais amazonenses nos anos 30 e 40 sobre os personagens e o episódio do conflito colonial. Intenta-se demonstrar a importância da guerra entre os Manao e os portugueses, como um episódio que marca o processo de construção intelectual e historiográfico de uma identidade para o homem amazônico, atrelada ao passado heroicizado dos índios que lutaram contra os portugueses no período colonial. Tenta-se apresentar um perfil dos grupos de intelectuais do Estado do Amazonas, principais responsáveis pela cristalização da imagem dos índios Manao, a partir da década de trinta do século XX, assim como os contextos político, econômico e social em que foram produzidas as interpretações historiográficas. Recorremos, por isso, à historiografia amazonense do início do século, para demonstrar a utilização e construção de um fato histórico, transformado em mito político, a serviço da produção de uma identidade regional pelas elites intelectuais e políticas do Estado do Amazonas. |
Keywords: | Índios da América do Sul Etnologia - Amazônia Mito - Amazônia Amazônia - Colonização Brasil - Historiografia |
metadata.dc.subject.cnpq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DO BRASIL::HISTORIA REGIONAL DO BRASIL |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Estadual de Campinas |
metadata.dc.publisher.initials: | UNICAMP |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – IFCH/UNICAMP |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em História – PPGHIS/UNICAMP |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
metadata.dc.source.uri: | http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/280736 |
Appears in Collections: | Dissertações em História (Mestrado) - PPGHIS/UNICAMP |
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