Dissertações em Educação (Mestrado) - PPGED/ICED
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2319
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) do Instituto de Ciências da Educação (ICED) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Educação (Mestrado) - PPGED/ICED por Orientadores "COSTA, Gilcilene Dias da"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Composições estéticas entre Schiller e Nietzsche sobre a formação humana: contribuições à prática educativa(Universidade Federal do Pará, 2017) SILVA, Ivys de Alcântara; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042Quando se fala em estética qual a primeira imagem que nos vem à mente? A cada pessoa que se faça essa pergunta poderemos ter uma resposta diversa, tamanha a plasticidade do termo. Diante desta plasticidade, a presente investigação tem como ponto principal discutir o papel da estética na formação humana, tecendo um interlúdio composicional entre alguns aspectos de duas insignes teorias filosóficas que cotejam a importância da arte e a formação humana do ponto de vista estético, a saber, a perspectiva estética de Friedrich Von Schiller contidas mormente em suas obras A educação estética do homem numa série de cartas e Poesia ingênua e sentimental, bem como a teoria estética de Friedrich Nietzsche diluída em obras como O nascimento da tragédia, A filosofia na época trágica dos gregos e Humano, demasiado humano. O debate a ser suscitado entre esses pensadores e suas perspectivas estéticas perpassará suas principais concepções acerca da estética, tentando vislumbrar em que pontos tais teorias filosóficas se encontram, para uma possível visualização da estética como elemento amalgamado às práticas formativas. Diante disso, e tomando a estética como pedra angular da formação plena do ser humano, esteio que foi soterrado, cumpre-nos a tarefa de relevar o seu valor formativo na educação. Pelo prisma sensível destes pensadores, veremos o feixe de luz que nos ajudará a refletir sobre de que maneiras a estética está amalgamada à educação, aqui entendida de modo amplo como formação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Um currículo dança? perspectiva pós-crítica de currículo e infância a partir dos projetos de linguagens da UEI Cremação, Belém-PA(Universidade Federal do Pará, 2016-03-31) OLIVEIRA, Kelry Leão; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042Este trabalho dissertativo busca relacionar os estudos da linguagem, currículo e diferença, no campo da teorização pós-crítica em educação, aos processos educativos delineados nos “Projetos de Linguagens” em uma Unidade de Educação Infantil na cidade de Belém-PA. O estudo tem por objetivo investigar como o ensino de linguagens vem sendo produzido na Unidade de Educação Infantil em questão, tendo por recorte a análise das dimensões da linguagem como vetor da diferença no currículo escolar. O texto tem como interlocutores autores da Filosofia da Linguagem, Pensamento da Diferença e Teorização Pós-Crítica de Currículo, buscando perceber a infância como enigma e jogo no processo de criação, instigadas pela arte e musicalidade, no intuito de pensar o currículo em sua “dimensão dançante”. Desse modo, dialogamos com GADAMER (2000), no intuito de tecer considerações sobre a linguagem e a questão do jogo; LARROSA (2000; 2004) e SKLIAR (2014), a respeito das linguagens babélicas e desobedientes; BRITO (2003), sobre a importância das linguagens enquanto manifestação da arte no processo educativo; SILVA (2001 e 2010), CORAZZA (2001 e 2002), COSTA (2011 e 2013), por meio de discussões sobre o currículo na perspectiva da diferença no campo pós-crítico, e ainda, LINS e GIL (2008), sobre o devir-criança, a linguagem e a infância. A pesquisa de campo realizada nesta unidade de educação ocorreu durante o ano letivo de 2015 e contou com o apoio das Metodologias Pós-Críticas em Educação (MEYER e PARAÍSO, 2012). Nesse interim foram feitas atividades pedagógicas colaborativas juntamente com as professoras da UEI em diálogo com a coordenação do espaço, momentos de observação e registros fotográficos, análise de documentos curriculares e das ações pedagógicas, no intuito de efetivar um estudo do cotidiano nesta instituição escolar (CERTEAU, 2014). As análises da pesquisa adentram os campos da linguagem, currículo e diferença, demostrando de que forma os projetos de linguagens são dinamizados no espaço educativo pesquisado, uma vez que se diferenciam em relação a outros espaços de educação infantil não apenas por seu “projeto piloto” no tocante às dimensões da arte e das linguagens que compõem sua configuração curricular, mas sobretudo porque arriscam desobedecer as leis formais da educação na busca de potencializar a infância, suas linguagens e suas artes de aprender na diferença – uma leveza que convida o currículo a marcar pequenos passos de danças, arriscando a pensar um ensino que parta das diferenças e das experimentações em suas artes de invenções.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Do luto à luta: a emergência do corpo deficiente possível(Universidade Federal do Pará, 2015-06-30) MIRANDA, Rosalba Martins; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042O presente estudo dissertativo propõe-se a discutir, no âmbito da Filosofia Foucaultiana e Pensamento da Diferença em Educação, a perspectiva de um corpo deficiente possível pensado enquanto limiar de um novo corpo político. Discute o paradigma da inclusão e tensiona a trajetória histórica dos estudos sobre o corpo deficiente em sua relação/ conflito com a normalidade, tendo como pontos de interseção a genealogia foucaultiana e os estudos da diferença no campo educacional. Na construção teórico-metodológica busca subsídios no pensamento de Michel Foucault, Erving Goffman, Carlos Skliar, Jorge Larrosa, nos documentos legais que tratam dos direitos dos deficientes, além da análise de depoimentos de pessoas (deficientes e mães de deficientes) que contribuíram com suas histórias de vida. Nesta perspectiva, desenvolveu-se uma pesquisa de cunho bibliográfico, na intenção de mergulhar na complexidade da relação com o “outro” deficiente, utilizando como procedimento teórico-metodológico as noções de arqueologia e genealogia em Foucault, articuladamente aos campos da problematização da moral e da estética do corpo deficiente. Dentre os pontos de discussão, sobressai o questionamento de que atualmente se vive uma educação em defesa do paradigma da inclusão, sem, contudo, problematizar aspectos intocados nesse território de governo do outro. O texto se movimenta por três dimensões interligadas: do luto (interditos) do corpo deficiente nos meandros da normalidade histórica, da luta (resistências) por conquistas legais no cenário educacional, e de uma ética-estética (diferença) do corpo deficiente possível, um corpo que na visão de Larrosa “vai do impossível ao verdadeiro”, sendo vetor de sua própria experiência estética, um corpo inquiridor da moral, capaz de se reinventar e de recriar novos cenários da diferença na educação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Educação como acontecimento: experimentações de um currículo-nômade em processos formativos na comunidade de Murutinga, Abaetetuba-PA(Universidade Federal do Pará, 2017-08-28) CARDOSO, Rosileide Moraes; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042A presente Dissertação se propõe a pensar a formação e o currículo escolar como arte, criação, invenção em um movimento coletivo com os saberes culturais da comunidade rural de Murutinga, no município de Abaetetuba-PA. As trilhas da pesquisa configuram um currículo-nômade cartográfico pensado como linha de fuga e possibilidade de reinvenção das práticas pedagógicas de sujeitos que vivenciam a comunidade. O que propomos explorar aqui são outros modos de pensar a formação, a linguagem, o currículo, movidos pelos saberes locais dos alunos e professores, ou seja, uma educação “encharcada” de situações e sentidos/experiências formativas. Para a costura da pesquisa, elencamos como objetivos: a) cartografar processos formativos de alunos-professores nas tramas de um currículo-nômade, permeando o espaço rural abaetetubense, em particular os da Escola Maximiliano Antônio Rodrigues; b) reverberar os ecos de uma educação singular amazonense (Abaetetubense), confabulando arte literária e criação de realidades; c) potencializar as experiências formativas nascidas da interação professor-aluno no diálogo com as histórias e os saberes locais, de modo a recriar as dinâmicas do currículo e da formação escolar. Em termos teórico-metodológicos, o presente corpo de escrita se desenha numa perspectiva da Filosofia da Diferença na Educação (DELEUZE & GUATTARI, 1992; SILVA, 2000; CORAZZA, 2001; GALLO, 2008; MEYER e PARAÍSO, 2012), permeando as Teorias Pós-críticas do currículo e da formação, e a Cartografia de inspiração deleuziana-guattariana, por trazerem em seu bojo a perspectiva de um pensar-pesquisar móvel e múltiplo, capaz de rasgar o caos da educação e de experimentar outros modos de inventar uma educação como arte e acontecimento. O percurso cartográfico se tece em diálogo com as narrativas e saberes culturais de sujeitos da comunidade pesquisada. Desse modo, o texto se organiza em quatro momentos interligados: primeiro rabisca o que a formação representou e/ou representa para os professores que moram e atuam no espaço rural-campo e ilhas de Abaetetuba, desde anos de 1990; o segundo apresenta a formação como um mecanismo voraz para a construção de um currículo-nômade (CORAZZA, 2001); o terceiro aborda o currículo cartográfico, de uma educação como criação-invenção retratando a formação processual, não propriamente o que é, mas o que quer uma formação; o quarto, embebido de uma formação aventureira, criar passos para a mobilidade do pensar, para vagar de um conhecimento a outro, criando brechas para um currículo que dança (SILVA, 2000; COSTA, 2007), que pensa e inventa uma educação como acontecimento (CORAZZA, 2001) e como sentido-experiência (LARROSA, 2002). E por fim, nas linhas finais, faço um breve apanhado dos itinerários, das vivências e experimentações construídas na interação intersubjetiva com os sujeitos da pesquisa.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Entre deuses e humanos: entre-lugares da diferença na trama curricular(Universidade Federal do Pará, 2016-03-31) SOUZA, Camila Claíde Oliveira de; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042O presente texto dissertativo é fruto da pesquisa desenvolvida no Mestrado Acadêmico em Educação da UFPA, no Programa de Pós-Graduação em Educação do PPGED/ICED, o qual objetiva analisar o conceito de entre-lugares no campo dos Estudos Culturais e suas ressonâncias para pensar o currículo na perspectiva da diferença. Para tanto, tece uma interlocução com autores dos Estudos Culturais e da vertente Pós-Crítica em Educação, entre eles: Bhabha (2013); Hall (1999); Silva (1995; 1996; 2006; 2007); Corazza (2001); Costa (2000, 2003, 2013), Paraíso (2005), Skliar (2003); Louro (2007, 2008), Brandão (1986); Bulfinch (2002); Franchini (2007); Pouzadoux (2001). A problematização do estudo consiste nas seguintes questões: De que forma o conceito de entre-lugares, desenvolvido no campo dos Estudos Culturais, incide nos modos de problematizar/pensar o currículo na perspectiva da diferença? O que se entende por entre-lugares da diferença e quais suas ressonâncias no campo curricular? Que entre-lugares a diferença movimenta nos jogos de poder-saber que configuram seu processo de (in)visibilização no curso de Pedagogia da UFPA-Belém, relativo às questões de gênero-sexualidade, raça-etnia, deficiência-normalidade? Por meio de quais desdobramentos teórico-analíticos é possível tramar as relações entre mitologia e cotidiano, deuses e humanos no universo da diferença? A partir desses questionamentos e do diálogo com variados autores, pretende-se delimitar a perspectiva analítica da diferença nas questões de gênero-sexualidade, raça-etnia, deficiência-normalidade, dando voz e visibilidade aos sujeitos fronteiriços que compõem as narrativas deste contexto, sejam eles os estudantes do Curso de Pedagogia da UFPA-Belém, sejam personagens mitológicos (Hefesto, Amazona, Aquiles) que se avizinham à questão das diferenças aqui tratadas. O estudo percorre os caminhos das Metodologias Pós-críticas em Educação Meyer e Paraíso (2013), e em suas análises preliminares considera o conceito de entre-lugares (e não propriamente “lugares”) como um elemento intersticial onde se movimentam as diferenças no campo curricular, atravessado por um jogo de poder-saber, negação-afirmação, (in)visibilização, silenciamentos. As vozes fronteiriças, neste trabalho, perfazem um limiar verídico e imaginário onde habitam deuses e humanos no jogo da diferença. Com o estudo, almeja-se construir um outro modo de olhar a diferença pelas frestas do currículo e da imaginação, desafiando saberes tradicionalmente hegemônicos e vislumbrando uma perspectiva intersticial (entre-lugares) para tocar em pontos firmes e frágeis de nossas diferenças.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Queria saber ler e escrever para mudar as faces das coisas”: uma leitura de situações educacionais na obra Chove nos Campos de Cachoeira, de Dalcídio Jurandir(Universidade Federal do Pará, 2015-03-27) CARDOSO, Roseli Moraes; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042A escritura deste trabalho dissertativo situa-se nos interstícios entre Literatura e Educação, por meio de um estudo bibliográfico, de caráter descritivo-interpretativo, referente a situações educacionais vivenciadas pelo personagem Alfredo no romance Chove nos campos de Cachoeira (1941), de Dalcídio Jurandir. O trabalho vislumbra uma possibilidade de espreitar os modos vivenciais de uma educação amazônida presente nos rastros da literatura dalcidiana e no contexto de sua época, ouvindo os ecos dessa literatura nos itinerários da educação de Alfredo nos domínios de sua cultura, como convite para pensar a realidade educacional dos dias atuais. O texto dialoga com NIETZSCHE (2003), DELEUZE (1997), LARROSA (2001), ROSA DIAS (2010), GILCILENE COSTA (2012), FERNANDO FARIAS (2009), na perspectiva de uma educação como invenção. Em Chove nos campos de Cachoeira, a educação é um dos rios navegados pelo personagem Alfredo em sua aposta por mudança de vida e formação, uma mudança que não parte de um plano individual, pois o menino de Dalcídio perfaz o sofrido itinerário do seu povo. O pequeno marajoara alimenta o sonho do colégio Anglo-Brasileiro do Rio de Janeiro como desejo de outra educação e fuga das condições inerciais de sua realidade escolar. O ambiente da escola de Proença enseja os limites de uma dura e obsoleta realidade educacional amazônida, ainda existente nos dias atuais, marcada pelo descaso, silenciamento, abandono por parte do poder público, ausência de projetos educacionais que incentivem a permanência do aluno na escola. Condições que não apetecem o desejo de educação de Alfredo, que sonha partir de Cachoeira, da “pobre” e “diminuta” educação em seu lugarejo. Ressalta-se, no estudo, a grandiosidade literária de Dalcídio, com destaque para o valor estético da sua obra, e a grandiosidade política de sua postura quando denuncia, de forma sensível e poética, os inúmeros problemas que ainda hoje afligem o cenário de nossa Educação, como que conduzindo o leitor às veredas de suas paisagens culturais e mazelas sociais através de um olhar lírico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Relações de gênero e seus efeitos discursivos na constituição de subjetividades nos cursos de Engenharia do Campus Universitário de Tucuruí – CAMTUC/UFPA(Universidade Federal do Pará, 2016-04-15) ALMEIDA, Edileuza de Sarges; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042A pesquisa discute os efeitos discursivos das relações de gênero implicados na constituição de subjetividades nos Cursos de Engenharia do Campus Universitário de Tucuruí da Universidade Federal do Pará (UFPA). O estudo problematiza as construções discursivas de gênero relacionadas à presença feminina nos cursos de Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica do CAMTUC/UFPA, especialmente por serem cursos relacionados às ciências exatas, surgidos no ano de 2005 através do convênio entre a UFPA e a Eletrobrás/Eletronorte, e também ser considerados historicamente masculinos. No campo teórico-metodológico, o texto se situa em uma perspectiva pós-estruturalista, dialogando com Foucault (2011, 2004) e os estudos da sexualidade, com Scott (1995) e Louro (2003, 2007, 2013) sobre o gênero enquanto categoria histórica, política e relacional; Swain (2000), Weeks (2001), Beauvoir (2009) e as discussões sobre a mulher e o feminismo; Apple (2006), Silva (1996, 2010, 2013), Moreira e Silva (2011) com a discussão sobre currículo, compreendido como um artefato cultural atravessado por relações de poder; Cabral e Oliveira (2011), Tebet (2008), Lombardi (2006) e Teixeira (2001) sobre a inserção feminina nas engenharias. A coleta de dados focaliza os currículos oficiais dos cursos mencionados e as entrevistas realizadas com mulheres e homens estudantes e gestores/as dos cursos de engenharia, cujas análises dos documentos e narrativas apontam uma produção discursiva de subjetividades em permanente conflito nas questões de gênero nos cursos pesquisados, pois, ora os discursos reiteram práticas de dominação da mulher historicamente assentadas em nossa sociedade, ora transpõem essas barreiras da dominação pelo viés da singularidade da presença feminina nos cursos, descortinando novos cenários de formação. Como resultado do estudo, argumentamos que a desnaturalização dos ambientes de formação e profissionalização é condição para que as mulheres possam constituir suas subjetividades de gênero, pessoais e profissionais, com ampla liberdade, experimentando suas próprias escolhas e não ficando restritas a padrões normativos e estereótipos mantidos historicamente. Assim, a relevância do estudo consiste em buscar desnaturalizar os currículos locais e as práticas discursivas implicadas na produção de subjetividades femininas no ensino superior e, junto a isso, afirmar a singularidade feminina na reconfiguração profissional frente às investidas históricas de invisibilização e dominação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sobre corpos insolentes: corpo trans, um ensaio estético da diferença sexual em educação(Universidade Federal do Pará, 2015-06-30) CHAVES, Silvane Lopes; COSTA, Gilcilene Dias da; http://lattes.cnpq.br/2934771644021042Este texto dissertativo situa-se no limiar discursivo entre sexualidade e educação. Apoiado no pensamento trágico e genealógico de Nietzsche e Foucault e no diálogo com Sade, Deleuze e Guattari, Derrida, os estudos que, a pesquisa apresenta a perspectiva do corpo trans como dimensão constitutiva da diferença sexual. Discute a noção de diferença sexual como dimensão fronteiriça e indeterminada da sexualidade e problematiza o paradigma da inclusão como suposto acolhimento da diferença na educação. No campo discursivo da sexualidade, tensiona as categorias “homossexualidade”, “visibilidade” e “identidade de gênero e sexual”, dando atenção à palavra que fala e à palavra que cala, na pronúncia da diferença sexual, para fazer emergir um corpo trans como radicalidade da diferença sexual e como singularidade de encarnação de uma vida singular guiada por uma ascese dionisíaca: o corpo trans como estética subversiva à conformidade da norma e como convite ao “tornar-se aquilo que é”, um transitar do corpo-fronteiriço por diferentes territorialidades, enlaçado à mitologia antiga e à “literatura menor” de Kafka. O trabalho perscruta os diferentes olhares que se constituíram historicamente sobre o corpo, expondo alguns de seus deslocamentos e efeitos discursivos sobre os modos de pensar a relação corpo - diferença sexual, em articulação com a educação. A estética trans é vista por um exercício de liberdade agonística e uma arte da existência capaz de potencializar no corpo sua verdade primeira e fazer dele um espaço de luta política, resistência, arte-transgressão. Nesse ensaio de criação de uma personagem conceitual (o corpo trans), propõe situá-lo enquanto existência menor, de modo a encarnar um valor político e coletivo frente à arbitrariedade da norma, e enquanto exercício de desterritorialização do masculino e do feminino. Enquanto produção de singularidade, interpela e intervém na educação, exigindo um tratamento ético, de modo a torná-la um espaço de promoção do encontro entre multiplicidades conectadas.
